Corveta 'Oliveira e Carmo' e navio-patrulha 'Zambeze' foram os primeiros de quatro antigos barcos da Marinha portuguesa a ser afundados propositadamente, com o objetivo de criar um polo de turismo subaquático.
Afundamento Oliveira e Carmo
Afundamento Zambeze
Dois minutos e 21 segundos foi o tempo que a corveta 'Oliveira e Carmo' demorou a chegar ao fundo do oceano Atlântico, depois de ter sido propositadamente afundada a cerca de três milhas a sudoeste de Portimão.
O episódio ocorreu esta manhã, às 11h38, e na sequência de uma explosão controlada a antiga corveta jaz agora a cerca de 30 metros de profundidade. Durante a tarde, o navio-patrulha 'Zambeze' teve idêntico destino. A ação foi executada por uma empresa canadiana, especializada nestes procedimentos.
Antes de serem afundados, os navios são limpos dos resíduos como óleos e amiantos, de forma a garantir que a operação não tem implicações ambientais negativas.
Para o Comandante de Marinha Gomes de Sousa, um dos últimos a prestar serviço a bordo da corveta, o evento motivou sentimentos contraditórios. "Tive alguma pena, mas a alternativa seria o desmantelamento e a reciclagem. Assim, desta forma, o navio fica preservado", adiantou ao Expresso. O afundamento da corveta 'Oliveira e Carmo' foi o primeiro de outros três que serão executados proximamente. Durante a tarde, na mesma zona, foi a vez do 'Zambeze' ir ao fundo.
Estas ações inserem-se no projeto Ocean Revival, que pretende dinamizar o turismo subaquático ao largo da costa algarvia, uma vez que os barcos servirão agora de recife natural de algumas das espécies marinhas existentes no Atlântico.
O projeto Ocean Revival tem o apoio da Câmara Municipal de Portimão e da Marinha Portuguesa e é liderado pela empresa Subnauta, do empresário Luís Sá Couto.
Fonte: Expresso
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