Páginas do Portimão Sempre

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O desemprego no concelho de Portimão



 
O desemprego é um dos maiores flagelos da sociedade actual.

Infelizmente, o nosso concelho é o que regista o maior número de desempregados no Algarve conforme se pode verificar nos quadros acima que foram extraídos do relatório mensal (Julho/2010) do IEPF.

Urge questionar-mo-nos sobre o que originou esta situação para que consigamos evitar a mesma no futuro e ao mesmo tempo encontrar soluções.

Será que a principal actividade que gera receitas nesta cidade, o turismo, não deveria ser complementada com a existência de outras actividades empresariais que permitissem a criação de melhores e mais empregos para os portimonenses?

Como é que essas novas actividades empresariais poderiam ser atraídas para a nossa cidade?

O que poderia e deveria ser feito pelo executivo autárquico?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não é exclusivamente acerca de Portimão, mas acaba por ser. Professor Ernâni Lopes dá uma lição das antigas.


Por favor ver tudo, porque é uma lição à antiga.
Mas sobretudo ver a partir do minuto 27.
O quadro do “onde está – pôr” é absolutamente arrepiante de ouvir.

Tanto a nível público, como a nível privado; tanto a nível nacional, como a nível local, isto aplica-se inteiramente.

Como o Professor Ernâni Lopes disse:
A quarta camada do conceito de actividade económica é de longe… onde tudo se joga. valores atitudes e padrões de comportamento. Tudo sai desta camada.”

“…os valores, ninguém nasce com eles aprendidos.”


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O atestado médico por José Ricardo Costa

É UM POUCO EXTENSO, MAS VALE A PENA LER. É ESTA A REALIDADE EM QUE
VIVEMOS. ESTÁ BRILHANTEMENTE REDIGIDO.
Não podia ser mais verdade!!!
Bem-haja a quem não tem medo de ver e muito menos de dizer a verdade.
Leiam este texto escrito por um professor de filosofia que escreve semanalmente
para o jornal O Torrejano.
Tudo o que ele diz, é tristemente verdadeiro.

O atestado médico por José Ricardo Costa

Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa.
Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la?

Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.

Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.

O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente.
O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador
apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.
Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.
Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.
Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.

Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados.

Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões. O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.
Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados.

Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas
razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.

Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho.
Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.

Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.

Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o
mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.

URGE MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS.
ESTÁ NA SUA MÃO, NA MINHA E DAQUELES A QUEM A MENSAGEM CHEGAR

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O mundo segundo Peter Drucker

"Numa altura em que votar às vezes e pagar sempre impostos, define a experiência da vida pública da maioria dos cidadãos, como é que podemos arquitectar uma identidade cívica mais rica?
Consumidores, empregados, pais, quantos de nós, mais do que neste sentido estrito, somos cidadãos?
Como podemos ganhar voz na politica e no governo, no trabalho, nas nossas comunidades locais?
Como podemos encontrar a forja moral da solidariedade?”

Jack Beatty em: O mundo segundo Peter Drucker. (editora Civilização – 2001).

domingo, 8 de agosto de 2010

4ª sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Portimão

No rescaldo da última sessão da assembleia municipal de Portimão, chega-se à conclusão que existe uma certa dificuldade em ir ao cerne da questão.
Existe a tendência para uma certa dispersão.

A questão fulcral era o plano de saneamento.
Apenas três perguntas:
1. O porquê da necessidade de um plano de saneamento?
2. Quem pôs as finanças da autarquia neste estado?
3. Onde está a mais valia para a população, correspondente aos recursos gastos?

À excepção do bloco de esquerda e do CDS, que fizeram as suas intervenções sempre à volta destas questões, (bem com do deputado Carlos Bicheiro do PSD), o que é certo é que a discussão, tendeu para divergir muito para questões de pormenor.

O PSD (à excepção do já referido deputado Carlos Bicheiro) distraiu-se com a anulação da sessão, com os tempos de intervenção, com a pertinência ou não do uso da palavra por parte dos autores do plano, etc.

Mal ou bem, esta é a maior força de oposição.
Mal ou bem, cabe-lhe o papel de convencer o eleitorado, de que é uma alternativa credível.
É notório que os problemas financeiros (e não só) da câmara, são bem anteriores às últimas eleições.
E o que é facto, é que eles falharam rotundamente em demonstrá-lo ao eleitorado bem como, de que têm um projecto de desenvolvimento alternativo para a cidade.
Tiveram a maior derrota de sempre…

Pelo que se observou, na reunião extraordinária da AMP, não souberam ter um discurso coordenado, focado e assertivo.

Explica-se, em parte desta forma, o porquê das vitórias do PS.

Não têm opositores a sério.

Porque um opositor a sério (com a dimensão e a responsabilidade do PSD) teria perguntado sistematicamente:

1. Como é que se chegou a esta situação financeira catastrófica?
2. Quem foram os responsáveis?
3. Onde está o desenvolvimento para a população decorrente destes gastos? (mais emprego, mais actividade económica – este é o município com mais desemprego e com mais falências do Algarve).

No que diz respeito ao executivo e à bancada do PS:
Tem que lhes ser dito que, planos de desenvolvimento de 150 milhões de €, como o que foi feito pelo actual executivo (Tempo, Arena, museu, mercado, eventos, etc.), só são interessantes se, e só se, houverem reais benefícios para as necessidades mais prementes da população.

Se não houver, são estéreis. Vazios. Reveladores de ineficiência e de ineficácia.
Para que servem, se não conseguem gerar mais actividade económica, de forma a que se incentive a criação de emprego e de desenvolvimento?

Uma última nota: O problema financeiro é estrutural e não conjuntural.
Desequilíbrios de estrutura e resultados operacionais cronicamente deficitários (como é o caso e há muito tempo) definem um problema estrutural.
Ponto final.

Porém, lá no plano de saneamento, se aparecesse estrutural, dava mau aspecto.
E obrigava à intervenção do governo central, que uma definição conjuntural não obriga.
E isto, ainda dava mais mau aspecto.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Foquemo-nos nas soluções

Que:
Portimão vive tempos difíceis,
Que, tem o maior desemprego do Algarve,
Que, regista um crescente numero de falências nas suas empresas,
Que a autarquia, sofre de uma crise financeira sem precedentes,

Já todos o sabemos.
Factos são factos.

Causas para os factos?
Os responsáveis.

Quem são os Responsáveis?
Quem cá esteve a comandar os destinos do município.

Assim,
Constata-se que:
Os diagnósticos estão feitos.

E daqui para a frente?
Como é que se resolve isto?

Eu penso que o foco nas soluções é uma sugestão sensata.

E, as soluções têm que passar pelo curto prazo e forçosamente pelo longo prazo, também.
Há que resolver o problema financeiro de curto prazo e há que estabelecer um novo paradigma de desenvolvimento para a cidade, para o longo prazo.

Assim, aqui ficam algumas sugestões:

Resolução do problema financeiro da câmara (só para os custos de estrutura. Financeiros e redução de passivo ficam para depois):
• Retirada dos apoios não essenciais: ex.: desporto e cultura.
• Redução das despesas de representação (muito).
• Extinção de serviços e departamentos redundantes.
• Aplicação de alguma engenharia Taylorista (só um bocadinho) para incremento da produtividade e redução de custos.
• Racionalização dos eventos.
• Racionalização dos subsídios.
• E outras…

Longo prazo – mudança de paradigma / um novo desenvolvimento:
• Aposta na criação de espaços físicos (de qualidade e diferenciados) para a actividade empresarial .
• Aposta (a sério e não a brincar, como até agora) no desenvolvimento de um pólo universitário forte e orientado para as tecnologias.
• Pró-actividade na abordagem a empresas e investidores para iniciarem actividades na cidade.
• Maior tenacidade, no estabelecimento de orientação do turismo para maior qualidade.
• Para a construção, duas palavras de ordem: Arquitectura e design. Para que os espaços edificados, tragam mais valia para a cidade, do ponto de vista estético e impressivo.
• E outras…

E, por aqui me fico, que já estou a maçar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O presente e o futuro de Portimão










Sou Portimonense e tenho orgulho de o ser.

A história da nossa cidade tem sido um movimento de mudança permanente.

Mas há coisas que não podem mudar, e outras que devem mudar para construir uma identidade.

A memória da nossa história uniu o passado e o presente, e permite que nos projectemos no futuro.

Cada um de nós, portimonenses, tem a sua opinião pessoal relativamente à situação actual em que nos encontramos.

E de certeza que todos nós queremos que o nosso futuro seja melhor que o presente.
Mas para que tal venha a ser uma realidade, penso, que é importante que cada um de nós contribua com as suas ideias e com as suas opiniões para que consigamos todos juntos chegar à conclusão quanto ao melhor rumo que esta cidade deve seguir.

Sei que muitos de nós tem os seus ideais políticos e são simpatizantes/militantes nesta ou naquela força política.

Mas, apesar, das diferentes ideologias políticas, de certeza, que colocam a nossa cidade em primeiro lugar.

Concluindo, penso que é necessário que as pessoas sérias, honestas, com bons princípios e que se preocupam com o presente e o futuro desta cidade se mobilizem e que com as suas ideias, opiniões e com a vontade de as colocar em prática digam, presente, estamos aqui, podem contar connosco.

Espero que comentem, estejam ou não de acordo com o conteúdo, o importante é participar nem que seja com críticas, de preferência, construtivas.

Ficarei a aguardar pelos vossos comentários.