Páginas do Portimão Sempre

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Não é exclusivamente acerca de Portimão, mas acaba por ser. Professor Ernâni Lopes dá uma lição das antigas.


Por favor ver tudo, porque é uma lição à antiga.
Mas sobretudo ver a partir do minuto 27.
O quadro do “onde está – pôr” é absolutamente arrepiante de ouvir.

Tanto a nível público, como a nível privado; tanto a nível nacional, como a nível local, isto aplica-se inteiramente.

Como o Professor Ernâni Lopes disse:
A quarta camada do conceito de actividade económica é de longe… onde tudo se joga. valores atitudes e padrões de comportamento. Tudo sai desta camada.”

“…os valores, ninguém nasce com eles aprendidos.”


23 comentários:

  1. Isto devia ser de visionamento obrigatório para os politicos.
    O problema está mesmo nos valores e atitudes.
    E eles não os têm. Esse é que é o problema.

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  2. A boa ou má conduta dos indivíduos reflecte uma boa/má educação na forma/ausência de transmissão de valores nos 1ºs anos de vida. Valores esses a base de todo o comportamento do indivíduo.

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  3. A boa conduta dignifica o indivíduo.

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  4. "lição das antigas". Ou seja, antigamente, é que era bom. No tempo do "saudoso" Salazar, presumo.

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  5. Não!
    definitivamente, do tempo do "saudoso" Salazar não!
    NÃO!!!
    Um líder, ou um regime que deixa um país inalterado durante 48 anos, sem acrescentar desenvolvimento, progresso ou visão é um regime nefasto.
    Eu que sou um adepto de resultados, pergunto:
    Nesses 48 anos, Portugal tornou-se num país parecido com a Dinamarca, Áustria, Holanda ou Suécia?
    Não!
    Depois de tanta repressão e sacrifício?
    Não!
    E depois do 25 de Abril... também não.
    Porém, se actualmente o nosso modelo democrático de desenvolvimento, falhou até agora em nos aproximar da primeira Europa, sei de certeza absoluta que o regime de Salazar nunca o conseguiria.
    Porque, mesmo que Salazar tenha sido um governante sem ganância própria (como muito dos actuais) e com desejo real em fazer o que melhor acreditava para Portugal, era de certeza um homem sem visão, tacanho e imobilista. Um homem de vistas curtas.
    Falhou em desenvolver o país e em acautelá-lo para os desafios que se avizinhavam.
    Um homem sem visão.

    A lição das antigas, refere-se aos professores que antigamente ensinavam.
    Aos verdadeiros mestres.
    Em justaposição ao que actualmente acontece.
    Realizado pelos “funcionários”.

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  6. Entende-se perfeitamente que esta “lição” do Prof. Ernâni Lopes tem apenas e só o objectivo de incutir, a todo nós, algo que tem se vindo a perder ao longo dos tempos “Valores, atitudes, padrões de comportamento”.

    Esta lição à antiga não tem nada a haver com a política mas sim com a educação.

    A educação em casa e na escola.

    Mas também a educação em nós mesmos.

    É necessário nos educarmos e para isso temos que saber nos observar para identificarmos o que tem que ser corrigido.

    Esta “lição” pode incomodar algumas pessoas que vêm logo dizer que “lá vem este agora a dar lições de moral” e “a sociedade é mesmo assim, não há nada a fazer” mas estas mesmas pessoas quando são enganadas ou ludibriadas por outras ou pelo Estado já mudam o discurso para “já não há pessoas honestas, …” e “isto não pode continuar assim”.

    Esta “lição” nem deveria ser considerada algo de extraordinário (tipo a descoberta da pólvora) uma vez que o natural era que estes princípios já estivessem incutidos em cada um de nós.

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  7. “É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.” – Albert Einstein

    “Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu carácter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais.” – Charles Chaplin

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  8. A que coluna pertenceis vós, que ledes isto?´
    À coluna do "onde está"?
    Ou à coluna do "pôr"?
    A quem isto publicou
    Bem haja.

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  9. Revejo-me, sem dúvida, com a coluna do pôr.

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  10. A teoria e a prática.
    Já ninguém ou poucos acreditam neste tipo de palavras: Muito concludentes, incisivas, chocantes...
    Mas o problema, na era da informação, é que é preciso a prática. O fazer mais que o dizer.
    E o que se nota no discurso populista (no fundo isto é o que ainda toca as pessoas) é que o mesmo é para fora, aproveitando a visibilidade.
    Para dentro (e aqui temos de fazer juizo de valores, mas é assim!) pensam e agem em sentido contário ao discurso.
    Estamos cheios de exemplos destes. Geralmente ex-ministros com uma visão actual e profunda (e da forma de a combater) que sensibilizam, mas que não passam de palavras e de um pensamento: isto é para eles pois que para mim tem de ser diferente.
    Falta o eixo moral, ético, que tem sido açoitado e vergado nos últimos anos pelo "tudo é possível e legítimo para atingir os (nossos) fins". É matar ou morrer!
    É o capitalismo mais selvagem aquele onde embarcámos.
    De nada serviram os edílicos modelos nórdicos que ainda discutimos nas escolas e faculdades. Davam muito trabalho e pouco lucro.
    Teme-se (ou anseia-se) o messias salvador que corta nas liberdades mas é garante de estabilidade.
    É este o destino das "democracias" do sul?
    Abraços

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  11. A teoria e a prática.
    Sem dúvida.
    Existem muitos ex-ministros que pregam soluções, quando não foram capazes de o fazer, aquando do seu tempo no respectivo ministério.
    Dois exemplos:
    1. Pina Moura (ex-minitro das finanças e da economia do 2º governo de Guterres): Conseguiu desbaratar a folga financeira e os indicadores macroeconómicos que herdou do seu “colega”, o já infelizmente falecido e muito competente Sousa Franco.
    2. Manuela Ferreira Leite ( ex-ministra das finanças de Durão Barroso):
    Falhou no controle do défice orçamental, mesmo tendo feito uso de venda de património, para obtenção de receitas extraordinárias.

    Comparemos com outros 2 ex-ministros:
    1. Ernâni Lopes (ex-ministro das finanças de Mário Soares – 1983)
    Geriu a intervenção do FMI em 1983 que, apesar de extremamente dura e penosa, pôs as finanças públicas em ordem.
    2. Medina Carreira(ex-ministo das finanças de Mário Soares – 1976)
    O primeiro ministro das finanças do primeiro governo constitucional pós-revolução. Pós- revolução, pós PREC, pós tudo… Definitivamente, outro século.
    Abandona o governo e o PS em 1978, por divergências quanto à política económica adoptada pelo partido no poder.

    Definitivamente. Dois mundos à parte.
    Só me ocorrem duas perguntas:
    Quem foi que pôs as finanças públicas em tal estado que tivéssemos de recorrer ao FMI em 1983?
    Porque é que Medina Carreira divergiu do seu próprio governo em 1978?
    É que ele já discordava da politica desregrada da altura. Tanto que esta mesma política, teve como consequência um grave desequilíbrio financeiro, que nos obrigou a recorrer ao FMI em 1978.
    Sim porque foram duas. 1978 e 1983.
    E a terceira pode estar para breve.
    E será penosa e extremamente dura como as outras.
    E sanará, com certeza, o problema financeiro estrutural.
    Mas, a que preço?
    Apenas pergunto:
    Quem nos trouxe a este estado de coisas?

    Em última análise, a nós que somos homens justos, digo:
    A culpa é dos homens justos.
    Precisamente.
    Porque se alienam, porque se afastam, porque se abstém de intervir.
    Porque não se mobilizam.
    E assim merecem o castigo que Platão prescreve na República, quando diz que:

    “O maior dos castigos é ser governado por alguém pior do que nós, se nos recusarmos a governar por nós mesmos.”

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  12. Muitas vezes faz-se a alusão que na maior parte das vezes a teoria não corresponde à prática.

    E quanto a isso estou completamente de acordo, basta assistir às campanhas eleitorais em que a prática (após serem eleitos) corresponde pouco ou nada com a teoria (em campanha eleitoral).

    Esta situação tem sido recorrente na nossa sociedade.

    Afinal o que é que são as promessas eleitorais se não apenas teorias que muitas vezes não são levadas à prática.

    As palavras do Prof. Ernâni Lopes são sem dúvida concludentes, incisivas e para algumas pessoas chocantes porque poderiam colocar uma “espécie” que muito crassa por aí em vias de extinção.

    Pois, como poderia sobreviver uma “espécie” que é incompetente, corrupta e mal formada num habitat natural onde tais “qualidades” não existem?

    A teoria (estratégia) e a prática (execução) não têm que ser, necessariamente, realizados pela mesma pessoa como se verifica nas mais diversas empresas.

    No contexto actual, o Prof. Ernâni Lopes não pode colocar as suas palavras em prática porque não tem condições para tal.

    Mas os nossos governantes e os nossos autarcas têm essas condições e de certeza que se tivessem interesse iriam chegar à conclusão que as palavras (ou as teorias) do Prof. Ernâni Lopes, mereciam e deveriam ser colocadas em prática.

    Assim, como também deveriam ser colocadas em prática por cada um de nós.

    Não comecemos com a desculpa que a sociedade é assim e que não há nada a fazer.

    A sociedade somos nós.

    Se cada um de nós não começar a pensar em alterar determinados padrões comportamentais e a adoptar princípios morais podemos ter a certeza que a sociedade actual não irá mudar.

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  13. Senhores teóricos, para se candidatarem à prática era bom que todos nós soubessemos qual o vosso percurso, quais as vossas vivencias e experiencias de vida, nas vossas actividades profissionais, nas vossas empresas, na vossa capacidade de organização, no vosso perfil, nos vossos amigos, nos vossos companheiros de partidos. Vós não sois só vós, claro. Ninguém consegue governar só e é preciso, também, saber com quem andais para que todos possamos saber com o que contamos.
    É que podeis estar muito bem intencionados, ter uma capacidade invulgar de trabalho e uma ética a toda a prova, mas quem vos vai assessorar também tem que se mostrar.
    É uma questão de equipa.

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  14. Senhores teóricos?

    O que é isso de um teórico versus um prático?
    Não soa isso, demasiado a frase feita?
    Demasiado cliché?

    Não soa isso a um processo de rotulagem?
    E a necessidade de rotular, é assim tão premente?
    Esta, usualmente indicia necessidade de afirmação.
    E necessidade de afirmação rotunda, quase invariavelmente, em fraqueza.

    Desconhece-se com absoluta certeza, se o comentário anterior questiona em concreto, acerca da natureza dos intervenientes deste blog.

    Acerca de mim próprio, apenas digo:

    Sou ninguém.
    Não tenho status.
    Não tenho berço.
    Não tenho filiação partidária.
    Não tenho condição social relevante.
    Sou irrelevante…

    No entanto…
    Sou Português
    Ascendente Lusitano, alicerce greco-romano, influência islâmica do Al gharb al Andaluz, corpo judaico-cristão.
    Sei quem sou.

    Vivo neste país como anónimo (como os anónimos vivem), que vive as dificuldades que as “elites” não vivem.

    Tento viver de acordo com dois motes:

    Audaces fortuna juvat
    e
    Ad Unum

    Canto o meu hino de punhos cerrados e à minha bandeira digo:

    SEMPER FIDELIS

    Por agora…
    Eis-me.

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  15. E o que tens feito na vida?
    O que pretendes com este "juntar todos os portimonenses"?
    Só falar? Bom, já não é mau! Principalmente numa cidade e num país onde cada vez é mais difícil a troca de ideias construtivas e o abraçar causas que se aproximem do colectivo, com valores, com ética, com responsabilidade... com um forte desejo de servir todos, com uma visão de futuro, abrindo as mentes, desafiando o presente...

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  16. Muito bem.
    Já que somos amigos e nos tratamos por tu, porque andámos na costura juntos, pergunto-te:
    Viste o silêncio dos inocentes?
    O filme?
    O tal do Hannibal?
    Com o Anthony Hopkins e a Jodie Foster?
    Pereces ser inteligente, por isso deves ter visto.
    Lembras-te daquela parte, em que ele diz a ela:
    Quid pro Quo, Clarisse…
    Quid pro Quo…
    Troca por troca…
    Perguntas sobre quem somos (e isso é público no facebook – tanto o do blog como os pessoais), mas assinas como anónimo.
    Ora, Clarisse…
    Isso não me parece nada simpático Clarisse…
    Não te importas que te chame Clarisse, pois Não? Parece-me apropriado.
    Ora bem Clarisse…
    Eu digo-te algo, e tu dizes-me algo.
    Pode ser Clarisse?
    Então, a meu respeito, toma lá mais um bocadinho Clarisse.

    O meu percurso é no sector privado.
    Como trabalhador por conta de outrem e como empresário.
    Como subalterno e como responsável.
    Habituado a ter que apresentar resultados.
    Habituado a ter que ser eficiente e eficaz (sabes o que é isto?).
    Habituado a ser pragmático. Habituado a ser prático.
    Tenho enquadramento académico. Tenho pois enquadramento teórico.
    Sou pois um prático teórico.
    Sei fazer e sei porque se faz.

    Conheço várias áreas.
    Turismo, construção, energia, mercados financeiros e até militar fui.

    E então Clarisse?
    Já é um bocadinho…

    E agora…
    Quid pro Quo Clarisse…
    Quid pro Quo

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  17. Relativamente às questões suscitadas no comentário das 12:00 horas, nomeadamente com “o que pretendes com este "juntar todos os portimonenses?"”, passo a esclarecer.

    Este blogue foi criado com o intuito de criar um espaço de reflexão e a troca de ideias entre todos os portimonenses que se preocupam com o presente e o futuro desta cidade.

    Os autores deste blog são portimonenses que, como muitos outros, têm o legítimo interesse que Portimão desenvolva todo o potencial que possui para que proporcione aos portimonenses uma melhor qualidade de vida.

    Os posts colocados neste blog são da inteira responsabilidade de quem os coloca assim como os comentários.

    Todos os comentários e trocas de ideias (mesmo as mais acalorados) são legítimos e não são e nem serão censurados, excepto se for utilizada linguagem imprópria que tenha apenas o intuito de ofender e/ou ameaçar quem quer que seja.

    Quanto à questão “E o que tens feito na vida?“ presumo que se trate de uma pergunta retórica, ou seja, uma interrogação que não tem o objectivo de obter uma informação ou uma resposta, mas sim provocar um efeito no destinatário do discurso.

    Geralmente, esse tipo de questão, é efectuada por alguém que nos conhece bem ou então trata-se de alguém que, como se costuma dizer, está a “a atirar o barro à parede”.

    Por tal motivo, aguardo para saber com quem estou a falar.

    Quanto à questão “Só falar?”, o que posso dizer é que, como se costuma dizer, a falar (neste caso a escrever) é que a gente se entende.

    E é para isso que estamos aqui.

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  18. Não me parece que seja assim que juntam mais portimonenses a este blog de discussão sobre a cidade.
    Cada um é como é e quem abre um espaço destes tem de aprender a conviver com todo o tipo de críticas, opiniões, pedidos de esclarecimento, mesmo que isso não lhe agrade.
    Se não querem, moderem à vossa maneira.
    E, já agora, digam algo mais que responder apenas à Clarisse. A cidade não vos oferece nada mais que comentar e denunciar?
    A Clarisse quer manter o anonimato? Tudo bem!
    A discussão com anónimos é possível?
    Sim, desde que se aceitem determinadas regras de cordialidade. Até se podem daqui retirar coisas interessantes.

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  19. Boa tarde, anónimo das 10:14h.
    Tendo eu publicado o comentário da “Clarisse”, deixe-me responder-lhe.
    Qualquer pessoa pode comentar neste blog, da forma que o entender.
    Sim, a discussão com anónimos é possível. E até necessária.
    Sabemos que por vezes, existem pessoas que desejam denunciar, ou falar de assuntos que não lhes é possível de outro modo.
    Deixe-me dizer-lhe que quando respondi da forma que respondi, foi com um sentimento de bom humor.
    Um humor irónico, um pouco corrosivo talvez, mas humor sem dúvida.
    Não é um comentário de censura. Tanto que dei mais alguns elementos acerca de mim, tal como tinha sido pedido. E apontei o caminho para um perfil que é público.
    E esta é a questão.
    Não se estava a discutir algo acerca da cidade.
    Ou do assunto generalista (o vídeo do Prof. Ernâni Lopes) que serviu de mote a esta conversa.
    Estava-se a indagar acerca da identidade (até ao pormenor da cor da roupa interior :-)...... vide comentário de 23/08 das 09:56) dos autores do blog.
    É legitimo, que se pergunte.
    E foi respondido (da minha parte e de uma forma generalista).
    Mas é também legitimo que eu responda, perguntando a identidade de quem indaga a minha. De uma forma, um pouco brincalhona, talvez…
    Responderá se quiser…
    A pergunta não tem carácter de exigência.
    Agora, um pouco de sentido de humor e de capacidade de encaixe (desde que não se falte ao respeito – e não se faltou), da parte de quem escreve e da parte de quem lê, torna a conversa mais informal, mais descontraída e consequentemente, mais capaz de produzir soluções.
    É que por vezes a formalidade exagerada e a rigidez excessiva tolhe-nos a criatividade.
    Somos portimonenses.
    Nós e o senhor(a).
    E este desejo que temos (Nós e o senhor(a)) de escrever acerca da cidade, une-nos.
    Poderemos concordar ou discordar acerca dos assuntos que falarmos.
    E faço votos que sejam muitos, os assuntos discutidos.
    Em formato construtivo, em formato de denúncia, ou até em formato interventivo.
    Pois sabemos que é sempre com o intuito, de arranjar soluções para a nossa terra.

    Peço-lhe que não leve a mal, o tom do meu último comentário.
    Tenho a certeza que a “Clarisse” também não levou.
    :-)

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  20. A Clarice (é com c e não com dois ésses o meu nome) nunca leva a mal se a respeitarem.
    Dará sempre a sua opinião e, agora, o que mais deseja é que falem da cidade.
    Como é que se pode mudar este estado de coisas?
    É fruto da política, certamente, mas também dos muitos poderes que se foram instalando no tecido funcional da autarquia e a emperram, num princípio do género "tu apoias-me, eu apoio-te".
    Para quem vem de um contacto mais próximo com o norte da europa, aqui chegado parece que se entra num reino do "faz-se o que se quer" e "organização? Sim, se ela me for favorável". Estamos perante uma inevitabilidade cultural impossível de contornar. É assim em todo o sul. Ficamos encantados com os exemplos do norte mas nada fazemos para alterar o nosso comportamento um bocadinho que seja.
    Desde as mais simples, pequeninas e higiénicas "coisinhas", como fumar à beira-mar (que bem que sabe) e deixar por lá a beata que a maré há-de levar (que bem que sabe não ter que carrear com ela morta na mão para um qualquer receptáculo que pode ter o nome de cinzeiro), até às decisões políticas que afectam recursos e pessoas, hipotecando o futuro de uma geração, e outra, e outra, e sabe-se lá que mais..., tudo se mantém como no tempo da minha avó que de tanto se queixava.

    Bom, já vai longa a carta. Fico por aqui e bons "postes".

    Clarice

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  21. Ora ai está!
    Bem me parecia que a Clarice (com c e não com dois ss) tinha sentido de humor.
    A sua opinião é sempre bem vinda.
    Aprecio e desde já lhe digo, que partilho das suas preocupações.
    A política que vive do poder e não do serviço à Polis, rege-se por uma mistura de mecanismos simbióticos e parasitários.
    E nem sequer sabem o que é (nem querem saber) o que é o servir a Polis e a Res Pública.
    Gosto da sua menção ao civismo nórdico, em contraponto ao nosso.
    Temos de facto um longo caminho a percorrer…
    Que não é só para ser percorrido pelas elites políticas…
    A verdadeira mudança só ocorrerá, quando esse caminho for percorrido pela generalidade do povo.
    Quando o povo se tornar mais cívico, mais atreito a apreciar os valores, atitudes e padrões de comportamento, referidos pelo Prof. Ernâni Lopes, então forçosamente as elites (que advêm do povo, forçosamente) serão melhores.
    É acerca disto que, quer seja do ponto de vista nacional, quer seja do ponto de vista da nossa realidade enquanto portimonenses, desejamos falar.
    E convidamos quem seja por natureza inquieto, preocupado com os nossos destinos, patriota e com orgulho na nossa terra, a conversar (por agora).
    O nosso blog, rege-se segundo um principio muito simples:
    Antes da palavra, está o pensamento. Depois da palavra, está a acção.

    Nós…, estamos a falar…

    Amanhã há outra “posta de pescada”.

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  22. os valores...adquirem-se
    "Se todo o aborto é um mal, a clandestinização do aborto é uma catástrofe."

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  23. "O amor pela verdade pode temporariamente custar caro a quem o exercita. Mas a verdade acaba por triunfar da mentira. A política da mentira está condenada à derrota final. É à política da verdade que o futuro pertence."

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