Páginas do Portimão Sempre

domingo, 27 de novembro de 2011

Portimão – a má solução. Por Custódio Coelho



Aprovou a Assembleia Municipal de Portimão no passado dia 30 de Março um plano de saneamento financeiro. O plano apresentado destina-se a colmatar um desequilíbrio financeiro, resultado da imprudente gestão autárquica, principalmente nos últimos seis anos.

Discute-se se o “buraco” financeiro é estrutural ou conjuntural, sendo que o que é, é o resultado das contínuas más práticas e da incompetência de gestão que os executivos têm demonstrado.

O resultado foi a insolvência da Câmara. A falência para ser mais preciso.

Quando se trata de dinheiro, qualquer cidadão comum entende que se não tem não gasta e se gasta o que não tem fica a dever a alguém. E é a divida que este plano pretende resolver, e como;

1) Vendendo património publico que não diz qual, com que propósito, em que condições ou sequer a quem. E nesta rubrica prevê um encaixe de mais de 50 milhões de euros.
2) Vender parte da empresa que gere as águas e os resíduos, a emarp, não se sabendo a quem, em que condições, como e em que termos. Também nesta rubrica se prevê um encaixe de mais de 50 milhões de euros.
3) Contratar empréstimos bancários de 94 milhões de euros, que só em juros custam mais de 50 milhões de euros hipotecando todas as receitas camarárias para os próximos 12 anos.
4) Aumentar exponencialmente os impostos, taxas e tarifas sobre os munícipes e empresas do Concelho.

O resultado deste plano, como está à vista é o aumento da dívida, a perca de património e o aumento do custo de vida no Concelho, para as pessoas e para as empresas.

O povo diz que se vão os anéis e ficam os dedos, neste caso nem os dedos ficam.

Vão os munícipes e as empresas do Concelho pagar os maus governos e a incompetência desta equipa de autarcas. É este o caminho que nos apresentam.

Existirá hoje, tal a gravidade do problema, outro caminho? Outra solução? Existe, com certeza que existe. Mas difícil, e que exige trabalho, responsabilidade, transparência, humildade, sacrifício, solidariedade de todos, empenho e dedicação. Exige também o fim das mordomias, dos favores, da prepotência, dos compadrios, da preguiça e da incompetência. Enfim, exige outra gente.


Custódio Coelho
Consultor de empresas


Link: http://www.barlavento.pt/index.php/noticia?id=48785



As razões do chumbo do Tribunal de Contas, ao plano de saneamento da Câmara de Portimão.

Li o acórdão do Tribunal de Contas (TC), que expõe o “chumbo” ao plano de saneamento financeiro da Câmara Municipal de Portimão (CMP).

Vou tentar expor aqui, de forma simples (para que todos entendamos) as principais razões do chumbo.
São essencialmente 3:

1. Os valores no plano e nos restantes documentos apresentados, não batem certo uns com os outros.
2. A CMP fez alterações ao plano sem autorização da Assembleia Municipal.
3. A CMP contraiu um empréstimo de 3.000.000 sem o visto do Tribunal de Contas.

Passo agora a expor um pouco mais, cada ponto:

1- Os valores no plano e nos restantes documentos apresentados, não batem certo uns com os outros.

No plano de saneamento financeiro as dividas a fornecedores, à data de 30/04/2011, eram de 7.204.499€.

Em 31/12/2011, em resposta a um pedido de esclarecimentos do TC ao plano de saneamento, essas dívidas a fornecedores já eram de 24.066.875€.

Mas na prestação de contas, datada também de 31/12/2011, as dívidas a fornecedores já eram de 75.300.174€.

7 milhões, 24 milhões ou 75 milhões?!

De acordo com a lei das finanças locais existe um limite ao endividamento líquido das autarquias.

No plano de saneamento feito pela CMP, primeiro disse-se que esse limite não tinha sido ultrapassado.
Depois… admitiu-se um excesso a esse limite de 263.875€.
Mas… na prestação de contas, o excesso a esse limite é de 32.644.666€.

Zero, 263 mil ou 32 milhões?!

Reproduzo aqui (de forma excessivamente simplista e corriqueira) uma pergunta feita implicitamente, pelo Tribunal de contas:

Mas então… em que é que ficamos?!


2- A CMP fez alterações ao plano sem autorização da Assembleia Municipal.

A CMP fez um plano de saneamento financeiro.
Foi aprovado pela Assembleia Municipal.

Como se viu nas diferenças radicais nos números acima expostos, houve alterações importantes ao plano.
A CMP justificou ao TC, dizendo que: as diferenças de, por exemplo zero para 32 milhões, eram devidas a “… lapsos de redacção irrelevantes em termos substantivos”.

E como tal, não precisava de pedir autorização à Assembleia Municipal, para alterar o plano desta maneira.
Até porque, como a Assembleia Municipal já tinha dado o seu visto, teria dado o seu visto tácito a todas as alterações que fossem feitas depois.

O TC disse simplesmente:
Precisava de pedir autorização, sim senhor.
E como não o fizeram terá dito o TC que, foi violada a lei no nº3 do artigo 40º da lei das finanças locais.

Basicamente, p TC agradeceu o envio por parte da CMP de um atestado de estupidez, mas escusou-se educadamente a assinar esse mesmo atestado, porque não são estúpidos (estou a ser irónico, claro está).


3- A CMP contraiu um empréstimo de 3.000.000 sem o visto do Tribunal de Contas.

Empréstimo de curto prazo, feito pela CGD para tesouraria que diz o TC, não foi sujeito a fiscalização prévia, pelo que de acordo com a lei, é susceptível de gerar responsabilidade financeira aos responsáveis deste acto.

Ou seja, alguém vai-se tramar com uma multa.


Resumindo e estupidificando simplificadamente:

1- Os números não batem a bota com a perdigota;
2- Não pediram as autorizações devidas à Assembleia Municipal, tentando justificar tal acto ao TC, com um enorme atestado de estupidez.
3- Fizeram um empréstimo fora da lei.

Ou seja…
Este plano de saneamento financeiro, foi…
Feito com os pés.

E o Tribunal de Contas…
Deu-lhe com os pés.

sábado, 26 de novembro de 2011

Tribunal arrasa plano da Câmara

Plano de saneamento financeiro chumbado
Plano previa recurso a empréstimos bancários, no valor de 94,4 milhões, para pagamento de dívidas

O Tribunal de Contas (TC) considera que o plano de saneamento financeiro da Câmara de Portimão não espelha adequadamente a situação de desequilíbrio do município e apresenta contradições, pelo que recusou o visto prévio. Foi ainda detectada a existência de um empréstimo de curto prazo, no valor de três milhões de euros, que não foi sujeito a fiscalização prévia do TC, o que é susceptível de gerar responsabilidade financeira.

A autarquia pretendia recorrer a empréstimos bancários, no valor total de 94,4 milhões de euros, para pagamento de dívidas a terceiros. Mas o TC diz que o plano não está fundamentado como a lei exige.

O TC detectou ainda contradições no estudo da autarquia, que, aliás, sofreu alterações. É referido, por exemplo, que o excesso de endividamento líquido indicado no plano é de apenas cerca de 263 mil euros, quando o documento de prestação de contas de 2010 enviado pela Câmara ao TC refere mais de 32 milhões.

A decisão do TC ainda não transitou em julgado e a autarquia já anunciou, em comunicado, que vai recorrer, garantindo que os pressupostos que regem o plano continuarão a ser aplicados. Para já, nenhum responsável camarário fala sobre o assunto.

Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/tribunal-arrasa-plano-da-camara

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tribunal de Contas «chumba» plano de saneamento financeiro da Câmara Municipal de Portimão.


Tribunal de Contas «chumba» plano de saneamento financeiro mas autarquia promete recorrer

O Tribunal de Contas (TC) recusou a atribuição de visto prévio ao plano de saneamento financeiro da Câmara Municipal de Portimão mas a autarquia revelou esta quarta feira, em comunicado, que vai recorrer da decisão.

“A Câmara Municipal de Portimão tomou hoje conhecimento oficial do teor do acórdão de recusa de visto do Tribunal de Contas. Este acórdão já se encontra em análise por parte dos serviços da autarquia”, anunciou a edilidade portimonense, liderada pelo socialista Manuel da Luz.

Após essa análise, será tomada uma posição pública embora a autarquia garanta desde já que irá “interpor recurso”. “Existe a firme determinação de salvaguardar os interesses do município e da economia local”, acrescenta-se.

Os pressupostos que regem o plano de saneamento e o plano de contenção de despesa municipal “continuarão em aplicação na gestão da Câmara Municipal de Portimão”, sublinha a autarquia.

No mesmo comunicado, a câmara deixa “uma palavra de solidariedade e tranquilidade para com os credores da autarquia que deveriam ter visto as suas dívidas pagas com dinheiros destes empréstimos, já há muito contratualizadas com diversas entidades bancárias”.

A proposta de financiamento apresentada ascendia a 94,4 milhões de euros: 76 milhões de euros de um sindicato bancário liderado pelo BPI e composto por Barclays, BES e Caixa Geral de Depósitos; 15 milhões de euros do Banco Santander; e 3,4 milhões de euros do Millenium bcp.

“Tudo iremos fazer para honrar aquilo que prometemos no âmbito deste plano e que basicamente é pagar aos credores”, conclui a câmara de Portimão.

Fonte: Diário Online Algarve
Link:
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=122376


So desejo fazer uma pergunta:

E agora?

Portimão: Moradores queixam-se da falta de segurança, autarquia contraria

Os moradores da Baixa de Portimão queixam-se da falta de segurança existente na zona, mas a Câmara Municipal diz que há antes um «sentimento» de insegurança que não corresponde à realidade. A autarquia vai apresentar, do novo, o projecto para a instalação de câmaras de videovigilância e espera que, com a mudança na lei, desta vez seja aprovado.
(clicar no link para ouvir a reportagem)


Jornalista Maria Augusta Casaca dá conta das queixas dos moradores e comerciantes sobre a falta de segurança em Portimão.

As câmaras de videovigilância são aguardadas com expectativa pela população, pela autarquia e até pela própria polícia.

Logo que Cavaco Silva promulgue a lei já aprovada em Conselho de Ministros, a Câmara de Portimão reenviará o projecto que foi anteriormente chumbado para colocar 10 câmaras na Praia da Rocha e oito na Rua do Comércio, no centro da cidade.

Na zona da Baixa, onde se situam as lojas, João Rosado, presidente da Associação de Comerciantes do Algarve, denuncia que, perante os roubos que acontecem, as seguradoras já colocam reticências aos lojistas.

A Câmara de Portimão diz compreender a inquietação dos moradores daquela zona, mas salienta que quem ali vive é uma população idosa e que é maior o sentimento de insegurança do que a própria realidade.

Uma das condicionantes para criar o clima de insegurança é a existência naquela zona do centro de Atendimento a toxicodependentes. A Câmara alugou e está a fazer obras num armazém para deslocalizar aquele centro, mas as obras demoram por falta de verba e a autarquia lembra que aquela entidade pertence ao Ministério da Saúde.

Para já, Portimão espera a resolução de outro problema: a criação da lei da videovigilância para que o sistema onde serão investidos 700 mil euros já esteja a funcionar em pleno Verão.

Fonte: TSF
Link:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=2141278

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Falsos técnicos roubam cobre. PSP detém suspeitos em menos de duas horas.


A desconfiança de um funcionário do Oásis Parque foi fatal para os dois homens que ali se apresentaram como técnicos da EDP. Fotografou-os e avisou a polícia. A dupla ainda levou uma caixa eléctrica do condomínio habitacional, em Chão das Donas, Portimão, mas a PSP caçou-os em menos de duas horas, com quarenta quilos de cobre extraídos do equipamento furtado.

Os dois falsos técnicos da EDP apresentaram-se no Oásis Parque, anteontem à tarde, e começaram a desmontar um "armário eléctrico" (caixa eléctrica de rua). Um funcionário do condomínio de vivendas desconfiou e pediu-lhes a identificação, ao que os homens responderam que a tinham deixado no carro. Ainda mais desconfiado, o funcionário fotografou os indivíduos e, quando estes se foram embora, com a caixa eléctrica, avisou a PSP. Eram 17h45 de sexta-feira. Menos de duas horas depois, às 19h18, os suspeitos foram localizados pela PSP junto a um descampado próximo do Eleclerc.

Os dois suspeitos, de 51 e 32 anos, tinham na sua posse 40 quilos de cobre e confessaram aos agentes que pretendiam vender o metal, a quatro euros o quilo, a sucateiros na zona de Portimão e de Alvor. No descampado junto ao qual foram ‘caçados' os suspeitos, os agentes da PSP encontraram os restos da caixa eléctrica furtada do Oásis Parque. Os dois homens foram notificados para comparecer ontem de manhã no tribunal de turno, em Albufeira, mas não se apresentaram.


Fonte: Correio da Manhã
Link: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/falsos-tecnicos-roubam-cobre

domingo, 20 de novembro de 2011

Desporto, Medicinas Integrativas e o Orçamento de Estado. Por Antonieta Guerreiro.


Esta é uma batalha com mais de trinta anos. Em 2003 foi criada uma comissão de especialistas que apresentou à Direcção Geral de Saúde (DGS) uma proposta de Regulamentação a qual esteve em consulta pública. O Decreto-Lei esteve pronto para sair mas mais uma vez as demoras e as diligências dos bastidores da política atrasaram a sua publicação e entretanto o Governo caiu.

Na anterior Legislatura voltámos à carga pegando na proposta de 2003. Na qualidade de deputada tentei/tentamos negociar com Grupo Parlamentar do PSD e os outros Grupos Parlamentares os termos de um Projecto-Lei que passasse na Assembleia da República com o apoio de todos ou pelo menos de uma larga maioria. Coube ao “Grupo de Trabalho de Educação para a Saúde”, o qual coordenei, proceder a estas diligências e no âmbito das “II Jornadas de Saúde no Parlamento” foi organizada uma conferência dedicada à redução do peso do SNS no Orçamento de Estado.

Ficou acordada, tacitamente, a inclusão, na proposta de 2003 da equiparação às medicinas convencionais de todas as áreas das medicinas alternativas (ou integrativas) que são reconhecidas pela OMS, onde se inclui a Medicina Ayurveda. Infelizmente a Comissão de Saúde tem sempre outras prioridades como sejam a discussão sobre o DCI, o Testamento Vital, a Unidose, as reuniões com a APIFARMA e com as várias ordens….enfim, parece “Kármico” o Governo acabou por cai!

Segundo me constou a DGS tem intenção de resolver este problema até final de Novembro. Seria muito bom para todos nós e para o Governo que o Orçamento de Estado para 2012 já contemplasse esta equiparação pois com esta medida é possível ao SNS poupar muito dinheiro ao Estado, como acontece no Reino Unido, na Alemanha, no Brasil, só para citar alguns exemplos.

Veja o(a) leitor(a) quanto pode o Estado poupar se nós cidadãos formos menos vezes ao médico, se fizermos menos diagnósticos completares, se apostarmos mais nos estilos de vida saudáveis, se fizemos mais Desporto, se reduzirmos o consumo de sal, se comermos mais vegetais, se em vez de tomarmos medicamentos e vacinas anti-gripe consumirmos um copo de sumo de laranja por dia. A actividade desportiva permite que o organismo segregue endomorfinas, as quais são responsáveis pela nossa sensação de prazer e bem-estar, veja quanto o Estado poupa em ansiolíticos quais estão no topo dos medicamentos mais consumidos em Portugal.

O que é necessário para isto? Regular a Prática Profissional, regular o Ensino e a Formação; reduzir o IVA dos ginásios, dos SPA’s, Termas e de outras clínicas credenciadas para manutenção da Boa Saúde e a dedução fiscal destes gastos em saúde preventiva. É preciso que o Ministério da Saúde articule esforços com a Secretaria de Estado do Desporto e Juventude e com o Ministério da Educação. É preciso estar consciente de que a Educação para a Saúde passa em primeiro lugar pela forma como cuidamos do nosso corpo e da nossa saúde, física e mental e isso depende de cada um de nós. Votos de uma Boa Saúde, Paz e Alegria apesar de tantas dificuldades. Deixo a sugestão, faça Desporto!


Antonieta Guerreiro

sábado, 19 de novembro de 2011

REFLEXÃO SOBRE A ESCRAVATURA ACTUAL. Por José Gamboa. Vulgo Horta de São Bruno.


Dou comigo a pensar que mais do que nunca é preciso uma mudança civilizacional / pessoal, porque cada um quando muda, muda a sociedade. Se todos mudarmos individualmente a sociedade muda. A velha questão de que a sociedade corrompe o individuo, não é verdade porque a sociedade é formada por indivíduos. Os indivíduos, sim quando sãos mudam a sociedade porque é constituída por pessoas sãs. Uma sociedade doente é constituída por pessoas doentes. Por isso existem as Leis para proteger os sãos dos doentes.

O primeiro passo, e vejo isso como urgente, é livrarmo-nos das dividas dos bancos. Se não tivermos encargos com dívidas bancárias teremos uma vida, mesmo sem grandes luxos, mas de qualidade. Tudo depende da atitude de vida de cada um perante a vida.

A História mostrou-nos várias vezes que as dividas levaram pessoas à escravatura. Os pais não conseguiam pagar as dívidas e toda a família era escravizada. É um caso recorrente no passado. Parecem-nos histórias longínquas, mas se calhar não são tão longínquas assim. Neste momento já não há escravatura legal, mas há-o de outra maneira, em que todos seremos reduzidos à indigência por causa de dívidas, privadas e públicas. As dívidas públicas do Estado são tão grandes que os povos serão escravizados com baixos salários e mais horas de trabalho para que as dividas sejam pagas.

Nunca tinha feito esta analogia até hoje. É verdade, o que lemos da História da Grécia Antiga, de Roma, da Bíblia, de famílias escravizadas para pagarem dividas aos agiotas, aplica-se claramente hoje na questão dos Estados, que de tal modo endividados por governantes desgovernados, que os credores (os mercados) escravizarão os povos com exigências de baixos salários e de muitas horas de trabalho para que as dividas sejam pagas..... até que as dividas sejam pagas. Como é o caso de famílias que perdem a casa porque não conseguirem pagar as suas dividas aos bancos e continuam reféns dessa mesma divida. São novos escravos que trabalham para pagar uma divida – perderam o dinheiro já pago, perderam o bem e mantêm-se com uma divida. Uma escravatura com aparência de liberdade, que talvez seja a escravatura mais inteligente.

Fomos totalmente instrumentalizados pelos agiotas para contrairmos dívidas bancárias ou de instituições de crédito agiotas. Há uns 12/13 anos atrás houve até um primeiro ministro português (Guterres) que disse na TV que os portugueses podiam contrair divida e que se houvesse problemas no pagamento o Estado ajudava!!!

E como se pagam as dividas particulares com redução de salários e mais horas de trabalho? Impossível. Qual é o capítulo final?.... Que é o que estamos a assistir agora. Menos dinheiro e mais trabalho. Como se pagam as dividas?

Precisamos de uma mudança urgente: 1º cada um não contraia mais dividas e reduza custos fixos – telefones; rendas mais baratas, etc, cada um sabe de si; 2º cada um pague o mais depressa possível as dividas que tem; 3º encontre fontes de rendimento alternativas de modo a aguentar o embate que aí vem; 4º finalmente que se viva uma vida de qualidade e sóbria, uma vida mais espiritual, com boa comida, boa bebida e boa camaradagem, para que tenhamos saúde do corpo e da alma. Mens sana in corpore sano.

José Gamboa
(Horta de São Bruno)



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Haja futuro para a reabilitação urbana. Por luísa Penisga Gonzalez


Ontem não passava de uma utopia - hoje o programa de reabilitação urbana para promover a recuperação de imóveis degradados tem possibilidades de concretização, a crer nas palavras da secretária de Estado do Ordenamento do Território será no futuro uma bonita realidade ( haja o empenho necessário, quer das instituições públicas, quer dos privados ) não só nos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto mas também em todas as cidades do país em que esse aspecto seja mais relevante.


Vejamos o exemplo de Faro, cidade a que me sinto ligada desde o meu tempo de estudante e onde vou com alguma regularidade, tenho constatado o número de edifícios antigos de bonita traça em elevado estado de degradação- casas senhoriais que guardam histórias de vidas, lugares de permanência e afectos compartilhados por sucessivas gerações que nasciam e morriam entre os seus familiares.


Os centros urbanos são hoje blocos de cimento compartimentados em reduzidos espaços por onde passam famílias, vidas, sentimentos fragmentados num quotidiano de breves encontros...Esperemos que este programa que conta com uma verba disponível de 1.700 milhões de euros chegue até ao Algarve e que as autarquias se empenhem em fazer das zonas antigas degradadas, espaços alegres de vivência e encontros, com espaços verdes, jardins onde as crianças possam brincar e os idosos sentarem-se nos bancos em amena cavaqueira, e não mais lugares desertos, de insegurança, por onde as pessoas têm medo de andar....


Portimão, dada a sua privilegiada situação junto ao mar, com boas ofertas turísticas de sol e praia e festas de Verão badaladas nas revistas cor-de-rosa, poderá ser também uma cidade atractiva; para isso basta que à semelhança de outros centros urbanos faça de toda a zona antiga da Casa Inglesa, jardim e área circundante um espaço reabilitado, com animação de rua, lojas de artesanato, galerias de arte, etc, tudo o que faz, à semelhança de outras cidades europeias , o prazer de ficar...

É urgente a mudança do paradigma turístico resumido ao triângulo sol/ mar/ praia e apostar num roteiro que inclua o patrimónío arquitectónico tão desprezado em Portimão e para isso há que evitar alguns erros do passado, a saber:


- Mercado de verduras, demolido para dar lugar a um estacionamento subterrâneo
- Convento de S. Francisco (século-XVI) em ruínas- que destino?
- Antiga central eléctrica (finais do século- XIX) em mau estado e com uso irregular
- Casco histórico da cidade (medieval e pós terramoto) a esvaziar-se, sem recuperação, muito adulterado por construção recente...
-Fontes de água (início século – XX) todas desaparecidas...
-Pelourinho ( século- XVII) destruído?
-Ponte de Portimão (século XIX) recentemente remodelada, com destruição de todos os elementos originais do tabuleiro...
- Janela manuelina( século- XVI) na Quinta do Morais, em semi-ruína e “entalada” entre prédios...



Há anos já foi slogan na campanha autárquica do actual executivo P.S. “ Portimão tem rumo”, pois está na altura de o provar....

Luísa Penisga Gonzalez, professora de História







quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Subida de 22% na tarifa do lixo


Os projectos de tarifários para 2012 das empresas responsáveis pelos sistemas multimunicipais do Algarve (Algar e Águas do Algarve) prevêem aumentos de 22% nos resíduos sólidos, 7% no saneamento e 2,1% na água, segundo apurou o CM junto de autarquias da região. As tarifas propostas carecem ainda de aprovação da Entidade Reguladora da Água e Resíduos e do Governo.

A Algar preconiza que o custo de cada tonelada de lixo depositada em aterros sanitários passe de 33,99 euros para 41,51 euros. Já este ano o tarifário dos resíduos sólidos tinha sofrido um aumento muito significativo, de 9,6%.

No que se refere à Águas do Algarve, a proposta de preços aponta para uma subida no saneamen-to de 0,5672 euros/m3 para 0,6072 euros e, na água, de 0,4563 euros para 0,4663 euros.

Segundo dados da Entidade Reguladora da Água e Resíduos, na região, a tarifa de saneamento já aumentou mais de 50% em seis anos e a água cerca de 35% em sete anos.

Os tarifários das duas empresas são aplicados às câmaras, que já devem, só à Águas do Algarve, mais de 60 milhões de euros. Conforme referiram ao CM vários autarcas, "os aumentos terão de ser depois reflectidos nas facturas pagas pelos consumidores".

Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/subida-de-22-na-tarifa-do-lixo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Artigo de opinião do Senhor Presidente da CM Portimão. E mais umas considerações...

Artigo de opinião do Senhor Presidente da Câmara de Portimão.



Poupar
Termina hoje o prazo dado às chefias da câmara municipal e do sector empresarial local para enviarem contributos para a elaboração do Plano Municipal de Contenção de Despesa. Registo desde já a elevada participação dos diversos funcionários e serviços da autarquia nesta missão.

Este plano deve ser visto como um imperativo de boa gestão e de resposta ao reflexo, nas finanças do Município, da grave crise que atinge o nosso país e da diminuição drástica das receitas autárquicas. Urge adoptar medidas de contenção de despesa corrente, adequando os níveis necessários de prestação do serviço público com uma gestão mais racional.

Brevemente tornarei público este plano de contenção de despesa que vai ser posto em prática a partir do dia 2 de Dezembro, com o objectivo de reduzir a despesa, em 2012, em cerca de 10 milhões €.
Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/poupar021246593






Eu tenho andado um pouco distraido por aí, mas agora vou voltar um bocadinho à carga.

Isto é claro, se me permitirem...


Ora cá ai:


Então mas só agora é que vão fazer este plano de poupança?!


Há que tempos que o descontrolo das despesas, está no estado em que o TRIBUNAL DE CONTAS descreveu.
Os "bonecos" abaixo foram feitos de acordo com o relatório do Tribunal de Contas.



Comparando aqui abaixo, as receitas com a divida de curto prazo desde 2006, vemos a evolução deste descalabro.


O Senhor Presidente da CMP diz que houve uma queda grande das receitas...


Ora bem.

Cairam 800%?!


É que o aumento das dívidas de curto prazo aumentaram 799%, em 4 anos!!!



800%!!!! E só agora é que é para poupar?!!
A nossa dívida de curto prazo, quando comparada com a dívida de curto prazo dos outros municípios é esta:
Portimão chegou a uma dívida de curto prazo de quase o TRIPLO da de Faro!!
O TRIPLO!!!
E só agora é que é para poupar à séria?!
Só agora?!!



É fabuloso!!!
Inacreditável!!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Videovigilância - Portimão espera pela nova lei.


A Câmara de Portimão já tem preparado o projecto para a videovigilância urbana, ampliado à zona comercial na Baixa. Os documentos só ainda não foram enviados à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) pela alteração em curso à lei da videovigilância.

"Estamos à espera da nova lei", disse, ao CM, o vereador Jorge Campos. A nova lei de videovigilância foi aprovada na quarta-feira em Conselho de Ministros, mas tem de passar pela Assembleia da República. De acordo com o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’Ávila, o novo diploma facilita a utilização da videovigilância.

Portimão tem em funcionamento uma câmara no túnel das Cardosas, mas apenas para controlo do fluxo de trânsito, à semelhança do sistema de Faro. A autarquia quer instalar um sistema de videovigilância autorizado a filmar pessoas.

O primeiro projecto, de 2008, pedia 20 câmaras para a Praia da Rocha, mas a CNPD só autorizou "duas ou três, apontadas para um parque de estacionamento", disse Jorge Campos.

O novo projecto prevê 10 câmaras na Praia da Rocha e oito na zona comercial na Baixa de Portimão, geridas numa central instalada na esquadra da PSP, num valor de 700 mil euros.

Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/portimao-espera-pela-nova-lei



Evento sobre «business angels» em Faro ultrapassou as expetativas


O evento «Dar a volta à crise, com os business angels», que decorreu na passada terça feira, 8, na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, “ultrapassou as expetativas” da organização, a Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA).

O auditório principal da faculdade algarvia teve lotação esgotada, com cerca de 180 participantes, que ouviram, durante algumas horas, vários quadros de empresas e representantes de instituições públicas.

Esta iniciativa, à semelhança de outras realizadas pelo país, inseriu-se na V Semana Nacional de Business Angels, que visou “afirmar a importância dos «business angels» num momento crítico do nosso país, como elementos chave na criação e expansão de empresas de elevado potencial de crescimento”.

“A enorme adesão de empresários do Algarve mostra que o financiamento de projectos inovadores por parte de empresários estabelecidos em estreita colaboração com a Universidade do Algarve pode ser uma alavanca para se dar a volta à crise”, refere a FNABA.

Os responsáveis pretendem agora incrementar o número de «business angels» na região, nomeadamente “aproveitando a comunidade estrangeira residente no Algarve”, ter mais projetos e empreendedores preparados para receber meios financeiros de investidores e capital de risco e sensibilizar as entidades locais e regionais no sentido de criarem programas de apoio ao empreendedorismo.

Fonte: Diário Online Algarve
Link:
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=121949



domingo, 13 de novembro de 2011

Desemprego. Por João Rosado. Artigo de Opinião no Correio da Manhã.


Assisto com preocupação aos sinais de fragilização demonstrados pelo sector do comércio resultantes de medidas como o crescimento do número de grandes superfícies e a abertura das mesmas aos domingos, a anunciada colocação de portagens nas Scut e a implementação de severas medidas de austeridade. Todas estas medidas contribuíram para o aumento do desemprego no País e por arrastamento no comércio. De acordo com os dados do Eurostat, a taxa de desemprego em Setembro de 2011 foi de 12,5% e as previsões são de agravamento.

Para contrariar esta tendência negativa apresentámos ao IEFP uma proposta que concilia a integração dos desempregados nos estabelecimentos comerciais e o alargamento de horário dos mesmos, com recurso aos incentivos ao emprego disponibilizados pelo IEFP. Esta medida permitiria aumentar a competitividade do Comércio Local e empregar uma grande percentagem dos desempregados do sector, uma vez que os empresários teriam custos mais baixos devido ao apoio do IEFP. A implementação de planos regionais de combate ao desemprego é fundamental para estimular a nossa economia e aumentar a competitividade do Comércio Local.

Outra medida que permitiria contrariar o aumento do desemprego na região e no sector seria a abertura do SIAC - Sistema de Apoio às Acções Colectivas, no Algarve. Estes projectos de acção colectiva são de extrema relevância para a melhoria da competitividade de uma região, permitindo o fortalecimento de estratégias de eficiência colectiva e das iniciativas em rede. Tendo em conta esta dinâmica, a ACRAL formalizou, em Outubro do ano transacto, junto da CCDR Algarve uma intenção de apresentação de candidatura ao SIAC, a qual está pendente da abertura do mesmo na nossa região.

Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/desemprego004219157

sábado, 12 de novembro de 2011

Tribunal de Contas dá última oportunidade à Câmara de Portimão


O Tribunal de Contas solicitou mais informações sobre o plano de saneamento da Câmara de Portimão, mas ontem a autarquia ainda não confirmava a recepção do pedido. Esta uma história revelada hoje na edição do semanário O ALGARVE.

O Tribunal de Contas (TC) no cumprimento de prazos legais tinha até ontem para se pronunciar sobre o plano, caso contrário a edilidade poderia requerer a sua aprovação tácita.

O gabinete de imprensa do TC confirmou a O ALGARVE que, no dia 4 de Novembro, devolveu o processo à autarquia solicitando informações adicionais.

O gabinete do executivo da Câmara de Portimão, contactado pelo O ALGARVE, disse não ter recebido qualquer posição oficial do TC, mas que “o caso está a ser acompanhado com bastante atenção”.

O momento entre as centenas de credores da Câmara é de alguma apreensão e “pode provocar a falência de muitas empresas que viam neste financiamento uma lufada de ar fresco”, disse a O ALGARVE um dos credores que solicitou o anonimato.

Um conjunto de credores recorreram ao método do factoring para se financiar, com a anuência da edilidade, e seria o empréstimo agora proposto ao TC que iria prolongar no tempo os pagamentos à banca dessas dívidas (2011-2022).

Em causa estão a autorização de um empréstimo de 94,4 milhões de euros à banca, a constituição de um fundo imobiliário com património camarário e a alienação de 49 por cento da Empresa Municipal de Águas e Resíduos (EMARP).

O plano de saneamento da autarquia de Portimão deu entrada no TC no dia 27 de Junho após vários atrasos, entre eles os vários esclarecimentos pedidos pelas entidades financiadoras. Mas a ideia começou a ser pensada em 2009.

O plano foi aprovado em Assembleia Municipal, em Abril passado, com os votos dos 15 deputados municipais do PS, tendo os oito deputados da oposição votado contra o documento – PSD (4), Bloco de Esquerda (2), CDU (1) e CDS-PP (1).

Reacções

O CDS de Portimão não estranha o pedido adicional de esclarecimentos, enquanto a estrutura local do PSD, com sempre defendeu, não acredita na viabilidade do plano de saneamento financeiro.

A decisão do TC “não nos surpreende, porque a realidade da economia muda todos os dias e todos os pressupostos do plano, iniciado há cerca de ano e meio, estão hoje desadequados”, disse José Pedro Caçorino (CDS) ao semanário O ALGARVE.

Segundo o democrata-cristão, “a autarquia apresenta deficits mensais de cerca de três milhões de euros, por isso, estruturalmente, a situação está desequilibrada e a manter-se a mesma política e a mesma forma de gestão”, o município terá de assumir a “ruptura financeira”, abrindo portas para “uma intervenção superior por parte do Ministério das Finanças”.

Para o responsável, no entanto, o plano de saneamento financeiro é “um instrumento necessário”, especialmente para tecido empresarial de Portimão: “as dívidas de curto prazo, a razão de ser deste plano, estão a afogar as pequenas e médias empresas – [o plano] seria de alguma forma uma lufada de ar fresco”, sustenta.

Posição diferente tem o PSD, para quem o plano de saneamento “não é exequível do ponto de vista financeiro, atendo às receitas do município e às elevadas taxas de juro do empréstimo bancário. “É incomportável diluir em 12 anos uma despesa com juros a rondar os 5,5 por cento – dava uma média de 17 milhões por ano, isto para uma receita de 40 milhões e uma estrutura de pessoal de 30 milhões, mais as empresas municipais”, afirmou Pedro Xavier a O ALGARVE.

Segundo o social-democrata, “o plano de saneamento é irreal. A realidade passa por um plano de reequilíbrio financeiro: com isso a Câmara teria de se reestruturar e dessa forma haveria melhor gestão dos dinheiros públicos, porque quem sofre com isso, além dos funcionários públicos, são os fornecedores.

Fonte: Observatório do Algarve
Link: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=47958



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Homem de 72 anos encontrado ensanguentado e quase inconsciente em Portimão





A Polícia Judiciária já está a investigar um alegado caso de sequestro e tortura. Em Portimão, um homem foi torturado, agredido e abusado durante três dias, amarrado no sótão de casa. Foi encontrado esta quarta-feira à noite por um familiar.

Fonte: SIC Noticias
Link:
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article980233.ece



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PSP de Portimão defende videovigilância como auxiliar "importante" no combate à criminalidade


O comissário da PSP de Portimão defendeu a instalação de sistemas de videovigilância em zonas de grande afluxo de pessoas como "auxiliares importantes" na prevenção e combate à criminalidade, permitindo maior rigor na gestão dos efetivos policiais.

"A videovigilância é um auxiliar extremamente eficaz e que permite fazer uma gestão melhor dos efetivos", disse Carlos Pinto, durante um debate promovido na quarta-feira à noite, em Portimão, e no qual participaram o diretor da Polícia Judiciária de Faro, o comandante do destacamento da Guarda Nacional Republicana (GNR), do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), magistrados e a coordenadora de reinserção social.

Durante a sua intervenção no debate promovido pela associação Teia d'Impulsos, o responsável pela PSP de Portimão assegurou que "não irá abrir mão dos recursos tecnológicos, auxiliares importantes no combate à criminalidade", principalmente na zona comercial e na Praia da Rocha", importante destino turístico do concelho.

"Dadas as características da cidade, cuja atividade principal é o turismo, temos que utilizar todos os meios que possam contribuir para aumentar o sentimento de segurança dos visitantes", destacou o comissário da PSP.

Carlos Pinto observou que os "casos ocorridos no Algarve têm sempre maior repercussão a nível mundial do que os registados noutros pontos do país".

Portimão foi um dos primeiros municípios do Algarve a apresentar um projeto para a instalação de 20 câmaras de videovigilância na Praia da Rocha, mas o mesmo viria a ser chumbado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados.

As autoridades policiais e a autarquia asseguram que "vão manter a pretensão e reformular uma segunda proposta de 20 câmaras na Praia da Rocha e oito na Rua do Comércio”, no centro da cidade.

"Se o segundo projeto for recusado, avançaremos para um terceiro e depois um quarto, até que o sistema seja implementado", assegurou o comissário Carlos Pinto.

O investimento previsto com a instalação do sistema de videovigilância ascende a cerca de 700 mil euros, verba que será incluída já no orçamento autárquico para 2012.

De acordo com os responsáveis pela segurança no concelho de Portimão, apontando para dados estatísticos, "houve uma diminuição da criminalidade, apesar de se terem registado alguns casos de grande visibilidade na região que possam levar a pensar o contrário".

"Gostaríamos de ter mais efetivos para manter essa segurança e um maior policiamento de proximidade", defenderam todos os intervenientes no debate que têm a seu cargo a segurança do concelho.

Para o capitão Carlos Bengala, comandante do destacamento de Portimão da GNR, "ter mais recursos seria melhor, já que a vasta área a policiar obriga a um fracionamento dos recursos existentes".

Fonte: Diário Online Algarve
Link:
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=121887



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Conferência de Business Angels em Faro.

Ontem teve lugar a conferência:

Dar a volta à crise com os Business Angels.

Correu muito bem.
A audiência foi grande.
Cerca de 170 pessoas.
Casa cheia.

Mas o mais importante foram as intervenções.

Deixo algumas sitações:

"Actualmente na óptica do empreendedor, devido à crise, os custos de investimento relacionados com a criação de uma empresa, são significativamente mais baixos.
Se antes, por exemplo custava 100, agora devido à conjutura custa 40.
Vale portanto a pena, ser empreendedor.

Neste momento, para um investidor, os produtos bancários já não são suficientemente interessantes, do ponto de vista da rentabilidade versus os risco.
O mercado de capitais, também já não é de todo aliciante.
Ser um Business Angel, é neste momento muito mais interessante e potencialmente gratificante."

Paulo Andrez
Vice-Presidente da FNABA


"Depois de todo o processo relacionado com a criação e implementação das novas empresas no mercado, cabe às associações comerciais e empresariais dar todo o apoio e acompanhamento necessários, às novas start-ups."

João Rosado
Presidente da ACRAL


"O Centro Regional de Inovação do Algarve (CRIA) tem como uma das suas funções, servir de elo de ligação entre a Universidade do Algarve e o mundo empresarial.
A transferência de tecnologia é uma das formas de concretizar essa ligação."

João Mil-Homens
Quadro do CRIA

E muito mais foi dito.

Uma coisa eu valorizei muito.
Foi o facto de termos tido na assistência, empresários, estudantes, Business Angels, Professores, Representantes de organismos públicos e investigadores.
Todos juntos.

Eu pessoalmente, acho que a solução para muitos dos nossos problemas, passa precisamente por aí.

Por unir o que está disperso.


Ficam aqui algumas fotos do evento.















Aproveito para fazer mais um convite:


Na sexta-feira dia 11 de Novembro, vai decorrer a sessão de fecho desta V semana nacional dos Business Angels.

Será em Torres Novas, perto de Santarém.

Quem se interessa por estas coisas... recomendo vivamente.


Aqui fica o programa:


Torres Novas - 11 de Novembro de 2011, Auditório do NERSANT, 10H00 - 18H00

10:00
Boas Vindas
Pedro Nunes, Presidente do Clube de Business Angels de SantarémPaulo Andrez, Vice-Presidente FNABA - Federação Nacional Associações Business AngelsSalomé Rafael, Presidente do NERSANT

10:10
Sessão de Abertura
Luis Filipe Costa, Presidente do IAPMEINelson Souza, Gestor do Programa COMPETEJosé Eduardo Carvalho, Presidente da AIP

11:00
Elevator Pitch

11:05
Intervenções
“O papel da Garantia Mútua em Projectos com intervenção de Business Angels”, José Fernando Figueiredo, Presidente da SPGM e GARVAL“A potencialização dos Incentivos QREN no financiamento de Projectos de early-stage”, Miguel Cruz, Administrador do IAPMEI

11:35
Elevator Pitch

11:40
Coffe Break

11:55
Intervenções
“As EV’s como veículo dinamizador do investimento dos Business Angels”, Maria Margarida Perdigão, PME Investimentos, S.A.“A Banca e o Financiamento a empresas Inovadoras”, Walter Palma, Director de Participações da Caixa Capital, SA (Grupo CGD)

12:25
Elevator Pitch

12:30
Keynote Speaker
“The Nederland Early Stage Investment Ecosystem: Networks, Co-Investments, Policy Environment”, Harry Helwegen, Presidente da Federação Holandesa de Associações de Business Angels

13:00
Almoço Buffet

14:30
Intervenções
“Negociação com Empreendedores”, Paulo Andrez, Vice-Presidente da FNABA“As indústrias criativas e os Business Angels”, Ricardo Luz, Vice Presidente da FNABA e Presidente do Invicta Angels“Estratégias de saída/venda”, António Murta, CEO da PATHENA, SCR“A construção e negociação de um Acordo Parassocial”, Ana Sofia Batista, Abreu Advogados

15:30
Elevator Pitch

15:35
Coffe Break

15:55
Elevator Pitch

16:00
Intervenções
“A Due-Diligence como instrumento de entrada e validação”, Pedro Aleixo Dias, BDO“O Capital de Risco e os Business Angels”, Afonso Barros, Presidente da APCRI“Enquadramento Fiscal da actividade dos Business Angels: Beneficios Fiscais e Tributação de Mais-Valias”, José Silva Jorge, Mazars

17:00
Elevator Pitch

17:05
Debate

17:15
Sessão de Encerramento
Eugénio Pina de Almeida, Presidente do Instituto Politécnico de TomarJorge Justino, Presidente do Instituto Politécnico de SantarémJosé António Ferreira Barros, Presidente da AEP




Fica este convite e o link directo para a inscrição nesta sessão:





Agradeço a atenção.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Novas comunidades de trabalho. Por Antonieta Guerreiro.




O mundo está a mudar de dia para dia. Os mais resistentes poderão não querer ver, mas os processos estão em marcha e são inevitáveis. Nada será como antes pois os valores subjacentes aos mercados, incluindo o mercado de trabalho, já são diferentes.

As hortas comunitárias estão em ascensão. Já há pequenos produtores agrícolas que voltaram ao antigo esquema das “ajudas” onde a jorna é paga em produtos acabados de colher. O(a) leitor(a) não sente que se está a germinar um sentimento colectivo de querer viver em comunidade? - Não o sente nas suas células? – Os tempos difíceis bateram a todas as portas e todos procuram um pouco de solidariedade e é nesse terreno fértil que surgem as empatias, mesmo entre pessoas que se calhar nunca foram propriamente amigas ou quiçá nunca se conheceram. Não sente que se o mundo fosse mais solidários e humano esta crise seria de todo diferente?

O mercado de trabalho terá se de organizar de outra forma. As pessoas terão de aprender a trabalhar em rede e terão de olhar para o vizinho do lado não como um concorrente mas como um parceiro. Há quem lhes chame “Arranjos Produtivos”; “Clusters” ou “Égregoras” – é tudo o mesmo.

Um “Arranjo Produtivo” ou "Cluster" é um grupo de actividades semelhantes que se desenvolvem conjuntamente. O conceito sugere a ideia de junção, união, agregação, integração. Égregora vem do grego egrêgorein, Velar ou Vigiar. Repare o(a) leitor(a) todos os agrupamentos humanos possuem seus egrégoros: as empresas, clubes, igrejas, famílias, partidos, todas as células que compõem o nosso organicismo etc., onde as energias dos indivíduos ou das empresas se unem para formar uma entidade autónoma capaz de realizar as aspirações da colectividade. Um egrégoro participa activamente de qualquer meio. Assim também é o Cluster de Mercado de Trabalho que funciona como um Arranjo Produtivo. Isto não é novidade. Michel Porter já o disse há décadas!

A Itália tornou-se no maior exportador de calçado de qualidade a partir da solidariedade, busca da criatividade, do bom gosto e do dinamismo da acção empreendedora colectiva. Estas indústrias consolidaram-se mutuamente, dialogam entre si, conhecem-se umas às outras e pressionam-se mutuamente e assim fixam as tendências mundiais. Ou seja, a vantagem competitiva não é gerada por uma “empresa solitária” mas por todas as empresas unidas no mesmo propósito. O Projecto “Chihuahua Século XXI”, no México, desenvolve “Arranjos Produtivos” para fortalecer áreas-chave e atrair à região pessoas cada vez melhor remuneradas.


No Brasil, em 1997 os Estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, desenvolveram com o apoio do Banco Mundial, do IPEA (Instituto de Pesquisa Económica Aplicada) e do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) uma experiência para promoção de quatro “Arranjos Produtivos”: Fruticultura Irrigada; Turismo; Grãos e Informática. O projecto “Iniciativa pelo Nordeste - uma estratégia de desenvolvimento competitivo” contou com o concurso para consultadoria especializada em estratégia de clustering. Nós por cá ainda temos de aprender a deixar de ser concorrentes para nos tornarmos parceiros do processo produtivo e do mercado de trabalho.


Antonieta Guerreiro

Saneamento no fim do prazo. Tribunal de Contas tem até quinta-feira para se pronunciar.


Esta é uma semana decisiva para Portimão. O Tribunal de Contas tem até quinta--feira para se pronunciar sobre o plano de saneamento financeiro da autarquia, entregue para validação em Junho. Estão em causa contratos com quatro entidades bancárias, para obtenção de créditos no valor total de 94,4 milhões de euros.

Com estes novos créditos, a autarquia não prevê aumentar o seu endividamento líquido, mas sim renegociar para um prazo de 12 anos a actual dívida a curto prazo, de três a cinco anos, na ordem dos 104 milhões de euros. Os novos contratos de 94,4 milhões de euros estão já negociados com BPI, BES, CGD e Barclays.

O plano de saneamento financeiro, a vigorar até 2022, prevê ainda a constituição de um fundo imobiliário com património da autarquia, a alienação de 49 por cento da Empresa Municipal de Águas e Resíduos (EMARP) e cortes em subsídios.

Caso o TC não se pronuncie até quinta-feira, o plano fica aprovado tacitamente. Mas o tribunal já por duas vezes pediu esclarecimentos e, por isso, o vice-presidente da câmara, Luís Carito, prevê que "o tribunal vá pronunciar-se". Caso peça alterações ao plano, o executivo pode introduzi-las sem voto da Assembleia Municipal.

Fonte: Correio da Manhã
Link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/saneamento-no-fim-do-prazo



domingo, 6 de novembro de 2011

Festa mais antiga de Portimão está de volta - Feira de São Martinho.


O Parque de Feiras e Exposições de Portimão vai ser palco, entre 4 e 13 de novembro, da 349ª edição da Feira de São Martinho, um evento que se festeja naquela cidade há três séculos e meio. A tradição cumpre-se desde 1662

Arranca esta sexta-feira e prolonga-se até dia 13 mais uma Feira de São Martinho, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão. Esta é a 349ª edição desta festa popular, que é o evento mais antigo que se realiza em Portimão, remontando a 1662.

Neste que é um dos polos incontornáveis de animação outonal, o visitante poderá encontrar os tradicionais expositores de produtos agroalimentares, louça, plásticos, brinquedos, bijuteria, calçado, entre outras.

Ao ar livre está ainda disponível um espaço de animação, com tômbolas, jogos, pistas de carrinhos de choque e outros equipamentos que prometem fazer as delícias de crianças e adultos.

Não irão ainda faltar as tradicionais castanhas assadas, as farturas, as pipocas, os cachorros quentes, o pão com chouriço e outros petiscos tentadores nos bares e tasquinhas existentes no recinto.

Destaque também para a área de exposição no interior do Portimão Arena, que apresenta automóveis, artesanato, mobiliário, doçaria, enchidos e produtos regionais.

Este espaço poderá ser visitado entre domingo e quinta-feira, das 15h00 às 23h00, enquanto nas sextas-feiras e sábados o horário de funcionamento estende-se das 15h00 às 24h00.

No dia 8 de novembro, e pelo segundo ano consecutivo, todos os divertimentos ao dispor na feira custarão apenas o preço simbólico de um euro por utilização.

A Feira de São Martinho poderá ser visitada das 10h00 às 24h00, com exceção do primeiro dia, em que abre às 16h00 e encerra à 1h00, do dia 13, em que encerra às 23h00, e às sextas e sábados, dias em que encerra à meia-noite.

Fonte: Jornal do Algarve
Link: http://www.jornaldoalgarve.pt/2011/11/festa-mais-antiga-de-portimao-esta-de-volta/

Reabilitação urbana, economia e cultura - o caso de Portimão. Por Virgílio Machado.


A reabilitação urbana insere-se nos princípios da economia de especialização e da vantagem comparativa. As conservas de baixo custo na América Latina e Marrocos fizeram declinar a indústria conserveira do Algarve.

A deslocalização da manufatura – a parte visível da produção-para onde a mão-de-obra é mais barata, acompanhada da liberalização mundial do comércio, intensificou a concorrência pela qualidade entre países europeus, diminuiu o poder aquisitivo dos trabalhadores e contribuiu para um empobrecimento forte das cidades onde a exposição à exportação (ex: indústria conserveira, turismo residencial) foi acompanhada por investimento massificado em infra-estruturas físicas e edifícios.

É o caso de Portimão.
É possível contrariar tais perdas? Sim. Com especialização na parte invisível da produção - na conceção dos produtos e serviços, na transferência tecnológica, no know-how de gestão, nos serviços de apoio ao cliente. São estes conhecimentos, em particular, aplicáveis no Algarve ao setor do Turismo e das tecnologias e financiamentos associados (ex: transportes, comunicações, ambiente, saúde) que rejuvenescem as cidades.

A entrada principal de Portimão com as pontes em ferro (ferroviária e rodoviária) sobre o rio justificaria um concurso de ideias para a aplicação da arte decorativa do ferro nos topos e fachadas dos edifícios melhorando a criatividade visual da cidade e respeitando sua história industrial. Mais.

Ferro e metais deveriam fazer parte de um roteiro turístico de água (que envolve o município) com prédios com vistas panorâmicas (quem disse que a altura não é vantagem competitiva?) sobre praças, alamedas, rio, mar e bairros identitários (Amparo, Pescadores) com condições privilegiadas para paisagem, imagem e arte em ordem a gerar economia para indústrias criativas e edifícios envolvidos que explorem as interacções sol e mar (ferro e água) que, no passado e presente, são a base do turismo algarvio.

A beleza da mulher, tão enaltecida nas estátuas do Jardim 1º de Dezembro e sua associação à arte nova (também rica na cidade, mas em estado de degradação) deveria fazer parte de um roteiro criativo de saúde, natureza e bem- estar com negócios ligados ao design, às flores, à beleza estética, tratamento com águas marinhas e peixes terapêuticos. Negócios que dão vida. Portimão como bio cidade feminina, uma marca turística com força apelativa.

Na componente social e cultural, a acumulação de edifícios deve ser suavizada por espaços de socialização. Modalidades de alojamento turístico devem ser adaptadas a grupos infantis juvenis como espaços-escola e onde se explique a turistas o que era a vida urbana de operários, pescadores ou até burgueses endinheirados. Estes opostos têm concretização. Em Portimão. Com palacetes degradados no centro da cidade e na urgente intervenção na caracterização dos bairros e de pescadores, cuja morfologia urbana a cidade ainda mantém.

Não há reabilitação urbana que seja implementada sem alma, sem coração. É por isso que a participação dos residentes nesses processos é fundamental. Para se pensem os espaços e as pessoas como fontes de interacção e vantagens competitivas em negócios e conhecimento.
Nos tempos que atravessamos, com fortes dificuldades orçamentais e financeiras, a reabilitação urbana deve ser pensada e implementada de forma incremental, optimizadora, com pequenas intervenções, sujeitas a teste, experimentação e erro, mas com custos controlados. A grande intervenção pública sem envolvência privada não tem futuro. E é irrealista.

Em suma, o desejo de um cidadão residente há mais de 40 anos em Portimão é que a sua cidade não morra. E que a cidade invista em conhecimentos, perícias, educação, aprendizagens mais do que em betão e infra-estruturas físicas. Aplicadas a uma Economia de Vantagem Comparativa. A colocação de cérebros no topo dos edifícios é a melhor forma de dar sustentabilidade às cidades, preparando-as e adaptando-as aos ciclos de expansão e contração económica.

Atenta a importância do Turismo no Algarve, a formação de pessoas em contextos criativos e empreendedores de lugares e negócios pode ser o fluxo de sangue vital ao rejuvenescimento das suas cidades. Que o Governo, autarcas, empresários e decisores estejam atentos. A reabilitação agradece.

4 de Novembro de 2011 12:39
Virgílio Machado*







quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Convite para quem gosta de empreendedorismo e que quer saber o que os Business Angels podem fazer.


Hoje venho fazer-vos um convite.

Venho convidá-los a estar presentes na conferência que ocorrerá em Faro, no âmbito da V semana nacional de Business Angels*, que irá decorrer no próximo dia 08 de Novembro às 18:00h, na Faculdade de Economia do Campus das Gambelas da Universidade do Algarve.

Organizada pela FNABA - Federação Nacional de Associações de Business Angels, a V semana nacional de Business Angels terá lugar entre os dias 7 e 11 de Novembro. Esta iniciativa que visa aproximar o público e em particular os empreendedores, dos Business Angels de cada região, tem também como objectivo sensibilizar potenciais investidores a conhecerem a actividade destes.

O tema da edição deste ano “Dar a volta à crise, com os Business Angels” tem como objectivo afirmar a importância dos Business Angels, num momento crítico do nosso país, como elementos chave na criação e expansão de empresas de elevado potencial de crescimento.

Programa:
18:00 – 18:05 – Professor Efigénio Rebelo (Director da Faculdade de economia da Ualg);
18:05 – 18:30 – Eng. Paulo Andrez (Vice-presidente da FNABA);
18:30 – 18:45 – Dr. João Mil-Homens (Quadro do CRIA – Centro Regional;
18:45 – 19:00 – Eng. Paulo Bernardo (Director nacional da Anje);
19:00 – 19:15 – Dr. Domingos Silva (Presidente da Algarve Business Angels);
19:15 – 19:30 – Sr. João Rosado (Presidente da ACRAL)
19:30 – 19:45 – Período para perguntas e respostas;
19:45 – 20:00 – Eng. Macário Correia (Presidente da Câmara Municipal de Faro).


Junto envio também o link directo para a inscrição online:

http://www.fnaba.org/5snba/inscricao.asp



A organização deste evento cá no Algarve, é da responsabilidade deste vosso amigo que aqui vos escreve. Tal como a moderação desta conferência, que será feita também por este vosso amigo.
O interesse por estes assuntos relacionados com o empreendedorismo, é algo que "a mim me assiste" há muito tempo.

Na plateia, à semelhança do que é entrevisto no painel de oradores, estarão alunos (de licenciatura, Mestrado e Doutoramento) misturados com empresários, misturados com Professores, misturados com Business Angels, misturados com investigadores, misturados com representantes de organismos públicos.

Assim, aqueles que de entre vós padeçam desta mesma inquitetude...
Pois que façam o favor de se misturar por lá.

Esperando contar com a vossa presença,
Agradeço a vossa atenção.

Em nome da comissão organizadora,
João Pires


* BUSINESS ANGELS são investidores individuais, normalmente empresários ou directores de empresas, que investem o seu capital, conhecimentos e experiência em projectos liderados por empreendedores que se encontram em início de actividade. O objectivo dos investimentos é a sua valorização a médio prazo, na expectativa da alienação posterior a outros interessados.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TURISMO E INOVAÇÃO - CIDADES TURÍSTICAS. Por Virgílio Machado.


O que é uma cidade turística? Na conferência intitulada “Inovar em Turismo pela Criatividade e Inovação” realizada no passado dia 7 de Outubro em Faro, o painel de peritos em Inovação de Serviços da Comunidade Europeia apontou o caminho.

É uma cidade onde os movimentos e concentrações de pessoas, consumos de energia, comunicação, saúde e índices ambientais são recolhidos por dispositivos de comunicação, micro- controladores e sensores integrados num sistema de observação, avaliação e controlo (domótica), tendo em vista o desenvolvimento de acções integradas em rede para alavancagem de eficiência ambiental, engenharia criativa da cidade e competitividade dos serviços com incremento na melhoria do índice de desenvolvimento da experiência urbana.

A “inteligência” da cidade assenta numa forte participação dos utentes no seu sistema de informação apoiada em tecnologias de transporte, comunicação, informatização que mapeiam o consumo dos serviços que oferece e que podem ser aplicados eficientemente no investimento em produção turística (ex: hotéis, transportes, informação turística).

A aplicação por smartphone num disco vermelho nas bicicletas do sistema Copenhagen Wheel na Dinamarca envia informações de deslocação, temperatura, humidade, ruído e poluição para uma base de dados em tempo real, fornecendo seguros e assistência ao utente que, enquanto turista, se sente participante activo num processo de sustentabilidade ambiental. Os projectos Green Watch em Paris ou o Live Singapore na Ásia têm a mesma estratégia.

Existe vantagem competitiva em cidades apoiadas em receitas do turismo que financiem tecnologia ambiental, de saúde e comunicações. E na formação dos recursos humanos orientada para a proximidade: na informação turística ou na recepção de um hotel tudo corre melhor quando as relações são seladas com um aperto de mão ou um sorriso.

Cidades turísticas são as que observam e catalisam os espaços como fonte de poder para pessoas e negócios. Fazendo interacção entre ruas históricas e bazares e unidades móveis de comércio. Entre deslocação ambiental nos meios urbanos como roteiro para negócios criativos. Entre habitação e hortas urbanas verticais. Integrando cidade formal arquitectónica com cidade informal simbólica dos ritos, práticas e tradições orais.

O consumo de massas em cidades turísticas (com milhões de dormidas) operado numa lógica de eficiência em rede por produtoras e distribuidoras de energia, tecnologia informática, de comunicações e saúde são o petróleo que o Turismo necessita para incrementar riqueza e exportação. O Governo deve apoiar. O Algarve agradece.

Virgílio Miguel Machado

Docente Universitário/Consultor

virgilio.machado@empreenderturismo.pt