Páginas do Portimão Sempre

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O potencial de Portimão

Definitivamente:
Este é a cidade com maior potencial de desenvolvimento a sul do Tejo, para não dizer mais.

Tem uma localização impar: Entre o mar e a serra. Entre o rio e a ria.
É o maior aglomerado populacional do sudoeste do país.
Tem recursos naturais turísticos verdadeiramente impares.
Tem alguma cultura de empreendedorismo.

Pergunto então, como é possível ser este o concelho com maior desemprego do Algarve?
Como é possível ter ainda o seu potencial, não só cumprido, mas também ainda, não perspectivado pela generalidade da população e sobretudo por quem tem tido a responsabilidade de gerir o concelho?
Como é possível que a câmara municipal, esteja numa situação financeira tão delicada, quando teve tudo para fazer melhor?

É disto que desejo falar.
De uma forma racional, mas também emotiva.
De uma forma elevada, mas também dura.
De uma forma intelectualmente honesta, mas também provocadora.
Porém… sempre de uma forma que seja focada nas soluções.

Porque diagnósticos ajudam, mas não resolvem.
Terá de haver então, um esforço em contribuir, para que as soluções sejam encontradas.

Conversemos então.
João Pires

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Portimão está com ‘corda na garganta’

Autarquia: Dívida de 100 milhões de euros incomportável a curto prazo



A Câmara Municipal de Portimão está em situação de desequilíbrio financeiro conjuntural, essencialmente, afundada numa dívida a terceiros que aumentou 340 por cento desde 2007, atingindo os 104 milhões de euros. O executivo camarário decidiu avançar com um plano de saneamento a 12 anos, para reescalonar o pagamento da dívida de curto prazo, que é da "ordem dos 100 milhões de euros", admite Luís Carito, vice-presidente da autarquia.

O plano de saneamento financeiro foi aprovado em sessão de câmara, no passado dia 21, e vai ser submetido à Assembleia Municipal (onde o PS também tem maioria) no próximo dia 5, em reunião extraordinária. Depois, será enviado ao Tribunal de Contas.

O plano tem um período de vigência de 2011 a 2022. Prevê um empréstimo de 96 milhões de euros a 12 anos (reescalonamento da dívida a curto prazo) e a venda de 49% da EMARP – Empresa Municipal de Água e Resíduos de Portimão, por 59 milhões de euros. Prevê ainda a constituição de um fundo imobiliário com património da Câmara, com receita expectável de 52 milhões de euros, redução de colaboradores, de subsídios (-25%) e de actividades, crescimento da receita nos impostos indirectos, nas taxas e no IMI (política activa de reavaliação) e orçamentos realistas baseados em expectativas de receita prudentes.

Luís Carito sublinha que os negócios com a EMARP e o fundo imobiliário servem para investimentos estruturantes e garante que não vai haver aumentos na água nem alienação de património.

A direcção concelhia do PSD exige a demissão do executivo e um pedido de desculpas aos portimonenses, pelo presidente. 

Fonte: Correio da Manhã