Páginas do Portimão Sempre

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Outro texto de outro amigo do Portimão Sempre: Convosco: Eb Mora



Idéia ou Sonho

Requalificação da Rua do Comércio, Rua da Hortinha e Rua Vicente Vaz das Vacas em Portimão.

Esta requalificação incide sobre 170 mts da Rua do Comércio, desde o Largo da Mó à Alameda, 120 mts da Rua Vicente Vaz das Vacas e 115 mts da Rua da Hortinha, tal como se pode ver nas fotos anexas, efectuando nestas ruas uma cobertura em vidro,  standarizando as frentes das lojas comerciais e define estacionamentos para cargas e descargas, resumindo, criava nestas ruas uma situação semelhante a um Shopping que para se rentabilizar teria de sofrer alterações de funcionamento.
Teriamos assim mais um Shopping em Portimão, no entanto revitalizávamos e recuperavamos toda essa zona, evitando as falências dos poucos comerciantes que ainda conseguem sobreviver, para além de atrair novos empresários e comerciantes para dar vida activa a todas estas ruas e imediações, claro que com tudo isto a cidade ganhava e melhorava no aspecto, incluindo as zonas envolventes,  evitando a degradação que actualmente lá verificamos.







quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sugestões para Portimão da parte dos seus Munícipes




Na sequência das diversas sugestões feitas com vista à solução dos problemas de Portimão, fazemos hoje aqui um resumo das mesmas, de forma a que fique tudo aqui coligido num único Post.

Queremos aqui dizer que estas contribuições são de muito elevada qualidade.
Apraz-nos constatar que existe um muito significativo capital de inteligência e de criatividade, junto dos cidadãos.

Aqui ficam então, diversas sugestões feitas pelas várias pessoas que contribuíram.

Domingos Martins sugere:
1º Devolver o centro da cidade à população. Para isso há que proceder a uma reestruturação dos edifícios em ruínas e devolutos, assim como transferir os estacionamentos pagos para a periferia da cidade.

2º Embelezar a cidade com espaços verdes e sombras, criar eventos que interajam com o comércio local (o qual tem de se modernizar e pensar em diferentes horários de fun-cionamento), centralizados na Alameda partindo para as diferentes ruas de comércio (Ex. Noites Brancas de Loulé)

3º Promover a instalação de mais restaurantes e esplanadas, mais gente na rua é sinónimo de mais segurança.

4ºCriar uma comissão de segurança que realmente aja e pressione as forças da ordem a fazer o que lhes compete, ou seja zelar pela ordem e garantir a segurança dos cidadãos.

5º Sem deixar de apostar no turismo, é começar a apostar em diversificar a actividade económica, promovendo os sectores primários, como a agricultura, pesca, etc. E criação de um parque tecnológico que seduza as pequenas indústrias a se instalarem no conce-lho.

6º Uma cidade que se arroga turística necessita urgentemente de uma gare rodoviária condigna para os visitantes da mesma, assim como uma estação ferroviária limpa moderna e funcional, coisa que como todos nós sabemos, não existe...


Luís Miguel Martins sugere:
Mais espaços verdes e mais policiamento de proximidade.

Carlos Horta sugere:
Restauro dos edifícios devolutos junto do jardim Bívar e rua de Santa Isabel assim como de todos os outros ao abandono no casco histórico da nossa cidade.

Jorge Cabrita sugere:
Acerca dos edifícios devolutos, aplicação coimas aos proprietários caso se estes não procederem à reabilitação dos prédios.
Embora, seja verdade que muitos deles não têm capacidade financeira para tal.
Neste caso, a reabilitação teria que ser feita na mesma mas com dinheiros públicos ou com parcerias com entidades privadas.
Caso, ainda habitassem nesses prédio os proprietários seriam realojados enquanto as obras decorriam e quando terminassem voltariam a habitar nesse prédio.
No entanto, estes prédios nunca poderiam ser vendidos ou herdados passando, a ser, após o falecimento dos proprietários, edifício público.
No entanto, antes de tal acontecer os mesmos poderiam ser adquiridos pelos proprietários ou herdeiros, caso, pagassem o valor das obras efectuadas.
Ou posteriormente a terceiros que quisessem adquirir esses edifícios.

Carlos Capitão-Mor sugere:
O Regime Jurídico de Urbanização e Edificação (RJUE) através do Artg. 89º, 91º, 107º, 108º, creio ser a ferramenta jurídica indicada para resolver este tipo de situações relacionadas com os edifícios devolutos.

António Cananao sugere:
Fazer daqui uma delegação para apresentar nas reuniões de Câmara as sugestões dos nossos colegas e as nossas.

Mónica dos Reis sugere:
REPENSAR SERIAMENTE PORTIMAO: TRAFICO, ESCOLAS, SAUDE, COMERCIO LOCAL, INDUSTRIAS - PRODUZIR MAIS, DISTRIBUIR MELHOR, APOIAR MAIS, INOVAR E MELHORAR, CRIAR ACTIVIDADES INDUSTRIAIS PARA CRIAR RIQUEZA E TRABALHO.


Pela nossa parte do Portimão Sempre, sugerimos o seguinte:

Ao nível da gestão interna camarária e com vista ao atingimento do reequilíbrio financeiro de estrutura, sugere-se o seguinte:

1- Retirada dos apoios a associações que não desempenhem trabalho de beneficência.
2- Redução drástica dos gastos em eventos.
3- Redução das despesas de representação.
4- Reestruturação da estrutura da CMP, com vista a um maior incremento de eficiência.
5- Extinção de serviços e departamentos redundantes.
6- Reavaliação da existência das empresas municipais numa base de custo/beneficio.

Ao nível da gestão do município:

Robustecimento económico / ataque ao desemprego:

1- Criação de um parque industrial/empresarial de qualidade diferenciada.
2- Criação de estruturas do tipo ninho/incubadora de empresas.
3- Maior pró-actividade, ou se preferirem mais arrojo e audácia na abordagem a empresas e investidores para iniciarem actividades na cidade.
4- Patrocínio à criação de uma sociedade de capital de risco (instrumento potente para a criação de empresas de cariz inovador) de carácter e vocação regional.
5- Aposta (a sério) na criação de um pólo universitário forte e orientado para as tecnologias.
6- Maior tenacidade, para a reorientação do turismo para o segmento de alta qualidade.
7- Abordagem às principais cadeias hoteleiras de elevada qualidade (Carlton, Ritz, Sheraton, Marriott, etc.) com vista a que instalem unidades hoteleiras em Portimão.
8- Incentivo às actividades de turismo de natureza e desportivo, com vista a uma redução da sazonalidade do sector.
9- Incentivo e apoio às actividades relacionadas com a pesca e com a agricultura.
10- Criação de uma sobretaxa para as grandes superfícies, com destino à criação de um fundo de apoio de reabilitação e de reorientação do comércio tradicional (existe um parecer do falecido fiscalista Saldanha Sanches a atestar que tal é possível).
11- Criação de eventos mais alargados (não apenas 3 dias) do tipo stock-out, de custo zero para os pequenos comerciantes, junto ao rio no verão (onde as pessoas gostam de estar).

Segurança, urbanismo & acessos:

1- Incentivo à actividade de reabilitação dos edifícios existentes, em detrimento da nova construção.
2- Estipulação de uma lógica arquitectónica coerente e sobretudo de qualidade, para as diversas zonas da cidade. (ex.: zona histórica com traça tradicional, art deco ou clássica. Praia da Rocha com traça moderna ou avantgarde).
3- Requalificação dos acessos à cidade. (ex.: resolução do problema da rotunda das Cardosas que irá ser agravado com o tráfego gerado pelo acesso ao Aqua).
4- Construção de uma gare intermodal de transportes públicos.
5- Criação de uma equipa de ligação às autoridades policiais, com vista à monitorização da criminalidade e de apoio às mesmas.

Da nossa parte é tudo, por enquanto.

Em conclusão, são estas as sugestões dos diversos cidadãos, que nos deram o gosto das suas contribuições.

A todos, um muito obrigado.

Um abraço.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Outro texto de outro amigo do Portimão Sempre: Convosco: Jan Pto




... Pois, mas enquanto não se começar a partir umas quantas coisas,...
...Não há mais revoluções...com cravos.

12 de Março de 2011 - Um milhão de pessoas na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?s e não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc...;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia.. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes

14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privadas), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Soluções para Portimão.




Olá a todos,

Tem sido aqui referido por algumas pessoas, que o discurso ou clima neste grupo do Portimão Sempre, é demasiado negativo.
Para outras, o tom do discurso é exactamente o adequado.

Acerca de Portimão, uns pensam que merece um discurso positivo e motivador.
Outros estarão mais focados nos problemas da cidade.

Há uma coisa, que ambos os grupos têm em comum:
Ambos amam Portimão!

Isso é certo. Senão, não estariam cá neste grupo a intervir como intervêm.

Pela nossa parte, os que criámos esta iniciativa do Portimão sempre, pensamos da seguinte forma:

1- Nem tudo é feio e errado.
2- A cidade sofreu uma evolução significativa nos últimos 36 anos.
3- A cidade é terra composta por boa gente.
4- Portimão tem um imenso potencial de desenvolvimento.

Mas estamos também de acordo com o seguinte:

1- A cidade podia ter evoluído muito mais e melhor do que evoluiu.
2- Portimão tem praticamente 20% de desemprego.
3- Portimão tem um problema sério de segurança.
4- Portimão tem o comércio na falência.
5- Portimão não tem indústria.
6- Portimão vive só de uma actividade económica.
7- Portimão tem as finanças camarárias arruinadas.
8- Portimão tem o seu futuro em risco.

A questão que se põe é a seguinte:

Como resolver?

Este Post é destinado à enumeração de soluções, para os problemas que temos (na óptica dos pessimistas) ou se preferirem, para potenciar os pontos fortes que temos (na óptica dos optimistas).

O que dizem vós então, acerca de quais soluções para resolvermos o nosso futuro?

Um abraço a todos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A taxa de desemprego de Portimão é de 19,6%!


Ontem saíram os dados relativos ao desemprego.
Todos ficámos a saber que a nível nacional 11,1% da população nacional, está desempregada.
Ficámos também a saber, que o desemprego no Algarve foi de 14,8%, no último trimestre de 2010.

Em Portimão, a taxa de desemprego no mesmo período foi de 19,6%!

É o quinto concelho com mais desemprego no País.

Afinal, não é o que tem mais desemprego no Algarve.
Albufeira tem 22,2% e é o que tem mais desemprego no Algarve.
É o terceiro a nível nacional.

Podemos talvez regozijar…
Porque, não somos os piores…
Pois, mas isto não é para brincadeiras.

Portimão é uma terra fantástica, de boa gente e com um potencial de desenvolvimento sem igual, a sul do Tejo.
Tem uma localização extraordinária. Entre o mar e a serra e entre o rio e a ria.
Pode proporcionar uma qualidade de vida incontestável.

O que é inacreditável, é que todo este potencial, está por aproveitar.
O que é ainda mais inacreditável é que todo este potencial tem sido desperdiçado, por quem tem tido a responsabilidade de decidir sobre o futuro desta cidade.

Estão cá há 36 anos e é este o resultado.

O quinto maior desemprego do país!
Um modelo de desenvolvimento extraordinariamente inadequado para as nossas necessidades!
Um urbanismo desastroso!
Uma situação financeira da câmara municipal tremendamente deficitária e em falência!

Com certeza, que terão feito algumas coisas boas.
Mas o resultado líquido, no final destes anos todos é este:

Gastaram os recursos financeiros até à exaustão!
O povo está no desemprego!
O comércio está na falência!
A indústria não existe!

Este é o seu legado!
Isto é o que eles nos deram!

Isto é o que eles fizeram:
Falharam!


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Texto de um outro amigo do Portimão Sempre. Agora, também convosco: João Francisco Martins.

Que sensibilidade têm os nossos políticos, então e o Turismo? para já não falar de todos aqueles que para ganharem o sustento dos seus têm que percorrer várias vezes este percurso. Pelos vistos a solução encontrada, foi a de que se os do norte pagam, então os do Algarve também pagam.
E eu na minha santa ignorância, pensava que ser político, ser um governante, era ser um defensor dos mais desfavorecidos, daqueles que com reformas de miséria ainda têm que ajudar os filhos, os netos no seu sustento na sua educação, uma vez que os parcos salários que ganham não chegam para tal, mas enganei-me, pois fui um dos que acreditei que era possível fazer mais pelo povo deste Portugal.
Mas em vez disso somos todos analisados e tratados como números, e os números não comem, não bebem, não têm necessidades nem sentimentos e emoções assim é muito simples pôr-se e dispor-se da vida de cada um, é muito fácil ser-se economista. O que é difícil, parece-me a mim, é ter-se ideias, coragem e capacidade de servir o povo que os elegeu, que fez deles o Fiel Depositário dos seus anseios e preocupações, em quem em princípio deviam acreditar.
Assim nunca iremos a lado nenhum, seremos sempre os pobres da Europa em crise só para alguns.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Texto de uma amiga do Portimão Sempre. Agora convosco: Ana Martins.


Boa noite aos amigos que por aqui tenho e aos caros conterrâneos.
Temos falado muito da A22 e das prováveis portagens, que chegarão inequivocamente mais dia menos dia. E este é sem dúvida um problema, porque alternativa à via do infante no Algarve não há, o que vai prejudicar quem trabalha e precisa desta via, e também quem nos vem visitar, os turistas, não esqueçamos do peso que o turismo no Algarve, tem, no PIB Nacional.

Mas a verdade é que, no Algarve, só tem direito a deslocar-se quem tem carro. Porque os comboios só servem parte do sotavento Algarvio, entre Albufeira e Faro. Entre Albufeira e Lagos os cidadãos deslocam-se em comboios do século passado, sem qualquer condição de higiene e conforto, demorando mais tempo para percorrer 60 ou 80 quilómetros, do que os 280 que nos separam de Lisboa. Entre Lago e Sagres não há comboios e entre Faro e vila Real de Stª António o problema repete-se sob o ponto de vista da qualidade dos comboios.

Pergunto eu....para quando condições de vida para quem cá vive e para quem nos visita. Porque não um metro de superfície que percorra o Algarve inteiro?


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

AQUA Portimão - filme promocional



Novo gigante comercial ajuda a recuperar igreja de Portimão





No âmbito do empreendimento Aqua Portimão, o maior espaço comercial de todo o barlavento algarvio e cuja inauguração está prevista para abril, a Bouygues Imobiliária vai contribuir para a recuperação do exterior da igreja matriz de Portimão, que se localiza na paróquia da Nossa Senhora da Conceição.

A contribuição da empresa promotora do Aqua Portimão materializa-se na pintura e recuperação do exterior do edifício, que é do estilo tardo-gótico português. A “inauguração” da igreja matriz está prevista para o dia 5 de março.

“O interesse da Bouygues Imobiliária numa região ou concelho não termina com a entrega do empreendimento. Há toda uma relação, uma parceria, de respeito mútuo que é estabelecida e que tem como objetivo tornar a zona cada vez mais atrativa e com uma qualidade de vida crescente”, adianta Ana Vidal, diretora geral da empresa.

Para além do novo gigante comercial que vai nascer em abril, em Portimão, a Bouygues já concretizou outros dois projetos na região, nomeadamente o Portimão Retail Center, o Retail Park Albufeira.

Fonte: Jornal do Algarve
http://www.jornaldoalgarve.pt/2011/02/novo-gigante-comercial-ajuda-a-recuperar-igreja-de-portimao/



Portimão: Obras da Igreja matriz quase concluídas

A igreja reabre a 5 de março, após profundas obras de remodelação interior. A Bouygues Imobiliária promotora do Aqua Portimão o maior retail park da cidade, contribuiu com a pintura e recuperação exterior do edifício.

De acordo com a paróquia da Nossa Senhora da Conceição a pintura da Igreja está praticamente concluída, assim como o estrado de pedra no altar-mor, que irá substituir o de madeira, usado provisoriamente.

Segundo a mesma fonte, a intervenção no edifício gótico do séc. XV que foi reconstruído após o terramoto de 1755 com os donativos dos portimonenses ao longo dos sécs. XVIII e XIX está orçamentada em 600 mil euros. A autarquia disponibilizou 150 mil euros e a paróquia recolheu mais de 136 mil euros de donativos até ao momento.

A picagem e pintura da fachada é uma intervenção extra, que custa mais de 200mil euros custos que serão suportados pela promotora imobiliária.

Contudo, a intervenção no coro alto foi muito mais profunda do que inicialmente se considerou já que barrotes e estrutura se encontravam destruídos. Foi por isso construída uma estrutura nova e um novo soalho e forro inferior que correspondem ao teto, relativamente à nave do templo.

A cripta foi desimpedida e foi aí descoberta a sepultura do reconstrutor da igreja no século XIX, havendo a intenção, por parte da paróquia de deslocar para o mesmo local sepulturas de outros sacerdotes. Após a desmontagem dos andaimes vai ser recuperada a pintura dos altares laterais, até aqui coberta de tinta.

Aqua Portimão anuncia contribuição

No âmbito do retail park Aqua Portimão, o maior espaço comercial do barlavento algarvio, cuja inauguração está prevista para abril, o promotor Bouygues Imobiliária vai contribuir para a recuperação do exterior da igreja.

Em comunicado, a imobiliária precisa que a contribuição se destina à pintura e recuperação do exterior do edifício.

Ana Vidal, diretora geral da empresa salienta que o interesse da Bouygues Imobiliária numa região ou concelho assenta numa parceria, que tem como objetivo tornar a zona cada vez mais atrativa e com uma qualidade de vida crescente.

A Bouygues já concretizou outros dois projetos no Algarve, o Portimão Retail Center e o Retail Park Albufeira.

O novo gigante comercial de Portimão que está a ser construído na zona da Boavista e vai ocupar mais de quatro hectares, é um investimento de 106 milhões de euros e, excluindo o hipermercado Jumbo, terá 132 lojas, sete lojas-âncora e mais de 20 restaurantes, distribuídos por três pisos.


Fonte: Observatório do Algarve
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=42607

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Jornal Público - A segunda vida de Portimão - Um excelente artigo sobre Portimão




Uma cidade que vivia na sombra dos vizinhos está à procura de um lugar debaixo do foco. Nos últimos anos, angariou uma mão-cheia de trunfos para tentar conquistar uma nova importância regional. É um crescimento que não se faz sem dores e que perderá dentro de dois anos o seu estratega.

Calaram-se as sirenes das fábricas, as traineiras desapareceram - a vida mudou em Portimão. Um pescador reformado pergunta: "Já conhece o museu?" Paulino Marques, 79 anos, gorro na cabeça, percorre a zona ribeirinha dando os "bons dias". "Pertenço ao Clube dos Amigos do Museu. Ofereci ao museu os arpões com que apanhava golfinhos." As recordações da comunidade piscatória, boas e más, projectam-se no interior desta antiga fábrica de conservas transformada em museu de sucesso, distinguido com o prémio "Museu Conselho da Europa 2010", o que significa que no ano passado foi considerado um dos melhores deste continente.

Nem todo o passado de Portimão se guardou no museu, e nem tudo o que é presente é tão bom que mereça ser exposto. Décadas marcadas pela destruição das vivendas (chalés) da praia da Rocha permitiram dar lugar a torres e mais torres de apartamentos. Há mais caos urbanístico por aqui, à imagem do muito mau que se fez no Algarve, uma região que, para o reitor da universidade pública do Algarve, João Guerreiro, é "um arquipélago" de centros urbanos "de pequena dimensão, dispersos, e sem muita coerência entre eles, e sob a liderança de Faro, capital algarvia e centro regional".

Porém, Faro é como o seu presidente da câmara, Macário Correia (PSD): divide opiniões, está na ribalta sem nunca estar em foco. Porque o concelho rico do Algarve é Loulé. E a terra que está nas bocas do mundo é, muitas vezes, Portimão.

Pôr a capital fora-de-jogo

É tal a popularidade de Manuel da Luz, o socialista que lidera os destinos desta terra - conhecida pelas sardinhas, por ser o berço de Manuel Teixeira Gomes, sétimo presidente da I República, pelo seu autódromo internacional, pelo seu clube de futebol na I Liga, pela beleza natural da ria de Alvor, pelo museu premiado na Europa e pelo seu novíssimo teatro -, que está a ser empurrado para outros voos pelo Partido Socialista e pelos seus amigos. Com tantos "trunfos", será que Portimão põe Faro fora-de-jogo?

O semanário Barlavento é um dos jornais de referência na região, sobretudo nos temas de política, ambiente e cultura, e tem sede em Portimão. Foi distinguido com o prémio Gazeta da Imprensa Regional em 2006, atribuído pelo Clube de Jornalistas. O jornal tem um quadro redactorial com cinco jornalistas, reclama para si o estatuto de periódico mais lido na região e foi fundado há mais de três décadas por Hélder Nunes, seu director desde então, que considera Portimão "estratégica" em termos de turismo e dos negócios. A construção do Autódromo Internacional do Algarve, diz, "veio dinamizar o ramo das tecnologias avançadas do mundo automóvel". O que falta, quando a compara com Faro, é a vertente universitária. "Um pólo universitário com capacidade para gerar massa crítica. Apesar de ter o Instituto Manuel Teixeira Gomes [da Universidade Lusófona, privada] com cerca de 1000 alunos, a Universidade do Algarve precisa de lançar aqui o seu pólo, como tem previsto", defende.

O jornal mais antigo da região, O Algarve, tem 103 anos. Porém, publica-se a partir de Faro. Este semanário foi comprado em 2008 pelo Grupo Lena - empresa detentora de outros títulos regionais. Tem seis jornalistas e uma directora interina, Pedra Luz, para quem "Portimão consegue ter mais protagonismo do que Faro, por via da realização de grandes eventos".

Neste quadro, duas figuras saltaram para a ribalta: Manuel da Luz, à frente do município de Portimão, e Macário Correia a mandar na câmara de Faro. Dois políticos de partidos diferentes - o primeiro do PS, o segundo do PSD -, com carreiras políticas distintas que só se cruzam na geografia. Um e outro estão a braços com dívidas municipais enormes e parecem lutar taco a taco pelo protagonismo político local. No futuro, se Manuel da Luz ceder às vontades alheias que o querem ver numa candidatura a Faro, voltarão a cruzar-se como adversários directos, caso Macário se recandidate na actual capital algarvia - uma eventual disputa que se desenha como provável, mas que terá de esperar pelas próximas eleições autárquicas, em 2013. Até lá, estarão os dois a preparar terreno: Manuel da Luz a tentar mostrar todos os trunfos de Portimão, e Macário Correia como rei do Algarve, por presidir à capital de distrito.A importância dos amigos

A região que existe na geografia - mas não do ponto de vista político - só terá futuro se Faro tiver a capacidade de ultrapassar as fronteiras que o municipalismo fixou. "Na reestruturação que houver da revisão administrativa, os concelhos do Algarve central - Faro, Loulé, São Brás de Alportel e Olhão, devem fundir-se num único." A opinião é de João Guerreiro, geógrafo e reitor da Universidade do Algarve, para quem o debate político mais importante é a criação de uma rede de transportes que unisse todas as cidades do distrito. A título de exemplo, põe a hipótese de um desempregado de Tavira que arranje emprego em Loulé e que "não poderá aceitar se não dispuser de viatura própria".

Questionado sobre se Portimão poderia alguma vez disputar o estatuto de liderança regional que cabe a Faro, o reitor responde: "Não creio." A prova disso, sublinha, é o facto de o nome de Manuel da Luz ser falado para a próxima corrida à liderança do município de Faro, o que, de algum modo, atesta a "importância, insubstituível" que a capital de distrito tem no contexto regional.

Macário Correia é o autarca com mais protagonismo na região, o que nem sempre deixa os seus homólogos satisfeitos. Em Portimão, Manuel da Luz, de perfil mais discreto, estabeleceu relações privilegiadas com o governo de José Sócrates. A construção do Autódromo Internacional do Algarve, há dois anos - quando o estádio de Faro e Loulé já era considerado um "fardo" para as respectivas câmaras -, é apenas um exemplo das "parcerias estratégicas" que desenvolveu com os Governos de Sócrates.

O protagonismo alcançado fez crescer a ideia no PS-Algarve de que Manuel da Luz poderá ser o candidato, em próximas eleições, à câmara de Faro. Macário Correia não comenta cenários autárquicos. Prefere sublinhar que não está "preocupado com o protagonismo", destacando ao mesmo tempo que existe "um bom entendimento" entre os autarcas que formam o círculo do chamado Algarve central, onde vivem mais de 200 mil pessoas, metade da população total da região.

A eventual disputa entre cidades parece, portanto, enterrada ou, a prazo, substituída por uma disputa entre políticos e candidatos autárquicos - que não ofusca a projecção de Portimão em direcção a novos rumos. No domínio ambiental, cultural e de negócios, Portimão tem vindo a sair da penumbra, libertando-se dos protagonistas que lhe faziam sombra. Isso tem um custo, frisa a oposição "laranja" local, que fez contas e concluiu que a câmara teve de se endividar de tal maneira que o serviço da dívida custa "5138 euros por minuto".

Voltamos ao museu, inaugurado há dois anos. Custou cerca de 12 milhões de euros. O dinheiro poderia ter ido para mais um estádio de futebol, mas desta vez a opção foi a cultura. E valeu a pena. Ao atingir uma média de 100 mil visitantes/ano, o espaço transformou-se num dos principais pólos de atracção turística da região.

"Portimão era uma cidade de passagem", alega o director do museu, José Gameiro, sublinhando a importância de um lugar onde se concentram as memórias e os objectos resgatados do lixo da era industrial. "As agências de viagens chegavam com os clientes a Portimão, davam meia volta e partiam de autocarro para Sagres ou Silves." As sardinhas assadas deram popularidade à terra de Manuel Teixeira Gomes, mas foi o investimento na cultura e na animação turística que lhe conferiu notoriedade e projecção mediática.De acordo com um estudo elaborado pela equipa do Plano Estratégico de Marketing Territorial de Portimão, o número de turistas acolhidos pela hotelaria tradicional e pela oferta de camas paralelas atinge 868 mil por ano, cerca de 19 vezes a população residente no concelho.

Portimão chegou a ter 32 fábricas de conservas. O museu mostra a identidade de uma comunidade piscatória que esteve à beira de desaparecer, a partir do momento em que embarcou no turismo de massas.

O acervo e as colecções, diz José Gameiro, "são essencialmente provenientes de particulares". O envolvimento da população no projecto, acrescenta, permite ter uma janela permanentemente aberta sobre a realidade social de uma cidade em que o mar surge como destino e desafio permanente, tendo agora no horizonte o turista que vem nos cruzeiros ou chega de iate à marina da praia da Rocha.

Manuel Rosa, antigo industrial de bebidas, recorda a época em que tocavam as sirenes das fábricas. " O apito anunciava a chegada das traineiras e o chamamento de pessoal para o trabalho." O crescimento do sector turístico "absorveu a mão-de-obra disponível, e tudo mudou rapidamente". Multiplicaram-se os restaurantes e cafés, ocupando as velhas mercearias e tabernas - virou-se uma página na história, e os reflexos estenderam-se ao comércio local. Em Portimão, recorda, havia a Sociedade Refrigerantes Portimonense Ldª, de que foi sócio, e uma outra unidade que fabricava a laranjada Foia. A particularidade desta bebida, em termos de marketing, estava no berlinde de vidro (o pirolito), que servia de válvula. As multinacionais ditaram o gosto por outros sabores e a laranjada perdeu-se numa região que é grande produtora de citrinos. Situação idêntica verificou-se com os frutos secos - figo, amêndoa, alfarroba foram desaparecendo, "já para não falar nas pescas", enfatiza. Em vez dos galeões e traineiras carregadas de peixe, chegam agora ao porto de cruzeiros turistas aos milhares - 33.843 visitantes em 2010. Para este ano, a estimativa aponta para um aumento de 59 por cento, atingindo os 53.725 passageiros. O ferry-boat "Volcán de Tuarafe" liga regularmente Portimão, Funchal e Canárias.

Titanic a dar música

Os turistas, nesta altura do ano, chegam quase a conta-gotas - à excepção dos que vêm em excursões organizadas, em busca do "very typical". Os grandes eventos, com destaque para a festa de passagem do ano ou provas desportivas no novo pavilhão Arena e no Autódromo Internacional do Algarve, são lufadas de ar fresco para a restauração e a hotelaria. "Cada vez que há provas no Autódromo, cafés, restaurantes, hotéis, tudo mexe, e trabalha bem", sustenta Manuel da Luz, sublinhando que "a área do imobiliário na zona do autódromo está a avançar, e bem". O estudo do Plano Estratégico de Marketing Territorial de Portimão assinala que o gasto médio de quem visita a localidade ronda os 100 euros/dia, um valor que considera "relativamente satisfatório", apontando como áreas de potencial crescimento o golfe, a náutica e os desportos motorizados. O deputado municipal Carlos Bicheiro, do PSD, contrariando a visão optimista do autarca, ironiza: "No Titanic, o barco estava a afundar-se e a orquestra continuava a tocar."

Alfredo Silva, de Lisboa, radicou-se em Portimão há seis anos, "quando a construção fervilhava" e a palavra crise ainda não tinha entrada no quotidiano. Montou uma loja de material eléctrico, tendo como clientes principais os promotores do imobiliário. "Nos últimos três anos, as vendas caíram 50 por cento", um número que, no seu entender, traduz o que se passa nos vários ramos de actividade. "As coisas estão paradas", enfatiza. A fase em que o sector da construção se encontra "devia ser aproveitada para pensar e reflectir no rumo que as coisas estavam a levar".
Rui, enfermeiro, natural da zona de Coimbra, trabalhou no hospital local desde 1979 até há dois anos, quando se reformou: "Podia voltar para a minha terra, mas prefiro estar aqui. Portimão é uma boa cidade para se viver." O TEMPO - Teatro Municipal de Portimão, inaugurado nove meses depois da abertura do museu, é outro dos equipamentos que imprimiu ritmo de mudança ao percurso que a cidade vinha seguindo nas últimas duas décadas. A remodelação e o equipamento do edifício do TEMPO, situado no centro da cidade, custaram nove milhões de euros. Na última sexta-feira, foi palco de um concerto de homenagem a José Saramago, pela Orquestra do Algarve. A cultura, como a crise, entrou definitivamente em Portimão, que voltou também a ir ao estádio de futebol do Portimonense, que regressou aos campos da I Liga. O clube tem tido pouco sucesso: era 15.º, ou seja penúltimo da classificação, apenas com duas vitórias. É um desempenho medíocre, mas garante mais atenção para a terra.

A mudança da imagem da cidade iniciou-se com o ex-presidente da câmara, Nuno Mergulhão, que perdeu a vida num acidente e a quem se deve o projecto de requalificação da zona ribeirinha de Portimão e de Alvor. Decorrida mais de uma década, o actual autarca, Manuel da Luz, quebra o silêncio sobre essa obra: "Acho que já posso contar a verdade." E a verdade, diz, tem a ver com a forma como foram conseguidos os milhões de euros necessários para transformar a degradada Baixa da cidade, virada para o rio Arade, num cartão de visita.

No final dos anos 90, o Algarve discutia a forma de encerrar mais de três dezenas de lixeiras a céu aberto. O então secretário de estado do Ambiente, José Sócrates, pressionava a Associação de Municípios do Algarve para encontrar locais onde pudesse construir dois aterros sanitários. Numa situação limite, conta Manuel da Luz, que então era vereador, Nuno Mergulhão voltou-se para Sócrates e disse: "Como o aterro [do Barlavento] não pode ir para Marrocos, eu encontro solução no meu concelho, mas ponho condições." Foi uma "decisão de grande risco", sustenta Manuel da Luz, na medida em que o assunto não tinha sido discutido e as populações se manifestavam contra esta infra-estrutura. "Mas foi uma boa decisão", observa.

Implodir a má herança

Mais tarde, já com José Sócrates a ministro do Ambiente, Manuel da Luz, entretanto eleito para a presidência em Portimão, bateu à porta da administração central para se candidatar à primeira geração do programa Polis. "Portimão já levou o que tinha a levar, e foi muito dinheiro", respondeu o então ministro, que não se deixou convencer. A seguir, a autarquia lançou-se na promoção do concelho através da realização de grandes eventos e da atracção de investidores. Nesse contexto, surge a discoteca de praia Sacha Beach. O projecto, protagonizado por Luís Evaristo - algarvio mediatizado através do chamado jet-set -, terminou, ao fim de quatro anos, com uma dívida de 700 mil euros à câmara. O município acabaria por considerar a conta saldada a troco do direito à marca e da exploração do apoio de praia/restaurante - estabelecimento que passou a ser gerido pela Escola de Hotelaria e Turismo.

Os blocos de apartamentos do Clube Praia da Rocha continuam a ser um dos "fantasmas" que ensombram o urbanismo nesta localidade. Qual a solução? "Se pudesse, mandava implodir", admite o autarca. Este foi o tipo de alojamento que o Algarve usou para competir com o massificado turismo do Sul de Espanha. Ironicamente, a Região de Turismo propagandeava na mesma altura que "Algarve é qualidade". Para a história ficou a imagem das vivendas da praia da Rocha, desaparecidas na voragem da especulação imobiliária. Do passado com traços aristocráticos na arquitectura resta o Hotel Bela Vista.O futuro de Portimão acontecerá à sombra de Faro ou em cima do seu próprio palco. O berço de Teixeira Gomes acredita que tem os trunfos certos. Resta saber manter-se em jogo.


Fonte: Público

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Portimão: Moradores revoltados com toxicodependentes que usam casas devolutas




Os moradores da zona histórica de Portimão estão revoltados com a presença de toxicodependentes que usam casas devolutas e já apresentaram queixa na polícia.
A Rua de Santa Isabel - tal como outras paralelas, situadas na zona histórica da cidade -, têm casas e espaços comerciais abandonados que são usados por toxicodependentes como abrigos, situação que está a revoltar os moradores.

Em declarações à Lusa, a proprietária de um apartamento situado na Rua de Santa Isabel, refere que o tráfico de droga é ali feito "em plena luz do dia" e que muitos moradores têm abandonado a zona por se sentirem inseguros.

"Não se admite uma situação destas numa cidade que está a crescer como Portimão", reclama Iolanda Correia, apontando o encerramento do Bairro do Palácio como o fator que levou a que os toxicodependentes se deslocassem para o centro da cidade.

O bairro, situado na periferia da cidade e erguido na década de 1970, era o principal eixo de tráfico de droga da cidade mas a Câmara de Portimão decidiu, há dois anos, demolir as barracas para dar lugar a um complexo desportivo.

Iolanda Correia queixa-se ainda da falta de policiamento na zona argumentando que só vê polícia em Portimão "na época de verão e junto aos parquímetros para passar multas".

A proprietária de uma casa na rua em causa já denunciou a situação ao departamento de Narcóticos da PSP e também à Câmara de Portimão.

Fonte da PSP de Portimão confirmou à Lusa a existência de um "foco de insegurança" na zona antiga da cidade, sublinhando que a situação está "identificada" e que toda aquela zona é habitualmente policiada.

Contudo, segundo a mesma fonte, cabe à autarquia notificar os proprietários das casas devolutas para que as mesmas sejam emparedadas no sentido de evitar que os toxicodependentes as usem como abrigo.

Fonte: Observatorio do Algarve - 07-02-2011 17:15

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=42599


Manuel da Luz e Macário Correia Juntos contra o enriquecimento ilícito

"As diferentes cores políticas unem-se em torno da petição lançada pelo CM para criminalizar o enriquecimento ilícito. O social-democrata Macário Correia e o socialista Manuel da Luz, autarcas de Faro e Portimão, respectivamente, assinaram o documento, que já conta mais de 26 mil assinaturas.

Macário Correia aponta o exemplo dos prejuízos das empresas públicas pagos pelos contribuintes. "Muitas dessas empresas têm uma gestão aparentemente ineficaz, mas os titulares desses cargos ganham milhões em algarismos que, quando temos conhecimento, ficamos chocados", diz, realçando a "forma estranha" como ocorre o "enriquecimento dos responsáveis quando não há uma relação com o resultado das empresas".

"Esta petição do Correio da Manhã é louvável, para criar uma certa pressão sobre algumas hesitações de alguns poderes políticos em relação a decisões que já deviam ter sido tomadas", atira o autarca farense, que espera que os seus colegas lhe sigam o exemplo: "Fica ao livre juízo de cada um, e não quer dizer que quem não assinar esteja contra a ideia, mas quantos mais aderirem, mais cedo poderá haver uma decisão para o controlo destas situações".

Já Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, concorda "absolutamente" com a implementação de uma "legislação que se enquadre no sentimento que os cidadãos têm relativamente ao enriquecimento ilícito", realçando a importância da "cidadania" no sector público. "As soluções na administração pública têm de ser sempre encaradas como um serviço, uma missão de cidadania. E tudo o que tem que ver com a transparência é uma questão de cidadania."

Para o autarca portimonense, a criminalização do enriquecimento ilícito não tem que ver com o estado actual do País, sendo antes "uma questão de princípio, de filosofia democrática, não pode ser conjuntural". "
Fonte: Correio da Manhã

Está tudo muito bem.
Só queremos realçar uns pontos e fazer umas pequenas perguntas.

Ora bem:

Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, disse:
"As soluções na administração pública têm de ser sempre encaradas como um serviço, uma missão de cidadania. E tudo o que tem que ver com a transparência é uma questão de cidadania."

Concordamos com isto.

Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, por sua vez disse a propósito de algumas empresas públicas:
"Muitas dessas empresas têm uma gestão aparentemente ineficaz, mas os titulares desses cargos ganham milhões em algarismos que, quando temos conhecimento, ficamos chocados", diz, realçando a "forma estranha" como ocorre o "enriquecimento dos responsáveis quando não há uma relação com o resultado das empresas".

Também concordamos com isto.
Em absoluto.

Mas já agora e pegando aqui no mote deixado pelo presidente da câmara de Faro, gostaria de fazer apenas umas pequenas perguntas:

Como estão as empresas municipais de Portimão?

Vamos pegar numa ao acaso.
Por exemplo, a Portimão Urbis.
Como está esta empresa?
Qual é a sua performance?

Por último:
Haverá por cá, algum caso concreto como o descrito de forma genérica, por Macário Correia?

Ficam estas questões.

Um abraço

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Existe um tesouro no Algarve por explorar


Fundo do mar tem muitas riquezas por explorar

Gás natural, cobre, níquel, cobalto, ouro, prata e metano: estes são os tesouros energéticos de Portugal. A Plataforma Continental marítima portuguesa esconde um tesouro à espera de ser mapeado, com depósitos desses materiais, segundo o presidente da Partex.

António Costa Silva acredita ainda que off-shore do Algarve é rico em gás natural e que os dois blocos que foram descobertos na zona podem assegurar as necessidades do país «entre 12 a 15 anos»




«Há uma tendência geológica, que vem do sul da Espanha, do Golfo de Cádiz, e que vai para o off-shore do Algarve, onde há alguns blocos que poderão ter algum potencial e, se existir gás aí, o potencial pode chegar a 20 vezes aquele que havia no sul de Espanha, no campo de Poseidon, que foi explorado pela Repsol», disse, em entrevista à Agência Lusa.

A petrolífera espanhola «ganhou o concurso para este dois blocos no sul do Algarve», a sudoeste do Cabo de São Vicente. Este responsável não compreende que o contrato de exploração ainda não tenha sido assinado, «por manifesta inércia das autoridades ou por alguma preocupação da indústria do turismo do Algarve».

O presidente da Partex avança com a pressão do lobby do turismo para explicar o atraso no projecto, garantindo não existirem razões para preocupações de âmbito ambiental.

«Essas preocupações são aceitáveis, mas elas não colhem. Não há marés negras com o desenvolvimento de projectos de gás porque ele evapora quando chega à superfície. Além disso, na Espanha houve esse desenvolvimento, numa das costas mais turísticas da Espanha, e não houve problema nenhum».

O presidente do Turismo do Algarve rejeita a acusação do presidente da Partex. Nuno Aires afirmou que não conhece, nem considera que haja algum lobby do Turismo que vá no sentido de travar a exploração de gás natural no Algarve.



«A única coisa que temos chamado a atenção, e continuaremos a chamar, é para o facto de que o Algarve é o principal destino turístico do país e tem uma elevada contribuição para o Produto Interno Bruto».

O valor, localização e quantidade daqueles sete tesouros estão por quantificar, mas o empenho do Governo na expansão da Plataforma Continental, que provavelmente em 2018 duplicará a área do país para quatro milhões de quilómetros quadrados, comprova o interesse nestas novas fronteiras.
Portugal pode mesmo ter um tesouro no fundo do mar e tudo aponta para que uma das jóias da coroa venha a ser a exploração dos hidratos de metano, o combustível fóssil.

No mar, o metano forma-se a partir da decomposição da matéria orgânica depositada no fundo marítimo, ficando «aprisionado» nas moléculas de água que existem sob a forma de gelo a partir dos 100 metros de profundidade devido à acção das baixas temperaturas e da enorme pressão.

António Costa Silva não duvida: «Se for bem utilizada, pode ser uma fonte extraordinária de energia para o planeta. Os cálculos hoje apontam para que, só com o metano, o planeta tem energia nos próximos 350 anos. Portanto, é um desmentido em relação a todas as teorias catastrofistas relativamente aos recursos energéticos». Tem «um conteúdo energético que é o dobro do que reside nos combustíveis fósseis». 

O responsável da Partex garante que o país possui vastos recursos marítimos: «A sul dos Açores temos a maior mancha de sulfuretos polimetálicos do mundo, temos a norte dos Açores crostas de níquel e cobalto» e, no off-shore do Algarve, «inúmeros vulcões de lama que estão associados a hidratos de metano».

O consultor do Presidente da República para os assuntos do mar, Tiago Pitta e Cunha, alinha entre os que defendem a exploração dos recursos marítimos e avisa: «Se Portugal não o fizer, outros vão encarregar-se de fazer isso por nós e acabaremos por dar a terceiros a exploração de matérias-primas que são nossas por direito». - Agência Financeira


Será que é boa política continuar a importar matérias-primas que já existem no nosso território nacional?




Será que não é possível conciliar "a exploração de matérias-primas que são nossas por direito" e o Turismo no Algarve?


Ou haverá mesmo o tal lobby do turismo?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mais uma vez, esta notícia

"Mais de 28 mil no desemprego
No final do ano passado havia mais 2696 pessoas desempregadas no Algarve do que no fim de Dezembro de 2009, segundo dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). E a tendência é para a situação se agravar nos primeiros meses deste ano.
Centro de Emprego de Portimão é que tem o maior número de inscritos.

De acordo com o IEFP, em Dezembro, estavam sem trabalho28 298 pessoas no Algarve, o que se traduz num aumento de 10,5% em relação ao mês homólogo de 2009, e de 3,5% em comparação com Novembro de 2010. No Continente, foi a região em que o desemprego mais cresceu.
"Se se somar cerca de um milhar de pessoas que se encontram em programas ocupacionais, já estamos próximo dos 30 mil desempregados. Aliás, nos primeiros meses deste ano essa barreira deverá ser ultrapassada, visto que se verifica uma acentuada degradação do tecido económico da região e estão muitas empresas para fechar", afirma António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve.
Um dos sectores mais afectados é o turismo. Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), diz que o número de unidades encerradas na época baixa "aumentou significativamente em relação ao que era hábito e há muitas que se mantêm abertas, mas reduziram drasticamente a sua actividade". Elidérico Viegas também diz que "o problema vai agravar-se", visto que "houve empresas que tentaram manter a actividade, mas agora vão ter de despedir pessoas".
PORTIMÃO É O PIOR CONCELHO
Portimão é o terceiro concelho mais populoso do Algarve, mas surge na primeira posição em número de desempregados. Uma liderança que, aliás, já mantém há algum tempo.
Segundo o IEFP, no final ano passado havia 4384 pessoas sem trabalho neste município, ou seja, mais 294 do que em idêntico período de 2009. A maior parte das pessoas (3275) encontra-se inscrita no centro de emprego há menos de um ano. As mulheres são as mais afectadas.
De acordo com António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, o facto de Portimão liderar o ranking do desemprego na região resulta da própria estrutura económica deste município, que é muito dependente de dois sectores muito afectados pela crise: o turismo e o imobiliário." - Correio da Manhã

Já no dia 21 de Janeiro publicamos um post com o título "Mais uma vez o desemprego em Portimão", a chamar a atenção (mais uma vez) para a esta triste realidade.
É com pesar que lemos mais uma destas noticias que em nada prestigia a nossa cidade.
Certamente que não queremos que Portimão seja colocado no mapa por tais motivos.
Como podemos constatar, certos eventos e iniciativas tão badalados em nada beneficiaram os Portimonenses.
Apenas os distraíram mas não é a distracção que providencia aos mais necessitados o essencial para viverem com dignidade.
É incompreensível que numa cidade como Portimão, com todas as potencialidade que se lhe reconhecem, muitos estejam a passar por esta tragédia.
Lamentável.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lena afinal já não vem!!! Novidade frequinha ou não?


"Grupo Lena já não faz a obra

O Complexo Desportivo de Portimão, que representaria um investimento de cerca de 150 milhões de euros, já não vai ser construído. Segundo apurou o CM junto da autarquia, a empresa vencedora do concurso de concepção e construção do equipamento – o Grupo Lena – deverá desistir da concretização da obra.


"Existe um acordo de princípio para que o terreno, que havia sido cedido em direito de superfície, seja devolvido à câmara, estando a ser acertadas as questões legais", afirmou fonte da autarquia liderada por Manuel da Luz.
Contactado pelo CM, o director de marketing da empresa, Pedro Carvalho, afirmou que "decorrem, no momento, conversações entre o Grupo Lena e a Câmara de Portimão no sentido de encontrar a melhor solução possível para ambas as partes".
O projecto do complexo contemplava a construção de um estádio, pavilhão multiusos, complexo de piscinas e área verde. O empresa vencedora do concurso ficaria responsável pelo investimento, mas poderia construir 200 moradias e um centro comercial (com hipermercado, 70 lojas, restaurantes e cinemas).
A autarquia, que fez o lançamento simbólico da primeira pedra da obra em Setembro de 2009, entende que já não se justifica. O actual estádio e pavilhão desportivo estão a ser alvo de obras e existe ainda o Portimão Arena com capacidade para grandes competições desportivas. Em relação às piscinas, a câmara pretende avançar com a construção de um complexo junto ao Estádio Dois Irmãos." - Correio da Manhã
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Sim, o tal lançamento simbólico que por "acaso" ocorreu dois meses antes das eleições autárquicas. 
Pelos vistos este ritual simbólico de colocar a primeira pedra dois meses antes de umas eleições não funciona lá muito bem (pelo menos para nós), pois o mais provável é que a segunda e as restantes pedras nunca venham a ser colocadas.
Mas na minha "ingenuidade" ainda pensei que a tal segunda pedra ainda viesse a ser colocada um dia destes.
Talvez esta pedra viesse de Plutão ou então que caísse em forma de meteorito.
Talvez fosse mais uma daquelas campanhas "mesmo boas" para colocar Portimão ainda mais no mapa.
Por enquanto ainda estamos assim. 


Faro ainda continua a bold mas com a tal segunda pedra "especial" ou "espacial" de certeza que não só Portimão ficaria a bold mas também a itálico. 

Mas afinal parece que as pedras já estão todas aqui mas só que no lugar errado.
Será que já não se sabia há bastante tempo, mesmo antes das eleições, que a tal segunda e as demais pedras nunca viriam a ser colocada?

Se sim.

Como acham que podemos classificar esta omissão.