Hotel Tropimar em Portimão abandonado ao vandalismo e aos marginais

O outrora Hotel Tropimar, situado perto da Quinta da Malata e ao lado da escola primária Major David Neto, em Portimão, é agora a casa de muitos toxicodependentes ou pessoas sem abrigo que vandalizaram o espaço, degradando-o e criando problemas de segurança e saúde pública.

O Hotel Tropimar deixou de funcionar há cerca de um ano e agora está acessível a quem lá quiser entrar, porque já nem portas nem janelas tem.

A principal preocupação é a sua localização junto de uma escola primária, pois qualquer criança mais aventureira e com curiosidade em explorar o espaço pode pôr em risco a sua vida. Além dos vidros espalhados no chão, bem como lixo e restos de mobílias partidas, as piscinas ainda estão cheias de água estagnada.

«O edifício já pouco tem para roubar, mas continua a ser vandalizado. No entanto, o maior problema que pode ser desenvolvido pelo abandono do edifício é a água estagnada nas duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças, pois começam a desenvolver-se bactérias, promovendo um problema grave de saúde pública», explicou ao «barlavento» Jorge Carneiro, comissário da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portimão.

«Os proprietários do edifício já foram notificados e está previsto a autarquia intervir no local», revelou, por seu lado, uma fonte do Gabinete da Presidência da Câmara de Portimão.

Mas a autarquia só o pode fazer, contudo, depois de acabar o prazo legal para os proprietários tomarem as medidas de segurança necessárias, depois de uma vistoria para imposição de obras.

A PSP de Portimão tem estado atenta à situação do hotel abandonado. «Fizemos uma reportagem fotográfica para sensibilizar os proprietários e para lhes mostrar o estado em que se encontra o edifício», contou Jorge Carneiro.

Mas como, por enquanto, só podem ser os proprietários a tomar as medidas de segurança necessárias, nenhuma das entidades pode fazer muito mais do faz actualmente.

«Continuamos a passar rondas, até porque no outro lado da estrada está uma escola primária», afirmou o comissário da PSP.

«Os proprietários estão em litígio e é evidente que, para concretizar as medidas de segurança, eles têm que gastar dinheiro. Ora, se estão envolvidos num processo litigioso, a resolução do problema é mais difícil» acrescentou.

A PSP, alertada pela população ou verificando, nas rondas que faz, que se encontram «pessoas dentro do espaço, toma conta da ocorrência e ainda há pouco tempo a polícia encontrou, no local, um casal de jovens que foi detido».

No entanto, os acidentes acontecem e «na manhã de 11 de Janeiro deste ano, deflagrou um incêndio» numa das dependências do quarto piso do hotel, não tendo havido feridos, disse ao «barlavento» uma fonte oficial dos Bombeiros Voluntários de Portimão.

A resolução do problema passa agora pela responsabilidade dos proprietários em tapar e selar o local, tomando todas as medidas de segurança básicas.

Se os proprietários não fizerem o necessário, só depois, quando acabarem os prazos legais, é que a Câmara pode intervir.

Link para as fotos da degradação do Hotel Tropimar.
Autoria: Ana Sofia Varela

Fonte: Barlavento Online