Páginas do Portimão Sempre

domingo, 28 de novembro de 2010

As preocupações das pessoas comuns comparadas com as dos políticos.


Hoje gostaríamos de abordar de novo a questão do que preocupa as pessoas.
Isto porque terminou hoje o pequeno questionário que publicámos aqui.

E os resultados foram:
Desemprego e situação económica – 53%
Segurança – 24%
Trânsito e estacionamento – 13%
Comércio tradicional versus grandes superfícies – 6%
Eventos de promoção da cidade – 0%
Localização do novo cemitério – 2%

Bem sabemos que foi um questionário pequeno.
Não é representativo de nada.
É o que é.
Mas, para quem vive aqui e convive com as pessoas daqui, nota que estes resultados são coincidentes com a chamada “voz da rua”.

Estas são as preocupações das pessoas.
O desemprego, a segurança, o trânsito e o comércio são o que ocupa a mente do cidadão comum.
Poderemos considerar que o desemprego e o comércio são itens complementares, pois um comércio em dificuldades aumentará o desemprego.
O cidadão comum terá algumas preocupações com a mobilidade na cidade, mas não será isto que o preocupa verdadeiramente.
Sobretudo o desemprego (Portimão é o município com mais desemprego do Algarve) e a segurança são as suas principais preocupações.
Assim o cidadão comum vive com dificuldades e com medo.

Comparemos agora então, com o discurso dos políticos locais com responsabilidades governativas e de oposição.

Serão estes os assuntos que eles elegem como prioritários?
Eu pessoalmente penso que não.
Eu penso que a maioria (não a totalidade) dos políticos locais, foca-se em questões diferentes desta.

E uma delas é a questão do saneamento financeiro da câmara municipal de Portimão.
Este é um problema grave, que tem absoluta necessidade de ser resolvido urgentemente.
Ninguém nega isso.
A questão é que, sobra pouco tempo para se tentar resolver com o afinco necessário, os problemas do desemprego e da segurança.
E enquanto estes problemas não forem abordados com a determinação necessária, nunca serão resolvidos.
E levanta-se sempre a questão sobre quem pôs isto neste estado (que nos obrigará, por exemplo, a pagar IMI à taxa máxima como foi deliberado muito recentemente)?

Assim, o arranjo das avarias da máquina leva muito mais tempo, do que o tempo gasto no trabalho que ela deveria de fazer.
Usando outra metáfora, é como ter um automóvel que está constantemente na oficina e não a transportar os seus donos.

E persistindo na metáfora do mundo automóvel, às vezes parece-me a mim que temos um velho calhambeque, que anda como um calhambeque, que nos deixa no caminho como um calhambeque, mas que consome como um Jaguar.

Desta feita, pergunto:
Esta “viatura” serve-nos?

Mais seriamente:
Quem decidiu e quem decide, fá-lo de acordo com as preocupações principais do cidadão comum, que são o desemprego e a segurança?

Ou seja:
Estes políticos servem-nos?

Mais uma vez, agradeço a vossa atenção.
Um abraço.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Portimão continua como o município com mais desemprego do Algarve.

Estão aqui os dados referentes ao desemprego do mês de Outubro de 2010.
Fonte: IEFP.

Isto é grave, dramático e absolutamente avassalador.

Para lá dos problemas financeiros da câmara municipal;
Para lá dos problemas de segurança;
Para lá dos problemas relacionados com o comércio;

Existe este que toca literalmente a todos.

Todos temos amigos ou familiares que estão sem emprego, contra a sua vontade.

Há que arranjar soluções para isto.

E para se arranjar soluções sobre isto, há que conversar sobre isto.

Conversemos então.

domingo, 21 de novembro de 2010

O que dizer do comércio em Portimão?


As primeiras coisas primeiro.
Mal ou bem, nós vivemos do turismo.
Mal ou bem, precisamos de crescimento económico, para podermos ter trabalho e prosperidade.


Sabemos que:
Para termos turismo que nos sirva, o comércio tem de ter um papel central.
Para termos crescimento económico, o comércio tem de ter um papel preponderante.
Logo:
Temos de ter um comércio forte.
Isto é incontornável.


Porém, o comércio tradicional em Portimão (como em muitas cidades no país) sofre de uma fragilidade preocupante:
A questão das grandes superfícies (o Aqua está quase a abrir);
A questão da segurança nas principais zonas (como a rua das lojas);
A questão da crise económica;
A questão dos padrões de compra dos consumidores (que de facto gostam do produto shopping);
A questão da inadaptação sensível, por parte de alguns comerciantes tradicionais, às novas necessidades dos consumidores;

Tudo isto em conjunto, praticamente decreta a sentença de morte do nosso comércio tradicional.

Porém, por muito que muitos duvidem, nós precisamos dele.
E isto se quisermos que a cidade, ou seja todos nós, beneficie do emprego e das oportunidades que este sector pode conferir.

Assim, fica aqui este pequeno mote para conversa, pois é necessário que se encontrem soluções.

E já agora da minha parte, se mo permitirem, aqui ficam algumas singelas propostas:
• Actuação mais próxima da edilidade junto das associações comerciais (não só de apoio, mas também de exigência. Sim, de exigência.)
• Criação/expansão por parte da edilidade de uma linha de apoio ao comércio, para agilização de soluções de licenciamento, de garantia mútua, de crédito bancário e de informação crítica de mercado.
• Criação de uma taxa para superfícies comerciais com áreas acima dos 250m2, com vista à criação de um fundo de apoio ao comércio tradicional.
• Criação de estruturas que permitam ao comércio tradicional, um melhor aproveitamento da zona ribeirinha no verão (não apenas o stock off).
• Incentivo para a adaptação do horário de funcionamento, para um horário mais de acordo com as necessidades actuais dos consumidores (estes não vão às compras às 16h no verão. Vão às 21h. E não vale a pena acender as luzes de natal às 18:h quando o comércio fecha às 19h.).

Bom, e já dá para começar a conversa.


Mais uma vez, agradecendo a vossa atenção, fica aqui:
Um abraço.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O que fazem as autoridades competentes?


Tráfico na rua das lojas


"O centro de Portimão está a tornar-se "um antro de droga e marginalidade". Quem o afirma são moradores e comerciantes da rua do Comércio, que apontam o largo da Mó e zona circundante como um dos maiores pólos de tráfico de estupefacientes na cidade, actualmente. "Isto começou há dois anos e desde o Verão piorou bastante", referiram ao Correio da Manhã, sob anonimato.

 "É uma situação que nos preocupa muito, até porque o tráfico é feito às claras e a qualquer hora do dia. E, às vezes, há violência: há uma semana andava um atrás de outro com uma faca", relataram.
A situação é do conhecimento da PSP, que reconhece estar esta zona da cidade "no topo das preocupações" em termos de tráfico e consumo de droga, bem como a "parte Oeste da rua Infante D. Henrique". Desde o início do ano, a PSP deteve ali "21 pessoas, 18 das quais por tráfico e três por situação ilegal em território nacional", referiu ao CM fonte do Comando de Polícia na região.

Moradores e comerciantes apresentaram, por várias vezes, queixas às autoridades. "Desde que o bairro do Palácio – que era o antigo supermercado de droga na cidade – acabou, o tráfico passou para a zona antiga de Portimão. Antes concentrava-se nas ruas de S. José e do Capote, mas agora deslocou-se para a rua do Comércio. Num momento em que a crise aperta, esta situação dá má imagem a uma zona que ainda é um ex-libris de Portimão e faz com que as pessoas se afastem", sublinharam. 

"Indignados" com a situação, os populares esperam que as autoridades "actuem rapidamente e com mão dura". Caso contrário, "pode ser tarde de mais". Sublinham ainda que esta situação "pode ser a machadada final numa zona comercial já muito debilitada"." – Correio da Manhã (15 de Novembro de 2010)



Esta situação vem se desenrolando à frente dos nossos olhos dia após dia.
Como sempre as autoridades competentes preferem remediar do que prevenir.
Neste caso corre-se o risco de remediar o que já não tem remédio.
De certeza que nenhum de nós quer que o centro de Portimão se torne num "… antro de droga e marginalidade".
Mas face ao cruzar de braços de quem tem o dever de agir, é isso que está acontecendo.

Será que não é já o momento certo para dizer BASTA?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Soluções


Hoje, gostaria de abordar um tema diferente.
O espírito com que fazemos as coisas.
Neste caso em particular, de como buscamos soluções.

Na minha opinião, as soluções só surgem na sequência de um espírito construtivo.
De uma vontade genuína e sincera de solucionar um problema.

Portimão tem problemas graves:
O desemprego;
A actividade económica anémica;
Os problemas sociais emergentes;
A situação financeira da Câmara;
Etc…

A questão que se põe neste momento é:
Como solucioná-los?

Eu penso que para chegarmos a respostas, teremos que deixar de ficar ofuscados pelo problema em si mesmo e teremos que nos focar na solução. Na busca dela.

Desta feita, o espírito terá de ser outro.
O tom tenso, crispado, mesmo zangado, deverá ser substituído por um tom franco, construtivo e repleto de positivismo.
Confesso que contra mim falo, pois já aqui e noutros sítios fui visto e achado a ter um discurso duro e seco.
Como costumo ser autocrítico quanto baste, dei por mim a perguntar a mim mesmo, no que é que isto ajudou.
No que é que foi útil?
Produziu resultados?
Pois…

Assim, gostaria de dizer o seguinte:
Para que se achem soluções, é necessário que deixemos por enquanto, de nos focarmos no que nos divide.
Comecemos por nos concentrarmos no que nos une.

Amamos Portimão.

A nossa motivação é o bem comum de todos os que vivem e que visitam a nossa terra.

Isto é comum a todos os que estão a ler?
Já é um começo.
E a partir daqui, cientes que temos isto em comum, vamos experimentar propor ideias, ouvir sugestões (com espírito aberto), despidos do nosso ego (muito importante) e esquecidos dos nossos interesses pessoais (ainda mais importante).

A ver no que dá…

Às diversas facções políticas, gostaria de dizer o seguinte:
Quero partir do princípio, de que não estão envolvidas questões de falta de honestidade.

Atenção:
Não sendo ingénuo, escolho agora sê-lo.
Torno a dizê-lo:
Não sendo ingénuo, escolho agora sê-lo.
É portanto uma ingenuidade por escolha…
Será assim uma ingenuidade que vale o que vale…
Espero que seja evidente.

Assim, não querendo discutir (por enquanto) honestidade e consequentemente, o carácter das pessoas, quero discutir visões, filosofias e estratégias.
Serão discordantes entre si, mas aqui a discordância fará parte do método e não do obstáculo.

Desejo dizer que, considero que o executivo camarário está longe de ter tido uma performance brilhante.
Existe muito por fazer.
Mas em abono da verdade, digo que nem tudo o que fez foi mau.
Houve coisas que foram bem feitas.
E digo que existem de certeza no PS, pessoas que desejam fazer melhor do que foi feito até aqui.

Desejo dizer também que, considero que o conjunto das oposições está longe de ter tido uma performance brilhante.
Existe muito por fazer.
Mas em abono da verdade, digo que nem tudo o que fez foi mau.
Houve coisas que foram bem feitas.
E digo que existem de certeza no PSD, PCP, BE e CDS, pessoas que desejam fazer melhor do que foi feito até aqui.

(Sim, foi escrito propositadamente de forma igual).

Assim, concluindo:
Quero fazer deste espaço, um espaço de cidadania.
E convido, todos vós que o queiram, a participar.
Todos vós que sentem o que está escrito a bold mais acima.

Uma forma, muito simples, é começar por sugerir aqui mesmo e agora já, soluções.
Como vamos fazer, para resolver os nossos problemas?
Quais são as soluções?

Fico à espera.
Um abraço.