Páginas do Portimão Sempre

domingo, 31 de julho de 2011

Conferência acerca dos efeitos da Troika no Algarve. O que tem isso a ver com a qualidade da gestão camarária. E com Portimão.


Na passada quinta-feira, teve lugar no auditório do museu de Portimão, a conferência «O Algarve na Economia Nacional – Impactos regionais das medidas da troika».

Foi uma conferência muito interessante e com um nível de participação muito elevado.

O painel de convidados era muito apelativo:

Camilo Lourenço (conhecido jornalista especializado em assuntos económicos);
Jack Soifer (consultor internacional);
João Duque (economista e presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão);
Elidérico Viegas (presidente da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve).

Muito foi dito acerca do estado do país, do estado da região, acerca do impacto no rendimento disponível das famílias, acerca do estado do turismo, etc, etc.

Mas no contexto da qualidade da governação que temos tido, Camilo Lourenço e João Duque, fizeram diagnósticos absolutamente certeiros.

Camilo Lourenço, com a sua confessada “paixão por gráficos” mostrou de forma bastante visual e objectiva (ou seja, sem qualquer tipo de refutação possível), que o modelo de governação do país tem sido absolutamente catastrófico.

João Duque referiu, acerca do que temos que fazer no futuro, que:
Não há espaço para errar”.

E acerca do turismo sugeriu que, (apoiado pelos outros participantes como Jack Soifer e Elidérico Viegas):
Portugal terá de ter a ambição de ser para o turismo o que a Alemanha é para a Indústria.”

Ou seja, o padrão de definição da excelência.


Disseram algo também, acerca da qualidade da gestão autárquica.
Referiram que a qualidade média da gestão autárquica, tem sido tendencialmente má.

Mas, deixaram também algumas notas que sinto que causaram algum desconforto em algumas das pessoas que estavam na assistência:

Festas para atrair turistas no verão, quando eles naturalmente já vêm, é errado”.
Jack Soifer.

Festas para atracção de turistas é censurável
João Duque.

A aposta em eventos que não ajudem a contrariar a forte sazonalidade que temos, é contraproducente."
Elidérico Viegas

Não vale a pena uma câmara municipal fazer uma festa com uns foguetes, quando o resto está às escuras”.
João Duque.

Esta dos foguetes, fez sorrir muita gente na assistência…


Ora por falar na assistência, estavam lá alguns defensores do “Sasha”.
Ou seja, dos defensores em dar 200 mil € para a realização do “Sasha” este ano.

Não eram muitos, porque já sabemos que não são muitos os que defendem esta iniciática, cá em Portimão.

Mas, pergunto:
Ao ouvir o que eles ouviram (de gente avalizada) acerca do reprovável que é a aposta neste tipo de eventos pelas autarquias, pergunto:

Como será que eles se estavam a sentir?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Conferência discute papel do Algarve na economia nacional e impactos das medidas da troika


O auditório do Museu de Portimão recebe esta quinta feira, 28, a partir das 15:00 horas, a conferência «O Algarve na Economia Nacional – Impactos regionais das medidas da troika».

Serão oradores nesta iniciativa, que se realiza pelo segundo ano consecutivo, Camilo Lourenço (jornalista especializado em assuntos económicos), João Duque (economista e presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão), Elidérico Viegas (presidente da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve) e Jack Soifer (consultor internacional).

Na sessão de abertura usarão da palavra João Rosado, presidente da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), e Manuel da Luz, presidente da Câmara Municipal de Portimão.

Trata-se de uma iniciativa conjunta do semanário O Algarve e da ACRAL, a que a Câmara Municipal de Portimão se associa.

Fonte: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=118288


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Autarcas 'isolam' Macário a favor das portagens



Vários autarcas algarvios, alguns do PSD, demarcaram-se hoje da posição do presidente da Câmara de Faro, que considerou que o pagamento na Via do Infante é "inevitável". Comissão de Utentes diz que Macário "anda a brincar às portagens".


"Em primeira mão, lamento e repúdio essas declarações, parece que anda a brincar às portagens. Umas vezes está a favor outras contra. Pelos vistos não andava de boa fé quando fez parte da plataforma de luta", critica João Vasconcelos, líder da Comissão de Utentes contra as Portagens na A22.

Mas não é o único. Em declarações ao Expresso, vários autarcas algarvios já se demarcaram da posição do social-democrata, inclusive alguns 'colegas de partido'.

"Lamento que mude de opinião só porque mudou o Governo", critica Francisco Amaral, presidente social-democrata da Câmara Municipal de Alcoutim. "Temos que ser coerentes com o passado. A Via do Infante não é uma SCUT, por isso não deverá ser portajada", acrescenta, com algumas dificuldades em explicar a mudança de posição do autarca farense. "Será talvez algo partidário, não compreendo", diz Amaral.

Loulé busca solução a meio caminho


Outro autarca social-democrata, o presidente da Câmara Municipal de Loulé, admite que os prejuízos decorrentes da introdução de portagens serão "seguramente superiores aos benefícios imediatos".

Recordando que boa parte da construção foi efetuada com fundos comunitários, o que a diferencia de outras SCUT, Seruca Emídio admite que será difícil explicar ao resto do país como o Algarve se eximirá a contribuir para os cofres do Estado, em tempo de crise.

Por isso, sugere um encontro a meio caminho: "Acho que a A22 deveria seguir o exemplo de outros modelos europeus, como na Suíça, Áustria ou República Checa em que as pessoas compram uma vinheta que tem preços diferentes consoante sirva para quinze dias, para um mês ou para um ano inteiro", diz. "Isto teria evitado investimentos em grandes estruturas de controlo e acabava com as dúvidas de como vão ser cobradas as portagens às empresas de rent-a-car e aos estrangeiros que nos visitam", acrescenta.

O turismo é aliás uma das grandes preocupações deste autarca, responsável por uma das áreas mais importantes para o Algarve, que inclui Vilamoura, a Quinta do Lago e Vale do Lobo. "Precisamos ser competitivos e quantos mais entraves colocarmos às pessoas, menos elas terão tendência a voltar, isto já para não falar na insegurança da EN125 quando se acabarem as isenções e as pessoas regressarem em força, para fugirem às portagens", avisa.
"AMAL não mudou de posição", avisam autarcas socialistas


Para António Eusébio, vice-presidente da AMAL e presidente em São Brás de Alportel, as declarações de Macário Correia nunca poderão ser lidas enquanto presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, mas apenas a título individual.

"A posição da AMAL é a mesma. Se no passado, entendíamos que não devia haver portagens portagens, acho que a posição coerente deve ser mantida", afirma Eusébio, eleito pelo PS, considerando 'estranha' a tomada de posição de Macário Correia.A barlavento, também Manuel da Luz, o presidente da Câmara Municipal de Portimão, tem dificuldades em entender os argumentos de Macário. "Não percebo esta mudança radical, porque em Abril dizia estar contra e agora diz-se a favor", critica o autarca socialista.

Para Manuel da Luz, que chegou a ameaçar na altura o governo de Sócrates com uma providência cautelar que não chegou a ir para a frente, todas as razões para lutar contra as portagens se mantêm: "Penso que os custos poderão ser analisados por uma entidade independente e chegar à conclusão de que sairá mais caro ao país e à região a introdução de portagens", garante. Para o autarca, o efeito das portagens na Via do Infante será "contra-producente" devido à perda de competitividade com a Andaluzia e à "penalização sobre as empresas", numa região que ultrapassou há muito a média nacional nos números do desemprego. Recorde-se que Macário Correia admitiu esta manhã que as portagens na Via do Infante "são uma inevitabilidade". "Pese embora a minha opinião, que é a mesma de sempre e a de muitos autarcas e empresários, constatamos que há factos que nos surpreendem sobretudo pelas situações das finanças públicas que estão à vista", disse o autarca.

"Compreendemos aquilo que o Governo actual e o anterior vinham defendendo a respeito deste ponto de vista, ainda que não seja o nosso", acrescentou. Também Desidério Silva, eleito pelo PSD para a Câmara Municipal de Albufeira, já manifestou opinião idêntica à de Macário Correia.



Fonte: http://aeiou.expresso.pt/algarve-autarcas-isolam-macario-a-favor-das-portagens=f662769#ixzz1T7VO5PU0












sábado, 23 de julho de 2011

As questões pertinentes sobre o convento de S. Francisco. Por João Figueiredo.


Boa noite a todos,

Antes de mais uma palavra de felicitação a todos os que participam aqui activamente com temas que abordam questões fundamentais da nossa cidade. É um grupo bastante activo e sobretudo, pertinente nas questões abordadas.

Venho pela primeira vez participar, e trago algumas questões sobre um assunto que infelizmente já c...aiu no esquecimento para muitos, mas acredito que para nós não. Venho solicitar a cooperação de todos os que conseguirem ajudar, para um trabalho de pesquisa que estou a realizar sobre:

Convento de São Francisco de Portimão

Ao que vou aqui sintetizar, gostaria que se tivessem informações que as partilhassem, e que respondessem às questões que vou colocar adiante no caso de terem a resposta de fonte segura:

O convento data do século dezasseis, fundado pelo capitão Simão Correia, e habitado ao longo do tempo por Padres, Franciscanos e Capuchos.
Passou para mãos privadas no período da historia em que acabaram as ordens religiosos, sendo vendido pela primeira vez em hasta publica no século dezanove a Eugénio de Almeida, servindo de deposito de cortiça. Sofreria com isso um grande incêndio, tendo ainda antes passado pelo avassalador terramoto de 1755. Haveria ainda de ser arrendado para a industria piscatória a Júdice Fialho.
Diz-se que a câmara por varias vezes tentou adquirir o imóvel (será mesmo?) mas o que é certo é que o mesmo haveria de ser adquirido pela família Pulido Garcia. Diz-se ainda que era plano da família o projecto para um hotel de charme.
Segunda as ultimas informações que consegui, os actuais proprietários são a família Souza Coutinho, e tanto quanto sei, a ultima proposta da câmara para o convento e envolvente era instalar lá o Centro de Investigação e Formação Avançada em Turismo.

Queria ainda referir dois aspectos:

1 - O Convento e Igreja foram classificados de "Imóvel de Interesse Público", ou seja, são Património Arquitectónico e Arqueológico, ao abrigo da lei IIP, Dec. nº 45/93, DR 280 de 30 Novembro 1993.
2 - A área envolvente e pertence à designada Zona do Porto, da jurisdição da JAPBA, e qualquer intervenções estão também sujeitas ao parecer da DRAA;

Estas informações foram retiradas do jornais como "O Barlavento", "Edição Especial" e do site de "Sistema de Informação para o Património Arquitectónico" entre outras fontes.




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Antes do grande teor desta minha participação, queria só fazer referência com umas linhas a aspectos que quanto a mim devem ser mais do que relevantes para que se pegue neste tema:
- Este convento, e tudo o que o envolve, são exemplos únicos no Algarve do que foi a arquitectura maneirista. Do que já pude ver, há espaços lindíssimos e ricos do ponto de vista arquitectónico, desde os claustros ás abobadas, dos vãos aos pórticos;
- Não só é rico a nível arquitectónico como também o é na historia, desde ter passado por várias ordens religiosas, com imensas curiosidades históricas e até lendas e mitos, como os túneis subterrâneos até à outra margem do rio.
- Pela sua localização, junto ao rio, junto a margem, é talvez dos pontos da cidade que saltam logo à vista mal se entra na cidade. Não o é talvez neste momento pelas piores razões, mas tem todo o potencial para se tornar numa das imagens da cidade. Além disso, encontra-se num ponto que une a ribeirinha ás entradas da Rocha e da Marina, além de se situar junto ao Porto de Portimão, do Museu de Portimão e de se encontrar junto às artérias do centro da cidade.
Acho que só por estes pontos, conseguimos ter uma noção do potencial que estamos de facto a falar.

Os dados históricos não me interessam neste momento, no entanto se alguém tiver um conhecimento profundo e relevante da sua historia agradeço a mesma que partilhe. Peço agora a colaboração de todos nos seguintes pontos:

- A verdadeira posse do Convento e da sua envolvente: Precisava de saber exactamente quem são dos proprietários actuais do Convento e todo o seu terreno, bem como a confirmação do terreno envolvente à cerca, se é ou não do domínio do porto.

- Se a Câmara tentou de facto adquiri e o porque de não o ter conseguido: se tentou de facto, alguma razão está por detrás do fracasso.

- Que armas podem ser usadas, tal como o facto de ser Imóvel de interesse Publico e Património, para que este passe de facto para as mãos da autarquia.

- Quais as soluções para o uso do Convento? e se me permitem, enquanto estudante de arquitectura tenho que fazer um ponto meu sobre isto: A meu ver o nível de degradação do edifício é extremo. Acho que tentar uma reconstrução do mesmo e uso das suas instalações seria não só muito dispendioso bem como reprovável do ponto de vista da valorização arquitectónica. Eu reprovo qualquer projecto que passe por transformar o Convento e tudo o que o envolve em instalações seja do que for, ou de hotéis, pousadas ou tudo o que envolva reconstruir a ruína. Quanto a mim, a aposta deve ser feita em valorizar e potenciar a sua actual imagem, restaurando a estrutura actual obviamente, e potenciar a sua envolvente, desde à volta da cerca como dentro da cerca no seu imenso jardim. Uma iluminação estratégica do convento, uma limpeza da mata envolvente e um plano estratégico de apostas a nível cultural para os espaços em torno do convento, era quanto a mim o melhor passo que se podia dar, para potenciar não só a imagem forte que este convento pode voltar a ter como de todos os espaços que o mesmo envolve. Há tanto por onde pegar, porque manchar uma imagem que já está tão manchada pelo desprezo?

Espero a vossa colaboração, a vossa opinião, e que isto seja para vós, como é para mim, palavras de quem quer ver este assunto de uma vez por todas encaminhado para bem da imagem da nossa cidade.

Cumprimentos a todos, obrigado pela grande atenção!

João Figueiredo









domingo, 17 de julho de 2011

Câmara paga festas de Verão no Sasha


A Câmara de Portimão vai gastar, através da empresa municipal Portimão Urbis, mais de 200 mil euros com as festas de Verão promovidas pelo grupo Media Capital no antigo Sasha, na Praia da Rocha, além de ceder o espaço. Como contrapartida, o grupo promoverá a divulgação do destino Portimão.

O PSD local acusa o executivo socialista de "despesismo" e de "promover e financiar um evento à custa de dinheiro do município que irá rivalizar com os empresários de diversão nocturna" da zona. Considera ainda "dolosa e nefasta a gestão levada a cabo pelo executivo" socialista após adquirir a marca Sasha, lamentando que "ao fim de um ano esta não exista". Este ano o espaço vai chamar-se Meo Spot Summer Sessions.

Em comunicado, a Portimão Urbis refere que o acordo com a Media Capital prevê como obrigações da empresa municipal "a cedência do restaurante e do areal por um período de um mês, o investimento monetário de 150 mil euros e o apoio logístico quantificável até 80 mil euros".

A Media Capital compromete-se "a difundir conteúdos publicitários de eventos e do destino Portimão nas rádios, TV e imprensa escrita" do grupo. Vai ainda "promover Portimão como destino de eleição para as férias, com cobertura editorial, por parte da TVI e/ou TVI 24, de três conteúdos em termos a acordar e no respeito pela liberdade editorial dos canais".

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/camara-paga-festas-de-verao-no-sasha



Eu já nem sei o que dizer acerca disto!

Não há dinheiro para nada!
Não há dinheiro para o essencial!
E eles... nisto!

200 MIL €!!

Mais!!

Os 800 MIL € que ficámos a arder do grande amigo, mas grande amigo Evaristo.

Ai Evaristo, como eu gostava de te encontrar aqui na rua!
Era tão giro...


E estes que vão nesta conversa que já nos custou UM MILHÃO DE €, eu já nem os quero encontrar na rua!!


Raios partam isto tudo e mais o shosha!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Rua Direita aberta ao trânsito. Até que enfim!!


Circulação rodoviária nos dois sentidos entre a ponte velha e o Largo 1º de Dezembro.

A autarquia portimonense informa que a Rua Direita, em pleno centro da cidade, vai estar aberta ao trânsito automóvel de 15 de Julho a 15 de Setembro. Trata-se de uma medida com carácter experimental, acordada entre a Câmara Municipal e a UAC – Associação de Desenvolvimento de Portimão Pró-Comércio, cujos efeitos serão posteriormente avaliados, no sentido de serem apuradas as eventuais melhorias que a mesma poderá trazer em termos de descongestionamento do tráfego automóvel numa das zonas mais concorridas de Portimão e onde existe uma significativa aglomeração de estabelecimentos comerciais.

Complementarmente, na Rua Júdice Biker passa a ser permitida a circulação nos dois sentidos ao longo do percurso entre a ponte rodoviária (à entrada da cidade) e o Largo 1º de Dezembro, fronteiro ao TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, como forma de os automobilistas terem melhor acesso à Rua Direita.

Fonte:
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=117981

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Portimão, como o 2º município do país com pior liquidez.

Há dias, encontrei este documento:





No capítulo respeitante ao ranking dos municípios em indicadores chave, reparei que no que diz respeito à liquidez, o município de Portimão aparecia como o 2º pior do país.

A liquidez, mede a capacidade que uma entidade tem para solver os seus compromissos
a curto prazo.
Ou seja, mede a capacidade de pagar as suas dívidas de curto prazo, grosso modo.

Após a análise dos dados construí o seguinte gráfico:



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Isto foi referente de 2006 a 2009.

Note-se que os valores estão a negativo.
Ou seja, a liquidez é negativa desde 2006 pelo menos.

Mas, não chegando isto, ela agrava exponencialmente:

De 2006 para 2007 a falta de liquidez aumentou 110%.

De 2007 para 2008 a falta de liquidez aumentou 284%.

De 2008 para 2009 a falta de liquidez aumentou 103%.

De 2006 para 2009 a falta de liquidez aumentou 1538%!!

Agora se percebe melhor a monstruosa dívida de curto prazo, que já ascende a mais de 100 milhões de €.
Agora se percebe melhor de onde vem a necessidade do empréstimo de 94 milhões de € de médio/longo prazo para passar esta dívida monstruosa de curto prazo para médio/longo prazo.

Mas…
Antes das últimas eleições autárquicas, o PS local dizia que tudo estava impecavelmente bem gerido…

Pena que não tenhamos visto, por exemplo este relatório, atempadamente.
É que estávamos ofuscados pelo barulho e brilho dos foguetes…

Oh cidadãos desatentos e crédulos que temos sido...





Para concluir, vou sublinhar estas duas conclusões:

Portimão, em 2009 era o 2º município do país com pior índice de liquidez.

De 2006 para 2009 a falta de liquidez aumentou 1538%.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sugestões para o trânsito em Portimão. Por Ricardo Palet.

Na sequência do solicitado pelo “Portimão Sempre”, venho por este meio apresentar algumas ideias que defendo para a melhoria das condições de trânsito da cidade de Portimão, algumas das quais considero que, pelo seu carácter pontual e limitado no espaço, podem vir a resolver constrangimentos existentes sem a necessidade de envolver elevados custos económicos na sua resolução.

Atendendo ao carácter não sistemático da presente reflexão, onde apenas reflicto sobre algumas das situações que mais saltam à vista, fruto do meu percurso habitual pela cidade (acrescido de alguma curiosidade profissional) considero que deveria ser desenvolvido um estudo de trânsito / de ordenamento viário à escala global da cidade, onde poderiam aí sim ser analisadas em pormenor todos os constrangimentos e procurar soluções para os mesmos.

Feito este ponto de situação, que considero importante, apresento pois algumas considerações que posso dividir nos seguintes grupos :

1. Supressão de zonas de elevada sinistralidade (pontos negros rodoviários) através de pequenas intervenções de reduzido custo
2. Simplificação viária via eliminação semafórica e/ou alteração de sentidos de circulação
3. Sinalização Vertical de Orientação
4. Medidas estruturais de ordenamento viário, através de investimentos de maior custo econónimo
5. Implementação de um Plano Municipal de Segurança Rodoviária

Passo seguidamente a apresentar cada uma das questões acima referidas, com apresentação de geometrias de alguns exemplos ilustrativos do que poderia ser implementado :

1. Supressão de zonas de elevada sinistralidade (pontos negros rodoviários) através de pequenas intervenções de reduzido custo

As situações que seguidamente descrevo caracterizam-se por elevada sinistralidade ou causadoras de perturbação/incómodo ao tráfego afluente às zonas adjacentes. Assim como as situações que pretendo demonstrar, existirão muitas outras que com um relativamente reduzido investimento poderiam ser solucionadas, bastando para tal algum investimento no estudo das suas causas e/ou análise das soluções alternativas.

Tomo pois como exemplo as seguintes situações :



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Embora não se conhecendo o “proprietário” desta via (C.M. Portimão ou Estradas de Portugal) julgo que deveriam ser envidados todos os esforços no sentido de solucionar este estrangulamento – recordo que a actual passagem sob o Caminho de Ferro não tem mais de 2,5 m de largura e 3 m de gabarit vertical.




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Situação verdadeiramente singular, este atravessamento de nível entre uma via urbana no centro de Portimão e a Linha do Algarve da CP, para além do facto de ser caso quase insólito no país em cidades da dimensão da nossa, representa uma situação de risco muitíssimo elevado, para além do carácter de conflitualidade que provoca no tráfego em toda a zona onde se insere, para mais tendo em consideração de se situar próximo duma grande superfície comercial.


2. Simplificação viária via eliminação semafórica e/ou alteração de sentidos de circulação

Analisadas a maioria das situações da cidade em que se encontra presente sinalização semafórica enquanto gestora do tráfego,verifica-se que na maioria dos casos a mesma poderá e deverá ser suprimida, o que nalguns locais tem vindo já a ser implementado.

Para além do custo de manutenção e de energia de cada conjunto semafórico, e atendendo ao que se verifica nas situações de interrupção do serviço, julgo que poderá ser suprimida a sinalização semafórica nas seguintes situações (entre outras não identificadas) ainda que com recurso à implementação de sinalização específica ou alteração da geometris do cruzamento :

- cruzamento da PSP
- cruzamento da Av. São João de Deus
- Av. Paul Harris (cruzamento com Urbanização da Raminha – implementação de solução tipo Rotunda fechada)
- cruzamento do Cemitério (a analisar em detalhe) ??
- etc

Relativamente à possibilidade de alterar ou implementar dois sentidos de circulação de trânsito, e embora à partida estas situações possam parecer de análise a conclusão simples, e uma vez que envolvem a reorganização viária em muitos casos
muito ampla, considero que deverá ser devidamente estudada em pormenor, embora à partida se possam identificar algumas hipóteses, nomeadamente na Av. Infante D. Henrique (alteração do sentido de circulação - discutível), na Av. S. João de Deus
(implementação de dois sentidos de circulação) junto à Praça Teixeira Gomes (implementação de dois sentidos de circulação – ver descrição mais à frente), etc.


3. Sinalização Vertical de Orientação

Esta é uma daquelas questões que atravessa toda a rede viária da cidade, uma vez que sem um sistema de sinalização simples,coerente e objectivo não será possível manter e garantir qualquer sistema rodoviário numa cidade, em especial no caso de Portimão, cidade apelativa do ponto de vista do turismo e que devia garantir a quem a visita a facilidade na sua circulação, seja do ponto de vista de garantir aos visitantes o fácil acesso aos pontos pretendidos (praias, museu, teatro municipal, etc) como
garantir com rapidez e simplicidade a entrada e saída na cidade.

Torna-se pois urgente a implementação de um modo sistemático em todos os cruzamentos, rotundas e principais eixos de um sistema de Sinalização Vertical de Orientação claro e objectivo que consiga garantir aos utilizadores/clientes da cidade todos os objectivos atrás referidos, de modo a não se repetirem situações que todos conhecemos de visitantes que após conseguirem desenvencilhar-se da nossa cidade, tão cedo não nos voltam a visitar…

4. Medidas estruturais de ordenamento viário, através de investimentos mais avultados

Este capítulo é dedicado às grandes e estruturais opções rodoviárias cuja necessidade de implementação urge resolver, ainda que, tendo em consideração os elevados custos envolvidos, deverão obedecer a uma calendarização que deverá ter em
consideração a sua real eficácia.

Tendo em consideração o Plano Rodoviário Municipal previsto pelo Município, julgo que deveria ser dada prioridade à construção da Via V2 , que se inicia no Cruzamento entre a Av. Paul Harris (continuação do Túnel das Cardosas) e a Av. V6 e termina na
zona da Bemposta/Montes de Alvor, que, conjuntamente com a Via V10 (alargamento e beneficiação da EM531 entre o Nó de Alvor da A22, passando pelo Aeródromo e terminando na Via V2) permitiria concluir outro eixo estruturante e decisivo.

Refere-se que ambas as Vias V2 e V10 se encontram incluidas na revisão do Plano Director Municipal de Portimão, publicado em Julho de 2010, enquanto “Grandes equipamentos e infra-estruturas previstas para o Município” – art.º 70.º daquele regulamento.

Aliás os projectos base destas vias foram mandadaos executar pela autarquia nos entre 2000 e 2002, apenas necessitariam de ser actualizados e revistos.

A conclusão do Nó de ligação entre as vias V2 e V6 permitiria introduzir um ramo de ligação entre a Av. Paul Harris e a a via V6,no sentido Sul/Norte em direção à Rotunda da Pedra Mourinha.

Julgo todavia que a maior urgência passaria pela criação da “Circular Nascente a Portimão”, via verdadeiramente estruturante,que ligaria a Rotunda do Hospital do Barlavento (que seria redimensionada) à chamada “Ponte Velha” sobre o Rio Arade, que liga os Concelhos de Portimão e Lagoa.

Esta via, de que se anexa um Esboço da sua localização, teria uma Rotunda Central junto ao Pavilhão Arena, que permitiria o acesso fácil a esta infraestrutura, à Estação Ferroviária e ao eventual Terminal Rodoviário, a localizar em zona adjacente,
eventualmente nos terrenos onde se situam actualmente as instalações da “EVA”.

A extensão desta Via seria de aproximadamente 1700m, constituidos em parte por um viaduto sobre o Caminho de Ferro com uma extensão aproximadamente de 450m, passando ainda em Viaduto sobre o estacionamento dos restaurantes “das Sardinhas” e terminando numa Rotunda a construir no final da Ponte Velha e o inicio da Av.Infante D. Henrique. O custo estimado de construção desta via seria da ordem dos 3.500.000 €.

Esta Circular, a par da introdução de dois sentidos entre a Praça Manuel Teixeira Gomes e a zona Ribeirinha de Portimão(através de solução em túnel a iniciar junto á capitania, através da demolição de edificações no querteirão da Casa Inlglesa, ou
através de uma solução de nível), o que permitiria que quem viesse da zona da Praia da Rocha poderia aceder à zona de confluência das ruas Júdice Biker e Sta Isabel, permitiria a criação de uma verdadeira Circular á cidade que de uma vez por todas
retirariam do centro da cidade muito do tráfego que lá hoje circula por falta de alternativa.




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Notar o traço do tunel por debaixo do Largo do Dique




5. Implementação de um Plano Municipal de Segurança Rodoviária

Para fazer frente ao problema da sinistralidade urbana rodoviária, que tem vindo a crescer ano após ano, a autarquia deverá avançar para a execução de um Plano Municipal de Segurança Rodoviária (PMSR) instrumento importante para o combate à
sinistralidade dentro das localidades.

Este tipo de Planos tem como objectivo a abordagem de uma forma sistemática das questões da segurança rodoviária, que deveria estar presente em todas as intervenções feitas pelos municípios, de modo a que, seja em obras de saneamento, de
construção de passeios ou quaisquer outros em espaços públicos, exista sempre a preocupação de melhorar as condições de segurança rodoviária nesses locais.

Os objectivos estratégicos dos PMSR passam pelas seguintes áreas de actuação :

a) Educação cívica, escolar e profissional
b) Comportamento dos condutores
c) Melhoria da infra-estrutura
d) Estudos sobre segurança rodoviária
e) Cooperação e coordenação entre autoridades
f) Comunicação

Procurando dessa forma identificar, nomeadamente grupos de risco (condutores, peões, efeito do alcool, etc) e factores de risco(velocidade, dispositivos de segurança, locais de risco acrescido, veículos, etc)

Aqui ficaram pois apenas algumas ideias de quem gostava de poder através delas contribuir para uma discussão séria sobre este assunto de vital importância para o bem estar dos residentes e de quem nos visita.

À vossa disposição

Ricardo Palet Ferreira de Almeida




terça-feira, 12 de julho de 2011

Dívidas e mais dívidas põem Algarve em maus lençóis


Depois do colapso da República vêm as partes. Os braços da administração territorial - as autarquias -, vão implodindo uma a uma, vítimas da mesma má governação e displicência sobre a gestão dos dinheiros públicos.

As mesmas engenharias e embriaguez política sobre contabilidade e negócios ruinosos do Estado central, foram elevadas a quase 308 municípios. No Algarve poucos escapam e foi a vez de Vila Real de Santo António, gerido pelo presidente da distrital do PSD, de mostrar e sofrer por umas horas as consequências de lei, entretanto suspensas por negociação sem que a dívida desapareça.

Numa prática recorrente para criar ocupações ao crescente número de pendurados nos partidos, entre outras artimanhas despesistas, multiplicaram-se as empresas municipais para as mesmas tarefas que nunca deveriam ter saído das responsabilidades das vereações.

Nem os serviços melhoraram, como estas empresas foram usadas para as trafulhices sobre os buracos financeiros das autarquias. Sem dinheiro, os jogos de manipulação deram lugar ao desespero e a somar à ruína nacional e aos seus custos, juntam-se os desastres locais.

Enquanto os políticos responsáveis se degladiam de forma pública e indecente sobre quem produz mais ou menos dívidas, cada cidadão e cada família interroga-se das consequências e de que mais lhes irão imputar sobre as enormes dificuldades vividas.

PSD e PS (para usar o Algarve como exemplo), enquanto gestores e oposição, concorreram despudoradamente para os mesmos objectivos de abuso da sua autoridade pública e ainda se atrevem a envolver a inocência dos munícipes nas suas disputas. Faro. Albufeira e Portimão e agora VRSA, são exemplos.

Em VRSA, os socialistas avisaram dos perigos do endividamento que esqueceram nos concelhos da sua jurisdição. Da gestão central à administração local, temos os mesmos vícios e os mesmos figurões que se vangloriam de “fazer obra”… com o dinheiro que ficam a dever. Na administração local, em muitos casos, não chegam a pagar…

Com o Estado descapitalizado e sem crédito, com os Bancos de uma maneira geral falidos e sem capacidade de financiar a economia e as autarquias, o Algarve em particular, pela sua monocultura de 3 ou 4 meses, não está preparado para enfrentar a situação e a partir de Outubro, todos os factores negativos conhecidos atingirão números e situações difíceis de gerir e resolver.

Perguntarão os cidadãos: Como chegámos tão longe? Onde estiveram os organismos de fiscalização? Não há punição para os vários níveis de responsabilidades?

Tal como o Banco de Portugal falhou para a supervisão da macroeconomia e finanças, o Tribunal de Contas foi fechando os olhos aos pequenos monstros que actuaram por toda a administração local. Como todos estes órgãos são de escolha política, está encontrada a explicação.

Com as políticas traçadas pelo novo Governo de cortes nas transferências para as autarquias e a quebra de receitas próprias, maus dias vão correr na região, com todas as culpas para as gerações de dirigentes e autarcas que se bandearam para o centralismo e deixaram os problemas correr ao sabor do sol e praia e da especulação do betão.

Com a região claramente a empobrecer, estes senhores procuram apenas tábuas de salvação para as instituições que dirigem com sobrecarga de custos para os cidadãos. Seguem as pisadas do centralismo de esconder a mão e democratizar esses custos.

No momento em que o país volta a ser avisado do seu estado de falência, que as virgens em coro não gostaram que lhes fizessem lembrar, é de todo legítimo que os portugueses coloquem as perguntas sobre as razões da dívida, quem a contraiu e beneficiou e da injustiça das medidas que estes senhores (Governo e autarquias) querem impor.

O Algarve está em maus lençóis…

Artigo de opinião de Luís Alexandre
Membro do Forum Albufeira e da ACOSAL -Associação de Comerciantes de Albufeira

Fonte: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/opinioes_ver.asp?opiniao=1123



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Acabei de ler este livro: Os Portugueses. De Barry Hatton.


Este livro é na minha opinião, absolutamente extraordinário.
O autor é um Inglês que já mora em Portugal desde 1986.
Casou-se com uma Portuguesa, já tem filhos Portugueses e ele próprio… já é Português.
É Inglês… mas já é Português.
Como ele tem uma cultura diferente da nossa, mas como já compreende muito bem a nossa também, faz uma descrição e uma análise do nosso povo e história, extremamente acutilante e certeira.
Simples, directo, franco, duro, mas apaixonado com esta nossa forma de sermos Portugueses, Barry Hatton explica o porquê do fado e do nosso fado ao longo da história.

Tece também umas palavras acerca do Algarve, de que transcrevo excertos:
“O desenvolvimento do turismo no Algarve a partir dos anos sessenta foi, durante muito tempo, um esquema para enriquecer rapidamente que sacrificou muito do carácter da região mais a sul…
… A forma como as esferas privadas e públicas foram coniventes… foi quase um sacrifício ritual da galinha dos ovos de ouro.
… O Algarve continua a ter praias fantásticas, mas falta-lhe profundidade, tendo sido desenhado com a ideia em mente de uma quinzena de férias na praia.”

Acerca do poder local aplicado às cidades da “província”:
“…As cidades da província parecem ter sido planeadas na costas de um guardanapo, durante o almoço.”
“Lisboa tem o dobro dos funcionários, em termos relativos, do que a capital espanhola. Tal como a generalidade dos restantes municípios, em comparação com os municípios espanhóis, em termos relativos.”

Acerca do povo:
“Os Portugueses são amistosos, mas também irascíveis, deferentes, mas indómitos, apáticos e humildes, duros e ousados, compassivos, mas irados, submissos e belicosos, sempre à espera que a sorte lhes sorria, boa companhia, conciliadores e diplomáticos, bem como efusivos e espontâneos, dados a perder as estribeiras, mas eminentemente sensatos, com a tristeza na alma, mas a jovialidade na natureza.”

Meus amigos,
Recomendo vivamente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

33 Sugestões de cidadãos Portimonenses para o trânsito e acessibilidades de Portimão.



Na sequência de um muito vivo debate no grupo do Facebook do Portimão Sempre, em que se constatou a boa vontade, o voluntarismo e o espírito cívico de muitos participantes, venho aqui apresentar esta compilação de ideias para o trânsito e acessibilidades de Portimão.

Limitei-me a copiar para aqui as ideias, por ordem de aparecimento destas no facebook, identificando os seus autores.

São 33.
E aqui estão:


Carlos Neves Martins
1 - Dotar a Cidade e as suas principais urbes com uma rede de estacionamentos à superficie, subterrâneos e auto-silos;
2 - Planear simultaneamente inovadoras formas de atravessamento da Cidade nos sentidos norte-sul e este-oeste, com recurso a vias aéreas e subterrâneas, em que nestas últimas serão criadas bolsas de estacionamento subterrâneo;
3 - Programar a criação de ciclovias urbanas e de ligação das urbes do Concelho, estimulando a existência de parques de bicicletas para aluguer à hora, ao dia, ao mês e ao ano;
4 - Estimular o uso dos transportes públicos desde logo pelos funcionários da Autarquia nas suas deslocações casa-trabalho-casa e fixar regras de uso da rede de transportes urbanos para os serviços de fiscalização e outros, reduzindo assim o volume de tráfego, a despesa com viaturas e a emissão de dioxido C02;
5 - Criar condições reais para candidatar o Municipio aos Fundos/Créditos de Carbono (Kioto)em 2020.
6 - Necessidade de se avançar com um projecto-piloto de metro de superficie (actual linha e infra-estrutur...as) entre Portimão e Lagos, com paragem nas principais localidades do percurso.
7 - Criação de um parque de estacionamento (PE) na zona do Hospital:
7 -a) deve ser aumentada a capacidade de estacionamento na área do actual hospital, mas nunca com um uso muito amplo dada a necessidade de garantir os corredores de emergência, a fluidez do tráfego e ainda porque esse PE estará próximo da entrada da Cidade;
7 -b) localizar esse PE mais a norte, junto ao nó da VLA.
8 - construição de 3 a 4 auto-silos na área da Praia da Rocha.


Nuno Campos Inacio
9 - Estacionamento em Portimão - Sou favorável à requalificação total do Largo Gil Eanes e do Largo Sárrea Prado, criando um parque de estacionamento de superfície em toda a sua área, como principal acesso ao centro da cidade; sou favorável à construção de um parque subterrâneo no Largo D. João II; sou favorável à construção de um parque de estacionamento exterior, público, próximo do hospital, servido por transportes públicos, de forma a evitar a entrada de carros no centro da cidade.
10 - A solução que defendo é polémica, mas a única que consegue resolver o problema do estacionamento e dinamizar a vida diurna e nocturna na Praia da Rocha, trata-se de um parque subterrâneo sob o areal da praia, com acesso pela Marina, pela Estrada da Rocha e pelo Miradouro.
11 - Inverter o sentido de trânsito na Rua Santa Isabel e na Rua 5 de Outubro.


Paulo Justino
12 - Acabar com aquela micro-rotunda junto a passagem de nivel da estrada de Monchique


Domingos Martins
13 - CONCURSO de ideias e planificação sobre ordenamento de tráfego e urbanismo, e que se aplique as ideias do projecto vencedor;
14 - abrir a Infante D. Henrique em ambos os sentidos;


João Rosado
15 - Deixar fluir o transito em frente ao BPI, CGD, virando a direita para O TEMPO, e dando vida á Rua Direita;
16 - Colocar a Av. S. João de Deus com transito nos 2 sentidos para rápidamente da V6 se possa aceder ao centro da cidade.


Antonio Serra
17 - Fazer o percurso como foi feito há anos seria uma boa opção. Entrada em Portimão pela ponte velha--Rua Serpa Pinto- Rua Judice Biker;
18 - Visitar o centro, estaciona na praça 1 de Maio ou toma a direcção para o parque da Republica da Alameda... como também tem o terreno de terra batida em frente ao estádio de futebol ou ainda a famosa horta da Horta do burro;
19 - Para sair vindo da Rocha há uma solução que muita gente concorda mas que dificilmente quererão mexer pois seria voltar a abrir a largo da casa inglesa "desviando a fonte e os quiosques de gelados" que la se encontram ou tomar a direcção as Cardosas;


João Pires
20 - Falou-se em tempo, na demolição de alguns edifícios devolutos que dão para o largo do dique e para a frente da Caixa Geral de Depósitos.
A ser possível esta solução, permitiria a ligação de saída de Portimão pelo largo do dique. Permitiria a inversão do sentido do transito da Judice Biker de forma a que esta fizesse de entrada.
21 - Permitir que a rua direita voltasse a ter trânsito de nascente para poente.
22 - Na avenida Paul Harris (avenida do túnel) efectuar uma ligação desnivelada (partindo que do princípio que haveria verbas, que duvido que haja...) aproveitando o acesso ao recheio e permitino a ligação à urb. da horta da Raminha, bem como à av. Dr. Francisco Sá Carneiro (ao lado da escola c+s). É mais fácil por aqui do que pela rotunda/semáforos mais à frente que liga às finanças.
23 - Efectuar ligação da av. Paul Harris para a V6 no sentido continente Pedra Mourinha.
24 - Efectuar continuação da Paul Harris, passando aldeia das Sobreiras, passando ao lado da Forportil, até Alvor.
25 - Nesta última via, na rotunda da aldeia das Sobreiras, fazer uma ligação até à rotunda que está à parte de baixo do Vale de França e efectuar ligação daí até à rotunda do Vau na V6 (edifício atlântico).
Permite-se assim, uma ligação alternativa à V6 para quem vem da Rocha e do Vau, com ligação directa à Paul Harris e a uma fácil entrada e saída.
26 - Passar a 2 faixas de cada lado a antiga estrada de lagos até à Penina.
27 - Passar a 2 faixas de cada lado a estrada da Penina até Alvor.
28 - Efectuar o prolongamento da V6, de forma a que passe por cima da zona industrial da Coca Maravilhas (não é fácil, mas é possível) e que intercepte a en125 perto do retail park. Assim, cria-se mais um acesso à 125, mas pela zona industrial evitando-se o acesso de pesados a esta zona, pela rotunda das Cardosas.
29 - Alargamento para 2 faixas de cada lado a estrada do Convento
(também não é nada fácil, mas é possível).
31 - Alargamento do acesso à rotunda das Cardosas, para quem vem do Hospital, para duas faixas (com imaginação é possível. aquilo não é tão estrito como parece).
32 – Via do Arade.
Assumindo aqui, que haveria dinheiro para isto e que os terrenos estariam todos disponíveis (condições que não estão reunidas neste momento), A "Via do Arade" permitiria a criação (junto com a V6 e com a V3) de um anel à volta de Portimão que incluiria a margem nascente do Arade. Com as correctas ligações ao centro e com os parques de estacionamento estrategicamente posicionados, esta via podia ser uma solução para o trânsito de ambas as margens.


José Manuel Mateus
32 - Passagem superior sobre a linha de caminho de ferro e que desembocasse na rotunda existente em frente ao parque de feiras. Dessa forma, passaria a haver mais uma saída de Portimão que em vez de ir cair no local onde está, à saída do túnel e antes da bomba da Repsol, teria que passar por trás desta bomba de combustível, numa ou em duas faixas de rodagem novas e terminaria numa muito maior rotunda do hospital. Neste momento uma das maiores zonas de conflito de trânsito de Portimão são as rotundas do hospital e das cardozas. Criando-se uma nova via de saída, que obrigaria ao aumento do diâmetro da rotunda do hospital, que por ser pequena é altamente perigosa, descongestionavam-se as ruas de acesso à rotunda das cardosas, a rua Infante D. Henrique e a referida rotunda das cardozas.
33 - acesso directo da estrada, no sentido Lagos-Portimão, ao parque do hospital do Barlavento Algarvio para ambulâncias ou veículos que necessitam de se dirigir às urgências.



Isto deu trabalho.
Mas valeu muito a pena.

Um abraço
João Pires


domingo, 3 de julho de 2011

"Novo Conselho Consultivo Municipal de Trânsito de Portimão". Boa iniciativa mas, consequência de má planificação.


O Conselho Consultivo Municipal de Trânsito de Portimão, um órgão composto por diversos membros da sociedade local, foi apresentado esta quinta feira, 30 de junho, com o objetivo de contribuir para uma cidade “mais sustentável”.

De acordo com a câmara de Portimão, este conselho integra cidadãos independentes, representantes das forças da ordem e de serviços autárquicos, associações de comerciantes, bombeiros, organismos ligados aos transportes públicos e presidentes de juntas de freguesia.

Na apresentação da nova estrutura, o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Manuel da Luz, sublinhou que o principal objetivo “é criar um órgão que aconselhe, de forma refletida, os responsáveis pelas políticas de trânsito para as dificuldades do quotidiano”.

Trata-se, afirmou, de um “factor estratégico numa cidade que se quer sustentável e na qual a mobilidade é de capital importância para a qualidade de vida dos munícipes, para a competitividade dos agentes económicos e para o conforto dos turistas que nos visitam”.

O autarca acredita que, “para além das soluções engenhosas ou disciplinadoras que possam ser encontradas, a autodisciplina das pessoas será também muito importante”, tendo destacado a diversidade de técnicos e líderes locais que compõem este “órgão plural, onde se reúnem várias sensibilidades políticas e no qual a liberdade de expressão será importantíssima”.

Nesta primeira reunião, foi escolhida a respetiva comissão executiva, cuja missão será reunir periodicamente para analisar os problemas detectados e sugerir as soluções mais adequadas, por exemplo, na melhor localização das paragens dos transportes públicos, como orientar o trânsito na zona antiga da cidade, ou quais as políticas a adotar no tocante ao parqueamento.

Fonte:
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=117538#.Tg-UCMNJ7TU.facebook


Acerca deste assunto, apenas desejo dizer o seguinte:

Em princípio é uma boa iniciativa.
Porque todas as iniciativas feitas num propósito de resolução dos problemas, são por definição positivas.
Agora, este é um sintoma de um problema que existe aqui em Portimão, e em muitas outras cidades do país.
E esse problema é:
Um fraco ou mesmo ausente planeamento.
O problema do trânsito é algo que se pode antecipar.
Não é fácil, mas é possível.
Porque se é feito com eficácia em outros países (ou mesmo por cá) então não vejo razão para que não seja feito em Portimão.
Portimão teve a mesma filosofia (ou tendência política) há décadas.
Não vejo razão para que não tenha havido um muito mais eficaz processo de planeamento urbanístico e (neste caso em concreto) de trânsito.
A necessidade desta medida (que é muito meritória) é fruto do natural e muito expressivo aumento da população em Portimão, mas muito devido também à falta de planeamento.
Por cá, em Portimão em termos de política autárquica, não se age.
Reage-se.
E este, é até um bom exemplo de reacção.
Louva-se portanto a iniciativa, porque é meritória.
Mas teria preferido a prevenção do problema.

Ficam já agora, outras sugestões de reacções a outros problemas que temos, visto que a antecipação dos mesmos, ou não existiu ou falhou.
Assim propomos a criação dos seguintes conselhos consultivos Municipais:

Conselho consultivo Municipal para a segurança.
Conselho consultivo Municipal para a actividade económica e desemprego.
Conselho consultivo Municipal para o urbanismo.
Conselho consultivo Municipal para a revitalização da zona antiga e do comércio tradicional.
Conselho consultivo Municipal para a revitalização do turismo.
Conselho consultivo Municipal para a emergência social.
Conselho consultivo Municipal para o saneamento financeiro da CMP.
Conselho consultivo Municipal para a reestruturação da CMP.

São tantos os problemas de grande magnitude que poderiam ter sido evitados com uma boa planificação e gestão, que é possível fazer-se o "milagre da multiplicação" dos conselhos consultivos.

Perdoem-me a ironia...


Agradeço a atenção.
João Pires

sábado, 2 de julho de 2011

Artigo de opinião no Correio da Manhã sobre as Urgências do HBA.


Urgências miseráveis



Quem já foi a uma urgência hospitalar sabe que não deve ficar feliz se lhe derem uma pulseira verde. Essa cor quer dizer ‘pouco urgente’. Excepto em Portimão, onde significa que deve entrar no automóvel, ir a Lisboa, ser consultado, fazer exames e só depois voltar para o Algarve.

Às 11h30 de segunda-feira, já as Urgências estão cheias e, após a expedita triagem, vem o aviso: era melhor ter vindo na véspera. De vez em quando, um trio de médicos – incluindo uma estrangeira com sotaque indecifrável – chama alguém. Mas só de vez em quando. Um homem com pulseira amarela enerva-se (sairá horas mais tarde, com a perna engessada...) e retorquem-lhe que "no Amadora-Sintra é muito pior".

Uma mulher que deu entrada com ameaça de AVC anuncia que só não põe ali uma bomba por causa dos outros doentes, exige o livro de reclamações e zarpa para um hospital privado. Nove horas e meia após a chegada, e já depois de se ouvir novamente que "em Lisboa é muito pior" (e que tal será no Darfur?), finalmente se transpõe a porta das Urgências. Mas só para preencher o livro de reclamações. Não há médicos disponíveis. Para trás ficam alguns turistas e muitos algarvios, maiores vítimas de umas Urgências miseráveis, melhor cartão-de-visita que a saúde privada poderia desejar.

Por:Leonardo Ralha, Editor de Cultura & Online

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/urgencias-miseraveis



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ocorrências bizarras na última reunião da Assembleia Munícipal de Portimão.


Na sequência da na última reunião da Assembleia Munícipal de Portimão, que ocorreu na passada quarta-feira dia 29 de Junho, venho aqui partilhar o que lá foi observado.

Uma reunião, igual a tantas outras, que traduziu os pontos de vista já por todos conhecidos.

O Partido Socialista, na defesa do executivo camarário.
E os partidos da oposição, contestando a prestação do mesmo executivo camarário.

Mais uma vez se sentiu a costumeira falta de consistência do PSD.
Muita vontade, muito voluntarismo, mas falta capacidade de foco.
Falta acertividade.
Dispersa-se com facilidade.

BE, igual a si mesmo. Não brilha, mas também não compromete.
PCP, muito combativo, mas mais ruidoso do que eficaz.

CDS, com grande capacidade de se fazer ouvir.
Faz-me lembrar a espingarda de precisão.
Tem pouco tempo para falar, mas nunca falha.
Quando dispara, acerta sempre.
One shot, one kill.
Consegue sempre, de forma vincada e com muito nível, pôr a equipa de gestão camarária e a bancada do PS, em desconforto.

Para lá desta breve leitura de performances, gostava de referir uma ocorrência de significativa relevância e duas ocorrências bizarras.

Começando pela relevância:
Foi lá admitido por uma técnica da Portimão Urbis, que esta empresa munícipal apresenta um muito significativo passívo (dívida) e uma conta de exploração negativa (dá prejuizo).
Para quem negava, sistematicamente estes factos, quando confrontados com eles, o admitir a realidade, já é um começo.
Tinha sido importante, no entanto, admiti-lo antes das últimas eleições autáquicas ao invés de omiti-lo ou negá-lo, como foi feito.

Daí, este sentimento de engano que todos sentimos.
Fomos enganados.
Mas, já é bom vermos que eles também já o admitem.
Não é o ideal, mas já é um começo.

Em relação às ocorrências bizarras, ocorreram duas.
A primeira foi um comentário extremamente xenófobo contra um deputado municipal do PSD, feito no espaço “intervenção do cidadão”, por uma cidadã que referiu que era uma simpatizante do actual executivo camarário..
Disse ao deputado em questão que, como este não é natural de Portimão, “que se fosse embora e que voltasse para a sua terra”.
Foi-lhe dito que por ser “de fora” e por ser crítico em relação ao executivo socialista, não era bem vindo em Portimão.
O episódio foi simplesmente patético na forma e absolutamente estúpido na substância.
O deputado em questão reaigiu de forma exemplar.
Ignorou completamente.
Fez muito bem.

A segunda ocorrência bizarra, foi decorrente de uma queixa por parte do deputado municipal do PCP,de que alegadamente teria sido alvo por parte do Vice-Presidente da Câmara de tentativa de agressão.

Esta alegada agressão, terá sido testemunhada por terceiros alegadamente.
Esta ocorrência terá, segundo o deputado do PCP, alegadamente ocorrido no final da penúltima reunião da Assembleia Municipal, aquando de uma troca de palavras mais acesa com o Vice-Presidente, em que este terá assumido uma postura verbal mais agressiva, tendo mesmo esboçado um movimento de maior agressividade, tendo sido contido por terceiros.

Tudo isto carece, evidentemente de confirmação.
No entanto, há testemuhas que afirmam que o que o referido deputado diz, é verdade.
Temos também de dizer que, nesta última reunião da Assembleia Municipal, o Vice-Presidente estava ausente.
Assim, toda a descrição e discussão sobre este episódio foi feita sem a presença dele.
Isso foi referido, mas foi ressalvado que tudo o que é lá dito é gravado e lavrado em acta.
Desta feita, foi dito que o Vice-Presidente terá a possíbilidade de saber tudo o que foi dito e como foi dito, para que possa proceder ou responder da forma que melhor lhe aprouver.

A leitura que pode ser feita destas ocorrências é simples:

Há sinais de desorientação e de desnorte.

Estes costumam ser também, sinais de mudança.

Agradeço a atenção.