Páginas do Portimão Sempre

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Anexo do relatório do tribunal de contas, das eventuais infracções financeiras. Os nomes de quem, eventualmente fez o quê.

Clicar na imagem para aumentar
Clicar na imagem para aumentar
Clicar na imagem para aumentar
Clicar na imagem para aumentar

Correio da Manhã: Dívida da câmara triplica em 3 anos

Na consequência da publicação do relatório / auditoria, feito pelo tribunal de contas à Câmara Municipal de Portimão, temos hoje esta notícia no jornal "Correio da Manhã":



Dívida da câmara triplica em 3 anos


A dívida do município de Portimão a fornecedores mais do que triplicou entre 2007 e 2009, segundo as conclusões de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas (TC) às relações contratuais entre a autarquia e o sector empresarial local. No final de 2009, o défice orçamental do município ascendia a 75,8 milhões de euros.

De acordo com o TC, em três anos, a dívida a fornecedores aumentou mais de 43,2 milhões de euros, ou seja, 346%. O relatório da auditoria revela ainda que as dívidas exigíveis a médio e longo prazo, decorrentes, exclusivamente, de empréstimos bancários, cifraram-se "em cerca de 15 milhões de euros em 2007 e ascendiam em 2009 a mais de 29,3 milhões, reflectindo um crescimento de 94,6%".

O TC indica ainda que o município "apresenta uma incapacidade crescente em gerar activos que possibilitem a satisfação das obrigações exigíveis no curto prazo". E, no ano de 2009, verificou-se "um défice orçamental corrente", o que se traduz numa violação das normas vigentes e pode configurar eventual responsabilidade sancionatória financeira (multa) para os autarcas que alteraram e executaram o orçamento.

O TC realça ainda que, em 2009, o município "ultrapassou em cerca de 2,5 milhões o limite legalmente estabelecido para empréstimos de médio e longo prazo, o que também poderá configurar eventual responsabilidade financeira.

Em resposta ao TC, a autarquia refere que "o aumento do resultado líquido negativo se deveu, em grande medida, à evolução do ciclo económico conjuntural que se fez sentir no período da auditoria", bem como aos investimentos que efectuou no concelho. E frisa que foi por causa do défice orçamental que avançou com "uma operação de saneamento financeiro".

A autarquia nega, por outro lado, que tenha desrespeitado quaisquer normas legais.

ENDIVIDAMENTO CONTORNADO POR VIA DAS EMPRESAS

O TC revela que, em 2008 e 2009, existiam contratos de cessão de créditos das empresas municipais sobre a autarquia no valor de 28,8 milhões, e que a concessão de crédito dos bancos foi para amortizar dívidas da CMP resultantes do incumprimento das transferências, o que consubstancia uma forma de "contornar os limites de endividamento [...] através das empresas municipais". A autarquia alega ter feito planos de regularização de dívidas com os fornecedores e não com a Banca.

Fonte:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/divida-da-camara-triplica-em-3-anos



Quero destacar as seguintes passagens:



A dívida do município de Portimão a fornecedores mais do que triplicou entre 2007 e 2009.


De acordo com o TC, em três anos, a dívida a fornecedores aumentou mais de 43,2 milhões de euros, ou seja, 346%.


E, no ano de 2009, verificou-se "um défice orçamental corrente", o que se traduz numa violação das normas vigentes e pode configurar eventual responsabilidade sancionatória financeira (multa) para os autarcas que alteraram e executaram o orçamento.


O TC realça ainda que, em 2009, o município "ultrapassou em cerca de 2,5 milhões o limite legalmente estabelecido para empréstimos de médio e longo prazo, o que também poderá configurar eventual responsabilidade financeira.


O TC revela que, em 2008 e 2009, existiam contratos de cessão de créditos das empresas municipais (...) o que consubstancia uma forma de "contornar os limites de endividamento [...] através das empresas municipais".


Mas, alguém ainda tem dúvidas acerca da qualidade das pessoas responsáveis por isto?!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Conclusões do relatório do tribunal de contas acerca da Câmara Municipal de Portimão. Grave! Muito grave!


Foi tornado público o relatório do tribunal de contas sobre a situação financeira e orçamental de Portimão referente ao período de 2007 – 2009.

É um relatório com alguma extensão, pelo que vou publicar aqui as conclusões relativas a esta auditoria.

Chamo a vossa especial atenção para a gravidade das conclusões a que chegou o tribunal de contas.

Tomei a liberdade de por a negrito algumas frases particularmente graves.


Tribunal de Contas



Auditoria Orientada – Relações contratuais entre o Município de Portimão e SEL Página 5 de 43 Mod. TC 1999.001


1. CONCLUSÕES
Atentas as observações expressas no presente documento, referentes à auditoria ao Município de Portimão orientada às relações contratuais com o sector empresarial local, extraem-se as seguintes
principais conclusões:
Situação financeira e orçamental (2007 – 2009)

(a) A situação líquida patrimonial do Município de Portimão (MP) degradou-se
significativamente entre os exercícios de 2007 e 2009, tendo os fundos próprios, excluindo
o valor contabilístico dos bens de domínio público, diminuído cerca de M€ 31,7 (21%) (vide
Ponto 5.2);

(b) Entre 2007 e 2009, a dívida a fornecedores cresceu mais de M€ 43,2 (346%) e representou, respectivamente, cerca de 41%, 57% e 60% do passivo1. Em igual sentido evoluíram as dívidas exigíveis a médio e longo prazo, decorrentes, exclusivamente, de empréstimos bancários, as quais se cifraram em cerca de M€ 15 em 2007, e ascendiam em 2009 a mais de M€ 29,3, reflectindo um crescimento de cerca de 94,6% (vide Ponto 5.2);

(c) Acresce que, no mesmo período, o município não dispôs de capacidade de cobertura do
serviço da dívida por via dos resultados operacionais, uma vez que estes foram
acentuadamente negativos (vide Ponto 5.2);

(d) O município apresenta uma incapacidade crescente em gerar activos que possibilitem a satisfação das obrigações exigíveis no curto prazo (vide Ponto 5.2);

(e) As taxas de execução orçamental são significativamente baixas, situação que se acentuou
ao longo do triénio, registando-se, em 2009, execuções orçamentais da despesa e da receita inferiores a 41% (vide Ponto 5.2);

(f) Em 31 de Dezembro de 2009, o MP apresentava um défice orçamental de €75.894.380,65
(vide Ponto 5.2);
1 Exceptuando as contas “provisões para riscos e encargos” e os “acréscimos e diferimentos”.
Auditoria Orientada – Relações contratuais entre o Município de Portimão e SEL Página 6 de 43 Mod. TC 1999.001



(g) No decorrer da execução do orçamento do ano de 2009, verificou-se a existência de um défice orçamental corrente, em desrespeito pelo princípio do equilíbrio previsto na al. e) do ponto 3.1.1 do POCAL.
A violação das normas sobre a elaboração e execução orçamental é susceptível de configurar eventual responsabilidade financeira sancionatória, nos termos da al. b) do n.º 1 do art. 65º da Lei n.º 98/97, de 26.08.
A responsabilidade recai sobre os membros da CMP que alteraram e executaram o orçamento de 2009 (vide Ponto 5.2);

(h) EM 2009 o MP ultrapassou em cerca de M€ 2,5 o limite legalmente estabelecido para os empréstimos de médio e longo prazo.
A ultrapassagem dos limites legais de endividamento é susceptível de configurar eventual responsabilidade financeira sancionatória,
nos termos da al. f) do n.º 1 do art. 65º da Lei n.º98/97, de 26.08.


A responsabilidade recai sobre os membros da CMP a quem incumbe a execução do orçamento (vide Ponto 5.3.3.2)

Relações financeiras com o SEL

(i) Em 05.03.2010, foi concretizado o processo de fusão de quatro empresas municipais numa
única sociedade anónima de capitais públicos integralmente subscritos pelo Município
(Portimão Urbis, SGRU, S.A., E.M.), mantendo-se em actividade a EMARP - Empresa
Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, E.E.M. (vide Ponto 5.3.1);

(j) Em desrespeito pelo disposto no art. 16º do RJSEL, aprovado nos termos da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, a CMP não aprovou nem emitiu documentos contendo orientações estratégicas dirigidas às empresas do SEL (vide Ponto 5.3.1);

(k) O MP não celebrou quaisquer contratos de gestão com os gestores das empresas
municipais (vide Ponto 5.3.3.1);

(l) Da análise ao teor dos contratos-programa seleccionados, conclui-se que não foram
estabelecidos quaisquer indicadores de medição de realização dos mesmos, tal como não
foram objectivamente justificados os montantes da contribuição pública assumida pelo MP
(vide Ponto 5.3.3.1);

(m) Nos exercícios de 2008 e 2009 encontravam-se em vigor vários contratos de cessão de
créditos das empresas municipais sobre a autarquia, no valor global de M€ 28,8 (vide Ponto
5.3.4);

(n) As operações de cessão de créditos sobre o MP decorrentes do incumprimento sistemático das transferências previstas nos contratos-programa e de gestão são ilegais por não se subsumirem a nenhum dos instrumentos de crédito previstos na lei. Consubstanciam uma forma de contornar os limites de endividamento vigentes através de empresas municipais, contrariando, assim, o disposto no n.º 2 do art. 32º do RJSEL e os arts. 38º e seguintes da Lei de Finanças Locais.

A situação é passível de eventual responsabilidade financeira sancionatória, nos termos da al. b) do n.º 1 do art. 65º da Lei n.º 98/97, de 26.08, e recai sobre os responsáveis das empresas e da CMP que celebraram os contratos de factoring e os acordos de pagamentos e confissões de dívida conexas (vide Ponto 5.3.4).

(o) O MP não concilia periodicamente os saldos existentes com as empresas do SEL, nem
mesmo no âmbito dos procedimentos de encerramento de contas anuais. No âmbito do
exercício do princípio do contraditório, é alegado que foram entretanto instituídos
procedimentos de conciliação de saldos (vide Ponto 5.3.2);

(p) Apuram-se divergências não conciliadas relativamente aos saldos indicados pelas empresas Portimão Urbis, que apresentou um saldo credor sobre o município superior em € 100.000 no exercício de 2008, e EMARP que, relativamente aos anos de 2008 e 2009, indicou um saldo credor, também superior ao do MP em, respectivamente, € 44.853,51 e € 14.808,98
(vide Ponto 5.3.2);

(q) As DF do Município relativas aos exercícios de 2007, 2008 e 2009, não reflectem passivos
nos montantes de, respectivamente, €5.774, €243.750 e €419.485, os quais foram
reconhecidos contabilisticamente em exercícios subsequentes aos que respeitam,
contrariando, assim, o princípio da especialização (ou do acréscimo) previsto na al. d) do
ponto 3.2 do POCAL (vide Ponto 5.3.2);

(r) O montante global transferido para o SEL ao abrigo de contratos-programa e gestão,
aquisição de bens e serviços e cobertura de prejuízos nos termos do art. 31º do RJSEL
ascendeu, nos anos de 2008 e 2009, a cerca de €16,8 milhões, constituindo as
transferências ao abrigo de contratos-programa e de gestão a principal componente
(59,6%) (vide Ponto 5.3.3);

(s) O valor dos encargos assumidos pelo MP e não pagos às empresas municipais em 31.12.2009, ascende a cerca de M€ 22,3 – mais do triplo do registado a 31.12.2007 (cerca de M€ 7), evidenciando a incapacidade da autarquia para solver os compromissos assumidos com o SEL (vide Ponto 5.3.3);

Link para o relatório completo: http://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2011/2s/audit-dgtc-rel019-2011-2s.pdf




Isto é gravissimo!
Não há forma de justificar isto.
Lembro que o período em análise é de 2007 – 2009.
E sabemos que hoje a situação é bem pior.
Lembro que as eleições autárquicas, foram em Outubro de 2009.
E foi-nos dito por este executivo, que tudo estava bem e que não havia razão para "discursos catastrofistas".

Estes senhores que estão na Câmara municipal de Portimão, mentiram-nos.
E é esta mentira, que é uma catástrofe para Portimão.

domingo, 28 de agosto de 2011

Algarve: Mais turistas gastam menos.


Os hotéis estiveram lotados no Algarve durante este mês de Agosto, sobretudo nas três primeiras semanas. Mas os mais de 800 mil turistas que rumaram ao sul do País gastaram menos dinheiro do que em outros anos. As receitas turísticas, face ao período homólogo do ano passado, registam uma quebra de quase cinco por cento.

"O mês de Agosto correu segundo as expectativas; tivemos uma ocupação hoteleira perto dos 100 por cento", disse ao CM o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Elidérico Viegas referiu que as primeiras três semanas foram mesmo de lotação esgotada e que o mês poderá fechar com um aumento residual, inferior a um por cento, face à taxa de ocupação em Agosto de 2010.

O aumento residual de turistas no Algarve, sentido já em Junho (2%) e Julho (1,5%), deve-se ao factor conjuntural da instabilidade no Norte de África (ver caixa na página 9), que teve como efeito para o turismo algarvio uma recuperação na ordem dos 3,2 por cento desde Maio. Esta subida assentou, essencialmente, na maior procura por parte de mercados do Norte da Europa (Reino Unido, Holanda e Alemanha) e espanhol.

Ainda assim, os indicadores apontam para que a taxa de ocupação média anual vá continuar abaixo do valor de rentabilização, e este ano houve menos portugueses a fazer férias no Algarve. O turista português que, nos últimos cinco anos, impediu quebras maiores ao registar um aumento de 50 por cento na ocupação hoteleira algarvia, regista já este ano uma quebra acumulada de dez por cento.

Muitas famílias portuguesas, como o Correio da Manhã encontrou ontem nas praias, passam férias em casa de familiares ou amigos. E mesmo os hotéis estão com preços de promoção, para desafiar a procura. O resultado é um Algarve cheio, mas com turistas a controlar os gastos. "Esperemos que não se crie a ilusão de um crescimento", avisa Elidérico Viegas.

APROVEITAR A VIDA EM FAMÍLIA

Há um mês que a família Sampainho, de Alcanena, está de férias no Algarve. Está alojada em casa de familiares, e isso ajuda "a todos os níveis". "Fazemos uma vida normal e gastamos cerca de 800 euros. Hoje, fizemos uma extravagância: pagámos 20 € para andar de gaivota", refere o casal, que diz ter optado nas férias por "dar pequenos passeios na zona" e "aproveitar a vida em família".

FÉRIAS EM CASA DOS SOGROS

As férias "em casa dos sogros", em Lagos, começaram dia 10 de Agosto e acabam hoje. Isabel, de 37 anos, e Joaquim, de 42, regressam ao Alentejo com os filhos, Inês, de 11, Miguel, de 4, e Tiago, de 2 anos, que os obrigaram a "fazer quase todas as refeições em casa". Gastaram "cerca de mil euros" no Algarve, em passeios para "ver golfinhos, idas ao Zoo de Lagos e a Sagres, bem como a cinemas".

SEGUNDA RESIDÊNCIA LIDERA MERCADO

Existem no Algarve 100 mil camas turísticas classificadas e 145 mil segundas residências, que contribuem com mais 750 mil camas, à média de cinco por segunda habitação. Por isso se diz que, quando a lotação está esgotada, o Algarve tem 1,2 a 1,3 milhões de pessoas, incluindo os 450 a 500 mil residentes.

DISCURSO DIRECTO

"A SUBIDA NA OCUPAÇÃO É CONJUNTURAL", Elidérico Viegas, Presidente da AHETA

Correio da Manhã – O mês de Agosto foi bom para o Algarve?

Elidérico Viegas – Tivemos menos portugueses, mas mais britânicos, alemães, holandeses e espanhóis. O mês pode registar uma subida residual na ocupação hoteleira.

– É um bom resultado?

– Tivemos mais turistas, mas gastaram menos. As receitas foram mais baixas quase 5 por cento. Esperemos que não se crie a ilusão de crescimento sustentado.

– Porquê mais turistas?

– É uma subida conjuntural; tem que ver com a instabilidade no Norte de África.

INSTABILIDADE NO NORTE DE ÁFRICA DESVIA TURISMO

O Algarve perdeu 33 por cento do mercado britânico em dez anos. A ligeira recuperação registada este Verão, também de turistas holandeses e alemães, é uma subida conjuntural relacionada com a instabilidade no Norte de África. Os britânicos representam cerca de 30 por cento das dormidas turísticas, mas o Algarve é o destino de apenas dois por cento dos britânicos que fazem férias no estrangeiro. É um mercado onde ainda há muito para apostar, diz Elidérico Viegas.

OCUPAÇÃO LONGE DE RENTABILIZAR INVESTIMENTOS

O Algarve é um destino sazonal. Taxas de ocupação hoteleira a 100 por cento ocorrem apenas em períodos dos meses de Julho e Agosto. "A taxa de ocupação média anual em 2010 foi de 51 por cento, e este ano deverá ser semelhante", diz o presidente da AHETA. "A percentagem ideal para rentabilizar os investimentos efectuados é de 65 por cento. Abaixo disso, não controlamos os preços e temos um produto enfraquecido", acrescenta Elidérico Viegas.

ESPERADOS MAIS CARROS NA ESTRADA

Com o fim das férias para milhares de portugueses, espera se mais trânsito nas estradas principais. Nas saídas do Algarve, as opções são as habituais (A2 e IC1), mas quem ruma a norte também pode optar por viajar junto à costa (via Sines) ou junto à fronteira (via Alcoutim e Mértola). Para o final da tarde e início de noite são expectáveis filas de trânsito na chegada a Lisboa, pelas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama. Para quem parte de norte para sul, a A1, A8, A17, A23, IP3 e IC2 (Estrada Nacional 1) são as vias que deverão ter mais fluxo de trânsito. No IP3, as obras na zona da Barragem da Aguieira poderão complicar ainda mais as viagens de quem deixa a Beira Alta rumo ao litoral.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/mais-turistas-gastam-menos



Pobreza aumenta no Algarve. Reportagem da SIC.



Faro é a região do País onde mais cresceu o número de pessoas carenciadas que pede ajuda para comer. Só o centro de apoio aos sem-abrigo fornece diariamente 800 refeições na capital algarvia e em Albufeira. A instituição receia que esse número dispare a partir de Outubro, com o fim dos empregos sazonais e o encerramento de mais empresas.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article735779.ece



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Movimento R4U. Uma possível solução para a reabilitação da parte antiga de Portimão?


Reabilitar, Recuperar e Regenerar para ReHabitar os velhos centros urbanos são os quatro pilares do R4U, movimento proposto por Alexandre Ribeiro, 40 anos, de Esposende. Porque não se podem desperdiçar ativos da economia das cidades.

Fonte:
http://www.movimentomilenio.com/2011/07/cidades-devem-investir-nos-4-r/



Eu pergunto:
Será possível esta iniciativa em Portimão?

Comércio de Portimão propõe 5.ª edição da Stock-Out – Feira do Retalho


25 a 28 de Agosto na Zona Ribeirinha

Em Portimão a quinta edição da Stock-Out – Feira do Retalho, arranca no dia 25 de Agosto e pode ser visitada até ao dia 28 na Zona Ribeirinha da cidade, propondo as melhores compras a preços irresistíveis.

DE acordo com a autarquia portimonenses, este evento tem a chancela da marca “Comércio de Portimão” e realiza-se no âmbito das actividades promovidas pela Associação de Desenvolvimento de Portimão Pró-Comércio (UAC), constituindo uma excelente oportunidade para a aquisição de muitos artigos de marca a preços de ocasião.

No total serão 35 lojistas locais que apresentarão propostas que vão do pronto-a-vestir à ourivesaria, passando pelo material óptico ou pela saúde, alimentação e bebidas espirituosas, sapataria ou artigos de beleza, numa iniciativa que decorre na quinta e sexta-feira das 19:00 às 24:00, e no sábado e domingo entre as 18:00 e as 24:00, com entrada livre.

Como animação, a música marca presença diariamente, a partir das 22:00, com o seguinte alinhamento: dia 25 – Talentos da Canção de Portimão; dia 26 - Mel; dia 27 – Ultrasounds; e dia 28 – Projecto 70’s.

A UAC, que promove esta Stock-Out – 5ª Feira do Retalho, engloba a ACRAL, a ACP e tem o apoio da Câmara Municipal de Portimão.

Fonte: http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=119212



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Homenagem ao Dr. João Novo. Por Alexandra Mendes.



Chamo-me Alexandra Mendes e estou casada com o João Novo (filho) desde Julho de 1984.
Óbviamente, os laços que me ligavam a este grande homem que foi o Dr. João Nunes Novo, foram profundos, foi meu sogro.

Mas muito antes de ser o Pai do meu marido, foi para largas centenas – senão milhares – de pessoas vítimas de tuberculose, o médico do “milagre”, aquele que lhes rendeu esperança e saúde!

Quando se instalou em Portimão em 1949, o meu sogro era o único médico na região com a formação e os conhecimentos necessários para combater esta terrível e assassina doença. Três anos de especialização em doenças pulmonares pós-doutoramento, deram-lhe as bases sólidas para acudir com competência e compaixão a todos os que padeciam de tuberculose, antes de aparecerem os antibióticos.

A família sabe-o bem, para o meu sogro não haviam horas “de consulta”, não haviam noites, não haviam fins-de-semana; apenas doentes que precisavam dele e vidas para salvar!

Na zona de Portimão, são muitas as histórias que ainda se contam por quem beneficiou dos cuidados do Dr. João Novo! Melhor que eu, vós, os “verdadeiros” Portimonenses conhecem-nas concerteza...

Já depois de ter voltado de Angola – aonde esteve de 1961 a 1969 – foi sempre aquele médico com o diagnóstico certo, com a posologia indicada, com um”ouvido” quase infalível. Visitou doentes em casa até ao fim (3 de Abril de 1997) e nunca deixou de ver um doente com falta de meios, ou por falta de tempo.

Esta devoção total a uma vocação que foi muito mais que uma profissão, merece, a meu ver, reconhecimento e gratidão.

Numa cidade que nos últimos anos tem homenageado tantos dos seus cidadãos meritórios, gostava de vos lançar o desafio: como, quando, aonde... reconhecer a obra extraordinária e generosa deste grande homem que tive a honra de chamar Pai?

Obrigado,
Alexandra Mendes, Agosto de 2011


N.B. Trinta e três anos no Canadá terão certamente causado alguns danos na qualidade do meu Português. Peço-vos compreensão e desculpas sinceras por “calinadas” sem intenção.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Turismo do Algarve paga 42 mil euros para avaliar programa “Allgarve”


A avaliação do programa de animação “Allgarve” pelo Centro de Estatística Aplicada e de Previsão (CEAP) da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve é um investimento de cerca de 42 mil euros e pretende “medir de forma isenta o impacto no setor”. 1º relatório em Outubro e resultados finais em Fevereiro de 2012.

O estudo de avaliação está a ser coordenado pelos investigadores Guilherme e Eugénia Castela e envolve outros especialistas do CEAP, além de quatro equipas que vão desenvolver trabalho de campo na maioria dos concelhos da região.

Segundo referiu ao Observatório do Algarve Eugénia Castela, doutorada em Estatística pela Universidade de Salamanca (Espanha) e docente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, a amostra sobre a qual vão trabalhar os especialistas contempla os participantes/ espetadores das cinco áreas do programa Allgarve, assim como operadores turísticos, a hotelaria, restauração e similares. Inclui ainda autarcas e instituições regionais.

“Vão também ser realizados inquéritos de rua a residentes e turistas, designadamente nas áreas de partida do aeroporto”, explica.

“O trabalho de campo iniciou-se em julho e deverá decorrer até dezembro e já há dados. O primeiro relatório intermédio deverá surgir em Outubro, estando previsto para fevereiro a conclusão do estudo de avaliação” refere por sua vez Guilherme Castela, igualmente professor da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (FEUAlg).

Dissipar dúvidas

A decisão de realizar o Estudo do programa Allgarve, este ano na sua quina edição e com um orçamento de 4,6 milhões de euros foi do Turismo do Algarve.

António Pina, presidente da Entidade Regional do Turismo (ERTA) confirmou ao Observatório do Algarve que pretende “ter uma visão o mais rigorosa possível e para dissipar todas as dúvidas sobre o Allgarve”.

“Já devia ter sido feita a avaliação no fim do primeiro triénio do programa, ou seja em 2009 e é importante avaliar de forma imparcial”, justifica o responsável pelo turismo algarvio que confirmou ainda ser este um investimento “que deve rondar os 42 mil euros”.

Segundo Pina, “é preciso saber com rigor se os efeitos do programa estão a ser atingidos, senão temos de considerar alterações”.

Recorde-se que o “Allgarve” tem como objetivo “valorizar o Algarve como destino turístico de qualidade, associado ao glamour e sofisticação”.

Ao longo da sua implementação o programa Allgarve tem suscitado várias críticas por parte do trade e responsáveis regionais, a começar pelo nome, logo que foi lançado pelo ex-ministro da Economia, Manuel Pinho.

A concentração da maioria dos eventos no verão, o atraso na calendarização e respetiva promoção foram sempre alvo de contestação.

Na edição de 2011, agora coordenada pelo Turismo do Algarve, quando as anteriores edições estavam sob a responsabilidade do Turismo de Portugal, foi a vez do empresário André Jordan, um dos ‘gurus’ do turismo da região (fundador de Vilamoura e da Quinta do Lago, dois resorts emblemáticos), considerar que o programa “é um desperdício”.

Justificando a crítica, na sua intervenção na cerimónia de atribuição do doutoramento honoris causa pela Universidade do Algarve Jordan considerou que uma das falhas do Allgarve é a ausência de uma “mensagem coerente” e ainda não ter como objetivo a “fidelização” dos turistas, o público a que preferencialmente se destina.

Fonte:
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=47182


Já agora,
Qual é a vossa opinião acerca do "programa Allgarve"?

A minha opinião é condicente com as imagens abaixo publicadas...





Uma jumentice!


sábado, 20 de agosto de 2011

Portimão tem menos ganho mensal em € por habitante do que Faro, Loulé, Albufeira e do que no Algarve em geral.

Ora para que não se pense que agora o Portimão Sempre é muito amigo do Presidente da Câmara de Portimão, vamos lá retomar a normalidade.

Vamos lá “descascar o Pessegueiro” mais um bocadinho.

Tenho andado a espreitar o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Entre outras coisas, vi este dado que é muito relevante:

O ganho médio mensal em euros, por habitante e por município.

Escolhi comparar as principais cidades do Algarve.
As maiores.
E juntei o valor médio referente à região.
Os dados são de 2008, pois são os mais recentes disponíveis (pelo menos que eu tenha encontrado)

Deu nisto:





(clicar na imagem acima para aumentar)




Ora Portimão, é o município que pertence aos principais e maiores do Algarve, com menor ganho médio mensal em euros, por habitante.

Estes dados são referentes a antes das eleições.
Quando o Presidente da Câmara e os seus apoiantes diziam que a situação de Portimão e dos seus munícipes, era estupenda.

Mas não.
Era um estupor de uma situação que diz que o Portimonense tem menor rendimento disponível do que o Farense, o Louletano, o Albufeirense e do que o Algarvio em geral.

Menos rendimento disponível significa menos consumo.
Menos consumo significa menos comércio.
Menos comércio significa menos emprego.
E por ai fora…

Independentemente da opinião pessoal que se possa ter do responsável da autarquia de Portimão, o que é certo é que ele e todo o PS que com ele nos tem governado, são muito os responsáveis.

Falharam em promover a construção de um modelo económico em Portimão, que nos proporcionasse emprego e mais rendimento disponível.

E falharam nessa construção porque:
Ou não souberam;
Ou não quiseram.

Ambas as hipóteses são inaceitáveis.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Exemplo de um homem de boa fé, cuja confiança foi defraudada por estar mal rodeado.


Hoje vou quebrar uma regra que a mim me impus, desde que foi iniciado este projecto do Portimão Sempre.

Sempre tive o cuidado de não escrever acerca de ninguém em concreto.
E nunca quis usar nos meus Posts, a imagem de ninguém em concreto.
Por uma questão de precaução, evidentemente.
Mas sobretudo por uma questão de respeito.

Hoje porém, vou quebrar essa minha regra e vou falar de uma pessoa em concreto.
Usarei uma imagem e falarei acerca de alguém em concreto.
Peço desculpa por isso.

Com respeito e com boa fé, pretendo dizer qual é a minha opinião acerca do Senhor Presidente da Câmara de Portimão.

Eu acredito que é um Homem de boa fé e de boa vontade.
Que quis e que quer o melhor para Portimão.
As escolhas que tomou foram com certeza na crença, de que era o melhor para Portimão.

Nunca troquei com ele nenhuma palavra.
Mas penso que é uma pessoa afável, compreensiva e com sincera vontade de fazer bem à sua terra.

Poderá haver quem pense que estou a ser ingénuo…
Que estou a ser extemporâneo nesta minha partilha de opinião…
Mas, penso que o momento é este para partilhar isto.
Sinto vontade de o fazer.
E faço-o.

Apesar de discordar com muito do que têm sido as suas opções e escolhas, acredito que foram todas feitas a acreditar que era o melhor para esta terra.

Agora…

Creio que é um exemplo de como um homem com boas intenções pode ver o seu trabalho hipotecado, por estar mal rodeado.

Rodeou-se de pessoas que não fazem jus à sinceridade das suas intenções.
Delegou responsabilidades nucleares (porque o tinha de fazer) a pessoas que não eram merecedoras.
Por vezes, a amizade pessoal, a lealdade partidária ou a proximidade têm destas coisas.
Impedem de ver com frieza e racionalidade, o carácter de alguém que é próximo.

E agora, a visão que teve do seu projecto ficou comprometida.
É claro que foi e é o Presidente que tem a responsabilidade da presidência, numa altura de crise sem par nos últimos 30 anos.
Isto é inegável.

Mas…
Se tivesse estado melhor rodeado, os resultados teriam sido outros.
Para o Senhor Presidente e para nós munícipes desta terra.

A sua confiança foi na minha opinião, defraudada.
Por pessoas que não têm os valores que ele tem.
E tenho pena por isso.

Mas os valores que acredito que ele tem…
Isso, ninguém lhos tira.

Isto é o que eu penso.
Vale o que vale.
E de certeza que não valerá nada.
Mas é a minha opinião.

Agradeço a atenção.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PSP de Portimão captura grupo que assaltava residências e aldeamentos no Algarve


PSP de Portimão desmantela grupo criminoso que assaltava moradias e aldeamentos turísticos, na zona do barlavento algarvio. Dois cidadãos estrangeiros detidos e sujeitos a prisão preventiva. Outros dois constituídos arguidos. Suspeitos tinham na sua posse bens, droga e documentos falsos.


O grupo de assaltantes foi detido, em resultado de três buscas levadas a cabo pela Polícia de Segurança Pública de Portimão, em Silves, Parchal e Odiáxere. As autoridades detiveram dois cidadãos estrangeiros, que foram sujeitos a interrogatório judicial, tendo sido aplicada prisão preventiva como medida de coação. As autoridades constituíram arguidos outros dois estrangeiros.

Estes suspeitos estavam a ser investigados há cerca de um ano. Num comunicado publicado no site oficial da PSP, o Comando Distrital de Faro anuncia que os indivíduos tinham na sua posse diversos artigos roubados.

Foram encontradas joias, material informático e uma avultada quantia de dinheiro, provenientes dos roubos que faziam em residências e aldeamentos do barlavento algarvio. Além disso, os assaltantes tinham “315 doses de haxixe” e documentos pessoais falsos.

A maioria das vítimas destes assaltos são proprietários de residências de férias. A PSP encontra-se a tentar restituir os bens roubados, cujo valor está estimado em “alguns milhares de euros”

Fonte: http://www.ptjornal.com/201108182397/sociedade/psp-de-portimao-captura-grupo-que-assaltava-residencias-e-aldeamentos-no-algarve.html

Desemprego no Algarve e desemprego em Portimão.



Muitos poderão pensar que, na altura a que se refere o estudo do INE, o Algarve é das regiões menos afectadas, por causa do emprego de verão. Contudo, o Algarve é mesmo a região onde a taxa de desemprego é mais elevada: 14,7%.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article730321.ece

Numero de desempregados por concelho no Algarve, inscritos no IEFP no mês de Junho.




(clicar no quadro acima para aumentar)
fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)




Portimão continua como o município com o maior numero de desempregados inscritos no IEFP.
Notar que Loulé e Faro têm mais população activa do que Portimão, mas que conseguem ter menor número de desempregados.
Notar também que nem todos os desempregados estão inscritos no IEFP.

Face a isto pergunto:
O que é que as autoridades competentes ao nível autárquico têm feito, em relação a isto?
Quais têm sido as prioridades?

Pegando nos já mais que estafados 200 mil € gastos no Sasha:

E pegando nos 187 mil € pagos por formação num hotel em Sintra, pela Portimão Urbis em ajuste Directo, a uma empresa que se chama Triangulo da Performance?

Link para o site do estado onde aparece esta informação:
http://transparencia-pt.org/?search_str=ajustes+directos+portimao



Pegando nestes dois exemplos e face à doença crónica do desemprego em Portimão, são estas as prioridades?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Reportagem da SIC acerca do recepcionista de pensão em Portimão morto a tiro




O recepcionista de uma pensão em Portimão foi assassinado esta madrugada, no que se pensa que possa ter sido um assalto. O homem foi abatido a tiro de caçadeira quando estava a trabalhar.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article728114.ece





terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reportagem na SIC acerca da festa da sardinha em Portimão.



Comissão de Utentes da Via do Infante realizou marcha contra as portagens





A Comissão de Utentes da Via Infante convocou uma marcha a pé na Estrada Nacional 125 contra o pagamento de portagens. O cordão humano partiu de Faro com destino a Patacão. A comissão de Utentes da Via do Infante e o "Movimento - Algarve Portagens na A22 Não" apela a todos os algarvios para que se juntem a este protesto.

A repórter Conceição Ribeiro está a acompanhar esta iniciativa que, de acordo com os organizadores, não será a última acção de protesto contra as portagens. João Vasconcelos, da Comissão de Utentes da Via do Infante, disse que mesmo requalificada, a Estrada Nacional 125 (EN 125) "nunca poderá constituir uma alternativa" à Via Infante e, tal como no passado, "vai ser um caos, quer pelo trânsito, quer pelos acidentes e mortes".

Na mesma nota de imprensa, os organizadores de acção de protesto - a Comissão de Utentes da Via do Infante e o Movimento "Algarve - Portagens na A22 Não" - apelam à sociedade civil e a todos os algarvios para que "não fiquem em casa e façam ouvir bem alto as suas vozes contra a injustiça e a imoralidade que é portajar a Via do Infante."

Para os representantes dos utentes as portagens vão constituir "uma autêntica catástrofe social", e a EN 125 voltará a ser a "estrada da morte".

João Vasconcelos avisa que podem surgir novas ações de protesto, ainda "mais radicais" e que poderão surgir por parte da indignação e da revolta dos algarvios, nos próximos tempos.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article727837.ece



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Recepcionista da pensão Baltazar em Portimão morto a tiro de caçadeira.


Recepcionista morto a tiro de caçadeira no Algarve

O recepcionista de uma unidade hoteleira, em Portimão, Algarve, foi morto esta noite, com um tiro de caçadeira, ao que tudo indica por um assaltante.

Já passava das 3.00 da madrugada quando o funcionário, de 24 anos, foi abrir a porta a alguém que tocava à campainha. De imediato, o suspeito disparou um tiro, atingindo mortalmente a vítima de nacionalidade paquistanesa.

Marasi foi alvo de manobras de reanimação por parte das equipas de emergência médica mas acabou por morrer no local.

Quando a PSP chegou, o assaltante já tinha fugido com cerca de 100 euros.

Ao início a tarde e no decorrer da investigação, o proprietário da Pensão Baltazar saía do estabelecimento na companhia de dois inspectores da Judiciária.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1952267&seccao=Sul




Crónica do Presidente da Câmara Municipal de Portimão, contra os sabichões deste mundo.


Imagem exemplificativa do sabichão
(Não ao presidente da CMP, como é óbvio)




O Sabichão

O sabichão domina gráficos, prevê o futuro e desdenha das questões sociais, que apelida de sentimentalismos.

Nas conferências, brinca e manipula com deleite aqueles gráficos a cores, que, em sua opinião, contêm a vida de um povo. Traços que provam que, há 10, 20 ou 30 anos, o sabichão já sabia o que o futuro nos reservava: a crise profunda! Ele bem pregava no deserto.

De facto, o sabichão é um sintoma: ele pertence àquela magra corte que vive de sobrolho duro, azedo e insensível ao azul do céu, à imensidão do mar ou à beleza da mulher. Não tem a carne satisfeita nem o espírito contente. Enfatuado de conhecimento, censura nos pelo optimismo que vestimos e pelo dinheiro que gastamos.

Na nossa humilde ingenuidade, perguntamos: por onde tem andado este homem que nunca foi aproveitado para o governo da nação ou para gerir uma qualquer empresa?

Fonte:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/o-sabichao


Eu nem vou comentar este pungente (porque é pungente) protesto contra os Camilos Lourenços e João Duques deste mundo.

Deixo aqui apenas, mais um artigo de opinião que foi publicado ontem pelo Eduardo Dâmaso que é o director adjunto do Correio da Manhã.
Jornal onde o Presidente da Câmara de Portimão publicou este pungente protesto hoje.
Aplica-se ao nivel de Portimão na integra.


A troika e o PS

O Governo cumpriu, sem surpresa, as primeiras exigências do acordo com a troika. Com mais ou menos neoliberalismo, as primeiras contas compuseram-se.

A receita é dolorosa, mas não podemos ser cínicos ao ponto de dizer que a desconhecíamos e, sobretudo, que não temos culpa.

Essa vã e patética tentativa de apagar a memória do passado recente é o que anda a fazer ainda uma parte do ‘socratismo’ sobrevivente neste PS de António José Seguro.

O delírio político de alguns porta-vozes para a economia, estranhamente deixados à solta e entregues ao mais puro autismo político, chega a ser arrepiante. Não é com gente desta que se constroem alternativas.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/eduardo-damaso/a-troika-e-o-ps




Eu só quero dizer uma coisa:
A irresponsabilidade, o laxismo e a negação da realidade trouxeram-nos aqui.
Por miúdos:
Gastar mal e em muito maior dimensão do que aquilo que ganhamos, trouxe-nos aqui.

Isto é verdade nas empresas, nas familias, no estado central e nas autarquias também.
E no que diz respeito às autarquias, a Câmara Municipal de Portimão é um exemplo do tipo "caso de estudo" disto mesmo.

E da negação da realidade também.

domingo, 14 de agosto de 2011

A luta do padre Arsénio. A luta de um Homem Bom.


A luta do padre Arsénio, um jesuíta que também é locutor de rádio e operário.

A solidariedade pratica-se em Portimão, de forma anónima e sem subsídios governamentais, para enfrentar a fome que saiu da clandestinidade.

Rui, antigo camionista de transportes internacionais, faz parte do grupo dos que já tiveram "uma vida boa" e agora está a passar por dificuldades. "Temo uma explosão social, a barriga é má conselheira", avisa o padre Arsénio, que também é jornalista, locutor e operário. "É impressionante o apoio da população", diz, elogiando "os voluntários" que com ele colaboram nas acções sociais.

À saída da praia da Rocha, os automóveis formam fila a caminho dos restaurantes à hora do almoço. Na urbanização da Quinta do Amparo, a partir das 12h30, os utentes do centro social aproximam-se. Na recepção, um voluntário, advogado reformado, confere os nomes, previamente inscritos e referenciados pelos serviços sociais da autarquia. "Temos também dois empresários, ligados à construção civil", diz o colaborador, lembrando as "dificuldades" que se sente numa terra que prometia oportunidades no sector do imobiliário e turismo, e agora está a braços com os problemas sociais. Segundo a União dos Sindicatos, a partir de Setembro, a previsão é que perto de 30 por cento da população do Algarve fique sem trabalho.

Arsénio Castro da Silva, padre jesuíta, conhece a realidade do concelho, não apenas pela amostra dos que frequentam a Igreja Nossa Senhora do Amparo - sagrada em 1990 - mas por ser um militante das causas sociais: "Quis ser padre operário, transitoriamente, para conhecer a realidade."

A vontade levou-o a trabalhar durante mais de um ano para o porto de Portimão, a "descarregar peixe", há 34 anos. Agora, a saúde não lhe permite trabalhos esforçados, mas continua com uma energia contagiante. "Sou apenas o coordenador de uma vasta equipa de voluntários", enfatiza, recusando assumir o papel de protagonista de um projecto que permitiu a construção de uma igreja e de um centro social, com diversas valências e "sem subsídios", sublinha.

O refeitório funciona com uma equipa de duas dezenas de pessoas. O único vencimento é o da cozinheira, pago através de um contrato-programa estabelecido com a câmara municipal. E da parte da Segurança Social? "Não recebo um cêntimo", diz o padre. As ajudas chegam pela "força da palavra" no púlpito, mas também aos microfones da Rádio Costa d"Oiro - uma emissora local, de inspiração cristã, na qual o padre é, simultaneamente, director de programas e locutor. É ele quem faz o "despertar, entre as 7h30 e as 8h30, na frequência 106.5FM. Entre a leitura de poemas de Florbela Espanca, e a música de André Sardet, deixa a mensagem: "É preciso acreditar." Em declarações ao PÚBLICO, sintetiza: "Falo das coisas do quotidiano."

A cidade de Portimão está inundada de turistas, em Agosto. Porém, o movimento de viaturas nas estradas e nos centros comerciais, mascara a realidade da região. Pedro Silva, de 51 anos, vive na penumbra das luzes da ribalta. Após ter trabalhado ano e meio no Brasil, onde diz que se deu bem em termos profissionais, regressou a Portugal. "Tive saudades do meu filho", afirma. Não conseguiu trabalho na terra, Mafra, e por isso tentou o Algarve, mas também não teve sucesso. "Desde Janeiro que tento arranjar qualquer serviço", desabafa. A única refeição que tem garantido é o almoço no centro social. Padeiro de profissão, considera que, finalmente, poderá ter uma oportunidade numa padaria da Mexilhoeira. "Vou amanhã [ontem] ver o serviço."

No centro social, encontra-se com Rui, o antigo camionista de transportes internacionais. E descobrem afinidades. "Pertencemos aqui ao grupo dos que não passamos por problemas de drogas ou alcoolismo", diz o condutor, salientando ainda que passaram por um "processo de separação" familiar, mas não se deixaram abater: "Queremos trabalhar."

Na falta de melhor, dizem, "faz-se uns biscates". O antigo motorista fez uso dos conhecimentos profissionais. "Fui a Espanha levar uns ciganos, que iam para a apanha da fruta. Fui a conduzir o carro deles, porque não tinham carta de condução".

Cláudia Faustino é um caso especial. "Tenho de fazer 100 dias de trabalho comunitário no Grato (Grupo de Apoio a Toxicodependentes de Portimão)". A sentença é de um juiz. "Fui apanhada com uma faca de ponta e mola". Do currículo, destaca que tem 40 anos, e há 23 anos que é "consumidora" de droga. Encontra-se em fase de tratamento, "mas às vezes há recaídas". Na frente desta mulher, que fala mais do que come, Maria [nome fictício], de 36 anos, permanece em silêncio. Perdeu o trabalho na hotelaria, por causa de "uma infecção pulmonar", que lhe retira as forças. Tem um problema congénito: "Nasci com os órgãos trocados, coração e fígado". Há cerca de um ano, "surgiram as complicações". Uma das voluntárias do centro social aproxima-se e pergunta: "Então, como vão, minhas meninas?". Naquele espaço, mais do que a oferta do almoço, os colaboradores procuram "ouvir" o que outros têm para dizer, embora muitos não tenham vontade de falar. Maria apenas sorri. "Fala mulher", desafia Cláudia, acabando por deixar a sopa fria no prato.

Quando coloca os auscultadores e abre o microfone, a voz do Padre Arsénio ganha força e expressão: "Rádio Costa d"Oiro para todo o Barlavento, Baixo Alentejo - e online para todo o mundo", anuncia. Dirige a estação há 16 anos. Mas já no tempo das rádios piratas fazia rádio, acrescenta o religioso, que faz da arte de comunicar uma arma contra a indiferença. "Gosto de incomodar, no bom sentido, e a rádio é uma paixão", diz.

Fez tropa em Moçambique, contra a sua vontade: "Fui o último jesuíta, capelão militar em África, comigo acabaram as guerras coloniais, eu fechei a porta à guerra." Quando chegou a Portimão, após a descolonização fez a "comunhão com as pessoas", a descarregar peixe das traineiras, para se colocar ao mesmo nível. Logo começou a ser conhecido pelo "padre de esquerda".

A seguir, num armazém de uma antiga fábrica de peixe, celebra missa e trabalha junto das camadas mais desfavorecidas. Criou uma escola para as crianças ciganas. O Governo contribui com o pagamento de um professor, mas o projecto terminou: "Disseram que era discriminação, o Governo deixou de pagar ao professor". O que se pretendia, sublinha, "era precisamente a integração - as crianças ficavam sentadas no chão, o professor ensinava ao ar livre - respeitávamos a sua cultura", frisa. O actual sistema "mete todos os alunos juntos, não percebe que a aprendizagem é lenta e não pode ser forçada - isto agora é que é colonização".

Na missa, durante as homilias, "procuro interpelar - as questões tratadas lá por cima, muito teológicas, não agarram as pessoas", observa.

Por isso usa a rádio todos os dias para falar da vida local. Este mês tem trabalho acrescido. O único jornalista-colaborador está de férias, é o padre que, além de fazer programas, dirige a estação e também apresenta os noticiários.

Fonte: http://www.publico.pt/Local/a-luta-do-padre-arsenio-um-jesuita-que-tambem-e-locutor-de-radio-e-operario_1507540?all=1





sábado, 13 de agosto de 2011

Salários em atraso num municipio espanhol. Será um prenúncio do poderá acontecer em Portimão?

Eu peço desculpa por este artigo abaixo estar em Inglês.
Vou só traduzir umas frases, que acho que são as mais importantes:

"Os 120 trabalhadores do município de Moratalla não são pagos desde Maio."

"Moratalla e a sua divida imensa são o espelho de muitas cidades em Espanha".

Ora um pais muito mais rico do que o nosso, se está assim, então nós...
Não deve estar a faltar muito tempo...

Cá fica o artigo no seu original:

Spanish towns face funding crisis, rack up debts
By ALAN CLENDENNING , 08.13.11, 06:33 AM EDT

MORATALLA, Spain -- In this hillside town, topped by a medieval castle and surrounded by olive groves, the 120 municipal workers haven't been paid since May. Police have new orders not to use their patrol cars unless they get word of a traffic accident or a crime in progress.

The town pool is closed for the summer despite temperatures over 104 (40 Celsius) in the shade. Fees for the public day-care center have doubled. Water bills will soon go up 33 percent and local business owners are seething over euro9 million ($12.7 million) in unpaid bills owed by the town hall, much of it to them.

Spain's 8,115 municipalities are being hit by a crushing revenue hangover from a nearly two-decade building boom that went bust in 2008. Officials in Moratalla believe they are the first in Spain to publicly declare their town is on the verge of going broke - and that the only way out is an unprecedented program of drastically reducing services while boosting local taxes and fees in an austerity drive that could last eight years.

Moratalla and its mammoth debt "are the mirror image of a lot of towns" that have not yet fully admitted the extent of their dire financial circumstances, said Deputy Mayor Juan Soria. "These are hard measures, but they're necessary and I think we have to reinvent ourselves because we've lived beyond our means and we have to lower expectations."

There is growing concern in Spain that municipalities and regional governments are increasingly in danger of being unable to meet their obligations. Just this week in the region of Castilla la Mancha, not far from Moratalla, three out of every four pharmacies closed in a "strike" to protest late payment on euro125 million ($178.12 million) owed to them by the regional government for prescription drugs citizens get from Spain's regionally controlled national health care system.

Local and regional governments took on big obligations during Spain's boom years as their coffers swelled with revenue that has now dried up.

Fonte: http://www.forbes.com/feeds/ap/2011/08/13/general-eu-spain-broke-pueblos_8621879.html



Eu peço desculpa mais uma vez pelo artigo estar em inglês.
E já agora, peço desculpa por estar a ser um bocadinho incendiário.

Mas isto, aplica-se...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Câmara de Portimão deve 1,7 milhões de euros a clubes


A Câmara de Portimão deve 1,7 milhões de euros ao movimento associativo do concelho. O atraso no pagamento está a gerar grandes dificuldades às associações. O caso mais grave é o da Sociedade Filarmónica Portimonense, que já anunciou a suspensão das actividades da sua banda.

De acordo com a autarquia, os valores por regularizar dizem respeito, na sua esmagadora maioria, a contratos-programa relativos ao ano passado.

"Esperamos pagar grande parte em Outubro", refere fonte autorizada da Câmara, adiantando que os atrasos resultam "da queda abrupta de receitas da autarquia". E realçou que, nos últimos cinco anos, o apoio ao movimento associativo atingiu 13,9 milhões de euros.

A dívida só não é maior, porque ainda não foram celebrados contratos-programa este ano. "Devem ser assinados também em Outubro, com base num novo regulamento", diz a mesma fonte. Certo é que as associações irão receber menos, dado que o plano de saneamento financeiro da Câmara prevê o corte de 40% nos apoios.

No caso da filarmónica, a autarquia reconhece uma dívida de 20 mil euros relativa a 2010, e garante que tudo está a fazer para tentar saldar grande parte desse valor.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/camara-deve-17-milhoes-a-clubes


Acabei de ler este livro: Portugal e o Mar. Recomendo vivamente. Por razões óbvias tem muito a ver com Portimão


Acabei de ler este livro:
Portugal e o Mar.
Por Tiago Pitta e Cunha

O autor faz um diagnóstico preciso e pragmático acerca da nossa relação com o mar.
E aponta direcções para o futuro.
Na área económica, porque precisamos muito de nos vira para o mar para ganhar a vida, o autor faz várias sugestões:

Exploração eólica offshore
“Há indicações de haver internacionalmente, interesse crescente em espera para desenvolver parques eólicos offshore, …, que pode ser canalizado para Portugal”.
E porque não no Algarve, na costa Vicentina?

Existem indicações de que pode ser uma oportunidade interessante permitir que se testem protótipos de produção de energia eólica e das ondas, com o fim de que essas tecnologias também possam ser desenvolvidas em Portugal, com o fim de as produzir cá para exportação.

No ambiente e economia ecológica
O autor identifica oportunidades de empreendedorismo para:
Monitorização e gestão de zonas marinhas protegidas;
Construção e colocação de recifes artificiais;
Desenvolvimento da biotecnologia marinha como componente das indústrias alimentar, farmacêutica e de cosmética;
Cultivo de algas para a produção de biocombustíveis, biomassa, para absorção de carbono ou para a produção de papel;

Pesca
Portugal é o terceiro maior consumidor de peixe do mundo, depois do Japão e da Islândia. No entanto, mais de dois terços do pescado que consumimos são importados.
A pesca, a aquicultura (principalmente de bivalves, pois podem gerar valores económicos consideráveis) e toda a indústria de suporte a estas actividades, são ainda oportunidades interessantes.
Para lá disso, a indústria de transformação e conserveira de determinados produtos são também uma oportunidade a explorar.

Transportes marítimos e portos
Toda a indústria de construção e de reparação naval (desde que correctamente orientada), transporte naval, de produção de equipamentos e de armazenamento navais (ex.: produção de frio), são também boas possibilidades para Portugal.

Turismo marítimo
O autor refere que dois terços dos europeus prefere passar as suas férias, junto ao mar.
Nós com a costa que e com o clima que temos, temos muitas oportunidades ainda por explorar (mas desta vez com inteligência de preferência) nas seguintes áreas:
Turismo de cruzeiros, náutica de recreio, exploração de marinas, desportos náuticos e no célebre produto “sol e praia”.

Tecnologias de informação e de comunicação navais
A produção de software e de equipamentos electrónicos aplicados a sistemas de comunicação e de navegação é também uma oportunidade em que não há razão nenhuma para que não seja tão explorada como noutros países semelhantes ao nosso.

Prospecção e exploração da plataforma continental Portuguesa
O autor afirma que este pode ser o trabalho para toda uma geração, tal é a sua magnitude.


O importante é o seguinte:
O mar está aqui onde sempre esteve.

E a velha pergunta faz-se ouvir outra vez:
Se temos dois vizinhos, e um é tempestuoso, traiçoeiro e muitas vezes cruel, o outro é…
Liquido.

Ou seja:
Seremos continentais ou atlânticos?

Eu digo:
Somos globais!

O que é que isto tem a ver com Portimão?
O Mar está logo ali;
O Rio está logo ali;
A Ria está logo ali!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ocean Revival vai rentabilizar potencial de Portimão para o turismo de mergulho


O afundamento de quatro antigos navios de guerra da Armada Portuguesa vai originar num futuro próximo o Ocean Revival, núcleo museológico subaquático que ficará situado a três milhas da costa de Portimão e a 30 metros de profundidade, numa área validada pelas autoridades ambientais.

Para o efeito, foi assinado no dia 5 de Agosto, entre a Marinha Portuguesa e a Câmara Municipal de Portimão, o termo de transferência e de aceitação das embarcações a desactivar e que são o navio oceanográfico “Almeida Carvalho”, a fragata “Hermenegildo Capelo”, a corveta “Oliveira do Carmo” e o navio-patrulha “Zambeze”.

Estes navios constituirão roteiros subaquáticos acessíveis a qualquer mergulhador, tendo o projecto merecido a aprovação de diversas entidades com competências na matéria, nomeadamente o Ministério da Defesa.

O próximo passo será dado em Setembro com a limpeza e preparação do primeiro navio (“Zambeze”), cujos trabalhos decorrerão nos estaleiros de Portimão, envolvendo mão-de-obra local.

Para o presidente da Câmara de Portimão, Manuel da Luz, “o mar é um recurso central de grande importância para o município e o Ocean Revival faz todo o sentido”, uma vez que, além de criar “um espaço museológico original”, o projecto permitirá “reforçar o ecossistema, pois os navios a afundar funcionarão como recifes artificiais num fundo de areia, o que possibilitará o aumento da biodiversidade na zona”.

Luís Sá Couto, proprietário da empresa de mergulho Subnauta, responsável pela dinâmica do projecto, assegura que “a Câmara de Portimão não gastará um cêntimo em todo o processo, estando bem encaminhadas as negociações com os privados que já se manifestaram empenhados em investir no potencial turístico do Ocean Revival”.

“Nós queremos criar uma paragem obrigatória para o cada vez mais importante nicho do turismo de mergulho, estimando-se que nos primeiros dez anos sejam atraídos 620 mil mergulhadores e suas famílias”, destacou o responsável pela Subnauta, para quem “este segmento não sazonal da indústria turística vai dinamizar a economia local, beneficiando das excelentes estruturas de apoio existentes, nomeadamente a hotelaria, o golfe, o Autódromo, o Porto de Cruzeiros ou a Marina de Portimão, bem como de um mar tranquilo e ameno”.

Outra das vantagens enunciadas por Sá Couto será a instalação de uma câmara hiperbárica, ou de descompressão, uma das poucas em todo o país e que poderá ser utilizada pelos mergulhadores, mas também para tratamentos médicos como complicações da diabetes, úlceras, oclusões arteriais, infecções, etc.

Ao evocar a “preservação da nossa memória recente”, o Vice-almirante Carvalho Abreu, Vice-chefe do Estado-Maior da Armada, sublinhou o “pioneirismo e espírito de iniciativa por detrás deste projecto, que tem tudo para ser levado a bom porto”.
No âmbito deste projecto, foi constituída pelo Município de Portimão a MUSUBMAR – Associação para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo Subaquático, para a qual foi convidado o Portisub – Clube Subaquático de Portimão, única colectividade no concelho ligada a esta área.

Nesse sentido, caberá ao Portisub prestar apoio especializado em termos de elaboração de trabalhos, estudos e envolvimento da comunidade e da iniciativa local no domínio da criação da MUSUBMAR.

Fonte: http://www.nauticapress.com/modules/news/article.php?storyid=2150


A ideia parece ser boa.
Pelo que estive a ver, há procura por este tipo de turismo.
Se assim for, óptimo.

Porém, parece haver algumas dúvidas acerca de quem paga o quê.
Há quem diga que é a custo zero para o município...
E há quem diga que não.

Era interessante saber em concreto, quanto é que vai custar ao município.
Para saber se é interessante ou não.

Mas a ideia em si, parece ser boa.
A ver vamos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Gastaram 200 mil € nisto! E está vazio! Sempre vazio!




Hoje, porque me picaram com a "brincadeira" de me tentarem roubar a conta do Portimão Sempre (pela 3ª vez!) e porque já me tinha constado que o "Sasha" tem estado às moscas, resolvi armar-me em repórter fotográfico.

Ora, lá fui eu armar-me em mirone para a Fortaleza com uma máquina a tiracolo.
Eram 1:30h., portanto mais do que horas para aquilo estar "a bombar".
Como tem feito muito boa gente para ver "os famosos".

Gastou a Câmara Municipal de Portimão 200 mil € nisto!
Nem gente dentro, nem gente à porta!

Mesmo que isto estivesse a correr bem era já muito duvidoso, porque a CMP não tem dinheiro para o essencial quanto mais para isto, e depois porque a CMP constitui-se como concorrente das discotecas e bares que fiscaliza.
Ou seja, o fiscalizador é... concorrente.

Mas, está a correr mal.
Ou seja, gastam para cima de 200 mil € e corre muito mal.
Porquê?

Porque a vocação de uma Câmara Municipal deve ser toda, menos a de ser taberneiro (com todo o devido respeito para os taberneiros e para os profissionais dos bares e discotecas).
Porque não sabe como se faz nem tem competências para saber.

E enquanto gastam recursos preciosos e se entretêm com isto do "Sasha", o desemprego aumenta, a falência do comércio aumenta, as taxas aumentam, a insegurança aumenta, a degradação da parte antiga aumenta... tudo o que é mau aumenta.

A contrapor isto, só diminui uma coisa:
A afluência ao "Sasha" diminui.

Mas os 200 mil € ficaram lá.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Câmara atrasa subsídio social ao arrendamento. Mas o Sasha está em dia.


Câmara atrasa subsídio social


A câmara de Portimão não conseguiu, em Julho, honrar o seu compromisso com o projecto social de comparticipação nas rendas de famílias carenciadas. Ontem, ainda estavam em dívida 57 mil euros de subsídios a entregar "a cerca de metade" dos 600 beneficiários, admitiu fonte oficial da autarquia.

Os subsídios ao arrendamento costumam ser pagos "entre o dia 17 e 21 de cada mês", disse ao CM Ana Domingos, uma das beneficiárias. Mãe de dois filhos, divorciada, ainda não tinha recebido os 240 euros de comparticipação camarária para a renda de Julho no dia 2 deste mês. "Os funcionários dizem-nos que não há dinheiro", explicou ainda Ana Domingos.

"Existem problemas de tesouraria que implicam atrasos nos pagamentos", admitiu ao CM fonte oficial da câmara.

O projecto social de apoio ao arrendamento em Portimão tem 600 unidades familiares beneficiárias e custa 120 mil euros por mês à câmara. Em Julho, entre os dias 17 e 21, prazo habitual de pagamento, nenhum subsídio foi pago.

Começaram a ser regularizados a partir do dia 22. Ontem, estavam ainda por pagar 57 mil euros. "Serão regularizados nos próximos dias", garante a câmara.

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/camara-atrasa-subsidio-social



Eu desejo dizer algo acerca disto.

Eu de facto vi o Presidente da Câmara de Portimão dizer, na conferência acerca do impacto das medidas da Troika no Algarve, que o pagamento deste subsídio bem como de outros de âmbito social, eram para ele a princípal das preocupações.

Não dúvido.

Mas pergunto,
E dar 200 mil € por um Sasha que ainda por cima aparenta estar às moscas, é prioritário em relação a isto?

Referiu que os subsídios sociais dados pela CMP sofrem com a queda de receitas que supostamente está a viver.

Mas...
O Sasha não sofre com esta suposta queda de receitas...

Logo, pergunto:
Em que ficamos?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Portinado está em risco de acabar.


A Portinado – Associação de Natação de Portimão está a debater-se com grandes problemas financeiros e os seus dirigentes dizem mesmo que as atividades competitivas do clube poderão estar em causa na próxima época desportiva, deixando para o mês de setembro a tomada de uma decisão sobre o futuro.

O clube de Portimão, atual campeão nacional de polo aquático e uma das referencias ao nível da natação no nosso país, já teve que cortar nos vencimentos dos seus 15 funcionários, que passarão a receber apenas 80 por cento do ordenado, ficando também por pagar o subsídio de férias para uma data posterior.

De acordo com os responsáveis da Portinado, a situação em que aquela associação se encontra resulta do agravamento dos encargos com os quadros competitivos, ao qual se juntou a falta de apoio institucional na presente época.

“Chegar ao final da época em dificuldades financeiras não tem sido ato isolado nos últimos anos, pois é uma situação que resulta da dificuldade em realizar receitas nos meses de julho e agosto, devido à paragem das atividades da escola de natação”, explicam os dirigentes da Portinado, frisando, no entanto, que a situação “tem sido superada com uma enorme ginástica e rigor financeiro por parte do clube”.

Porém, este ano, a realidade “é muito pior do que nos anos anteriores”, já que “nunca tinha havido necessidade de cortar nos vencimentos”, lamentam os responsáveis, que já começam a ver com alguma apreensão a continuação da atividade do clube.

Fonte: http://www.jornaldoalgarve.pt/2011/08/portinado-esta-em-risco-de-acabar/


Eu peço desculpa, mas não me contenho.

A Portinado foi Bicampeã nacional este ano.
Apresenta resultados desportivos.
E está neste estado...

Não lhes construiram nenhum estádio...
Mas eles foram campeões nacionais.
Pela segunda vez consecutiva.

Mas, não lhes construiram nenhum estádio...

Eu peço desculpa por dizer isto, mas é a verdade.

Mas, mais ainda,
Não lhes deram a eles, 200 mil € como deram ao Sasha.

E para ser puramente demagógico,
Cá vai uma tirada demagógica para me chamarem demagógico:

Com os vencimentos existentes, por exempo na Portimão Urbis, que se faça o contraste com a diminuição de salários na Portinado.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Associação de discotecas levanta providências cautelares contra clubes de verão das câmaras municipais


A Associação de Discotecas do Sul e Algarve (ADSA) revelou que vai apresentar entre terça e quarta-feira providências cautelares e processos-crime contra espaços de diversão noturna de verão patrocinados por autarquias, que acusa de concorrência desleal.

O dirigente da ADSA, José Manuel Trigo, proprietário do T-Clube e da Trigonometria, disse à Lusa que os moldes e os alvos dos processos-crime estão a ser estudados pela assessoria legal da associação em função das certidões sobre o licenciamento dos espaços, que foram pedidas às autarquias, mas escusou-se a revelar quais os destinatários dos processos por motivos de segredo de justiça.

A ADSA participou na sexta-feira numa reunião com os responsáveis máximos da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que, segundo José Manuel Trigo, "considerou os licenciamentos feitos pelas autarquias a esses espaços legais".

"A ASAE considera que os espaços são legais e está conivente com o poder político", acusou José Manuel Trigo, frisando que a Câmara de Loulé, que também esteve presente na reunião com a ADSA, recorreu ao licenciamento itinerante, "normalmente utilizado para circos, carrosséis, etc.", para abrir o Bliss e o Faces.

José Manuel Trigo lamentou que a ASAE diga que "é legal a câmara licenciar uma discoteca como se fosse um circo" e reiterou que, como este organismo depende do Ministério do Ambiente, está "conivente" com o poder político.

O empresário da noite algarvia criticou ainda a Câmara de Loulé por licenciar espaços que não têm que pagar os mesmos impostos que as discotecas representadas pela ADSA e que, no entender da associação, criam dificuldades por estarem a trabalhar no período em que há mais pessoas no Algarve.

"Esta situação vai levar ao fecho das discotecas. O T-Clube, a Trigonometria, a Kadoc vão ter que fechar e só vão estar abertas em julho e agosto. E o Algarve vai deixar de ter oferta turística de diversão noturna durante todo o ano e Loulé só terá casas de prostituição, porque as discotecas não conseguem suportar esta situação", disse o representante.

Além do Bliss e do Faces, ambos no concelho de Loulé, no Algarve há outros espaços de diversão noturna patrocinados pelas autarquias, como o Meo Spot Summer Sessions, em Portimão, ou o Manta Beach, em Vila Real de Santo António. As câmaras de Lagoa e Castro Marim também têm apostado na criação de espaços deste tipo durante os meses de julho e agosto.

A ADSA considera que estes espaços não estão sujeitos aos mesmos impostos que as discotecas que representa e que os seus licenciamentos são questionáveis e criam uma situação de concorrência desleal.

Fonte:
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=46859