No rescaldo da última sessão da assembleia municipal de Portimão, chega-se à conclusão que existe uma certa dificuldade em ir ao cerne da questão.
Existe a tendência para uma certa dispersão.
A questão fulcral era o plano de saneamento.
Apenas três perguntas:
1. O porquê da necessidade de um plano de saneamento?
2. Quem pôs as finanças da autarquia neste estado?
3. Onde está a mais valia para a população, correspondente aos recursos gastos?
À excepção do bloco de esquerda e do CDS, que fizeram as suas intervenções sempre à volta destas questões, (bem com do deputado Carlos Bicheiro do PSD), o que é certo é que a discussão, tendeu para divergir muito para questões de pormenor.
O PSD (à excepção do já referido deputado Carlos Bicheiro) distraiu-se com a anulação da sessão, com os tempos de intervenção, com a pertinência ou não do uso da palavra por parte dos autores do plano, etc.
Mal ou bem, esta é a maior força de oposição.
Mal ou bem, cabe-lhe o papel de convencer o eleitorado, de que é uma alternativa credível.
É notório que os problemas financeiros (e não só) da câmara, são bem anteriores às últimas eleições.
E o que é facto, é que eles falharam rotundamente em demonstrá-lo ao eleitorado bem como, de que têm um projecto de desenvolvimento alternativo para a cidade.
Tiveram a maior derrota de sempre…
Pelo que se observou, na reunião extraordinária da AMP, não souberam ter um discurso coordenado, focado e assertivo.
Explica-se, em parte desta forma, o porquê das vitórias do PS.
Não têm opositores a sério.
Porque um opositor a sério (com a dimensão e a responsabilidade do PSD) teria perguntado sistematicamente:
1. Como é que se chegou a esta situação financeira catastrófica?
2. Quem foram os responsáveis?
3. Onde está o desenvolvimento para a população decorrente destes gastos? (mais emprego, mais actividade económica – este é o município com mais desemprego e com mais falências do Algarve).
No que diz respeito ao executivo e à bancada do PS:
Tem que lhes ser dito que, planos de desenvolvimento de 150 milhões de €, como o que foi feito pelo actual executivo (Tempo, Arena, museu, mercado, eventos, etc.), só são interessantes se, e só se, houverem reais benefícios para as necessidades mais prementes da população.
Se não houver, são estéreis. Vazios. Reveladores de ineficiência e de ineficácia.
Para que servem, se não conseguem gerar mais actividade económica, de forma a que se incentive a criação de emprego e de desenvolvimento?
Uma última nota: O problema financeiro é estrutural e não conjuntural.
Desequilíbrios de estrutura e resultados operacionais cronicamente deficitários (como é o caso e há muito tempo) definem um problema estrutural.
Ponto final.
Porém, lá no plano de saneamento, se aparecesse estrutural, dava mau aspecto.
E obrigava à intervenção do governo central, que uma definição conjuntural não obriga.
E isto, ainda dava mais mau aspecto.
Existe a tendência para uma certa dispersão.
A questão fulcral era o plano de saneamento.
Apenas três perguntas:
1. O porquê da necessidade de um plano de saneamento?
2. Quem pôs as finanças da autarquia neste estado?
3. Onde está a mais valia para a população, correspondente aos recursos gastos?
À excepção do bloco de esquerda e do CDS, que fizeram as suas intervenções sempre à volta destas questões, (bem com do deputado Carlos Bicheiro do PSD), o que é certo é que a discussão, tendeu para divergir muito para questões de pormenor.
O PSD (à excepção do já referido deputado Carlos Bicheiro) distraiu-se com a anulação da sessão, com os tempos de intervenção, com a pertinência ou não do uso da palavra por parte dos autores do plano, etc.
Mal ou bem, esta é a maior força de oposição.
Mal ou bem, cabe-lhe o papel de convencer o eleitorado, de que é uma alternativa credível.
É notório que os problemas financeiros (e não só) da câmara, são bem anteriores às últimas eleições.
E o que é facto, é que eles falharam rotundamente em demonstrá-lo ao eleitorado bem como, de que têm um projecto de desenvolvimento alternativo para a cidade.
Tiveram a maior derrota de sempre…
Pelo que se observou, na reunião extraordinária da AMP, não souberam ter um discurso coordenado, focado e assertivo.
Explica-se, em parte desta forma, o porquê das vitórias do PS.
Não têm opositores a sério.
Porque um opositor a sério (com a dimensão e a responsabilidade do PSD) teria perguntado sistematicamente:
1. Como é que se chegou a esta situação financeira catastrófica?
2. Quem foram os responsáveis?
3. Onde está o desenvolvimento para a população decorrente destes gastos? (mais emprego, mais actividade económica – este é o município com mais desemprego e com mais falências do Algarve).
No que diz respeito ao executivo e à bancada do PS:
Tem que lhes ser dito que, planos de desenvolvimento de 150 milhões de €, como o que foi feito pelo actual executivo (Tempo, Arena, museu, mercado, eventos, etc.), só são interessantes se, e só se, houverem reais benefícios para as necessidades mais prementes da população.
Se não houver, são estéreis. Vazios. Reveladores de ineficiência e de ineficácia.
Para que servem, se não conseguem gerar mais actividade económica, de forma a que se incentive a criação de emprego e de desenvolvimento?
Uma última nota: O problema financeiro é estrutural e não conjuntural.
Desequilíbrios de estrutura e resultados operacionais cronicamente deficitários (como é o caso e há muito tempo) definem um problema estrutural.
Ponto final.
Porém, lá no plano de saneamento, se aparecesse estrutural, dava mau aspecto.
E obrigava à intervenção do governo central, que uma definição conjuntural não obriga.
E isto, ainda dava mais mau aspecto.
politiquices
ResponderEliminarTambém estive presente na referida sessão extraordinária da CMP e por aquilo que ouvi apercebi-me que não existe neste momento uma alternativa válida ao actual executivo camarário.
ResponderEliminarPois, pelo que foi falado pela própria oposição, os problemas de ordem financeira da CMP já se vêm a arrastar desde há alguns anos atrás.
No entanto tal nunca foi, devidamente, demonstrado aos portimonenses, principalmente antes das últimas eleições. Assim como nunca foram indicadas soluções para o referido problema.
Ou a oposição não teve capacidade para demonstrar a existência desses problemas, ou então, sentiu algum desconforto em abordar esses assuntos porque nunca tiveram uma solução para resolver os mesmos.
É importante, haver a referida alternativa válida caso contrário o próprio executivo pode ter a tendência de se sentir demasiado “à vontade” para cometer determinados erros que nunca sucederiam se eles tivessem algum respeito pelos partidos da oposição, o que manifestamente não acontece.