No passado dia 17/09/10, às 21:30h., teve lugar no salão nobre da Câmara Municipal de Portimão, uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Portimão.
O motivo da mesma, era a discussão e votação de um conjunto de propostas subscritas por todos os partidos da oposição, para fazer face aos graves problemas financeiros que o município vive.
Não iremos avaliar o mérito das propostas, ou até a qualidade do plano de saneamento financeiro proposto pelo executivo.
No fundo, para se resolver um problema destes (que é de uma gravidade sem precedentes) a solução terá de passar forçosamente pelo aumento de proveitos (operacionais e extraordinários) e pela redução de gastos (correntes e de investimento).
E isto significa:
1. O aumento de proveitos operacionais, implica usualmente, aumento de impostos.
2. O aumento de proveitos extraordinários, implica usualmente, alienação de património.
3. A redução de gastos correntes, implica usualmente, redução de estrutura.
4. A redução de gastos de investimento, implica usualmente, redução de projectos de investimento.
As sugestões do executivo camarário, embora divergentes em pormenor, têm todos os 4 componentes acima expostos.
Todos os 4.
Ou seja, o problema financeiro é mesmo de gravidade extrema.
Note-se que existiram situações de salários em atraso, na Quinta Pedagógica e rumores de atrasos no pagamento do apoio social ao arrendamento.
Usando uma metáfora, para permitir uma exposição mais fácil:
Observemos uma determinada família, que tem um rendimento mensal de 1000€.
Durante anos, andou a ter gastos mensais de 1300€.
Estes foram fruto, da compra de objectos de ostentação e status, jantares em restaurantes caros e outros gastos supérfluos.
Chega-se ao ponto, em que existe uma dívida imensa aos fornecedores dos bens acima descritos e aos bancos que financiaram as compras.
Chega-se então a um ponto, em que haverá que pôr as contas em dia.
Assim, haverá que cortar na ostentação, nos jantares em bons restaurantes e no supérfluo.
Mas, não chegará. Haverá que cortar na televisão por cabo, na Internet, no telefone, na luz eléctrica, no gás canalizado, para que o banco não execute a hipoteca da casa.
Não haverá possibilidades para pôr os filhos na universidade, ou para fazer a especialização, que poderia abrir portas para um aumento de rendimento.
Ninguém quer cortar a luz, o gás o telefone, etc.
Todos querem estudar e investir para poder ter melhores rendimentos.
Mas, não dá.
Esta família chegou a um ponto, em que não tem escolha.
Tem que fazer, o que tem que fazer.
Goste ou não.
A Câmara Municipal de Portimão, está nesta situação.
E enquadra-se na descrição familiar acima exposta.
Ninguém gosta ou quer as medidas de saneamento financeiro.
Nem as propostas pelo executivo, nem as da oposição.
Mas, o que tem de ser, tem se ser.
Goste-se ou não.
O tempo das escolhas era antes. Voltando à metáfora:
A escolha de assegurar a universidade dos filhos.
A escolha do investimento na especialização com vista ao aumento de rendimento.
A escolha de reduzir o gasto supérfluo, ao mínimo.
A escolha de abdicar do luxo e da ostentação sem sentido.
A escolhas de Portimão foram erradas.
O incentivo à produção e ao desenvolvimento económico foram insuficientes e erradas.
E houve incentivo a mais, ao supérfluo e à ostentação.
Houve fragilização do modelo de obtenção de receitas e aumento de divida, sem precedentes.
O município foi posto numa situação de fragilidade estrutural.
Outra metáfora:
Um abalo sísmico nesta estrutura frágil, poderia fazê-la ruir.
E nós estamos a viver esse abalo.
O problema, é que o edifício não foi construído com estrutura anti sísmica.
Os “engenheiros” responsáveis negligenciaram esse facto.
Assim, persistindo nas metáforas, o que se passou na reunião em questão, foi essencialmente a discussão se se deveria cortar a luz ou o telefone…
E todos os pretextos foram aproveitados para se divergir a conversa do ponto fulcral:
Definições de desequilíbrio estrutural versus conjuntural;
Se determinado documento teria 3 ou 9 páginas;
Se a linguagem é ou não excessiva;
Se alguém chamou alguém de “besta ou cão” (a sério).
Analiticamente, ao nível das prestações das diversas bancadas, observou-se que:
O PSD é uma força dispersa, incapaz de atacar o adversário, viu-se diversas vezes “encostado às cordas” face à iniciativa atacante do PS.
O PS, apesar de mostrar sérias dificuldades em defender a sua posição, conseguiu desviar o assunto do ponto fulcral. Sem dúvida, têm muita experiência e o Presidente da Câmara é um tribuno potente.
O BE e o PCP foram inconsequentes.
Goste-se ou não do seu alinhamento ideológico, tem de se fazer justiça:
O único que foi ao ponto fulcral, foi o CDS.
E, ao contrário do registo monocórdico e enfadonho dos outros, fê-lo com emoção.
E o ponto fulcral era:
1. Como é que se chegou a esta situação financeira catastrófica?
2. Quem foram os responsáveis?
3. Onde está o desenvolvimento para a população decorrente destes gastos? (mais emprego, mais actividade económica – este é o município com mais desemprego e com mais falências do Algarve).
4. Como resolver? No curto e no longo prazo.
Sentiu-se o momento de constrangimento e de embaraço por parte do executivo e da bancada do PS, face ao “batimento” no ponto fulcral.
Foi perceptível, perante a observação discreta, mas atenta ao pormenor das reacções.
Como é evidente, o desfecho da votação, era o esperado face á maioria absoluta existente.
Mas viu-se e sentiu-se a força e os recursos que o executivo tem.
E viu-se e sentiu-se a fraqueza do maior partido da oposição.
Assim se conclui o porquê:
Do desconhecimento por parte da população, da realidade por que passa o município.
E da descrença por parte da população, da existência de soluções executivas alternativas.
O motivo da mesma, era a discussão e votação de um conjunto de propostas subscritas por todos os partidos da oposição, para fazer face aos graves problemas financeiros que o município vive.
Não iremos avaliar o mérito das propostas, ou até a qualidade do plano de saneamento financeiro proposto pelo executivo.
No fundo, para se resolver um problema destes (que é de uma gravidade sem precedentes) a solução terá de passar forçosamente pelo aumento de proveitos (operacionais e extraordinários) e pela redução de gastos (correntes e de investimento).
E isto significa:
1. O aumento de proveitos operacionais, implica usualmente, aumento de impostos.
2. O aumento de proveitos extraordinários, implica usualmente, alienação de património.
3. A redução de gastos correntes, implica usualmente, redução de estrutura.
4. A redução de gastos de investimento, implica usualmente, redução de projectos de investimento.
As sugestões do executivo camarário, embora divergentes em pormenor, têm todos os 4 componentes acima expostos.
Todos os 4.
Ou seja, o problema financeiro é mesmo de gravidade extrema.
Note-se que existiram situações de salários em atraso, na Quinta Pedagógica e rumores de atrasos no pagamento do apoio social ao arrendamento.
Usando uma metáfora, para permitir uma exposição mais fácil:
Observemos uma determinada família, que tem um rendimento mensal de 1000€.
Durante anos, andou a ter gastos mensais de 1300€.
Estes foram fruto, da compra de objectos de ostentação e status, jantares em restaurantes caros e outros gastos supérfluos.
Chega-se ao ponto, em que existe uma dívida imensa aos fornecedores dos bens acima descritos e aos bancos que financiaram as compras.
Chega-se então a um ponto, em que haverá que pôr as contas em dia.
Assim, haverá que cortar na ostentação, nos jantares em bons restaurantes e no supérfluo.
Mas, não chegará. Haverá que cortar na televisão por cabo, na Internet, no telefone, na luz eléctrica, no gás canalizado, para que o banco não execute a hipoteca da casa.
Não haverá possibilidades para pôr os filhos na universidade, ou para fazer a especialização, que poderia abrir portas para um aumento de rendimento.
Ninguém quer cortar a luz, o gás o telefone, etc.
Todos querem estudar e investir para poder ter melhores rendimentos.
Mas, não dá.
Esta família chegou a um ponto, em que não tem escolha.
Tem que fazer, o que tem que fazer.
Goste ou não.
A Câmara Municipal de Portimão, está nesta situação.
E enquadra-se na descrição familiar acima exposta.
Ninguém gosta ou quer as medidas de saneamento financeiro.
Nem as propostas pelo executivo, nem as da oposição.
Mas, o que tem de ser, tem se ser.
Goste-se ou não.
O tempo das escolhas era antes. Voltando à metáfora:
A escolha de assegurar a universidade dos filhos.
A escolha do investimento na especialização com vista ao aumento de rendimento.
A escolha de reduzir o gasto supérfluo, ao mínimo.
A escolha de abdicar do luxo e da ostentação sem sentido.
A escolhas de Portimão foram erradas.
O incentivo à produção e ao desenvolvimento económico foram insuficientes e erradas.
E houve incentivo a mais, ao supérfluo e à ostentação.
Houve fragilização do modelo de obtenção de receitas e aumento de divida, sem precedentes.
O município foi posto numa situação de fragilidade estrutural.
Outra metáfora:
Um abalo sísmico nesta estrutura frágil, poderia fazê-la ruir.
E nós estamos a viver esse abalo.
O problema, é que o edifício não foi construído com estrutura anti sísmica.
Os “engenheiros” responsáveis negligenciaram esse facto.
Assim, persistindo nas metáforas, o que se passou na reunião em questão, foi essencialmente a discussão se se deveria cortar a luz ou o telefone…
E todos os pretextos foram aproveitados para se divergir a conversa do ponto fulcral:
Definições de desequilíbrio estrutural versus conjuntural;
Se determinado documento teria 3 ou 9 páginas;
Se a linguagem é ou não excessiva;
Se alguém chamou alguém de “besta ou cão” (a sério).
Analiticamente, ao nível das prestações das diversas bancadas, observou-se que:
O PSD é uma força dispersa, incapaz de atacar o adversário, viu-se diversas vezes “encostado às cordas” face à iniciativa atacante do PS.
O PS, apesar de mostrar sérias dificuldades em defender a sua posição, conseguiu desviar o assunto do ponto fulcral. Sem dúvida, têm muita experiência e o Presidente da Câmara é um tribuno potente.
O BE e o PCP foram inconsequentes.
Goste-se ou não do seu alinhamento ideológico, tem de se fazer justiça:
O único que foi ao ponto fulcral, foi o CDS.
E, ao contrário do registo monocórdico e enfadonho dos outros, fê-lo com emoção.
E o ponto fulcral era:
1. Como é que se chegou a esta situação financeira catastrófica?
2. Quem foram os responsáveis?
3. Onde está o desenvolvimento para a população decorrente destes gastos? (mais emprego, mais actividade económica – este é o município com mais desemprego e com mais falências do Algarve).
4. Como resolver? No curto e no longo prazo.
Sentiu-se o momento de constrangimento e de embaraço por parte do executivo e da bancada do PS, face ao “batimento” no ponto fulcral.
Foi perceptível, perante a observação discreta, mas atenta ao pormenor das reacções.
Como é evidente, o desfecho da votação, era o esperado face á maioria absoluta existente.
Mas viu-se e sentiu-se a força e os recursos que o executivo tem.
E viu-se e sentiu-se a fraqueza do maior partido da oposição.
Assim se conclui o porquê:
Do desconhecimento por parte da população, da realidade por que passa o município.
E da descrença por parte da população, da existência de soluções executivas alternativas.
Temos uma nova variante da saga Engº Guterres.... tanto esbanjou até que deixou o nosso país nesta miséria. Deixou que todos pensassem que eram pequenos ricos..
ResponderEliminarEra mais fácil que o senhor concluísse que a população não tem a opinião que o senhor tem do que chama-los de ignorantes e descrentes.
ResponderEliminarVamos lá ver uma coisa.
ResponderEliminarA ignorância da população é um facto, ou melhor, foi um facto.
Esse facto ocorreu no dia 11 de Outubro de 2009.
Nesse dia, votaram PS, 12.849 de um total 42.751 eleitores.
Desses 12.849, acredito que alguns votaram porque ou são do PS, ou trabalham na CMP, ou são familiares destes ou então são ciganos (minoria discriminada !!!)e o restante porque ignorava como se encontrava o estado das coisas.
E porque é que ignoravam?
Porque alguns resolveram, antes das referidas eleições, contar uma linda história, uma história muito cor-de-rosa.
Enquanto outros tentavam espremer laranjas mas infelizmente nenhuma delas tinha sumo.
Resumindo, entre uma rosa e uma laranja sem sumo, escolheram a tal rosa.
Ora, o que se passou é que os donos do roseiral omitiram que aquelas rosas estavam cheias de espinhos.
Espinhos que não só picam mas também se encontram envenenados.
Esse veneno, é de efeito retardado, mas já vai fazendo os seus efeitos.
A descrença nos donos do roseiral há-de surgir, mais cedo ou mais tarde.
É uma questão de dias, semanas, meses mas vai acabar por acontecer.
E quando acontecer irá de certeza aparecer uma alternativa credível.
Uma alternativa com conteúdo (sumo) sem prejudicar (espinhos e veneno)e enganar a população.
Aguardemos, pelo aparecimento dessas pessoas honestas e competentes.
Esta cidade merece.
Nós merecemos.
Sr. Álvaro Rocha,
ResponderEliminarAgradecemos o seu comentário.
A população não terá a minha opinião.
A população não será também ignorante e descrente.
Sabe,
Dos 42751 eleitores de Portimão, 12849 votaram no PS.
Ou seja, 30% votaram PS e 70% não.
Mas, se pensarmos que a totalidade da população (e não apenas os eleitores), é afectada pelas politicas dos diferentes partidos, podemos dizer que também fazem parte da população, que tem interesse em saber, quem decide dos seus destinos.
Assim,
Dos 49881 habitantes de Portimão, 12849 votaram no PS.
Ou seja, 26% votaram PS e 74% não.
1 em cada 4 votaram PS.
Isto é a população?
Não.
É uma parte.
Matemática é matemática.
Outro número que pode ter relevância nesta nossa conversa:
3542.
Sabe que número é este?
Corresponde ao número de desempregados (conhecidos) em Portimão.
E este é o maior número (absoluto e em percentagem) do Algarve.
Portimão tem o maior desemprego do Algarve.
PORTIMÃO TEM O MAIOR DESEMPREGO DO ALGARVE!!
Como será que eles votam?
Será que eles votam?
Não sabemos.
Eu não sei como, ou o que leva as pessoas a votar num determinado sentido, ou noutro…
Não posso ajuizar o que não sei…
Repudio, de certeza o comentário do anónimo anterior, acerca da etnia cigana, pois parece-me primário e obtuso.
Agora, eu posso falar de mim…
Eu confesso-me enganado.
Eu não sabia…
Não sabia do passivo, da situação financeira catastrófica, do desemprego, do modelo de desenvolvimento frágil, das adjudicações por ajuste directo de 330.000€ para eventos culturais como o “Eu gosto de Mulheres” (de valor artístico inquestionável, com certeza), em altura em que já se sabia da situação financeira catastrófica, etc.,etc….
Fui ingénuo e deixei-me levar pelo brilho do glamour.
Glamour vazio.
Fui imprudente.
Pagarei caro.
Pagarei IMI à taxa mais elevada.
Pagarei os aumentos sobre a água.
Pagarei, pela minha empregabilidade reduzida.
Pagarei, pela falência dos meus investimentos.
Pagarei…
Fui enganado.
E penso que não fui o único…
Mas estou a acordar…
E os outros também!
Agradeço mais uma vez, a amabilidade do seu comentário.
É muito relevante para nós.
Com os melhores cumprimentos.
Caro João Pires
ResponderEliminarEm relação às contas que faz do número de pessoas que votaram e não votaram no PS elas estão de facto certas. Mas são válidas para Portimão ou para qualquer outra cidade ou mesmo órgão político, do Governo à Presidência da República. Para bem ou para o mal, a democracia funcionou.
Há quem decida não votar, agora ainda está para provar que no caso de votarem o seu voto seja diferente da forma como maioria votou. Se achar que é diferente, eu acho que não.
Não acredito que tivesse sido enganado…pelo que escreve vê-se claramente que tem posição contra o executivo do meu partido há muito…seja honesto.
Agora, há aqui uma posição divergente de fundo em relação a nós, é que na minha perspectiva este plano de saneamento não é uma consequência do passado, e até desafio-o que me indique uma cidade algarvia com mais obra do que Portimão, é uma “consequência” do futuro. Ou seja, este é um Plano que visa Conquistar e Garantir o Futuro… Com Rigor e Responsabilidade…
Sr. Álvaro Rocha,
ResponderEliminarPerante as suas breves palavras constato que se considera uma pessoa inteligente e confiante , compreendo o seu optimismo afinal quem não o teve? No entanto existe uma grande diferença entre o ser ignorante por opção e o ser enganado. A ignorância por opção não é de todo a melhor solução… acredite!
Faço-lhe Três perguntas:
O que pensa acerca da situação financeira do município?
O que foi feito e por quem para estarmos nesta situação?
Considera que estamos no bom caminho?
O comentário de João Pires das 2:16 levanta questões válidas e muito bem fundamentadas e acima de tudo revela uma grande coragem em assumir publicamente que foi enganado.
Haja coragem e sabedoria!
AG
Cara Ana Gato
ResponderEliminarA resposta às suas questões está em http://umcamaleao.blogspot.com/, peço desculpa mas não consegui responder aqui...
Caro Sr. Álvaro Rocha,
ResponderEliminarAgradeço a sua resposta.
Sim, é impossível determinar o sentido de voto, de quem não vota…
Concluo, no entanto, que concorda com o facto de que, referirmo-nos à população como um todo, como pró ou contra determinado projecto politico, é no mínimo abusivo.
Assim decerto concordará que, dizer: “Era mais fácil que o senhor concluísse que a população não tem a opinião que o senhor tem do que chama-los de ignorantes e descrentes.”, é uma imprecisão básica.
Seguindo adiante,
Lamento, mas fui enganado.
Parece-lhe que, dado como escrevo, sou um opositor há muito tempo?
Ficaria surpreendido…
Sabe, sempre fui mais atento à situação nacional, do que à local.
Confesso que, fui sempre excessivamente desatento em relação à realidade local.
Erro meu.
Assim, era presa fácil da propaganda…
E fui…
Mas, também se fosse opositor há mais tempo, também não era nada de especial…
Nada de extraordinário…
Nada que mereça convites à honestidade.
Era e pronto. Mas não fui.
Enfim,…
Fui levado a aperceber-me que a situação nacional, é muito o somatório das diversas realidades locais.
Houve algo que me chamou a atenção.
Chamou-me a atenção, o comunicado da CMP de que precisava de implementar um plano de saneamento financeiro, devido ao facto de reconhecer de que estava numa situação extrema de dificuldade financeira.
Questionei-me porquê.
Investiguei…E descobri.
É chocante a ausência de um projecto, assertivo e pensado em prol do beneficio dos munícipes.
Pensado em função dos resultados.
RESULTADOS!
Sabe, eu sou um resultadista por excelência.
Toda a minha vida, tive que proceder de forma a apresentar resultados.
A minha empregabilidade sempre dependeu disso.
Ou apresento resultados (quantitativos e qualitativos) ou não tenho emprego.
Isto moldou, para o bem e para o mal a minha forma de raciocinar.
Assim, pergunto:
Os recursos empregues (atenção que para espanto de muitos, os recursos são mesmo escassos), que significam um passivo de 227 milhões de €, uma divida de curto prazo de 96 milhões de €, para umas receitas na ordem dos 40 milhões de €, criaram que benefícios para a população?
Incentivaram mais actividade económica local?
Houve mais criação de emprego?
Houve diversificação da actividade económica, sinónimo de aproveitamento de mais oportunidades e redução de vulnerabilidades?
É que se tivessem gasto os recursos, da forma excessiva como foi, mas que fizesse de Portimão um município com mais actividade económica, com menos desemprego e mais equilibrado do ponto de vista do modelo de desenvolvimento,…
Não era na mesma muito aceitável, mas enfim… viveria com isso.
O problema é que, gastaram-se os recursos e constato que:
Não houve incremento da actividade económica.
PORTIMÃO É O MUNICIPIO COM MAIS DESEMPREGO DO ALGARVE!
O modelo de desenvolvimento económico continua a ser o das monoculturas do turismo de baixa qualidade e da construção.
Desta feita:
Gastaram os recursos e não obtiveram resultados.
Podiam ter gasto os recursos e ter obtido resultados.
Podiam não ter gasto os recursos, e também não terem obtido resultados.
Mas, conseguiram desbaratar os recursos. Muito para lá do aceitável ao nível do equilíbrio financeiro e conseguiram não obter resultados.
É preciso talento! Muito talento!
E por favor,
Não me venham com o Tempo, nem com a Praça Municipal, nem com o Museu, e outros equipamentos afins.
Porque:
Estes devem ser meios para se atingir um fim e não um fim em si mesmos.
A sua existência é pertinente. E importante.
Claro.
Mas, fizeram parte de uma estratégia de diversificação e aumento da actividade económica? De incremento do emprego?
Não.
Muito honestamente, representam o “mínimo olímpico”.
E o “mínimo olímpico” não chega.
Para terminar:
Quer saber qual a cidade Algarvia com mais obra que Portimão?
TODAS!
PORQUE TODAS TÊM MENOS DESEMPREGO DO QUE PORTIMÃO!
Mais uma vez, agradeço a sua atenção.
Score:
ResponderEliminarJoão Pires - 2
Alvaro Rocha - 0
Homem do placard
Caro Álvaro Rocha,
ResponderEliminarComo se sentiria se descobrisse que não acautelou uma quebra de rendimento, que era previsível?
As receitas camarárias, advém (aqui e na quase totalidade dos municípios, não sendo por isso desculpa aceitável) dos licenciamentos à construção, IMI e restantes receitas relacionadas com a construção.
Tal modelo de financiamento, há anos que vem sendo criticado, por incentivar do ponto vista autárquico a especulação imobiliária e o consequente desordenamento urbanístico. Outra razão apontada para a critica, era o risco que uma potencial crise do sector teria sobre o financiamento dos municípios.
Durante anos falou-se disto.
Praticamente nenhum autarca ouviu.
Estes também não.
E agora aconteceu.
E depois perguntam-me: O que sentiria se perdesse metade do meu salário?
É evidente que mal.
E se fosse por falta de prudência da minha parte ainda pior.
E é este o caso.
Mas acredite, pior que isto tudo é perder o emprego.
E isto, não há autarca ou empregado camarário que eu conheça, que saiba o que é isto.
Mas conheço muita gente que sabe.
E gente desta terra.
Gente que se tivesse tido uma gestão camarária mais prudente, no sentido que incentiva-se a diversidade económica, não conheceria tanto esta realidade.
Mas temos isto. E como temos isto, a necessidade de apoio social, é evidente que aumenta.
Os custos sociais consequentemente subiram.
E qual a proporção no orçamento camarário?
Será este o problema?
Por outro lado,
Os custos com promoção e eventos representam uma percentagem muito superior aos gastos sociais.
Qual o beneficio?
Pôr Portimão no mapa?
Ok.
Isso trouxe mais actividade económica?
Criou mais emprego?
É claro que não cabe ao município resolver o problema do desemprego por decreto.
Porem, pode apostar em medidas de incentivo ao desenvolvimento económico sustentado e diversificado, de forma a contribuir para a resolução do problema.
Sabe, se calhar também gosto de ir ao Sasha.
Mas preciso de ter emprego primeiro, para poder lá ir.
O óbvio não se explica, não é?
AG
Sem muito para dizer para além do que já atrás se explanou de forma crítica, acertiva, insofismável, pois baseada em factos. É que factos são factos.
ResponderEliminarTenho pela classe política, tal como a maioria dos cidadãos, uma enorme desconfiança. Tal deve-se à prática destes anos de democracia tão mal aproveitada no que ao serviço público diz respeito em oposição ao bom aproveitamento que dela fizeram especuladores, políticos e funcionários sem ética e de honestidade, no mínimo, duvidosa.
Seria altura, quando se aplica tão bem o ditado “casa arrombada, trancas à porta”, de se encontrar alternativa credível, reparar os danos, equilibrar as finanças e, finalmente, planear o futuro.
Não sei se ainda, dentro da classe que tem dirigido os destinos do concelho ou até mesmo dentro da que tem sido pretendente à sua direcção, haverá gente com capacidade para tal. Pelo que ouço e vejo, não me parece.
Estas dúvidas assentam na notória falta de qualidade e impreparação dos quadros regionais partidários. Terá tudo a ver com a pouca maturidade cívica deste povo tão tarde chegado à democracia e que deixa(ou) caminho aberto aos “oportunismos”.
Recentemente, acompanhando eleições em territórios nórdicos, dos quais invejamos o nível de vida mas não a exigência e responsabilidade, constatei que a grande parte dos políticos possui formação específica, tanto académica, como dentro das próprias organizações onde se inserem, para exercício da actividade.
Por cá somos governados por mal formados (sem formação), amadores, curiosos, oportunistas…
Dizem por lá que existem quatro tipos de “profissionais”. Os inconscientemente incompetentes, os inconscientemente competentes, os conscientemente incompetentes e os conscientemente competentes.
O resultado das políticas seguidas e que estão à vista de todos, esta incapacidade de nos organizarmos, de projectar o futuro, de resistir ao fácil, de permeabilidade a interesses obscuros, de sentido do que é o serviço público, é a principal causa do nosso atraso, da nossa pobreza como povo, como nação.
A larga maioria dos quadros políticos nacionais, infelizmente, preenche os três primeiros tipos atrás mencionados.
Poucos são os conscientemente competentes, os que sabem exactamente como fazer, onde fazer, quando fazer… sem olhar a interesses instalados, despidos de preconceitos, dispostos a abraçar a causa do bem comum… acima das questões partidárias e pessoais…
Seria interessante que do debate não só surgissem ideias, como quem lhes desse rosto e liderasse um processo que se prevê muito longo e difícil, o de renovação, organização e recuperação do município.
Clarice
Score:
ResponderEliminarJoão Pires - 2
Ana Gato - 1
Clarice - 1
Alvaro Rocha - 0
Mas que ganda trepa de porrada!
K.O.!
Homem do placard.
Clarice,
ResponderEliminarNa sequência do último parágrafo do seu comentário (que achamos absolutamente brilhante), eu e o Paulo Martins, gostávamos de o(a) conhecer.
Gostávamos mesmo.
Não sei se terá essa vontade.
Poderá não ter…
Poderá até não poder…
Compreendemos que por vezes o anonimato não é uma opção. É uma necessidade.
Enfim…
Porém, fica aqui este nosso desejo.
Gostávamos de o(a) conhecer.
É que tínhamos mesmo gosto.
Se quiser, aqui vai o meu e-mail: piresjp.mail@gmail.com
Cumprimentos Clarice
Caro João Pires
ResponderEliminarDesculpe lá, mas a imprecisão básica foi sua e não minha. Não fui eu que escrevi:
“
Do desconhecimento por parte da população, da realidade por que passa o município.
E da descrença por parte da população, da existência de soluções executivas alternativas.
…
1 em cada 4 votaram PS.
Isto é a população?
Não.
É uma parte.
“
Não vale a pena virar a mesa.
A sua lógica de indexar o desemprego aos resultados da política autárquica e daí concluir que todos os outros municípios têm melhores resultados do que Portimão é, no mínimo, perversa.
Pela mesma lógica concluímos que o município algarvio com melhor performance autárquica é o com menos desempregados, ou seja Alcoutim, por sinal o município mais pobre e com maior taxa de desertificação desta região.
A relação causa e efeito é no mínimo forçada e até o Fidel já desistiu do pleno emprego.
Mas como já percebi que gosta muito de números, de estatísticas e resultados, desafio-o a me indicar qual o município algarvio que mais movimento tem no mercado de trabalho e já agora qual o que tem registado maior evolução de desemprego em termos comparativos.
A Câmara de Portimão aprovou em Março a construção de um bloco de habitação com uma área de pavimento superior em 83 por cento à que viabilizara em 2002 para o mesmo local, mas para outro dono. O terreno onde o projecto vai ser erguido situa-se na estrada que liga a cidade à Praia da Rocha e foi comprado em 2004 pelo grupo imobiliário e hoteleiro RR. Entre os administradores e proprietários deste grupo encontra-se Fernando Rocha, o presidente do Portimonense que foi vice-presidente da câmara local em 2002 e 2003, eleito pelo PS.
ResponderEliminarMeses depois de adquirirem os 10.250 m2 onde funcionou durante décadas a fábrica de conservas Facho, por cima da marina e das ruínas classificadas do Convento de São Francisco, os anteriores proprietários apresentaram, em 2002, uma proposta de urbanização para toda a parcela. Considerando que ela se encontrava numa zona de expansão urbana, a câmara viabilizou, ainda em 2002, a construção de quatro edifícios de apartamentos, com 2640 m2 numa primeira fase, do lado da Praia da Rocha, e de mais quatro edifícios, com 2485 m2 numa segunda fase, na parte restante.
Ambos os conjuntos previam prédios com um máximo de quatro pisos, sendo que o da segunda fase teria de deixar um espaço livre entre dois blocos, por forma a permitir a visualização da chaminé da antiga fábrica no eixo do convento. O coeficiente de ocupação do solo (COS - quociente entre a área de construção e a área da parcela) então aceite era de 0,5 em cada uma das fases e no conjunto das duas - o máximo previsto no Plano Director Municipal de 1995 para as zonas de expansão urbana.
Já em 2004, depois de finda a construção da primeira fase, os então donos do terreno, Jaqueline Dimas e familiares, venderam as quotas da sociedade proprietária a Fernando Rocha e aos seus sócios. Passados cinco anos, estes apresentaram um novo projecto para os 4970 m2 disponíveis.
Em vez dos 2485 m2 aprovados em 2002, a proposta previa 4545 m2, com um COS de 0,91, distribuídos pelos cinco pisos de um bloco contínuo do qual desaparecia a abertura para visualização da chaminé. A primeira informação da Divisão de Urbanismo foi claramente negativa, salientando que o terreno se encontrava numa zona de expansão urbana (COS de 0,5). No despacho proferido em Dezembro passado sobre esta informação, o director do Departamento de Urbanismo, Agostinho Escudeiro, escreveu: "Concordo com a classificação do espaço urbano, uma vez que a mesma foi dada em 2002 e nunca houve contestação da mesma." Quem não concordou foi um arquitecto exterior à câmara, que coordenou a elaboração do PDM, e que, ainda em Dezembro, subscreveu um "esclarecimento" pedido dias antes pelo mesmo director que concordara com a classificação de 2002. De acordo com aquele arquitecto, que invocou a insuficiente escala das plantas usadas na câmara para justificar a interpretação contrária, a fábrica Facho, afinal, não está em zona de expansão urbana (COS 0,5), mas sim num "espaço urbano consolidado". Como nestas zonas se determina a área de construção em função do COS da área envolvente - e a média calculada pelos actuais donos (com dados errados) é de 1,13 -, Escudeiro propôs em Março a aprovação do novo projecto. O argumento foi o de que aos 4545 m2 de construção pedidos equivale um COS de 0,91, o que é muito menos do que os 1,13 apontados pelo promotor. E mesmo corrigindo um erro óbvio que o PÚBLICO detectou nos cálculos, o gabinete do presidente da câmara, Manuel da Luz (PS), concluiu que o COS aprovado é "inferior" ao da área envolvente. Depois da correcção, salienta o autarca, o coeficiente desce para 0,95. Assim, a câmara considerou que está tudo certo
Meu caro, Álvaro “rosinha” Rocha
ResponderEliminarDesculpe lá alterar o seu nome mas acho que fica-lhe mesmo a matar.
Com que então o amigo acha que o desemprego no concelho de Portimão resolve-se com essas comparações brilhantes.
Que é que andou a tomar às 00:18? Coca-cola??
Talvez para si o desemprego não seja problema.
Talvez, não, de certeza.
Actualmente, temos não só o factor cunha mas também o factor rosa.
O factor rosa é até muito mais eficaz.
Infinitivamente, mais eficaz.
Basta ser militante no PS de Portimão que está no poder há mais de 30 anos e temos o futuro garantido.
- Que é que o amigo acha desta campanha de recrutamento para o PS de Portimão?
Jovem, alista-te à rosinha e terás o futuro garantido.
Não precisas pensar, nós pensamos por ti.
Acha bem? Acredito que sim
Eu cá prefiro esta.
Jovem/adulto politico incompetente, corrupto e parasita da sociedade.
Não tenhas medo, sê corajoso.
Embarca nesta aventura.
Embarca num cruzeiro até ao triângulo das bermudas com (muita) sorte vais parar a outra dimensão.
Que tal? Gostou? Ficou com vontade de navegar?
Vai ter é que conviver com colegas de outras forças políticas porque aqui não se discrimina ninguém.
Touché
Na qualidade de moderador deste blog quero agradecer a todos pelos comentários que têm feito até ao momento.
ResponderEliminarQuero agradecer igualmente ao Sr.º Touché pela sua participação. No entanto, agradecia que tivesse, no futuro, alguma moderação nos seus comentários de forma a não utilizar certas expressões que possam ofender outras pessoas.
Saudações Portimonenses
Caro Sr. Álvaro Rocha,
ResponderEliminarAgradeço o seu comentário.
Pois não.
Não foi o Sr. que escreveu aquilo.
O que o Sr. escreveu foi: “Era mais fácil que o senhor concluísse que a população não tem a opinião que o senhor tem do que chama-los de ignorantes e descrentes.”
E eu respondi que:
“1 em cada 4 votaram PS.
Isto é a população?
Não.
É uma parte.
Matemática é matemática.”
Dúvidas acerca de imprecisões básicas?
Adiante.
Sabe, a comparação entre mesas de pingue pongue e mamutes, é tão inteligente como a comparação entre lagares de azeite e petroleiros.
E sim, o desemprego existente a nível nacional e aqui em Portimão, é uma perversidade.
A relação causa efeito entre as politicas camarárias e o desemprego existe.
Claro que, dizer que as politicas camarárias são a única causa, é no mínimo obtuso.
Existem várias causas. E muitos responsáveis.
E as politicas camarárias são uma das causas.
E este executivo camarário é responsável!
Negar esta relação causa efeito, é sintomático.
É sintoma que estamos perante uma de duas hipóteses, das 4 possíveis para definição do tipo de profissionais, tal como Clarice definiu.
Neste caso, será:
inconscientemente incompetentes ou conscientemente incompetentes?
É que a negação desta relação causa efeito, implica a negação da pertinência de:
• Politicas de incentivo ao empreendedorismo e à inovação.
• Politicas de apadrinhamento de start ups.
• Politicas de atracção de business angels e de sociedades de capital de risco.
• Politicas de captação de investimento directo externo.
• Politicas de discriminação positiva de sectores económicos, estipulados como sectores chave.
• Politicas de criação de condições físicas (parques empresariais e polígonos industriais).
• Politicas de apadrinhamento e incentivo à investigação e desenvolvimento.
Negar isto é negar resultados existentes.
Porque existe quem use estas politicas.
E obtém resultados.
Ora vejamos:
Vamos pegar em 3 municípios que usam no todo, ou em parte as politicas supracitadas.
Braga, Aveiro e Oeiras (este ultimo tem o presidente da câmara que tem. Condenado em 1ª instância. Mas é um concelho relevante para esta análise).
Comparemos depois com Portimão, ao nível da evolução do desemprego nos períodos homólogos de Julho de 2008,2009 e 2010:
Braga: 2008/2009 – desemprego subiu 29%. 2009/2010 – desemprego subiu 7%.
Aveiro: 2008/2009 – desemprego subiu 34%. 2009/2010 – desemprego subiu 6%.
Oeiras: 2008/2009 – desemprego subiu 26%. 2009/2010 – desemprego subiu 12%.
Comparece-se agora com:
Portimão: 2008/2009 – desemprego subiu 105%. 2009/2010 – desemprego subiu 18%.
Clarice, você é que percebe disto:
inconscientemente incompetentes ou conscientemente incompetentes?
Sentencie você.
Sr. Álvaro Rocha,
Era esta a análise que queria?
A da “evolução do desemprego em termos comparativos”?
Ora ai tem.
Sabe Sr. Rocha, eu não sou politico. Nunca fui.
Não sou, nem nunca fui filiado em nenhum partido.
Portanto, argumentação do tipo “desafio-o a…” como se tivéssemos nalguma qualquer assembleia municipal, comigo é inconsequente.
Eu sou um munícipe. Um eleitor.
E dos enganados!
O meu registo, é mais da ordem do EXIJO!
EXIJO SABER PORQUE É QUE O CONCELHO ESTÁ NESTE ESTADO!
EXIJO SABER QUEM É O RESPONSÁVEL!
EXIJO CONSEQUÊNCIAS PARA OS RESPONSÁVEIS!
Perdoe-me Sr. Rocha, pelo meu tom.
Mas hoje tive um dia muito difícil.
Fui a tribunal, a propósito do julgamento de uns elementos que me assaltaram a casa.
Tive de ouvir o Procurador da República, pedir pena suspensa para eles. Apesar de já serem cadastrados!
Consequência, venho a saber, da interpretação feita à reforma do código de processo penal feita em 2007, pelo seu partido. O PS.
Perdoe-me, pois estou cada vez com menos brandura.
Agradeço a sua atenção.
Atentamente,
Caro Touché
ResponderEliminarVocê é um talento perdido...os Gatos Fedorentos ao pé de si não são ninguém.
Caro Sr. Rocha,
ResponderEliminarUma pequena pergunta como adenda ao que lhe disse há pouco:
O que acha do comentário do anónimo das 15:01h.?
Não sei porquê, mas aquilo parece-me estar muito potencialmente fundamentado com documentos.
É muito descritivo.
Datas, nomes, metros quadrados, etc, etc.
Muitos factos...
É capaz de haver documentos...
O que é que acha da "coisa"?
E já agora, não se esqueça do meu anterior comentário.
Muito obrigado pela sua atenção.
Score:
ResponderEliminarJoão Pires - 3
Ana Gato - 1
Clarice - 1
Touche - 1
Alvaro Rocha - 0
Eh pá não batam mais no puto.
Já dá dó de ver.
Homem do Placard
Carissimos,
ResponderEliminarAndam todos distraidos ou são funcionarios/familiares da CMPortimão... estão preocupados com os negocios do Rocha/Carito num loteamento da ex-fabrica Feu, quando está para abrir na Cidade o maior centro comercial implantado num loteamento de alvará caducado, que o executivo com receio das consequencias da sua aprovação levou a uma Assembleia Municipal para aprovar a expansao de um ALVARA CADUCADO, aprovado pela maioria socialista, acto NULO, ilegal, mas será que o CComercial AQUA nao esta a ser construido? Será que ira abrir portas com direito a visita MINISTRIAL? Temos o maior numero de m2 de grandes superficies do MUNDO, essa concorrencia trouxe mais DESEMPREGO para Portimão e os preços mais BAIXOS (só para os politicos de Portimão que ganham avenças das Grandes Superficies), a populacao do Algarve e de Portimao continuam a pagar preços no seu cabaz de compras mais caro do país (dados da DECO), enfim, temos que continuar a votar PS para manter os nossos tachos, dos nossos filhos e sobrinhos, nem que seja a sacar areia da praia no SACHa!!! Vivam os Lelos da nossa paroquia... beijinhos.
Raquel Meneses
João Pires
ResponderEliminarNão me esqueço do seu comentário, como o dia lhe correu mal, confesso que não gostaria de estar no seu lugar, a resposta segue amanhã.
Em relação ao post cobarde e anónimo que replica a notícia do Público e conhecendo o José António Cerejo, jornalista que assina a peça, como conheço, de certeza que solicitou documentação à Câmara.
No entanto confesso que desconheço o assunto, sei que foi aprovado por unanimidade em reunião de câmara e sou um ignorante em termos de indices de construção.
Lendo a peça há uma coisa que o jornalista omite e essa é se os índices de construção definidos em 2002 foram impostos pela autarquia ou se resultam de uma opção do ex-proprietário. Se for este o caso, e eu penso que seja, estamos perante uma não notícia que só serve para lançar suspeição e confusão, coisa que este jornalista adora fazer.
P.S. O Homem do Placard é outro talento perdido.
Vejam bem este ROUBO:
ResponderEliminarSe a empresa municipal Portimão Turis, E.M. tem no seu objecto social a organização de eventos, porque motivo contrata um empresa privada para prestar o mesmo serviço para a qual a mesma foi criada?
Serviço esse que custou aos Portimonenses 345.000,00 €, em apenas 2 dias ?
VEJAM TUDO:
Nome entidade adjudicante Portimão Turis, E.M.
Nome entidade adjudicatária
CH302212 Idea Marketing, S.A.
Objecto do contrato: Prestação de serviços de organização de evento.
Data da celebração de contrato: 03-04-2009
Preço contratual: 345.000,00 €
Prazo de execução: 2 dia(s)
Se duvidam, verifiquem tudo em: http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=70899
Esse roubo é apenas mais um...
ResponderEliminarComo é que os políticos enriquecem? Afundando os municípios...
Metem nojo!!
Aposto que essa empresa Idea Marketing deve estar associada a essa gente corrupta! Deviam ser todos corridos à paulada, isto é uma pouca vergonha!
João Pires e Paulo Martins,
ResponderEliminarRespondo aqui ao vosso convite que, tenho de confessar, me surpreendeu.
Infelizmente, questões familiares e profissionais (sobretudo estas) impedem-me de dar o contributo que, presumo, tendes em mente.
Além do mais estaria sempre algures a meio naquele eixo da consciência/competência… (nunca andei por estes caminhos e… é a percorrer caminhos desconhecidos que nos perdemos)
Resta-me felicitar-vos pela meritória acção cívica de manutenção deste fórum de liberdade e intervenção política.
Portimão precisa de pessoas assim.
Os meus cumprimentos
Clarice
Ao tentar colocar o post o resultado foi :
ResponderEliminarRequest-URI Too Large
The requested URL /2010/09/reuniao-extraordinaria-da-assembleia.html... is too large to process.
Daí o comentário estar em
http://umcamaleao.blogspot.com/2010/09/ping-pong-e-mamutes.html
Caro Álvaro Rocha,
ResponderEliminarRegisto a mudança de tom.
Do:
“Era mais fácil que o senhor concluísse que a população não tem a opinião que o senhor tem do que chama-los de ignorantes e descrentes. “
E do:
“… seja honesto.”
Passamos para:
“Por fim, a comparação que faz com cidades com cidades como Braga, Aveiro e Oeiras, sinal que gosta de Portimão, estão bem feitas…”
Faz sentido.
E é melhor.
A mosca sempre gostou mais de mel do que vinagre.
Para não ficar dúvida (porque a escrita, não é uma conversa cara a cara), não estou a ser sarcástico ou azedo.
Estou bem humorado.
Ora bem,
É evidente que não posso dizer que tudo o que foi feito está errado.
Primeiro, porque não tenho autoridade para isso.
Segundo, porque não está mesmo.
As iniciativas por si descritas, são boas.
O problema é que são tardias.
Repare,
Você definiu muito bem o facto, de vivermos de monoculturas há décadas.
Mas, o PS está no poder em Portimão há 35 anos.
As fragilidades de desenvolvimento sempre foram evidentes.
E só agora é que começam?
Claro que houve muito trabalho feito.
O legado do Falecido eng. Mergulhão ainda ai está.
O problema é que na última década, o foco foi a promoção da cidade, e de uma forma muitas vezes dúbia, em vez do incentivo à edificação de um modelo económico mais competitivo e equilibrado.
Um problema de escolha estratégica errada.
E isso nota-se nos resultados.
Pois é.
Eu sou um resultadista. Já tinha dito isto.
O nível de recursos empregues não teve o efeito multiplicador esperado (pegando na linguagem Keynesiana tão querida pelos socialistas).
Assim, houve desperdício, ineficiência, ineficácia, para lá da falta de visão e de sentido estratégico.
Sabe, nota-se muita diferença entre o Eng. Mergulhão e o Dr. Manuel da Luz.
Mesmo.
Perdoe-me, mas vou resumir para um cliché (normalmente não gosto, mas hoje estou lento):
O primeiro focava-se no que é e no que pode ser.
O segundo foca-se no que parece e no que parece ser.
Outras questões se levantam e que têm impacto directo no passivo da câmara, na sua solvabilidade e consequentemente na existência ou não de recursos disponíveis, para que andemos aqui alegremente a falar de inovação e empreendedorismo.
É que se os recursos forem desbaratados, não há como implementar soluções.
Assim o que me diz de:
“adjudicações por ajuste directo de 330.000€ para eventos culturais como o “Eu gosto de Mulheres” (de valor artístico inquestionável, com certeza), em altura em que já se sabia da situação financeira catastrófica”
E de
“Se a empresa municipal Portimão Turis, E.M. tem no seu objecto social a organização de eventos, porque motivo contrata um empresa privada para prestar o mesmo serviço para a qual a mesma foi criada?
Serviço esse que custou aos Portimonenses 345.000,00 €, em apenas 2 dias ?
http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=70899”
Do anónimo das 17:55.
E do que disse a Raquel Menezes?
E do anónimo das 15:01 de ontem?
É que se os recursos (tangíveis e intangíveis) forem desbaratados desta maneira, para lá de levantar mais questões de competência, levanta também, sérias questões de carácter (que eu nunca levantei até aqui. Fiquei-me sempre pela competência/incompetência).
Agradeço a atenção.
P.S. sim. A universidade do Algarve podia e devia fazer muito mais por Portimão.
Boa noite Clarice,
ResponderEliminarAgradecemos a sua amável resposta.
Mas o que faz este blog ter interesse, é o facto de contar com participantes como você.
Nós temos mesmo pena.
Compreendemos a sua situação.
Mas, esperamos contar sempre com a pertinência dos seus comentários.
É que faz mesmo falta a esta terra, gente pensante.
E você pensa incisivamente.
Você Clarice faz mesmo falta (esta historia da Clarice, só me dá vontade de rir. Se você soubesse, as pessoas que já me perguntaram sobre, quem é a Clarice, por causa da nossa “troca de galhardetes inicial”,…).
Por favor, conceda-nos sempre a honra da sua participação.
É sempre um gosto tê-lo por cá.
E olhe, se quiser, invente um mail (do tipo claricequalquercoisa@gmail.com) e contacte-nos se quiser. Assim consegue manter anonimato e dá para conversar de outro jeito.
Eu saberei reconhecê-lo(a).
Abraço
Hannibal
;-)
Esta cidade é o reflexo do País.
ResponderEliminarÉ o reflexo dos políticos incompetentes.
Do político português.
O político que trata-nos como estúpidos e burros.
Porque sabem que somos assim.
E nós somos.
Não duvidem.
Que País é este que se deixa governar por esta cambada de energúmenos.
Só mesmo um País do terceiro mundo.
Somos mesmo estúpidos e burros.
Mas daqueles estúpidos e burros adormecidos.
Brandos costumes?
Dizem uns.
Será que é mesmo bom.
Sermos de brandos costumes?
O que ganhamos com isso?
Nada.
Perdemos e muito.
Somos continuamente roubados.
Enquanto essa escumalha que governa este País não for responsabilizada criminalmente porque tudo o que nos tem feito, este País vai continuar a ir por este caminho.
E vai ficar pior e cada vez mais.
Ainda não batemos no poço.
Iremos bater no poço quando deixar de haver dinheiro para pagar fundos de desemprego, reformas e outros subsídios.
E quando tivermos ter que andar a pedir esmola lá fora porque aqui quem tem dinheiro vão ser aqueles que nos governam e os seus amigos.
E esses não dão nada a ninguém, só tiram.
É hora de acordar ou morrer.
Brandos costumes?
ResponderEliminarSerá mesmo?
Pergunto:
Será que conhecemos a nossa história?
Toda?
Os quase 900 anos?
Brandos costumes aonde?
Esta história dos brandos constumes, é oriunda do estado novo.
Juntamente com o Deus Pátria e familia (no mau sentido do termo) e com o povo simples e de Grei agrária de Salazar.
Isto porque, um povo inculto com pouca capacidade de raciocinio critico, com pouco conhecimento histórico e condicionado como de brandos costumes, é um povo mais facilmente controlável.
Porque será que a diadura durou 48 anos?
Eles sabiam o que faziam.
No fim o regime caiu, não por um golpe palaciano.
Não por um golpe de oficiais generais.
Mas sim, por oficiais capitães e subalternos, emanados do povo devido ao grande aumento das forças armadas, por causa da guerra.
Estes oficiais eram os Lopes e os Silvas.
Os Monteiros e os Azevedos.
Não eram os Lopes "da" Silva.
Ou os Monteiros "de" Azevedo.
Eram do povo.
E não eram de brandos costumes.
Caro Sr. Pires
ResponderEliminarLamento que não tenha percebido que quando disse brandos costumes estava-me a referir ao presente e não ao passado.
Agradeço a sua explicação mas posso lhe dizer que também possuo alguns conhecimentos da história de Portugal.
E isso graças a muitos anos de estudo e a leccionar essa disciplina.
Neste momento estou reformado mas tenho outras preocupações.
O presente e o futuro dos meus netos, neste país.
Desde já aviso que não pretendo debater o que quer que seja e nem o irei aborrecer com outros comentários.
Quanto ao Estado Novo. Não sei se viveu nesse tempo como eu ou se apenas leu sobre isso.
Se apenas leu aconselho que leia esta obra "Portugal, Hoje - O Medo de existir" do meu amigo José Gil.
Caro Sr. Anónimo das 11:09
ResponderEliminarAgradeço a sua resposta.
Eu gostei bastante do seu comentário de 26/09 das 21:54.
Eu percebi-o. Eu percebi o que queria dizer.
Na verdade, o que eu quis dizer com o meu comentário é em muito semelhante, ao que o Senhor quis transmitir com o seu.
O Senhor perguntava se era bom, sermos de brandos costumes.
Ou seja, perguntava se era bom “abraçar” esse condicionamento.
Porque é disso que se trata. Um condicionamento.
Não será o do behaviorismo de Pavlov, mas é parecido.
Condicionou-se um povo a acreditar que a submissão e a resignação, são próprias da sua cultura. Dos seus costumes.
Do seu modo de interpretar a vida e a adversidade. Com um encolher de ombros e com um “é a vida, o que é que se há-de fazer?”.
Eu percebi, pela forma como expôs o seu raciocínio e como pôs a questão, que sabe do que fala.
A minha “explicação”, não era para o senhor.
Mas sim, para quem nos lê, porque poderá não saber…
Porque, a nossa comunicação (entre o senhor e eu) tem audiência.
E em atenção à mesma, o registo mais expositivo, justifica-se.
Sabe,
Eu tenho a mesma preocupação que o senhor.
O futuro do meu filho e dos meus netos por nascer.
O futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.
Não vivi no período do estado novo.
Sou demasiado jovem…
Também não vivi na altura da implantação da republica.
Nem na altura da guerra civil entre Miguelistas e liberais.
Nem na altura das invasões napoleónicas.
Nem na altura dos descobrimentos.
Nem na altura da revolta encabeçada por mestre de Avis e por D. Nuno Alvares Pereira.
Nem na altura da criação da Nação com o Cavaleiro Pai de Fernando Pessoa, na sua Mensagem – D. Áfono Henriques.
Nem na altura do sonho de Viriato.
Não vivi…
Mas sei!!
Eu li o Portugal, Hoje – O medo de existir, de José Gil.
A sua tese de Portugal, ser o país da não-inscrição é absolutamente certeira.
Por isso, rogo-lhe,
Por favor, honre-nos com os seus comentários.
Fazem falta, homens e mulheres de bem que sejam pensantes.
Fazem falta, homens e mulheres de bem que sejam vigilantes e preserverantes.
Fazem falta, homens e mulheres de bem que sejam actuantes.
É obrigação destes Homens e Mulheres, actuar.
Porque, se não o fizerem, piores homens e mulheres do que estes, actuarão.
Espero vê-lo por cá.
(Assuma um pseudónimo, se quiser manter o seu anonimato)
Agradeço em muito, a sua atenção.