Páginas do Portimão Sempre

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

República, Afonso Costa e Portimão.



Num discurso na assembleia da República, nos seus tempos de deputado, datado de 13 de Maio de 1908, Afonso Costa (um dos pais da República) disse acerca da situação nacional de então:

“…Para onde foi, pergunto ainda mais uma vez, tanto dinheiro da nação?
Que se fez do suor, do sangue, da miséria do povo?!
Não há instrução, não há assistência pública, não há economia nacional, não há colonização, não há defesa nacional – nunca é demais acentuá-lo.
Mas se nada disto existe, há paços reais, salas de jantar, cavalariças, e guarda-vestidos sumptuosíssimos; há um batalhão do selo, há mil e uma formas de alimentação ilegítima da Monarquia parasitária; e há, sobretudo, da conta imensa, e ainda muito longe de liquidar-se pelo total, dos adiantamentos ilegais feitos ao rei e a pessoas da sua família.
…”

Hoje, Afonso Costa diria, a propósito da situação nacional actual:

“…Para onde foi, pergunto ainda mais uma vez, tanto dinheiro da nação?
Que se fez do suor, do sangue, da miséria do povo?!
Não há instrução, não há assistência pública, não há economia nacional, não há competitividade nas exportações, não há independência nacional – nunca é demais acentuá-lo.
Mas se nada disto existe, há regalias, jantaradas, automóveis, e fatos Armani sumptuosíssimos; há um batalhão de assessores, há mil e uma formas de alimentação ilegítima da classe de Boys parasitária; e há, sobretudo, da conta imensa, e ainda muito longe de liquidar-se pelo total, da dívida pública decorrente de défices orçamentais desgovernados
. …”

Ainda hoje, e em Portimão se por cá passasse, Afonso Costa diria:

“…Para onde foi, pergunto ainda mais uma vez, tanto dinheiro da nação?
Que se fez do suor, do sangue, da miséria do povo?!
Não há ensino universitário estruturante, não há visão pública, não há economia local, não há competitividade económica, não há desenvolvimento local sustentado – nunca é demais acentuá-lo.
Mas se nada disto existe, há Sashas, jantaradas, automóveis, e eventos sumptuosíssimos; há um batalhão de assessores, há mil e uma formas de alimentação ilegítima da classe de Boys parasitária; e há, sobretudo, da conta imensa, e ainda muito longe de liquidar-se pelo total, da dívida da Câmara Municipal de Portimão decorrente de défices orçamentais desgovernados.
…”

Não gosto de usar a memória de tão augusto Português desta forma, mas estou certo que ele compreenderia.

Para concluir, cito as palavras de um amigo meu:
“Onde é que há para ai uma choça, para eu entrar lá para dentro?”
Quem entendeu, entendeu.
Quem não entendeu, informe-se.
Cumprimentos

8 comentários:

  1. A história de Portugal nestes dois últimos séculos tem sido um “copy paste”.

    E irá continuar assim até nós começarmos a aprender esta triste lição.

    Parece que somos um daqueles alunos bem burrinhos repetentes já maiores de idade que ainda se encontram na primeira classe porque ainda não sabem o aeiou.

    Os anos, as décadas, os séculos continuam a passar e nós a dormir.

    Infelizmente, o panorama actual não é nada animador, pelo contrário é cada vez mais assustador.

    Vivemos numa sociedade cada vez mais pobre de valores.

    Estas últimas gerações até fazem arrepio na espinha.

    Os costumes e os valores que nos ensinaram quando éramos crianças e jovens já estão “desactualizados”.

    Agora vivemos na geração do “bué da fixe”, do ”morangos com açúcar”(é cá uma escola !!!), do “tasse bem”, do hip-hop e outras tretas do género.

    Andamos a regredir a passos largos.

    Faz-me pensar para onde é que este país irá parar.

    Somos uma sociedade que dá mais valor ao parecer do que ao ser.

    Basta um político ter uma fatiota toda janota e dizer meia dúzia de larachas e caímos logo.

    E nem nos preocupamos se o que ele diz corresponde ou não à verdade.

    E até o defendemos quando se descobrem alguns podres.

    E voltamos a votar nele porque ainda estamos na “primeira classe”.

    Este país deixou de ter há algum tempo identidade própria.

    Mas parece que ninguém se preocupa com isso.
    Nem se quer se pode falar em conformismo.
    Nem sei do que se pode falar.

    É confrangedor ver uma sociedade inteira sem capacidade para se manifestar, de se indignar , de dizer basta.

    Vivemos, infelizmente, no portugal dos pequeninos.

    Tenho saudades de sermos PORTUGAL.

    Com orgulho da nação da pátria.

    Mas não podemos ter orgulho na pátria porque nos apelidam logo de nacionalistas (com a tal conotação negativista) e não tarda nada já somos da extrema-direita.

    É claro que determinadas pessoas que estão no poder não querem que sejamos patriotas porque se fôssemos todos patriotas não consentiríamos que eles estivessem há tanto tempo no poder.

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  2. Porque é que somos pobres???

    A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país...

    Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egipto, que tem mais de 2000 anos e são pobres.

    Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos.

    A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis.

    O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima do mundo todo e exportando produtos manufacturados.

    Outro exemplo é a Suíça que tem o melhor chocolate o mundo. Em seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica lacticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou no Banco do mundo.

    Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa.

    A raça ou a cor da pele também não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos.

    Qual é então a diferença?
    A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura.

    Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:

    1. A ética, como princípio básico.
    2. A integridade.
    3. A responsabilidade.
    4. O respeito às leis e regulamentos.
    5. O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
    6. O amor ao trabalho.
    7. O esforço pela poupança e pelo investimento.
    8. O desejo de superação.
    9. A pontualidade.

    Nos países pobres apenas uma minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária.

    Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel connosco.

    Somos pobres porque nos falta atitude.

    Nos falta vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

    SOMOS ASSIM, POR QUEREMOS GANHAR VANTAGEM SOBRE TUDO E TODOS.

    SOMOS ASSIM PORQUE AO VERMOS ALGO DE ERRADO DIZEMOS: “NEM QUERO SABER”

    DEVEMOS TER ATITUDES

    E MEMÓRIA VIVA.

    SÓ ASSIM MUDAREMOS

    O PORTUGAL DE HOJE.

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  3. Srs. Marcos Palma e Jorge Cabrita,
    Agradecemos em muito as vossas contribuições.
    São sem dúvida muito meritórias e plenas de emoção vê-se.

    Por favor, permitam-nos o gosto de ler mais da vossa parte, pois é um privilégio.

    Assumindo-me como Patriota também (acérrimo, mas sereno. Sem quaisquer conotações com extremismos ridículos), deixem-me dizer acerca de quem tem, o mesmo sentimento que os Srs. têm:

    Orgulha-se a Pátria de tal gente!
    E
    Ainda há peitos, aonde a Pátria ainda vibra!

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  4. Adorei os comentários dos Srs. Marcos Palma e Jorge Cabrita e faço minhas as vossas palavras. Nos tempos que correm é muito bom ouvir tais palavras não pelo que significam mas pela verdade que transmitem. Estamos fartos, estou farto de tanta mentira. Fazem falta homens com H grande, Homens honestos, Homens com coragem para lidar com tanta desonestidade. Acredito que esses homens existam, estou a ver que sim. Precisamos de mais, por isso tenham coragem e apareçam por favor! Portugal precisa de vocês!

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  5. Isto não é honesto
    Usar discursos alterados de pessoas falecidas para atacar com baixeza.
    Sejam honestos!!!!!!!!!!!!!!!!
    Tenham vergonha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  6. Eh lá. este tá mal disposto
    descontraia-se lá se faz favor e deixe ouvir a conversa.
    Se não aguenta tome xanax.

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  7. Ena pá os sapos acordaram com o galo, sim senhor!

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