Era uma vez, há muito, muito tempo, um muito distante reino chamado “Dos Algarves” devido à sua idiossincrasia e heterogeneidade. Era um reino pequeno que tinha 16 castelos e em cada castelo um rei. Este reino no seu conjunto pertencia a um reino maior que se situava no sopé das Gálias e a quem pagava anualmente um tributo muito elevado. O reino “Do Porto das Gálias” e era “um grande” reino e assim se chamava por ter muitos portos marítimos. No seu conjunto o reino “Dos Algarves” e o reino “Do Porto das Gálias” formavam um só reino muito bonito que recebia ao longo de todo o ano muitos visitantes. Uma das partes mais bonitas deste reino à beira mar plantado era o tal reino pequenino “Dos Algarves” e os seus 16 castelos e também por isso era o que mais turistas recebia.
Ora, nessa altura, no mundo inteiro, a população estava a envelhecer. As pessoas viviam muito mais tempo e havia pessoas mesmo muito velhinhas. Como todos sabemos com a idade vão-se perdendo algumas faculdades, nomeadamente, a visão e a mobilidade. Reza a lenda que cerca de 10% da população mundial seria portadora de uma qualquer deficiência, fosse ela adquirida ao longo da vida ou de nascença. Então, sabendo disto e muito mais, uma comissão de homens-bons dedicados a acolher os visitantes no reino “Dos Algarves” decidiu propor aos 16 reis dos 16 castelos que se tornasse todo o reino acessível aos seus visitantes com mobilidade reduzida. Inicialmente, todos concordaram mas depois - como em todas as histórias de “Era uma vez” - quando foi necessário assinar o documento um dos reinantes recusou-se a participar neste projecto de inclusão social ao nível do Turismo – um projecto que se chamava: «TURISMO ACESSÍVEL – “Todos diferentes, todos iguais”». Então a tal comissão de homens-bons decidiu pedir ao povo que se pronunciasse sobre o assunto, sendo que para o efeito bastava assinar um documento o qual seria, posteriormente, enviado para o grande reino do “Porto das Gálias” para fossem esses reinantes a pronunciarem-se sobre o assunto.
Acontece que a população do reino “Dos Algarves” não lia muitos jornais e não sabia o que se estava a passar. Foi necessário que algumas pessoas, sem qualquer peso político mas algum peso social e influência junto da comunidade, começassem a sensibilizar os seus concidadãos para este documento e foi assim, graças à boa vontade de todos que o reino “Dos Algarves” se tornou acessível e incluso não só aos turistas mas também à sua população residente.
Cara leitora, caro leitor, agora passando da lenda à realidade. O Turismo Acessível ou Turismo Inclusivo, está na ordem de trabalhos da União Europeia, instituição que declarou recentemente estar disposta a avaliar eventuais projectos de apoio financeiro aos Estados-membros considerando como um dos critérios de elegibilidade a introdução do factor “Acessibilidade”. A quota de mercado do turismo acessível comporta cerca de 130 milhões de turistas, razão pela qual devemos olhar com atenção para esta questão. Apelo então aos meus concidadãos e concidadãs, amigos e amigas que lêem com regularidade as minhas crónicas, não deixem de participar na petição online cujo link aqui vos deixo, porquanto, todos nós caminhamos para mobilidade reduzida ou condicionada. Sejamos inclusivos, pois apesar de diferentes, somos todos iguais.
http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N21087
Turismo acessível???
ResponderEliminarEu gostaria imenso se fosse mesmo assim...
Mas de que acessibilidade se fala, quando temos uma praia que fica a um Km dos transportes públicos (sem bancos para que os que têm mais dificuldades se sentem à espera do mesmo) e que nem o autocarro pode lá entrar, sendo fácil entrar e sair, sem ser para permanecer, como no caso da Marina de Portimão?????? Aí sim seria acessível... para os que não têm carro particular e sem grandes meios de locomoção, mas que também querem aproveitar o vosso excelente Sol e Praias maravilhosas!
Muito Obrigada!