Páginas do Portimão Sempre

sábado, 1 de janeiro de 2011

A solução de um problema não deveria ser um novo problema.

Portimão, nos últimos tempos, tem vindo a registar um elevado nível de insegurança que tem tido o seu epicentro no centro desta cidade.

Segundo, os moradores e lojistas tal se deve ao facto de existir um Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) perto desta zona nevrálgica da cidade. 

Sendo fácil de confirmar para quem passa pela Rua das Lojas, junto do Largo da Mó para verificar "in loco"  a existência de toxicodependentes a causar insegurança a quem lá passa, reside ou trabalha.



Infelizmente, isto não é novidade para muitos de nós.

Mas depois de muita insistência junto da autarquia por parte dos moradores e lojistas de centro da cidade, esta, finalmente, tomou medidas concretas para deslocar aquele CAT daquela zona.


“Toxicodependentes afastados do centro da cidade

A Câmara de Portimão anunciou recentemente que o Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) vai sair da zona antiga da cidade, pondo fim a um conflito com os moradores da zona, que se queixavam do tráfico e consumo de drogas às suas portas.
“Ainda durante este ano (2010) arrancam as obras de construção da unidade do barlavento do Centro de Respostas Integradas (CRI), que passará a funcionar a partir de março próximo, na zona ribeirinha de Portimão, substituindo o atual CAT”, adiantou a autarquia em comunicado.
As futuras instalações, orçadas em 115 mil euros e que serão suportadas pela Câmara de Portimão, resultam de um protocolo recentemente celebrado entre a autarquia e o IDT e consagram a criação de diversos gabinetes de acolhimento individualizado de utentes, ocupando mais de 500 metros quadrados.
O novo CRI de Portimão, que será arrendado pela câmara ao instituto, terá valências que o CAT não dispunha, intervindo “ao nível da prevenção, da minimização de riscos, do tratamento e redução de danos, da reinserção social dos toxicodependentes e apoio às suas famílias, centrando-se ainda nos problemas relacionados com o consumo excessivo de álcool”. – Jornal do Algarve (01/01/2011)



Mas depois de ler esta notícia dá vontade de perguntar se a zona ribeirinha (um dos locais mais frequentados por turistas no verão) é o local mais adequado para esta infra-estrutura? 


Será que esta nova localização do substituto do CAT é a que mais defende os interesses dos Portimonenses e dos turistas que nos visitam?

Não estaremos apenas a mudar a localização de um problema que (pelos vistos) irá continuar a estar presente na vida de cada um nós (a insegurança)? 


Saudações Portimonenses

8 comentários:

  1. Eu já não suporto a tese do coitadinho para desculpar os toxicodependentes. Coitadinhos que tem de ser tratados com todo o cuidado e carinho, até nem se queriam meter na droga mas tiveram uma infancia dificil.
    Porque são seres humanos antes de serem toxicodependentes. Têm direitos e mais liberdades e ainda mais garantias.
    Coitadinhos o cacete!!! A maior parte das vezes são uns junkies de merda!!!!!!
    Têm direitos? Tudo bem. Mas têm deveres também. E o primeiro é renunciar à criminalidade para sustentar o vicio.
    Querem continuar a xutar pra veia? Por mim tudo bem. Tem o direito a isso. Mas desde que não incomodem ninguem com essa merda!!!!!

    ResponderEliminar
  2. Discriminação. Será que este é o termo mais adequado para ser utilizado?
    Pelo que li apenas é posto em causa a localização do novo CAT.
    A questão da toxicodependência é sem dúvida um tema delicado.
    Mas isso é para os políticos e para os órgãos de decisão.
    Não para mim e para o resto da população.
    Não para quem já foi assaltado quer na rua e em casa por toxicodependentes que apesar de terem sido apanhados pela polícia foram postos cá fora pelo Tribunal.
    Será que alguém acha bem que estes indivíduos roubem os idosos e os próprios familiares que vão levantar a reforma ao correio?
    Era só o que faltava que eu agora deixasse de manifestar a minha indignação só porque isto lhes fere os sentimentos.
    Não venham dizer que são uns coitadinhos, porque a decisão que tomaram para entrar no mundo da droga não pode e nem devia afectar a vida dos demais.
    Mas acredito que nem todos os toxicodependentes são iguais existem muitos que necessitam de apoio e esses centros poderão ser uma solução, até poderiam haver mais, mas nunca no centro da cidade.

    ResponderEliminar
  3. Já trabalho há alguns anos num desses centros e que posso dizer é que os mesmos não têm sido a solução para o problema da toxicodependência.
    Por exemplo, o tratamento da metadona nos consumidores de heroina deveria ser acompanhado do principio ao fim, devendo o paciente ser nestes casos internado.
    Tem acontecido diversas overdoses devido ao facto de haver consumo de outras drogas e álcool juntamente com este tratamento.
    O ideal era que houvessem mais centros de recuperação onde o paciente ficasse internado o tempo suficiente para fazer um tratamento eficaz.
    Esses centros não são alternativa porque o consumidor passa o resto do tempo em contacto com os outros consumidores que os influenciam a continuar a consumir.
    São apenas um centro de atendimento que administra alguns tratamentos que raras vezes têm o sucesso pretendido.

    ResponderEliminar
  4. É fácil falar quando não se sofreu na pele as consequências disto. Tenho um familiar que ta agarrado á heroina. Vejo o que ele tem feito aos pais. UMA VERGONHA. Anda ai a roubar para comprar o xuto.Coitado ele? coitados é dos pais e de todos os que são vitimas dele.
    Estes tipos se quiserem ser tratados tudo bem. Mas não é com paninhos quentes. Ou é a sério ou então não é.

    ResponderEliminar
  5. Causam insegurança a quem os trata quanto mais aos outros.
    Isto aconteceu no Verão passado.

    Médico do CAT de Portimão esfaqueado por toxicodependente

    De acordo com uma notícia da Agência Lusa, baseada em declarações de autoridades policiais, um indivíduo com cerca de 30 anos esfaqueou ontem, cerca das 11:30 horas, um médico de clínica geral, atingindo-o no pescoço com um objecto cortante.

    A notícia da Lusa refere que a agressão ocorreu no gabinete de consulta do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) do Barlavento, situado num edifício perto da Igreja Matriz de Portimão, quando o médico Rui Alves consultava o toxicodependente.

    Segundo apurou a agência Lusa junto da Direcção Regional do Serviço de Prevenção e Tratamento à Toxicodependência (SPTT), o indivíduo é utente do CAT/Portimão, em tratamento de substituição com metadona. A mesma fonte acrescentou que, sem qualquer razão conhecida, o "indivíduo puxou de uma faca e atacou o clínico que, atingido-o no pescoço, caiu a esvair-se em sangue, tudo levando a crer que terá cortado a veia jugular e carótida".

    "O CAT/Portimão teve de fechar as portas para proceder à limpeza do gabinete médico, que ficou cheio de sangue", sublinhou.

    Transportado pelos Bombeiros Voluntários de Portimão para o Hospital Distrital do Barlavento Algarvio, Rui Alves foi de imediato para o bloco operatório para uma intervenção à lesão provocada pelo objecto cortante.

    Segundo fonte da unidade de saúde portimonense, a intervenção cirúrgica "correu bem", estando o clínico "livre de perigo e a recuperar".

    O médico de clínica geral Rui Alves presta normalmente serviço no CAT do Barlavento em Portimão e ocasionalmente na urgência do Hospital do Barlavento Algarvio.

    Entretanto as autoridades policiais desenvolvem diligências no sentido de apurar todos os factos, estando o toxicodependente detido na esquadra da PSP/Portimão para ser presente quinta-feira ao Juiz do Tribunal da Comarca de Portimão

    ResponderEliminar
  6. Caro anónimo das 14:42,
    Esse evento que descreveu é verídico.
    Há apenas uma pequena incorrecção que vai me permitir emendar.
    Este evento não ocorreu no verão passado.
    Ocorreu no dia 29 de Agosto de 2001.
    Mas ocorreu.

    Agradecemos a atenção.
    Portimão Sempre

    ResponderEliminar
  7. É uma vergonha para quem passa junto á capela de S. José na zona velha da cidade os toxidependentes que se juntam ali.É preciso fazer alguma coisa para acabar com aquela vergonha.

    ResponderEliminar
  8. O meu apoio e conforto vai para as familias que tem o infortúnio de ter um toxicodependente na familia directa!!

    ResponderEliminar