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domingo, 12 de dezembro de 2010

Portimão: Presidente da República recorda Manuel Teixeira Gomes como homem que "nunca tolerou desonestidade"


O Presidente da República recordou hoje, em Portimão, Manuel Teixeira Gomes como um homem com total "desapego" ao poder, que renunciou ao cargo de Presidente da República porque "não tolerou a desonestidade" quando envolvia dinheiros públicos ou privados.

Cavaco Silva presidiu hoje ao encerramento das comemorações nacionais dos 150 anos do nascimento do estadista e escritor e recebeu a "chave de ouro" da cidade de Portimão.

Eleito Presidente da República em Agosto de 1923, Manuel Teixeira Gomes demitiu-se do cargo em Dezembro de 1925, num contexto de enorme perturbação política e social, justificando a sua decisão com a vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária.

Fonte: Lusa


Gostaria de destacar esta pequena parte do texto:

Manuel Teixeira Gomes como um homem com total "desapego" ao poder, que renunciou ao cargo de Presidente da República porque "não tolerou a desonestidade" quando envolvia dinheiros públicos ou privados.

Deste pequeno paragrafo, quero destacar esta parte:

Manuel Teixeira Gomes (…)"não tolerou a desonestidade" quando envolvia dinheiros públicos ou privados.

Este era um Homem de Portimão.

A falta que nos faz, gente como esta.

Um abraço,
E muitos parabéns à cidade de Portimão e a todos os portimonenses.

21 comentários:

  1. Qual a razão porque nos devemos recordar de Manuel Teixeira Gomes com orgulho?

    Foi porque foi Presidente da Republica?

    Foi porque foi um escritor de renome?

    Foi porque foi tudo isto e porque nasceu em Portimão?

    Não.

    Foi porque nunca tolerou a desonestidade.

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  2. Caro João Pires,

    Subscrevo inteiramente o seu post. Mas deixe-me referir também o exemplo do desapego ao poder. Estes senhores do PS que estão no poder em Portimão desde 1976, sem qualquer interrupção e muitas vezes com maioria absoluta, estão agarrados aos seus cargos, quais lapas coladas à rocha. Dividem e distribuem os cargos pelos camaradas e amigos, distorcem a realidade do nosso município e os números e assobiam para o ar, desculpando-se com a crise internacional e com os cortes nas transferências do orçamento de Estado. Resta saber o que farão estes senhores se o Tribunal de Contas chumbar o plano de saneamento financeiro. Se calhar, vêm falar em forças de bloqueio...

    Os meus cumprimentos

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  3. Caro João Gonçalves Caetano,

    De facto é como diz.
    O desapego ao poder é outra lição de Manuel Teixeira Gomes.
    E concordo consigo quando diz que, vemos na nossa actualidade local e nacional, demasiados exemplos contrários ao exemplo de MTG.
    Também concordo com o que diz, acerca da lógica de poder e dos projectos de poder que existem, não só em Portimão, mas também em Lisboa.
    E muitos desses projectos de poder têm uma lógica bastante siciliana.
    Ora, mas há aqui um ponto que gostaria de deixar à sua consideração.
    Como disse e muito bem, por cá o PS está no poder desde 1976.
    Independentemente de como conseguiu, conseguiu.
    E o facto é que o PS conseguiu estar na CMP, durante 34 anos.
    34 anos!
    Sabe, eu sou um resultadista. Para o bem e para o mal.
    E na minha concepção, vejo o seguinte.
    Isto para eles é um excelente resultado.
    Que lhes permite obter depois outros resultados…
    Porém, para nós munícipes, qual é o resultado actual?
    1. Município com mais desemprego do Algarve.
    2. Município que tem das taxas mais elevadas do Algarve.
    3. 2ª Cidade com mais m2 de grandes superfícies por habitante na península ibérica (a 1ª é Barcelona).
    4. Município que tem das taxas da água das mais elevadas.
    5. Município que tem das situações financeiras das mais criticas.
    Muito bem.
    Para nós munícipes, é o que temos.
    Mas, continuando a falar de resultados, desejo dizer o seguinte.
    Os 34 anos de poder do PS, (com os resultados actuais acima descritos) deixam a nu o falhanço das outras alternativas democráticas, em obter a confiança dos eleitores.
    E eu penso muito honestamente, que a hegemonia do PS em Portimão deve-se ao “savoir faire” que tem, mas também à inoperância das outras alternativas em convencer o eleitorado, de que têm mérito.

    Em conclusão, não sei como será, depois da pronunciação do tribunal de contas acerca do plano de saneamento financeiro…
    Apenas sei, que cá estarei para viver o desemprego, a falência, o IMI à taxa mais elevada, a água à taxa mais elevada, etc, etc, etc.

    Agradeço a sua atenção.
    Os meus cumprimentos.

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  4. O "desapego" ao poder de Manuel Teixeira Gomes é exactamente o oposto do que se passa actualmente.

    O apego ao poder é a ordem do dia.

    Não interessa se são honestos e/ou competentes para governar o que quer que seja neste país.

    Nem sequer se preocupam com isso.
    O que interessa é o poder.
    Não se interessam em servir o povo.
    O que interessa é se servirem do povo.

    Este estado de coisas tem-se vindo a arrastar há anos, há décadas a fio, aqui, neste país.

    O passado tem sido o reflexo constante do presente e vice-versa.

    As palavras de Manuel Teixeira Gomes reforçadas pelas palavras e pensamentos de um outro ilustre português, Eça Queiróz, demonstram, inequivocamente, que os políticos (ou a grande maioria destes) que governaram e que governam, o que quer que seja neste país, foram os grandes responsáveis pelas crises constantes que, praticamente, se tornaram no status quo que vivenciamos ano após ano.

    Em 1872, Eça de Queiroz em «As Farpas» escrevia:

    "...Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".

    No entanto, apesar desde fado trágico em que temos vivido, acredito que está nas nossas mãos, nas nossas palavras e nas nossas acções, impedir que o nosso futuro e o dos nossos descendentes continue a ser uma cópia de um presente e de um passado recente que em nada dignificam a história gloriosa que este país teve e da qual todos nós nos orgulhamos.

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  5. Deixo aqui uma questão à vossa consideração: quando o comandante de um navio em dificuldade o abandona, isto é um louvável desapego ao poder, é um sofrido sacríficio pelo bem-estar da tripulação ou capitulação/cobardia/comodismo?

    João Anacleto

    PS. Gosto muito do Teixeira Gomes escritor.

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  6. Caro João Anacleto,
    Agradecemos a sua questão.
    Gostaria de referir apenas que a sua questão metafórica, necessita de um pequeno ajuste.
    Uma metáfora mais ajustada seria:
    Numa tripulação que se amotina, como deve o seu comandante reagir, se a repressão do motim não for possível?
    É que o comando de um navio, em nada se assemelha a um cargo de governação politica. Simplesmente porque não é uma democracia.
    Não havendo motim, o abandono do navio, por parte do comandante é cobardia ou negligência.
    E no caso, de Manuel Teixeira Gomes, houve motim.
    Porque ele assistiu à sua “tripulação”, a agir de acordo com os seus interesses egoístas, em detrimento do interesse do “Navio”.
    Sabendo-se impotente para reprimir a rebelião, pois foi traído, restou-lhe apenas salvar a sua dignidade.

    Agradeço a sua atenção.
    Cumprimentos

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  7. Manuel Teixeira Gomes
    Vila Nova de Portimão, 27.05.1860
    Bougie (Argélia), 18.10.1941

    Toma posse do cargo de Presidente da República em 1923. O seu mandato foi marcado por uma crescente fragmentação partidária e por grande instabilidade governativa. Por diversas vezes, pretendeu chamar Afonso Costa para a liderança do Ministério, sem que alguma vez o conseguisse. Em 1925, desiludido com a política, este escritor e diplomata demite-se do cargo.

    Manuel Teixeira Gomes nasce a 27 de Maio de 1860 em Vila Nova de Portimão, filho de José Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes. Seu pai, proprietário abastado dedicado ao comércio de exportação de frutos secos, fora educado em França e desempenhara o cargo de cônsul da Bélgica no Algarve.

    A partir de 1899 vive com Belmira das Neves, filha de pescadores locais, de quem tem duas filhas.

    Passa a infância em Portimão, onde completa a instrução primária no Colégio de S. Luís Gonzaga.

    Com 10 anos de idade, segue para Coimbra a fim de frequentar o Seminário Diocesano da cidade, à boa moda das famílias abastadas do tempo. Aí conclui os estudos liceais e conhece José Relvas, seu condiscípulo na instituição.

    Com apenas 15 anos, matricula-se nos preparatórios da Faculdade de Medicina, seguindo a aspiração paterna que o pretendia ver formado médico. Trava conhecimento com Eduardo Abreu e Eduardo Burnay, também alunos da mesma Faculdade.

    Dois anos depois, desiste do curso e opta por ir para Lisboa, atraído pela vida boémia e literária. É um frequentador assíduo da Biblioteca Nacional e estreia-se então na vida da boémia intelectual (1878), privando com o poeta João de Deus e com Fialho de Almeida. A decisão acarreta o desacordo familiar.

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  8. Mais tarde, já cumprido o serviço militar, vai viver para o Porto (1881), continuando a sua ligação ao mundo das letras. Marca presença nas tertúlias literárias, convivendo com a "nata" da intelectualidade: Soares dos Reis, Marques de Oliveira, Basílio Teles, Joaquim de Araújo, Queirós Veloso e Joaquim Coimbra, entre outros.

    Em 1881, funda, com Queirós Veloso e Joaquim Coimbra, o jornal de teatro Gil Vicente e, um ano depois, estreia-se literariamente no Folha Nova. Ainda na Invicta, colabora noutras revistas e jornais, nomeadamente no Primeiro de Janeiro.

    Em 1890 faz as pazes com a família e regressa a Portimão. Dedica-se a partir de então ao negócio paterno - o comércio de exportação de frutos secos. Encarregue de procurar mercados estrangeiros, inicia o seu périplo pelo mundo. Visita a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha e, mais tarde, com a expansão do negócio, o Norte de África e o Próximo Oriente. Já antes visitara Argel (1885) e Itália (Florença e Toscana, 1886). Nestas viagens aproveita, sempre que possível, para visitar monumentos, museus e galerias.

    De quando em vez desloca-se ao Porto e a Lisboa, mantendo contacto com o meio literário e artístico. Numa das estadias na capital, em 1895, trava conhecimento com António Nobre, o caricaturista Celso Hermínio, os escritores, Alfredo Mesquita, Luís Osório e Silva Pinto. Promove encontros com Magalhães Lima e, num sarau em casa dos condes de Proença-a-Velha, encontra os seus correligionários Manuel de Arriaga e Teófilo Braga. Entre os escritores com quem convive começa a falar-se de um livro que Teixeira Gomes tem para publicar - Inventário de Junho (1900) - ao qual se seguem muitos outros: Cartas sem Moral Nenhuma (1903), Agosto Azul (1904), Sabina Freire (1905), Gente Singular (1909), entre outros.

    A união com Belmira das Neves e a morte de seus pais (1903) levam a que se fixe em Portimão e administre directamente as suas propriedades.

    Fixando-se em Portimão a partir de 1899, Teixeira Gomes interessa-se, a par dos seus escritos, pelo desenvolvimento da propaganda republicana no Algarve. Apesar de nunca ter pertencido ao PRP, Teixeira Gomes recebe figuras gradas do republicanismo, participa em comícios e reuniões, colabora assiduamente n' A Lucta, de Brito Camacho, e priva com José Relvas, João de Meneses e João Barbosa.

    Implantado o regime republicano, é chamado à vida pública. O 1º Governo Provisório presidido por Teófilo Braga nomeia-o Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal em Londres, em substituição do Marquês de Soveral. Em Abril segue para a capital londrina e ocupa oficialmente o cargo na legação portuguesa a 7 de Abril de 1911. É o primeiro representante da República na capital inglesa.

    Inicialmente, a sua maior preocupação centra-se na questão do reconhecimento da República. Vai, progressivamente, cultivando boas relações com a imprensa, na sociedade inglesa e até junto da família real. A 11 de Outubro de 1911 apresenta as suas credenciais ao Rei Jorge V.

    Mais tarde, a sua acção diplomática distingue-se no sucesso das negociações anglo-germânicas acerca da divisão das colónias portuguesas e, especialmente, na colaboração prestada aos governos portugueses durante a I Guerra Mundial, defendendo, dentro do espírito da aliança, a entrada de Portugal no conflito. A sua posição custa-lhe a inimizade dos sectores antiguerristas, levando-o a pedir a demissão do cargo em 1915. No entanto, é apenas com o início do consulado sidonista que é compulsivamente afastado.

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  9. Mais tarde, já cumprido o serviço militar, vai viver para o Porto (1881), continuando a sua ligação ao mundo das letras. Marca presença nas tertúlias literárias, convivendo com a "nata" da intelectualidade: Soares dos Reis, Marques de Oliveira, Basílio Teles, Joaquim de Araújo, Queirós Veloso e Joaquim Coimbra, entre outros.

    Em 1881, funda, com Queirós Veloso e Joaquim Coimbra, o jornal de teatro Gil Vicente e, um ano depois, estreia-se literariamente no Folha Nova. Ainda na Invicta, colabora noutras revistas e jornais, nomeadamente no Primeiro de Janeiro.

    Em 1890 faz as pazes com a família e regressa a Portimão. Dedica-se a partir de então ao negócio paterno - o comércio de exportação de frutos secos. Encarregue de procurar mercados estrangeiros, inicia o seu périplo pelo mundo. Visita a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha e, mais tarde, com a expansão do negócio, o Norte de África e o Próximo Oriente. Já antes visitara Argel (1885) e Itália (Florença e Toscana, 1886). Nestas viagens aproveita, sempre que possível, para visitar monumentos, museus e galerias.

    De quando em vez desloca-se ao Porto e a Lisboa, mantendo contacto com o meio literário e artístico. Numa das estadias na capital, em 1895, trava conhecimento com António Nobre, o caricaturista Celso Hermínio, os escritores, Alfredo Mesquita, Luís Osório e Silva Pinto. Promove encontros com Magalhães Lima e, num sarau em casa dos condes de Proença-a-Velha, encontra os seus correligionários Manuel de Arriaga e Teófilo Braga. Entre os escritores com quem convive começa a falar-se de um livro que Teixeira Gomes tem para publicar - Inventário de Junho (1900) - ao qual se seguem muitos outros: Cartas sem Moral Nenhuma (1903), Agosto Azul (1904), Sabina Freire (1905), Gente Singular (1909), entre outros.

    A união com Belmira das Neves e a morte de seus pais (1903) levam a que se fixe em Portimão e administre directamente as suas propriedades.

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  10. Fixando-se em Portimão a partir de 1899, Teixeira Gomes interessa-se, a par dos seus escritos, pelo desenvolvimento da propaganda republicana no Algarve. Apesar de nunca ter pertencido ao PRP, Teixeira Gomes recebe figuras gradas do republicanismo, participa em comícios e reuniões, colabora assiduamente n' A Lucta, de Brito Camacho, e priva com José Relvas, João de Meneses e João Barbosa.

    Implantado o regime republicano, é chamado à vida pública. O 1º Governo Provisório presidido por Teófilo Braga nomeia-o Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal em Londres, em substituição do Marquês de Soveral. Em Abril segue para a capital londrina e ocupa oficialmente o cargo na legação portuguesa a 7 de Abril de 1911. É o primeiro representante da República na capital inglesa.

    Inicialmente, a sua maior preocupação centra-se na questão do reconhecimento da República. Vai, progressivamente, cultivando boas relações com a imprensa, na sociedade inglesa e até junto da família real. A 11 de Outubro de 1911 apresenta as suas credenciais ao Rei Jorge V.

    Mais tarde, a sua acção diplomática distingue-se no sucesso das negociações anglo-germânicas acerca da divisão das colónias portuguesas e, especialmente, na colaboração prestada aos governos portugueses durante a I Guerra Mundial, defendendo, dentro do espírito da aliança, a entrada de Portugal no conflito. A sua posição custa-lhe a inimizade dos sectores antiguerristas, levando-o a pedir a demissão do cargo em 1915. No entanto, é apenas com o início do consulado sidonista que é compulsivamente afastado.

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  11. Enquanto diplomata em Londres recebe, por duas vezes, a visita do chefe do Governo, Afonso Costa.

    Afonso Costa visita Londres em Julho de 1916, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Soares, e em Outubro do ano seguinte, na companhia do Presidente da República, Bernardino Machado.

    Chamado a Portugal por Sidónio Pais, em Janeiro de 1918, é demitido das funções de ministro de Portugal e mantido, durante cerca de um mês, em situação de cárcere privado no Hotel Avenida Palace.

    Em Fevereiro de 1919, depois da morte do "Presidente-Rei", é novamente chamado à actividade diplomática. José Relvas, chefe do novo governo republicano, nomeia-o Ministro Plenipotenciário em Madrid (11 de Fevereiro) e representante da nova delegação portuguesa à Conferência de Paz (Março de 1919) que decorre em Paris.

    Diplomata de carreira desde Abril de 1919, é transferido da legação de Madrid para Londres em 24 desse mês.

    Em Agosto de 1919 o seu nome é apresentado pelo Partido Democrático como candidato à Presidência da República, mas a escolha acaba por recair em António José de Almeida.

    Em 1922 é nomeado delegado de Portugal junto da Sociedade das Nações (SDN), ocupando uma das vice-presidências da organização internacional. É nessa qualidade que participa na Conferência Internacional de Génova.

    Apoiado pelo PRP, Manuel Teixeira Gomes é eleito Presidente da República na sessão do Congresso de 6 de Agosto de 1923, com 121 votos e 68 listas brancas. O seu principal opositor é Bernardino Machado, nome apresentado pelo Partido Nacionalista, e que no terceiro escrutínio apenas obtém 5 votos.

    Na 1ª votação, com a presença de 197 congressistas, Teixeira Gomes e Bernardino Machado são os candidatos mais votados, mas nenhum alcança os dois terços necessários; Duarte Leite obtém 3 votos; Augusto Vieira Soares e Magalhães Lima, 1 voto; registam-se, ainda, 10 listas brancas. Na 2ª votação comparecem 197 congressistas e os resultados são: Teixeira Gomes 114 votos; Bernardino Machado 71 votos; Augusto Vieira Soares 2 votos; Duarte Leite 1 voto; 9 listas brancas.

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  12. Ministro Plenipotenciário em Londres à data da eleição, Teixeira Gomes regressa a Portugal a 3 de Outubro de 1923, para tomar posse como Presidente da República dois dias depois. Nessa ocasião, profere uma alocução na qual se refere ao seu antecessor, António José de Almeida, à política externa adoptada pela República (aproximação com o Brasil, estreitamento das relações com Espanha, colaboração com Itália e França na I Guerra e manutenção de boas relações com os EUA) e à crise que atravessam todas as nações que entraram na Grande Guerra.

    Teixeira Gomes ascende à chefia do Estado com a firme intenção de criar o almejado governo nacional, sob a égide de Afonso Costa, seu amigo pessoal. Pede a António Maria da Silva, o primeiro-ministro em exercício à data da sua eleição, para se manter em funções. No entanto, o executivo acaba por cair em Novembro.

    O Presidente da República convida então Afonso Costa para vir solucionar a crise política e reconciliar os republicanos desavindos (2 de Novembro 1923).

    Uma das principais resistências a um executivo liderado por Afonso Costa parte do Partido Nacionalista. Neste contexto, Teixeira Gomes convida o nacionalista Ginestal Machado a formar governo em 15 de Novembro de 1923. O ministério cai a 14 de Dezembro, sem conseguir de Teixeira Gomes a dissolução do Parlamento.

    O chefe de Estado tenta, em vão, mais uma vez, chamar Afonso Costa ao governo. Sucede-se um novo gabinete heterogéneo (de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924) liderado por Álvaro de Castro, um dissidente do Partido Nacionalista. Pela primeira vez, o grupo Seara Nova tem uma representação no executivo, cabendo-lhe, durante dois meses, as pastas da Instrução Pública, da Agricultura e, por indigitação, da Guerra.

    É na política económica e financeira que este governo merece particular destaque.

    Tendo como metas mais importantes a estabilização da moeda e a redução das despesas orçamentais, tenta evitar a fuga de capitais para o estrangeiro, ao mesmo tempo que procura atrair investimentos e diminuir os níveis de endividamento do Estado. O equilíbrio do valor cambial do escudo permite também parar a drástica subida dos preços. Os bons resultados colhem o aplauso de parte da opinião pública. Mas, tal como os anteriores, o governo acaba por soçobrar, alvo de enorme contestação.

    Em Fevereiro ocorrem, em Lisboa e no Porto, grandes comícios unitários organizados pelas forças políticas e sindicais de esquerda - as "jornadas de Fevereiro", como ficarão conhecidas, procuram denunciar o perigo de instauração de um regime ditatorial de direita e exigir a concretização de medidas que resultem na melhoria das condições de vida das "classes trabalhadoras". Por outro lado, várias individualidades e associações empresariais contestam publicamente a política económica do ministério de Álvaro de Castro. De 3 a 7 de Junho, ocorre mais uma insubordinação militar: desta feita, é a aviação, na Amadora, devido à compressão de despesas e à nomeação de autoridades. Álvaro de Castro demite-se em 26-6 e, dois dias depois, Teixeira Gomes tenta, de novo e em vão, entregar o poder a Afonso Costa.

    Será o oficial de marinha Rodrigues Gaspar a assumir o novo ministério (de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924), com o apoio do Partido Democrático. A vida deste gabinete não é fácil. As movimentações de cariz radical sucedem-se: golpes radicais no Forte da Ameixoeira (13 de Agosto), no Castelo de São Jorge (28 de Agosto) e no Ministério da Guerra (11 de Setembro). Ainda em Setembro, nasce a União dos Interesses Económicos (UIE). Finalmente, em Outubro são detidos os membros de um comité revolucionário que preparava nova intentona.

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  13. Ministro Plenipotenciário em Londres à data da eleição, Teixeira Gomes regressa a Portugal a 3 de Outubro de 1923, para tomar posse como Presidente da República dois dias depois. Nessa ocasião, profere uma alocução na qual se refere ao seu antecessor, António José de Almeida, à política externa adoptada pela República (aproximação com o Brasil, estreitamento das relações com Espanha, colaboração com Itália e França na I Guerra e manutenção de boas relações com os EUA) e à crise que atravessam todas as nações que entraram na Grande Guerra.

    Teixeira Gomes ascende à chefia do Estado com a firme intenção de criar o almejado governo nacional, sob a égide de Afonso Costa, seu amigo pessoal. Pede a António Maria da Silva, o primeiro-ministro em exercício à data da sua eleição, para se manter em funções. No entanto, o executivo acaba por cair em Novembro.

    O Presidente da República convida então Afonso Costa para vir solucionar a crise política e reconciliar os republicanos desavindos (2 de Novembro 1923).

    Uma das principais resistências a um executivo liderado por Afonso Costa parte do Partido Nacionalista. Neste contexto, Teixeira Gomes convida o nacionalista Ginestal Machado a formar governo em 15 de Novembro de 1923. O ministério cai a 14 de Dezembro, sem conseguir de Teixeira Gomes a dissolução do Parlamento.

    O chefe de Estado tenta, em vão, mais uma vez, chamar Afonso Costa ao governo. Sucede-se um novo gabinete heterogéneo (de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924) liderado por Álvaro de Castro, um dissidente do Partido Nacionalista. Pela primeira vez, o grupo Seara Nova tem uma representação no executivo, cabendo-lhe, durante dois meses, as pastas da Instrução Pública, da Agricultura e, por indigitação, da Guerra.

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  14. É na política económica e financeira que este governo merece particular destaque.

    Tendo como metas mais importantes a estabilização da moeda e a redução das despesas orçamentais, tenta evitar a fuga de capitais para o estrangeiro, ao mesmo tempo que procura atrair investimentos e diminuir os níveis de endividamento do Estado. O equilíbrio do valor cambial do escudo permite também parar a drástica subida dos preços. Os bons resultados colhem o aplauso de parte da opinião pública. Mas, tal como os anteriores, o governo acaba por soçobrar, alvo de enorme contestação.

    Em Fevereiro ocorrem, em Lisboa e no Porto, grandes comícios unitários organizados pelas forças políticas e sindicais de esquerda - as "jornadas de Fevereiro", como ficarão conhecidas, procuram denunciar o perigo de instauração de um regime ditatorial de direita e exigir a concretização de medidas que resultem na melhoria das condições de vida das "classes trabalhadoras". Por outro lado, várias individualidades e associações empresariais contestam publicamente a política económica do ministério de Álvaro de Castro. De 3 a 7 de Junho, ocorre mais uma insubordinação militar: desta feita, é a aviação, na Amadora, devido à compressão de despesas e à nomeação de autoridades. Álvaro de Castro demite-se em 26-6 e, dois dias depois, Teixeira Gomes tenta, de novo e em vão, entregar o poder a Afonso Costa.

    Será o oficial de marinha Rodrigues Gaspar a assumir o novo ministério (de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924), com o apoio do Partido Democrático. A vida deste gabinete não é fácil. As movimentações de cariz radical sucedem-se: golpes radicais no Forte da Ameixoeira (13 de Agosto), no Castelo de São Jorge (28 de Agosto) e no Ministério da Guerra (11 de Setembro). Ainda em Setembro, nasce a União dos Interesses Económicos (UIE). Finalmente, em Outubro são detidos os membros de um comité revolucionário que preparava nova intentona.

    A UIE é iniciativa das principais associações empresariais portuguesas com o objectivo de coordenar a intervenção do patronato português no plano político-institucional, defendendo a constituição de um "governo forte, essencialmente constituído por técnicos".

    Abre-se entretanto uma nova crise política com as divisões no interior do Partido Democrático entre a facção moderada de António Maria da Silva e a facção esquerdista de José Domingues dos Santos. É este último que se segue na governação, auxiliado por uma equipa mais jovem. O Ministério de José Domingues dos Santos toma posse a 22 de Novembro de 1924. Apoiado pela ala esquerda do PD (os "canhotos"), conta ainda com a participação de elementos da Seara Nova e com o "apoio crítico" das organizações políticas e sindicais (grupo parlamentar da Acção Republicana).

    A natureza "excessivamente radical" dos seus projectos de renovação e consolidação da República fazem subir de tom as críticas da ala moderada dos democráticos e das restantes forças de direita, com maioria no Parlamento. José Domingues dos Santos é forçado a demitir-se, a 11 de Fevereiro de 1925, pela maioria centro-direita do Parlamento (ala conservadora do PD e outras forças de direita); ainda solicita ao Presidente da República a dissolução do Parlamento, mas Teixeira Gomes nega-a.

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  15. É na política económica e financeira que este governo merece particular destaque.

    Tendo como metas mais importantes a estabilização da moeda e a redução das despesas orçamentais, tenta evitar a fuga de capitais para o estrangeiro, ao mesmo tempo que procura atrair investimentos e diminuir os níveis de endividamento do Estado. O equilíbrio do valor cambial do escudo permite também parar a drástica subida dos preços. Os bons resultados colhem o aplauso de parte da opinião pública. Mas, tal como os anteriores, o governo acaba por soçobrar, alvo de enorme contestação.

    Em Fevereiro ocorrem, em Lisboa e no Porto, grandes comícios unitários organizados pelas forças políticas e sindicais de esquerda - as "jornadas de Fevereiro", como ficarão conhecidas, procuram denunciar o perigo de instauração de um regime ditatorial de direita e exigir a concretização de medidas que resultem na melhoria das condições de vida das "classes trabalhadoras". Por outro lado, várias individualidades e associações empresariais contestam publicamente a política económica do ministério de Álvaro de Castro. De 3 a 7 de Junho, ocorre mais uma insubordinação militar: desta feita, é a aviação, na Amadora, devido à compressão de despesas e à nomeação de autoridades. Álvaro de Castro demite-se em 26-6 e, dois dias depois, Teixeira Gomes tenta, de novo e em vão, entregar o poder a Afonso Costa.

    Será o oficial de marinha Rodrigues Gaspar a assumir o novo ministério (de 6 de Julho a 22 de Novembro de 1924), com o apoio do Partido Democrático. A vida deste gabinete não é fácil. As movimentações de cariz radical sucedem-se: golpes radicais no Forte da Ameixoeira (13 de Agosto), no Castelo de São Jorge (28 de Agosto) e no Ministério da Guerra (11 de Setembro). Ainda em Setembro, nasce a União dos Interesses Económicos (UIE). Finalmente, em Outubro são detidos os membros de um comité revolucionário que preparava nova intentona.

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  16. A UIE é iniciativa das principais associações empresariais portuguesas com o objectivo de coordenar a intervenção do patronato português no plano político-institucional, defendendo a constituição de um "governo forte, essencialmente constituído por técnicos".

    Abre-se entretanto uma nova crise política com as divisões no interior do Partido Democrático entre a facção moderada de António Maria da Silva e a facção esquerdista de José Domingues dos Santos. É este último que se segue na governação, auxiliado por uma equipa mais jovem. O Ministério de José Domingues dos Santos toma posse a 22 de Novembro de 1924. Apoiado pela ala esquerda do PD (os "canhotos"), conta ainda com a participação de elementos da Seara Nova e com o "apoio crítico" das organizações políticas e sindicais (grupo parlamentar da Acção Republicana).

    A natureza "excessivamente radical" dos seus projectos de renovação e consolidação da República fazem subir de tom as críticas da ala moderada dos democráticos e das restantes forças de direita, com maioria no Parlamento. José Domingues dos Santos é forçado a demitir-se, a 11 de Fevereiro de 1925, pela maioria centro-direita do Parlamento (ala conservadora do PD e outras forças de direita); ainda solicita ao Presidente da República a dissolução do Parlamento, mas Teixeira Gomes nega-a.

    O próximo executivo será dirigido pelo major Vitorino de Carvalho Guimarães, um ministério "semi-canhoto" apoiado pelo PD e pelos "Alvaristas" (grupo da Acção Republicana) mas sem o concurso dos seareiros. Entra em funções a 15 de Fevereiro e manter-se-á em exercício até 1 de Julho de 1925.

    A crescente instabilidade política faz com que vários sectores de direita e grande parte do Exército demonstrem uma crescente simpatia por soluções autoritárias. As tentativas de golpe de estado sucedem-se. Primeiro, a 5 de Março de 1925, regista-se uma tentativa revolucionária monárquica em Lisboa, liderada por Filomeno da Câmara. Depois, a 18 de Abril, o pronunciamento militar das forças conservadoras (parte da guarnição militar de Lisboa), apoiado pelo Partido Nacionalista, de Cunha Leal, e por integralistas monárquicos, constitui o primeiro ensaio para o movimento de 28 de Maio de 1926. Liderada pelo comandante Filomeno da Câmara e pelo coronel Raul Esteves, esta tentativa de golpe de estado será, no entanto, uma vez mais, derrotada por contingentes policiais e militares, com o apoio de forças populares. Manuel Teixeira Gomes desloca-se, por sugestão do Governo, para o Quartel do Carmo e, no dia 24, chega a apresentar ao Congresso a sua renúncia à Presidência da República, que retira depois da calorosa manifestação do Parlamento. Finalmente, no dia 19 de Julho ocorre a sedição militar da Marinha, comandada pelo general Sinel de Cordes e pelo capitão-de-fragata Mendes Cabeçadas (republicano conservador), que se revolta. A tentativa de golpe de estado fracassa, levando à prisão de Mendes Cabeçadas.

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  17. A 1 de Julho de 1925 o gabinete presidido por Vitorino Guimarães cede lugar ao executivo chefiado por António Maria da Silva. Cairá menos de um mês depois, a 21 de Julho. Antes disso, Teixeira Gomes tentara ainda, pela última vez, chamar Afonso Costa a formar Governo.
    Negando-se, uma vez mais, a dissolver o Parlamento, Teixeira Gomes convida Domingos Leite Pereira a formar governo (que dura de 1 de Agosto a 17 de Dezembro de 1925).

    As eleições legislativas de Novembro de 1925 dão nova maioria parlamentar aos democráticos. António Maria da Silva é chamado a organizar o que será o último ministério da I República, com a participação de democráticos do centro e da direita (em exercício de 17 de Dezembro de 1925 a 30 de Maio de 1926).

    Constantemente atacado pelos nacionalistas e desgostoso com o rumo da política, Manuel Teixeira Gomes renuncia à Presidência da República a 10 de Dezembro de 1925, alegando razões de saúde.

    [Depois da Presidência] voltar ao índice

    A 12 de Dezembro de 1925, Teixeira Gomes abandona Belém e recolhe-se à sua casa na Gibalta, na Cruz Quebrada. Dias depois, a 17 de Dezembro, embarca na doca dos submersíveis, em Lisboa, no cargueiro holandês Zeus, com rumo ao Norte de África, votando-se ao exílio voluntário. Dele se despedem alguns populares e meia dúzia de personalidades, entre as quais o ainda presidente do ministério Domingos Pereira.

    A partida inicia um novo ciclo de viagens. Durante 6 anos percorre demoradamente França, Itália, Holanda, Marrocos, Argélia e Tunísia. A 5 de Setembro de 1931 chega a Bougie, na Argélia, decidindo fixar aí residência.

    Dedica-se à escrita, tornando-se um ponto de referência no panorama literário português. São deste período os livros Cartas a Columbano (1932), Novelas Eróticas (1935), Regressos (1935), Miscelânea (1937), Carnaval Literário (1939), Ana Rosa (1941) e Londres maravilhosa e outras páginas dispersas (publicado em 1942, já a título póstumo).

    Nem o casamento de uma das filhas o fará regressar a Portugal, apesar de manter os contactos com a família e os amigos.

    Em 1927 colabora no 2.º volume do Guia de Portugal. No conjunto das suas obras destacam-se as suas rememorações de episódios eróticos ou de viagem, sobretudo as que escreveu sob a forma de novela. Alguns dos seus livros, como Maria Adelaide (1938), são alvo da censura durante o Estado Novo.

    De 2 a 4 de Fevereiro de 1939, Norberto Lopes publica no Diário de Lisboa as entrevistas feitas a Manuel Teixeira Gomes em Bougie, em Janeiro do ano anterior.

    Morre em Bougie, na Argélia, a 18 de Outubro de 1941, no quarto número 13 do Hotel l'Etoile, onde residira nos últimos 10 anos. É sepultado no cemitério cristão da vila, no jazigo da família Berg, proprietária do hotel.

    A pedido da família, os seus restos mortais são transladados para Portimão a 18 de Dezembro de 1950. O funeral constitui uma grande manifestação de fé na República. A urna é envolta na bandeira nacional e transportada aos ombros por marinheiros portugueses. Prestam guarda de honra as forças da Marinha, da Infantaria e Caçadores n.º 4 e incorporam-se no préstito representantes de todas as autoridades e figuras mais ilustrativas do Algarve. O Governo e o Presidente da República fazem-se representar pelo Ministro do Interior. Teixeira Gomes é agraciado durante a cerimónia fúnebre com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas, bem como de outros países.

    http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=25

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  18. Caro Anónimo das 07:29,
    Muito obrigado por ter publicado aqui a biografia de Manuel Teixeira Gomes.
    Era de facto um Homem impar.
    O seu acto Sr. Anónimo, ajudará a divulgar um pouco mais, a vida e obra deste extraordinário Homem.

    Agradecemos a sua atenção.
    Com amizade,
    Portimão sempre

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  19. sabendo nos todos o problema que ha em portugal
    porque na o resolvelo
    /

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  20. sera que exixte alguem com poder que se possa confiar para se alterar a situacao de Portugal todos nos sabemos o problema ou julgo eu que todos nos sabemos. como posso eu chegar a essa pessoa sem interresse politicos sem (interesses!!!!!)Quem e essa pessoa ? Sera que o que escrevi tem alguma coisa a ver com o sr Manuel Teixeira Gomes

    forfuninlondon@googlemail.com

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