De facto, tal como disse o outro (Camilo Lourenço - o tal do sabichão), para estas coisas não há nada como os gráficos.
Acima, vemos as receitas da CMP com uma evolução lenta, face ao ritmo de crescimento galopante das despesas.
Em 2009, vemos mesmo uma queda de receitas, mas vemos um disparo nas despesas.
Neste caso, como está a negativo, o nosso défice orçamental.
O ritmo de crescimento deste défice é brutal.
Ou seja, da dívida total da CMP.
Como é possível?!
Recordo que as eleições foram em Outubro de 2009 e que nos foi dito por estes senhores, que tudo estava estupendo.
Vemos o ritmo de evolução dos proveitos, em comparação ao ritmo da evolução das dívidas a fornecedores.
No ano em que as receitas caem (2009), é o ano em que a CMP comprou mais e ficou a dever mais.
Como é possível?!
Recordo que as eleições foram em Outubro de 2009 e que nos foi dito por estes senhores, que tudo estava estupendo.
Pois aqui está, o quanto estupendo estava.
Recordo que estamos em 2011 e que a situaçao actual, é muito mais grave.
Duas reflexões:
As oposições tentaram na altura, dizer o estado real da situação.
Mas falharam em fazê-lo de uma forma eficaz.
E nós eleitores, falhámos no nosso papel cívico de estarmos atentos, para lá da mera propaganda dos foguetes e das festas.
Duas conclusões:
As oposições têm de fazer muito mais e muito melhor.
E nós eleitores, temos de estar muito mais atentos e temos de ser muito mais participativos.
Meu Caro João Pires,
ResponderEliminarParabéns pelo trabalho e paciência em transformar os dados em gráficos e assim produzir uma informação financeira de fácil leitura visual. Como este trabalho demonstra ser amante do rigor e por isso mesmo, sugiro-lhe que altere os termos técnicos 'custos' para despesas e 'proveitos' para receitas.
Tal como diz e muito bem 'sobre a situação financeira de Portimão', então deverá aplicar o regime de competência financeira (Resultados=Recitas-Despesas) e não o regime de competência económica (Resultados=Proveitos-Custos). Desculpe a observação. Abraço
Boa noite Professor Manuel Nunes,
ResponderEliminarAgradeço a sua gentileza.
Isto de facto deu trabalho e exigiu alguma paciência, mas fazia falta.
A maioria das pessoas é leiga nestas matérias e acredito que deve ser feito um esforço, para que a informação seja transmitida de uma forma que seja de fácil entendimento.
Sim. Eu sei que a óptica económica difere da óptica financeira. Têm consequentemente léxicos diferentes.
No entanto optei por usar a mesma nomenclatura usada pelo tribunal de contas, nas suas peças de informação financeira.
Optei pela fidelidade, na reprodução da fonte.
De qualquer forma, para lá das questões de semântica, a substância é que é o relevante.
E mais um pormenor acerca da substância:
É de notar que em 2009, aquando do disparo do aumento das dívidas a terceiros (último gráfico) e das despesas (primeiro gráfico) face à evolução negativa das receitas, que estávamos em pleno ano eleitoral.
Ou seja, vemos aqui o resultado prático nas contas da CMP das medidas de propaganda e eleitoralistas.
Ou seja, e muito por miúdos, gastar muito para ganhar muitos votos.
Está à vista o resultado final destas más práticas.
Mais uma vez, agradeço a sua gentileza.
Um abraço.
Muito bem caro João Pires. É deveras importante traduzir os números para imagens gráficas.
ResponderEliminarQuanto aos títulos. Na verdade estão correctos. São de natureza económica, são custos e são proveitos. O relatório de auditoria também versa questões financeiras, mas os números representados nos gráficos, à excepção das dívidas a fornecedores são de natureza e económica e estão bem titulados. Um abraço.
Custódio Coelho
Como académico o rigor pode ser um defeito profissional. A minha teimosia em ser rigoroso por muitos pode ser considerado um defeito, para mim é uma missão e uma virtude.Então aqui vai a resposta ao Custódio Coelho e optei por não ser eu a escrever mas a copiar de alguém que sabe muito de contabilidade de custos. Temos pena alguém contrariar o que eu escrevi sem dominar a matéria. Por isso opto por escolher alguém que não eu. Não preciso que reconheça a credibilidade do que escrevi, mas é bom que antes de contestar, certifique-se se os seus conhecimentos merecem alguma credibilidade. Por isso passo um link de quem sabe muito desta matéria e que contraria totalmente as suas afirmações.
ResponderEliminarhttp://www.slideshare.net/dcramires21/texto-de-apoio-n2-principais-conceitos
No relatório do TC fala-se de muito de Receitas e Despesas.
Conforma referido, o POCP prevê a produção de informação organizada na base de caixa,
materializada no mapa com o mesmo nome – mapa dos fluxos de caixa, e, ao mesmo
tempo, a elaboração da demonstração de resultados de acordo com a óptica de acréscimo.
A adopção desta última em muitos organismos suscita diversas interrogações,
designadamente quanto à aplicação do conceito de proveito (rendimento ) à generalidade
dos organismos do sector público. Em diversas situações, é de difícil aplicação, porque
estamos perante organismos sem finalidade lucrativa e os outputs são de difícil
quantificação e enquadramento.
Você não deve saber que existe contabilidade pública com um POC próprio. Só posso acreditar que assim seja ou então foi má fé que não posso deixar passar sem estes reparos.
Manuel Nunes
Caro Manuel Nunes,
ResponderEliminarNão querendo entrar em questões técnicas, e irrelevantes para a questão essencial e que a generalidade não entende passo a esclarecer.
Conheço o plano de contabilidade publica para as autarquias (pocal), conheço os termos económicos e os termos financeiros.
Hoje em dia as autarquias têm demonstrações de resultados (natureza económica) tal como as empresas e têm balanço (natureza financeira e patrimonial) tal como as empresas. Desde a entrada em vigor do plano oficial de contabilidade para a administração local (pocal), que as questões que levanta deixaram de fazer sentido, tal como a explicação teórica que dá, que não acrescenta nada à essência e natureza das contas. A administração local hoje, presta contas de natureza económica e de natureza financeira e patrimonial. Há já algum tempo que se deixaram de elaborar contas com base única e exclusivamente através de fluxos de caixa. Felizmente! A questão apresentada está ultrapassada.
Custódio Coelho
Palavras para quê? Está tudo muito bem explicado pelos gráficos. Também vemos que 2009 foi ano de eleições. Aqui está a explicação para um aumento tão grande.
ResponderEliminarE os portimonenses continuam a alinhar nesta palhaçada e a votar neles.
Incontrolável ! Resumindo, as despesas aumentam e as receitas diminuem ! Observo sempre as situações pelo lado da despesa ! Estas foram aumentando desde 2009, em detrimento das receitas ! Despesas surpéfulas a mais ? EM`s desnecessárias ? Quantos cargos nestas a mais e respectivos custos ? Em relação ás receitas, quantos projectos de investimento privados passíveis de gerar postos de trabalho estão pendentes de decisão na CMP ? Sei de um situado junto à " Casa Inglesa ", um quarteirão, para Hotel, apartamentos e um pequeno Centro Comercial, que é permanentemente chumbado pela CMP , com o argumento que não se enquadra na " Arquitectura da Zona Histórica " ! De gritos !!! Investidores, e este em concreto, dizem que querem investir em Portimão mas que é impossível, pois desde o Porteiro aos principais responsáveis da CMP , todos querem um "cheque" !!! Natureza humana no seu pior, mas depois não se queixem ! Projectos que dão receitas de impostos à CMP e, principalmente, geram postos de trabalho !!! Portimão está assim, mas não é a única autarquia que se comporta desta maneira, infelizmente ! Por isso nada avança e caciques corruptos enriquecem à conta de quem quer investir, produzir e trabalhar ! É a raça de autárquicos, amigos e alguns funcionários que o país tem ! Sem falar na situação ridícula e decrépita em que a zona histórica se encontra ( ao contrário da maior parte das cidades), com investidores que já atrás referi, mas a CMP possui um "Gabinete de Reabilitação Urbana", há mais de dois anos, e que, concretamente, nada faz ! Só efectua mapas com fotos dos edifícios degradados naquela zona, dividida por áreas específicas ! Mais nada ! Isto faz-se em três meses, o máximo !!! Estão lá três, quatro funcionários para " catalogar " mais não sei o quê ! Para aumentar receitas, não vejo outra solução senão existir investimento, que a CMP impede !!!!! E, por outro lado, a despesa camarária ( pública ) aumenta, impedindo simultâneamente projectos turísticos e de reabilitação !!! É de loucos....! Assisti duas vezes na Rua de Santa Isabel, grupos de turistas a fotografarem as varandas e azulejos de palacetes naquela rua, todos entaipados devido aos drogados, ao edifício " Art - Deco ", único em Portimão, também nesta rua, completamente abandonado, no edifício nº18 da mesma rua " mora" por ocupação um drogado que trafica e que a polícia nada faz com o argumento " que não pode invadir propriedade alheia", como se este edifício abandonado fosse propriedade do ocupador ...!!! Sem falar ao fim da rua das lojas, que é só ver zombies a traficarem e a injectarem-se e a assaltarem , para lá do Largo da Mó ! Cidade engraçada, que pretende captivar turismo , dos cruzeiros, e vão todos para a Casa Inglesa comer um bolinho porque, a partir dali, existe muito para ver mas a cair de degradação e assaltos, mas nunca se vê polícia a patrulhar, só na Praia da Rocha, em Agosto, como bem se vê...! Portimão, também neste aspecto, está abandonado ! Mas o número de efectivos não devem chegar para tudo em Agosto ! Mas e no resto dos meses ? Nunca vi patrulhamento a pé em Portimão naquela zona da cidade !
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