Exmo. Sr. Diretor
Dirijo-lhe esta carta por considerar que, uma vez que Portimão estará a caminhar para uma requalificação urbana, existe uma situação que, no interesse de todos, deveria ser tratada por quem de competência.
Tomei conhecimento da existência de um plano estratégico de reabilitação urbana da cidade de Portimão.
Soube que houve uma reunião aberta à população e com a presença de alguns dos principais responsáveis pelo projeto, assim como do próprio presidente da Câmara Manuel da Luz. O projeto, o que poderá eventualmente vir a entrar em prática em breve, está exposto no teatro municipal (TEMPO) para conhecimento de todos.
Ao que parece todo o centro antigo de Portimão será alvo de alterações, se o projeto for em frente. Não quero debater a necessidade ou desnecessidade de tal ideia, tendo em conta que em tempos já foi assim.
No entanto, estando aberto à sociedade o debate para troca de ideias, pensei que seria esta a oportunidade certa para trazer à praça um tema que me preocupa.
Portimão tem todas as passadeiras de peões gastas pelo tempo como todas as pessoas poderão reparar. Será um fenómeno natural, calculo eu. A tinta pode gastar-se e sofrer, à semelhança das rochas, um processo de erosão, se tal conceito faz sentido quando aplicado ao alcatrão. Uma vez que imagino que toda a reabilitação urbana represente mais dinheiro para a Câmara de Municipal de Portimão, gostaria de ver algum desse capital investido naquilo que realmente faz falta, ou seja, boa sinalização (no chão, entenda-se) para assegurar a segurança de quem anda a pé e que na verdade, em algum momento, somos todos nós.
O plano de acessibilidade para a população com mobilidade condicionada ficou, como também se pode ver em vários locais e, em vários lancis, àquem do que estava no papel.
Apesar da tristeza do abandono de metade dos imóveis ainda existentes na zona antiga, penso que a pintura das passadeiras seria uma boa aposta do município, não tanto para ganhar votos - ou fundos da União Europeia - mas, tão somente para melhorar a qualidade e a segurança das pessoas que habitam a cidade e, já agora, dos milhares de turistas que todos os anos por aqui passam.
Sem outro assunto de momento, agradeço a sua atenção e, espero talvez de alguém mais.
Maria João Belchior
8 de Outubro de 2011 14:35
Fonte: Jornal O Barlavento
Link: http://www.barlavento.pt/index.php/noticia?id=51374
Concordo em absoluto.
ResponderEliminarSe calhar, com tanta gente no desemprego, seria fácil arranjar mão de obra,não?