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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Há “pitroil” no Algarve


De repente, os bem informados do costume, trazem à ribalta uma conversa antiga, sobre o que é agora uma evidência: há mesmo recursos naturais no Algarve - o gás natural e o “perverso” petróleo.

Havendo confirmação de existência e de interessados em explorá-los, faltava a oportunidade do negócio!

Adiado em Governos anteriores, vem agora, em hora de aflição nacional e o Algarve volta a estar na primeira linha da salvação nacional, a concretização formal sem que o Governo actual ache que nos deve explicações.

A anormalidade de mais uma desconsideração é o protagonismo que duas figuras que se perpetuam, procuraram pelos habituais inócuos protestos sem que o essencial seja desenvolvido.

Para que não os julguemos ultrapassados e porque a imagem anda mesmo por baixo (as feridas das portagens nunca irão sarar), tivemos mais dois actos de coragem dos mosqueteiros algarvios, com Mendes Bota sempre primeiro e o sr. Miguel Freitas em segundo, apoiante de Governo e “oposição”, a posicionarem-se com as habituais perguntas de retórica que apenas confirmam as regras de quem manda e quem deve obedecer. Lisboa ditou e os de cá, resmungam. Nada mudou!

Os recursos vinham debaixo de interesse (nenhum dossier desta importância se fecha em 4 meses de Governo) e os interessados são dois conhecidos predadores da nossa economia. Espanhóis e alemães assinaram a divisão do bolo, porque o momento em Portugal é de oportunidades ou mesmo saldos antecipados.

Um recurso nacional é mais uma vez entregue sem que portugueses e em especial algarvios, conheçam as contrapartidas para o país e para a região, o que aumenta a desconfiança de que as fragilidades nacionais puseram mais um negócio em andamento.

Mas não é um qualquer negócio! Trata-se de uma exploração defronte da mais importante frente turística do país e quase exclusiva forma de emprego e rentabilidade económica do Algarve, havendo portanto elevados receios sobre a decisão agora tomada e a relação entre vantagens e riscos e de que forma a região está defendida.

Os dois mosqueteiros abriram a preocupação mas não acrescentaram mais nada. O costume… e tudo segue em frente.

O Algarve só acumula derrotas e nem fala do que lhe pertence… aonde chegámos…

Autor:
Luís Alexandre
Membro do Forum Albufeira e da ACOSAL -Associação de Comerciantes de Albufeira

Fonte: Observatório do Algarve
Link: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/opinioes_ver.asp?opiniao=1166



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