Deveriam ter jantado na messe da Divisão Policial de Portimão, mas fizeram levantamento de rancho e ofereceram a refeição à Associação Bom Samaritano em protesto contra o despacho, que dizem ilegal, sobre Suplemento Especial de Serviço.
Cerca de 60 Chefes e Agentes do Corpo de Intervenção e do Grupo Operacional Cinotécnico da Polícia de Segurança Pública (PSP) sedeados em Faro, que foram destacados para o policiamento do jogo Portimonense - Benfica, que teve lugar na sexta-feira, fizeram levantamento de rancho ao jantar, recusando as refeições a que tinham direito na messe da Divisão Policial de Portimão, anuncia um comunicado daqueles elementos.
Afirmando-se “indignados” e exigindo “apenas a correta aplicação da lei”, o protesto dos agentes visou um despacho, que consideram ilegal, emitido pela Direção Nacional da PSP na semana passada, com uma nova forma de processamento do Suplemento Especial de Serviço, que aqueles elementos da força de segurança afirmam que irá causar um prejuízo de cerca de 300 euros mensais aos agentes que prestam serviço na Unidade Especial da Polícia (UEP) e Investigação Criminal.
As 60 refeições da messe “foram entregues à associação "Bom Samaritano" em Portimão”, manifestando desta forma não só o seu repúdio contra aquela medida, como solidariedade com ações de protesto já empreendidas noutros pontos do país, designadamente frente ao quartel da Ajuda, em Lisboa, e frente à Quinta da Bela Vista no Porto.
“A situação está a ficar incomportável e a única esperança é que as reivindicações entregues na Presidência da Republica por cerca de 300 agentes da Polícia de Intervenção tenham resposta, caso contrário, as formas de luta irão endurecer”, alertam os elementos da UEP de Faro.
Fazem parte da UEP cerca de 900 elementos, 500 deles afetos ao Corpo de Intervenção, mas também o Grupo de Operações Especiais, Corpo de Segurança Pessoal, Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo e o Grupo Operacional Cinotécnico.
Contactado pela Agência Lusa, o porta-voz da Direção Nacional da PSP escusou-se a comentar o facto ou a adiantar informações.
Fonte: Observatório do Algarve
Link: http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=47793
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