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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Veja como foram afundados os navios de guerra em Portimão. Através de camâras a bordo.

A corveta "Oliveira e Carmo" foi afundada ao largo de Portimão. Ficará a 30 metros de profundidade, para que mergulhadores possam visitá-la. Foi o primeiro de quatro navios
 

 


 
"Serviram Portugal durante muitos anos e vão continuar a servir. Estarão a navegar, no fundo...". As palavras de Luis Sá Couto, coordenador do projeto "Ocean Revival", referem-se aos dois primeiros navios a serem naufragados ao largo de Portimão, a corveta "Oliveira e Carmo" e o navio-patrulha "Zambeze", que irão servir de "casa" à fauna marinha e de atração turística.
 
Os navios estavam inoperacionais no cais da Lisnave, em Almada, e foram cedidos gratuitamente à Câmara Municipal de Portimão, mas o custo do afundamento, cerca de um milhão de euros, foi assumido por privados, entre eles Luis Sá Couto, dono do centro de mergulho Subnauta de Portimão. Ainda assim, o acesso aos navios será possível a qualquer mergulhador, a título gratuito.
 
"A Subnauta e a Navaltrade juntaram-se para preparar os navios, limpá-los de óleos e de outros produtos. Foram também abertas entradas verticais para permitir uma melhor navegação aos mergulhadores dentro do barco", explica Luis Sá Couto.
 
Dois minutos e 21 segundos foi o tempo que a corveta "Oliveira e Carmo" demorou a chegar ao fundo do oceano Atlântico, depois de ter sido afundada a cerca de três milhas a sudoeste de Portimão.
O afundamento da "Oliveira e Carmo" ocorreu a 30 de Outubro às 11h38, na sequência de uma explosão controlada. O mesmo aconteceu com o Zambeze, afundado às 16h04, que demorou cerca de três minutos a afundar-se.

A ação foi executada por uma empresa canadiana especializada neste tipo de operações e os explosivos - que permitem o corte do aço, quando do rebentamento - vieram dos Estados Unidos da América sob elevadas medidas de segurança.

"A ideia era fazer algo de mediático e espetacular para colocar Portugal como destino de mergulho mundial", explica ao Expresso o promotor do projeto "Ocean Revival".
 
Em 2004, algo de semelhante foi feito na Europa, com o afundamento do Sylla, um navio de guerra britânico. Mas é a primeira vez que se afunda quatro navios de uma Armada, criando um verdadeiro museu subaquático.
 
Os dois outros navios, o navio hidrográfico "Almeida Carvalho" e o maior de todos, a fragata "Hermenegildo Capelo", estão ainda a ser preparados para o afundamento, e deverão ir ao fundo até maio do próximo ano.

Fonte: Expresso

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