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sábado, 17 de novembro de 2012

Ventos fortes deixam rasto de destruição e provocam 13 feridos nos concelhos de Lagoa e Silves


Os ventos fortes que hoje deixaram um rasto de destruição nos concelhos algarvios de Silves e de Lagoa provocaram 13 feridos, dois em estado grave, e o desalojamento de várias pessoas, segundo a Proteção Civil e o INEM.

Telhas de habitações e árvores arrancadas, carros e postes elétricos virados, vidros de janelas e grades de varandas partidas compunham o cenário nos dois concelhos após o "fenómeno extremo de vento" que se sentiu na região.

No concelho de Silves, quinze idosos foram retirados preventivamente de um lar em Algoz pela Cruz Vermelha Portuguesa para uma unidade de cuidados continuados, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Nas ruas da baixa de Silves procedia-se, ao final da tarde, a trabalhos de limpeza e remoção de árvores, telhas, tijolos e todo o tipo de destroços que o vento espalhou pelas vias, tendo a maioria dos cafés e restaurantes da zona ribeirinha encerrado entretanto, havendo muitas esplanadas e toldos destruídos.

Na cidade de Lagoa, estima-se que mais de 100 habitações tenham sido danificadas, de acordo com o vice-presidente da câmara, Rui Correia.

"Ainda não conseguimos contabilizar todos os prejuízos, mas estimamos que centenas de habitações tenham sido atingidas, bem como largas dezenas de veículos, árvores e postes de eletricidade", disse o autarca ao final da tarde, acrescentando que foi ativado o Plano de Alerta Municipal, o que significa que os funcionários da autarquia se mantêm no terreno em ajuda às populações afetadas.

Em Alvor, concelho de Portimão, o mau tempo extremo fez voar o telhado de um jardim-de-infância, provocando momentos de pânico, mas não se registaram vítimas, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia daquela localidade algarvia.

O diretor regional de Educação do Algarve, Alberto Almeida, adiantou à Lusa que houve estragos também numa escola básica do agrupamento Nuno Mergulhão, de Portimão, e que foi fechada a EB23 Jacinto Carreira, de Lagoa, bem como as do agrupamento Rio Arade.

O Instituto de Meteorologia classificou como "fenómeno extremo de vento" e "tempo severo" a situação ocorrida hoje no Algarve e admitiu que pode repetir-se por se tratar de algo imprevisível.

A meteorologista Margarida Gonçalves explicou que a classificação do fenómeno depende da posterior "observação dos estragos, eventualmente o deslocamento da tempestade".

O ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou que os serviços competentes irão reagir "o mais rápido possível" aos estragos hoje registados nos concelhos de Lagoa e de Silves, reconhecendo que não há ainda um "conhecimento real da dimensão" dos estragos.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social assegurou que todos os serviços da Segurança Social do Algarve e Alentejo estão em "prontidão total" para assistir vítimas do mau tempo.

As seguradoras Fidelidade Mundial e Império Bonança acionaram um plano de catástrofe e deslocaram seis peritos para o Algarve, para ajudar os clientes no levantamento dos prejuízos dos ativos danificados, informaram hoje as empresas, em comunicado.

Nas operações estão já envolvidas uma equipa da Força Especial de Bombeiros (Canarinhos) e outra do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro da GNR. A Proteção Civil indica também que foram acionados dois helicópteros para fazer o reconhecimento e avaliação da situação.

Fonte:
Diário Online Algarve

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