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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dívidas de curto prazo dos 38 municípios em pior situação financeira atingem 450 milhões de euros, com Portimão à cabeça

(clicar na imagem para aumentar)
(Está ordenado pela ordem de pior condição financeira)
(Mas nas dívidas de curto prazo, está em primeiro lugar)

As autarquias estão perto de atingir uma situação de ruptura e não querem ser o "parente pobre" da Administração Pública. Por isso, exigem que o Governo avance com um plano de financiamento, tal como o que acabou de acordar com a Madeira. "Queremos que o que estão a fazer ao Estado e às regiões se aplique aos municípios", revelou ontem Rui Solheiro, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios. O Governo está a estudar um mecanismo para financiar as autarquias, mas o tempo escasseia. "Estudem as outras vias, mas é urgente um programa financeiro de apoio aos municípios", alertou Solheiro.

Tal como o Negócios ontem escreveu, o Governo está muito preocupado com as dívidas de curto prazo dos municípios, que se cifram em 2,5 mil milhões de euros. O valor das dívidas com mais de 90 dias é de 1,5 mil milhões de euros – e são precisamente estas que mais preocupam o Executivo. O secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, admitiu há vários meses ao Negócios que uma linha de financiamento para solucionar estas dívidas é essencial, mas esta ainda não avançou.

Na audiência com o primeiro-ministro, em Outubro, a ANMP sugeriu receber uma percentagem do pacote de assistência a Portugal – 78 mil milhões. "Foi-nos dito que por essa via não era possível, mas podiam estudar outras. Que as estudem, mas é urgente um programa financeiro de apoio aos municípios, sob pena de se estar a criar um problema económico e social de dimensão nacional, e com uma implicação imprevisível para o País", avisou Rui Solheiro.

A ajuda às autarquias ganha maior relevância porque esta é, para a ANMP, a única dimensão do Estado para a qual ainda não há ajudas. "Vemos o Estado a receber 78 mil milhões de euros para ajudar a resolver a dívida do País, a perceber que há problemas nas regiões, e a dar uma ajuda especial: fez-se acordo com a Madeira e consta que está a negociar com os Açores. E os 308 municípios apenas vêem cortes em cima de cortes sem qualquer ajuda financeira. Isto é simplesmente insuportável", afirmou.

450 milhões em 38 câmaras

O Negócios divulgou ontem que as dívidas com mais de 90 dias de 38 municípios com maiores problemas de tesouraria são de 387 milhões de euros. Estes municípios foram "isolados" pelo Governo, que não tornou a lista pública.

O Negócios consultou, porém, a listagem dos municípios em situação de ruptura financeira – que também são 38 – e concluiu que estas autarquias, que representam 10% dos municípios, concentram quase 20% das dívidas de curto prazo: no total, as verbas ascendem a 450 milhões de euros. Portimão é a que mais deve, com 104 milhões de euros. Aveiro, com 64 milhões em dívida, vem logo a seguir.

Fonte: Jornal de Negocios Online
Dados a reter:

1º - Portimão está na lista dos 38 municípios com pior situação financeira, no 13º lugar.
2º - Portimão está em 1º lugar dos municipios com maiores dívidas a curto prazo.
3º - O total das dividas de curto prazo destes 38 municípios é de 450 milhões de Euros.
4º - Portimão tem, de acordo com esta notícia, 104 milhões de Euros de dívida de curto prazo.
5º - Portimão representa 23% das dividas de curto prazo, do total destes 38 municípios.

Só há uma coisa a dizer:

VERGONHA

4 comentários:

  1. P.f. clique no mapa não funciona. Gostava de ver o mapa. Obrigado

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  2. clique no mapa não funciona. Gostava de ver o mapa. Obrigado

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  3. aki consegue se ver em grande!

    http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=pda_shownews&id=534247

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  4. É uma vergonha! Quantas empresas já rebentaram por causa desta gente?!

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