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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Operadores do Retail Park já procuram novos espaços em Portimão para reabrir as lojas

 
 
Os operadores das lojas de grandes marcas que, na madrugada de domingo, foram destruídas ou afetadas pelo incêndio no Retail Park de Portimão, querem, na sua maioria, manter-se na cidade e até já estão à procura de soluções rápidas para se instalarem.
 
Fonte do Gabinete da Presidência da Câmara revelou ao Sul Informação que uma equipa técnica da autarquia «fez um levantamento dos locais disponíveis no centro da cidade de Portimão e na sua zona ribeirinha, bem como das respetivas áreas, e temos estado a facultar esses elementos aos operadores das lojas afetadas».
 
Depois das reuniões que ontem manteve com responsáveis da Decathlon e da Rádio Popular, o presidente da Câmara Manuel da Luz já esteve hoje reunido com a Staples, De Borla e a Feu Vert, cuja oficina escapou às chamas, mas que, devido ao estado de destruição do Retail Park, teme pelo futuro. Amanhã, o autarca irá receber os representantes da AKI.
 
«Até agora, só não nos contactaram do Continente e da Moviflor, bem como os proprietários do próprio Retail Park», um fundo imobiliário internacional, revelou a mesma fonte camarária.
 
Entretanto, o Fundbox ((Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário SA), fundo imobiliário que é proprietário do Retail Park de Portimão, já disse, em comunicado, que a administração daquele espaço acionou as apólices de seguro e vai agora avaliar as consequências da indisponibilidade do parque, com os lojistas cujos estabelecimentos não foram destruídos.
 
Rui Alpalhão, presidente executivo da Fundabox, acrescentou que os prejuízos ainda não foram estimados, mas vão agora ser avaliados pelas seguradoras.
 
No entanto, já ontem uma primeira peritagem feita ao exterior do Retail Park de Portimão tinha apontado para uma perda total do edifício que alojava as sete lojas, assim como o seu recheio.
Câmara disponibiliza lista de espaços disponíveis em Portimão
Por seu lado, a Câmara de Portimão continua a manter contactos com todos os afetados pelo grande incêndio que têm procurado a autarquia. «A ideia que todos os operadores com os quais já falámos nos têm transmitido é que querem manter-se em Portimão. Como a administração do Retail Park se tem fechado, esses operadores não sabem o que se poderá passar e vêm bater à porta da Câmara Municipal. Eles necessitam rapidamente de abrir as suas lojas, até porque, segundo nos disseram, tinham dos melhores resultados do país nos seus espaços em Portimão», disse ainda a fonte do Gabinete da Presidência.
 
A loja da Rádio Popular em Portimão, por exemplo, estava no top15 da marca em todo o país, enquanto a equipa de trabalhadores da Staples portimonense tinha sido eleita, no ano passado, como a melhor do grupo em Portugal.
 
«Todos manifestam vontade em continuar em Portimão, mas agora precisam de encontrar uma alternativa para se reinstalarem. Por isso, têm vindo a contactar a Câmara, para saber onde poderão encontrar espaços provisórios ou mesmo definitivos para lá se instalarem», acrescentou.
 
No caso da Decathlon, «estão mesmo a considerar a montagem de uma estrutura provisória, tipo pré-fabricado, no próprio recinto do Retail, mas não sabem o que a administração do espaço quer fazer».
«De todos estes contactos com estas grandes marcas, pelo menos ficamos com a ideia de que, na sua maioria, os postos de trabalho continuam assegurados, o que é muito importante, sobretudo em Portimão. Desde a primeira hora, que a grande preocupação do presidente da Câmara foi a garantia da manutenção do emprego. Mas isso é apenas 50% do problema, já que, para efetivamente garantir esses postos de trabalho, é preciso que as empresas comecem rapidamente a operar».
Empresas mantêm trabalhadores, mas…
Enquanto as novas localizações não são escolhidas e as lojas não reabrem – processo que poderá demorar semanas, na melhor das hipóteses -, a Rádio Popular, a Staples e o Continente anunciaram já que pretendem manter os trabalhadores, que foram distribuídos temporariamente por outras lojas da região.
 
Também a Feu Vert, cuja oficina não foi afetada pelo incêndio, mas que se mantém fechada pelo menos enquanto não houver condições de segurança no Retail Park, manifestou, em declarações ao Sul Informação, a sua intenção de manter os atuais 19 trabalhadores. Mas tudo depende do futuro do retail.
 
A Rádio Popular deslocou os funcionários de Portimão para as outras lojas do grupo em Albufeira em Faro, a Staples para a sua loja de Faro, e o Continente para o outro hipermercado em Portimão e ainda para as superfícies em Silves e em Lagos.
 
O fogo, que começou às 2h36 da madrugada de domingo, destruiu por completo as sete grandes superfícies comerciais do Retail Park de Portimão – Continente, Staples, De Borla, Aki, Moviflor, Decathlon e Rádio Popular.
 
No interior do Continente, havia ainda pequenas lojas – uma tabacaria, uma parafarmácia, uma loja de produtos de cosmética e uma imobiliária – que também ficaram reduzidas a cinzas.
As chamas apenas pouparam as oficinas da Feu Vert e a zona da restauração, onde também existem algumas lojas, por se situarem em edifícios separados do bloco principal. Poupada foi ainda a bomba de gasolina de desconto da Galp. No entanto, tendo em conta o grau de destruição do Retail Park, mesmo estes estabelecimentos que escaparam temem agora pelo seu futuro.
 
 
Fonte: Sulinformação

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