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domingo, 27 de novembro de 2011

Portimão – a má solução. Por Custódio Coelho



Aprovou a Assembleia Municipal de Portimão no passado dia 30 de Março um plano de saneamento financeiro. O plano apresentado destina-se a colmatar um desequilíbrio financeiro, resultado da imprudente gestão autárquica, principalmente nos últimos seis anos.

Discute-se se o “buraco” financeiro é estrutural ou conjuntural, sendo que o que é, é o resultado das contínuas más práticas e da incompetência de gestão que os executivos têm demonstrado.

O resultado foi a insolvência da Câmara. A falência para ser mais preciso.

Quando se trata de dinheiro, qualquer cidadão comum entende que se não tem não gasta e se gasta o que não tem fica a dever a alguém. E é a divida que este plano pretende resolver, e como;

1) Vendendo património publico que não diz qual, com que propósito, em que condições ou sequer a quem. E nesta rubrica prevê um encaixe de mais de 50 milhões de euros.
2) Vender parte da empresa que gere as águas e os resíduos, a emarp, não se sabendo a quem, em que condições, como e em que termos. Também nesta rubrica se prevê um encaixe de mais de 50 milhões de euros.
3) Contratar empréstimos bancários de 94 milhões de euros, que só em juros custam mais de 50 milhões de euros hipotecando todas as receitas camarárias para os próximos 12 anos.
4) Aumentar exponencialmente os impostos, taxas e tarifas sobre os munícipes e empresas do Concelho.

O resultado deste plano, como está à vista é o aumento da dívida, a perca de património e o aumento do custo de vida no Concelho, para as pessoas e para as empresas.

O povo diz que se vão os anéis e ficam os dedos, neste caso nem os dedos ficam.

Vão os munícipes e as empresas do Concelho pagar os maus governos e a incompetência desta equipa de autarcas. É este o caminho que nos apresentam.

Existirá hoje, tal a gravidade do problema, outro caminho? Outra solução? Existe, com certeza que existe. Mas difícil, e que exige trabalho, responsabilidade, transparência, humildade, sacrifício, solidariedade de todos, empenho e dedicação. Exige também o fim das mordomias, dos favores, da prepotência, dos compadrios, da preguiça e da incompetência. Enfim, exige outra gente.


Custódio Coelho
Consultor de empresas


Link: http://www.barlavento.pt/index.php/noticia?id=48785



2 comentários:

  1. Este artigo foi publicado no jornal Barlavento em Abril de 2010.

    Custódio Coelho

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