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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Alvor: Voo para a morte a 200 km/hora


Em queda livre e sem controlo, Jonathon Wickham terá atingido uma velocidade superior a 200 km/hora antes de embater no solo. O corpo do pára-quedista inglês, de 44 anos, foi encontrado ontem de manhã num silvado, na zona da Abicada, a cerca de dois quilómetros da pista do Aeródromo Municipal de Portimão, onde participava num evento de saltos. Terá perdido os sentidos no ar e o pára-quedas de reserva não abriu.


Jonathon vestia um fato de planar (wing suit), branco e vermelho e tinha, como é regulamentar, dois pára-quedas.

O salto, de um avião da empresa Paralvor, foi feito anteontem, a 15 mil pés de altura (cerca de 4500 metros). Aos 10 mil pés, a vítima foi vista por três colegas "às cambalhotas no ar, com o pára-quedas fechado". Deixou de ser visto, até o seu cadáver ter sido encontrado, pelas 09h30 de ontem, pela GNR, com ajuda de cães. Nas buscas, desencadeadas entre a Penina, Abicada e Figueira, participavam ainda a Polícia Marítima, bombeiros e populares.

Segundo o CM apurou junto de fonte da GNR, a área onde o corpo foi localizado já tinha sido batida na véspera, mas sem que fossem detectados vestígios do pára--quedista, que estava oculto pelos arbustos.

Familiares da vítima – pais e mulher – encontravam-se desde ontem no aeródromo algarvio, onde a esperança de encontrar Jonathon com vida foi reduzindo à medida que as horas passavam. O facto de o telemóvel do pára-quedista ainda tocar, ontem à tarde, foi encarado como um bom sinal, que acabou por não se confirmar. Devido ao impacto no solo a morte terá sido imediata. O óbito foi confirmado no local.

O corpo de Jonathon, que vivia há vários anos em Odiáxere, onde tinha uma empresa de toldos, foi transportado pelos bombeiros para a morgue do Hospital do Barlavento, onde vai ser autopsiado para apurar as causas da morte.

FATO COM ASAS "AUMENTA O PERIGO DO SALTO"

Quando um salto em queda livre é feito com um ‘wing suit’ (fato de planar) "o grau de perigosidade do salto aumenta porque o fato pode prejudicar a abertura do pára-quedas e incorrer em situações de descontrolo", explicou ao CM Mário Pardo, conhecido por fazer vários saltos radicais, um deles na ponte 25 de Abril, em Lisboa.

No entanto, segundo este experiente pára-quedista, a probabilidade de acontecer uma falha no salto e de um pára-quedas não abrir "é muito reduzida".

Fonte: Correio da Manhã


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