Páginas do Portimão Sempre

domingo, 21 de outubro de 2012

Homicidio em Alvor


A homicida confessa, Paula (à esq.), aguarda julgamento em liberdade, com apresentações semanais à GNR

Quando a GNR de Portimão chegou à rua dr. António José d'Almeida, em Alvor, alertada para uma situação de violência doméstica, já Paula, 39 anos, estava aos gritos no rés-do-chão, "aparentando estar sob o efeito de drogas ou de álcool. E só dizia que tinha morto o Carlos" - seu amante, que os militares encontraram ontem de madrugada no 3º andar, estrangulado. Paula, presente a uma juíza, saiu à tarde em liberdade.

O crime ocorreu pouco depois das 01h00, na casa onde Carlos Nunes, 41 anos, morava. E foi a própria homicida quem marcou o 112, enquanto os seus gritos ecoavam pela rua: "Matei-o, Matei-o!" Depois contou aos moradores e à GNR que ela e Carlos "tinham discutido e começado a agredir-se, dentro de casa" - até que ela o matou, por estrangulamento, no quarto.

Instados pela homicida, desorientada e afirmando que não sabia da chave de casa - a porta tinha-se fechado, entretanto -, os militares acabaram por arrombar a porta do apartamento e depararam-se com a vítima, inanimada, caída no chão do quarto, junto à cama.

O INEM ainda tentou reanimar a vítima, sem sucesso, tendo o óbito sido confirmado no local. A PJ recolheu indícios que lhe permitiram logo concluir ter-se tratado de morte por asfixia. Um facto que, contudo, só será oficialmente confirmado na autópsia ao cadáver, amanhã.

Devido à situação de flagrante delito, foi a GNR quem procedeu à detenção da homicida confessa e a apresentou, ontem, ao Tribunal de Portimão. Paula, que vivia um triângulo amoroso (ver apoios) e não trabalhava - tal como a vítima, também associada ao consumo de drogas e de álcool -, acabou libertada pela juíza, até julgamento, e seguiu de autocarro para casa, ao final da tarde. A defesa terá alegado que Paula agiu em legítima defesa.

Fonte: Correio da Manhã


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