Páginas do Portimão Sempre

domingo, 4 de dezembro de 2011

E Agora, Portimão – “Quo Vadis”?


O “chumbo” do Plano de Saneamento Financeiro da Câmara Municipal de Portimão pelo Tribunal de Contas, do qual o executivo vai recorrer, está na ordem do dia e não há como ignorar a situação.

O tema foi recorrente nos últimos anos e as várias direcções partidárias da oposição disseram-no e denunciaram-no. Não foi à toa que foi levado a cabo o “inquérito à corrupção na Câmara de Portimão” em 2005.

Nada veio a lume. Nada se passou e o foguetório continuou até não haver mais centelha para iluminar as ruas do Comércio Tradicional. Só para quem não conhece a “Não Política” em Portimão é que pode ficar admirado.

A questão divide-se em 3 partes. Por um lado a questão política que apesar de ser a mais mediática não é a mais importante, pode vir a ter várias soluções. A questão da responsabilização é outra questão e nesta matéria o assunto de Portimão não é diferente do resto do país. Por fim, a mais importante das questões, a questão financeira onde os credores e o Factoring dos últimos anos têm formado vários “novelos”.

Em meu entender a questão financeira passa necessariamente por um Reequilíbrio Financeiro Estrutural. Nada disto é novo. Há muito que se sabia das muitas pequenas facturas às PME’S locais, bem como da necessidade de se pensar de forma estruturada e sustentável todo o município Hoje, no momento de crise em que vivemos, há em Portimão fornecedores/credores para quem receber o pagamento das facturas em dívida é vital para a sua sobrevivência enquanto empresários - tais são os valores acumulados!

Com este “chumbo” o Estado lembrou que o executivo que tem de efectuar estes pagamentos e para isso terá de encontrar novas soluções, de onde decorre que nem tudo é mau, pelo contrário, abrem-se novas oportunidades para encontrar novas soluções.

A questão política poderá fazer parte destas soluções, ou não! Se por um lado não vejo como será possível que quem nos conduziu à ruína nos consiga fazer sair dela, por outro, não vejo como será possível deslindar a “Caixa de Pandora” em que estamos metidos sem o recurso às informações privilegiadas dos seus obreiros.

A nomeação de um “executor público” por parte do próprio Estado parece-me de todas a melhor solução para além de que obrigará a que os vários partidos representados na Assembleia Municipal sejam chamados a participar de forma proactiva nas principais tomadas de decisão, sejam elas sobre urbanismo, estradas, equipamentos desportivos, espaços verdes, etc. - É preciso repensar toda a cidade e o seu tecido empresarial do município. Não há outra forma de fazer isto.

Como e onde queremos estar daqui a 30 anos? É hoje que começamos a responder a esta questão e creio que esta forma supra-partidária e pró-activa de estar em política permitir-nos-á a todos avançar para uma situação de “executivo de salvação local” onde todos os partidos possam participar.

Antonieta Guerreiro

2 comentários:

  1. Nao iria pensar saqui a 30 anos ............. como iremos estar daqui a 3 anos???? Quantas empresas credoras de Municipios por este Algarve fora se virão obrigados a despedirem e/ou encerrarem actividades???? Mtas empresas tinham os Municipios e "sun-empresas" como seus maiores clientes. Como ficara a alimentação escolar garantida, os passes dos alunos, como conseguira o ESTADO fazer face a apagamentos se Subsidios de Desemprego que irão disparar???????????? Como sobreviverão Peq e medios empresários que apesar de efectuarem descontos se se virem obrigados a extinguir as suas empresas a nada têm direito senão a penhoras de bens pessoais????'

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  2. Esta Câmara é como o país. Foi gastar à parva e roubar bastante. Sugiro que os gajos que se abotoaram com a massa comecem a repor pelo menos parte do que roubaram.
    Eu ainda acredito no PAI NATAL.
    (Disturbed)

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