Mais de meia centena de pessoas assistiram na “Casa Inglesa” à iniciativa organizada pelo “Portimão Sempre Live” com o objectivo de reconduzir as pessoas “da esfera do virtual à realidade”. “As melhores práticas de Urbanismo e o Urbanismo em Portimão” foi o tema escolhido para a primeira iniciativa do “Portimão Sempre Live”. Os oradores convidados foram: o arquitecto José Paulo Veloso; o ex-presidente da Câmara Municipal de Lagos e prof. universitário, José Alberto Baptista, e o advogado, também prof. universitário, Joaquim Cabrita.
Numa sessão de perguntas e respostas que durou mais de quatro horas destacam-se as expressões: “Urbanismo e urbanização não são a mesma coisa”; “não houve urbanismo em Portimão, houve sim urbanizações em detrimento da reabilitação urbana, que em Portugal ronda os 7% face aos 50% da média europeia” - um tema importante para a qualidade de Turismo que praticamos e a revitalização do Comércio Tradicional no centro da cidade.
Para José Alberto Batista, “o urbanismo é a arte de definir os espaços urbanos para a qualidade de vida”. Segundo José Paulo Veloso, “quem controla o urbanismo, controla o solo”, de onde decorre a declaração de Joaquim Cabrita “o problema é que em Portugal nunca se ensinou Direito do Urbanismo”. Para os participantes a questão central foi a de saber “como requalificar e recuperar o que temos, que soluções podemos encontrar?”uma das conclusões retiradas foi que “a Cidade e os Cidadãos só serão detentores do solo quando executivo camarário planificar a cidade a longo prazo, uma tarefa para a qual todos somos chamados”.
Considerando que a pessoa portadora de deficiência não faz parte do “nosso” padrão mental e dos pressupostos quando se pensa em urbanismo, este foi outro dos assuntos importantes em debate. “Ficou registado que todos somos potenciais portadores de uma qualquer deficiência e em regra esquecemo-nos disso. Havendo em Portugal cerca de um milhão de pessoas portadoras de deficiência, seja ela de nascença ou adquirida ao longo da vida, com o aumento da esperança média de vida todos estamos sujeitos a perder faculdades de visão, audição e mobilidade. No nosso dia-a-dia esquecemo-nos disto e nem as nossas casas nem os edifícios públicos estão preparados para esse efeito, seja para nós ou para aqueles que nos visitam”, referiram os organizadores do evento.
Fonte: Algarve24
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