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domingo, 12 de fevereiro de 2012

LIMITAÇÕES INDUZIDAS (e outras reflexões). Por João Nunes.


Portimão, 26 de Janeiro de 2012
LIMITAÇÕES INDUZIDAS
Ao que tudo indica, existe legislação para conceber uma rampa (Por exemplo: aderência, inclinação e corrimãos). Mas nas obras públicas (Tem custos: mão de obra, material e tempo), que deveriam dar o exemplo, continuam a não o fazer!
O que mais nos importa é a funcionalidade prática, e não a importância a nível visual das coisas. Mas, o que está agora na moda é conceber rampas em mármore, espectáculo... somos e continuaremos a ser, um País atrasado.

Portimão, 27 de Dezembro de 2012
FISIOTERAPIA
O fisioterapeuta (Paulo David) que me trata, assim como os colegas acham que me deveriam ter atríbuido 90% de invalidez (por ter os 2 lados do corpo, afectados!). Entretanto, sempre me foi me atríbuido 70% de invalidez (descordenação motora, hémiparesia espástica esquerda e disfónia).
Faz-me confusão, ás juntas médicas para avaliar o grau de limitação das pessoas. Sem sequer, se preocuparem em pedirem opinião a quem trata e realmente conhece os pacientes.

Portimão, 30 de Janeiro de 2012
IMPOSSIBILITADOS DE UMA REAL INTEGRAÇÃO
(Porque, para além das nossas limitações!...)
... - De sair á rua;
- Utilizar os Transportes Públicos;
- Utilizar todos os Edifícios Públicos;
- Ir á Praia.
Á legislação em vigor, contínua a não ser cumprida pelos próprios legisladores. Que Vergonha!!!

Portimão, 2 de Fevereiro de 2012
ACIDENTES DE VIACÇÃO
Confesso de que muitas vezes tenho a sensação, de que não morri para servir de exemplo aos outros. Para compreenderem, tudo aquilo que não se deve fazer.
A vida, é o maior valor que temos. E nunca, nos podemos esquecer de todos aqueles que nos amam.
Paga-se, um preço extremamente elevado!

Portimão, 6 de Fevereiro de 2012
CONTÍNUA A NOS SER INTERDITO
Hipoteticamente, a grande maioria das coisas que são consideradas públicas (Via Pública, Transportes Públicos, Edifícios públicos e Praias). Para além das nossas limitações físicas, continua a nos ser impostas todas às outras. Realmente, não existe vontade em nos facilitar a vida!

Portimão, 6 de Fevereiro de 2012
SEMÁFOROS COM SINLÉTICA SONORA
Não só os que são Deficientes Visuais, mas na minha opinião, todos nós (crianças, grávidas, idosos, ...) seriámos beneficiados!
Á grande maioria dos automobiistas portugueses, não respeitam às passadeiras (fui atropelado, numa passadeira em 24 de Janeiro de 1998).

Portimão, 7 de Fevereiro de 2012
IMPOSSIBILITADOS DO MAIS BÁSICO
Subsiste, uma permanente exclusão. Continuamos a estar impossibilitados, de ter acesso a tudo aquilo, que é considerado essencial. Depois, repetidamente falam em justiça social. De certeza que se nos pedirem opinião, terão uma visão mais verídica da nossa realidade!...

Portimão, 8 de Fevereiro de 2012
ÀS LIMITAÇÕES QUE NOS SÃO IMPOSTAS
(Faz o que te digo, mas não faças o que eu faço!)
Na minha opinião, o nosso Governo e às suas entidades públicas, são os maiores incumpridores da legislação, em vigor! A partir do momento, em que legislam e não são os primeiros a dar o exemplo!...

Portimão, 9 de Fevereiro de 2012
CONTINUA A SER INTERDITO
Quando vou a Lisboa, viajo de comboio (meio de transporte, público). Porque, tenho desconto no bilhete e porque nesta altura não dependo de cadeira de rodas. Se estivesse, dependente de uma cadeira de rodas, não tinha qualquer hipótese. Partindo, de Portimão!..
Falo nisto, para tentar mostrar o quando injusta, é a tão falada Justiça Social.

Portimão, 10 de Fevereiro de 2012
O DESPREZO QUE NOS É ATRIBUÍDO
Pelo Governo, e todas às suas entidades públicas, que legislam e anunciam e depois são os principais incumpridores. Não nos pedem opinião, somos cidadãos virtuais!... Normalmente, só existimos na altura em que há eleições, ou quando se podem aproveitar da nossa “imagem”.

Portimão, 10 de Fevereiro de 2012
O TURISMO
Quando se derrubam barreiras arquitectónicas (Por exp: rebaixar um passeio (rampa), escadas com corrimãos, semáforos com sinal sonoro, …), todos (Por exp: crianças, grávidas, idosos, …) de forma directa ou indirecta, beneficiam! Por isso não consigo compreender toda a indiferença, que continua a ser dada a está questão.
Vivo no Algarve, onde o principal sector económico é o turismo. É lógico, que para quem nos visita sozinho (com mobilidade limitada), ou com família (algum dos familiares, tenha mobilidade limitada). Vai ficar “preso”, onde quer que fique (parque de campismo, pensão, hotel, …), nunca mais cá voltam. E certamente vão falar (publicitar), às suas férias aos familiares e amigos …
João Nunes


1 comentário:

  1. Força João. Emociona-me quando dizes "tenho a sensação, de que não morri para servir de exemplo aos outros". És um "osso duro de roer"... Concordo contigo: eliminando barreiras arquitetónicas haverá acessibilidade para todos, ninguém fica de fora. Não te cales. Força João. Bjos.

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